𝐈𝐍𝐓𝐄𝐑𝐓𝐖𝐈𝐍𝐄𝐃 𝐃𝐄𝐒...

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Aurora é a filha mais nova da família Cullen, uma garota que ama sua família acima de tudo. Até que a filha d... More

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"Cada amanhecer simboliza um recomeço, uma nova esperança, um começar de novo."

~Gabriel Coutinho~

Aurora Jakobsoon
Forks, Washington - 20/06/2006 - 10 am

Passei por entre as árvores lentamente, eu ainda não estava 100%, mas estava bem melhor do que uma semana atrás. Olhei para a clareira e o vi ali, olhando para o nada com as mãos nos bolsos, andei lentamente até parar ao seu lado. Ficamos em silêncio por alguns minutos.

— Fiquei muito surpreso com sua ligação — Edward murmurou e eu revirei levemente os olhos.

— Acredite, eu não queria ter ligado — digo sem muita animação enquanto me sento no chão.

— Mas ligou — ele diz com um sorriso que me faz querer socá-lo.

— Acho que foi um dos maiores erros que cometi — falo mais para mim mesma do que para ele — Você pode fazer o favor de sentar essa bunda seca no chão? — pergunto olhando levemente para cima, ele riu se sentando ao meu lado — Por que você está tão feliz?

— Porque estamos conversando? — ele propõe e eu reviro os olhos rindo.

— Se você acha que isso vai ser algum tipo de reconciliação entre irmãos ou que o susto da morte me fez mudar de opinião, está errado — avisei encarando o vampiro — Estou aqui para falar sobre 2 coisas e já estou indo. Número 1 — digo levantando um dos meus dedos — Você vai pagar o conserto do MEU chalé! — Victoria aquela biscate destruiu o meu chalezinho, quando eu vi aquilo fiquei em choque. Ela quebrou minha cozinha, meu quarto, meus banheiros, minha sala linda. E se Edward não tivesse decepado a cabeça dela e ateado fogo, eu o faria — Tudo igualzinho era antes! Aquele chalé é muito! Muito especial para mim, entende? Muitas coisas aconteceram entre mim e Jake lá, é o nosso cantinho. Nós vamos sair de viagem amanhã! Quando eu voltar, é melhor que esteja igual a antes! Entendeu? Porque a culpa dele estar destruído é consequência de todas as decisões que VOCÊ tomou, então ou você dá um jeito nele ou quando eu voltar Isabella será uma mulher sem noivo — dou dois tapinhas no ombro dele — Estamos entendidos? — me levanto e limpo minha calça — Espero que sim, porque estou indo embora, tenho que me encontrar com Carlisle para ele me liberar das transfusões de sangue.

Então sem nem olhar para trás começo a me afastar do vampiro que estava sentando.

— Você disse que eram duas coisas! — ele passou como um raio e parou na minha frente, reviro os olhos por não poder fugir dele ou lhe fazer cair rolando de dor, eu estava estritamente proibida de usar dons ou qualquer pode de vampira, minha parte humana estava muito frágil ainda segundo Carlisle. Fecho os olhos ao me lembrar de quando eu disse isso, por que eu não calo a minha boca?

Abro os olhos e encaro seus olhos dourados por alguns segundos. Ele havia salvado Jake e não fez o quê meu lobo havia lhe implorado.

— Obrigada — sussurro encarando Edward — Por não ter atendido o pedido de Jake e por tê-lo salvado — respiro fundo começando a me afastar novamente.

— Você não tem que me agradecer — ele diz me fazendo parar na beirada da floresta — Eu já estive no lugar dele, sei como é enlouquecedor e como a morte parece ser a única solução — seu olhar estava distante — Mas assim como alguém apareceu para ser minha consciência, eu fui a dele — reviro os olhos com sua cara de pau.

— Só que diferente de você, Jacob não é um imbecil — digo com sarcasmo.

— Algum dia você poderá me perdoar? — ele pergunta com a voz fraca e eu dou de ombros.

— Temos a eternidade para descobrir — deixo a resposta no ar — Ou não, quem sabe? Talvez eu volte a envelhecer um dia. Todos dizem que na vida temos uma única certeza, a morte, mas eu? Nem sobre isso tenho certeza, então eu vou aproveitar o agora e viver enquanto posso, o amanhã é incerto e eu prefeito aguardar a surpresa — encaro seus olhos dourados — Vamos esperar a surpresa, talvez um dia eu possa te perdoar ou talvez não. Mas você vai ter que viver o resto da sua eternidade sabendo que a culpa é sua! — vejo ele tremer e se afogar na própria culpa, sinto um sorriso cruel deslizar por meu rosto — Sabe essa dor? Eu sinto ela também, todos os dias desde que você se foi. Mas eu já sei lidar com ela, pois eu percebi com minha quase morte que a culpa é só sua! Unicamente sua. De tudo que nos aconteceu, tudo isso veio a partir de uma decisão que você tomou sozinho e isso me conforta. A destruição da nossa família? Sua culpa — eu podia ver ele se encolhendo, a culpa queimando dentro dele e isso é melhor do que qualquer tipo de dor física que eu podia causar nele — A minha destruição? Sua culpa. E sua destruição, também vai ser sua culpa — me aproximo dele e seguro seu rosto entre minhas mãos, seus olhos dourados estavam cheios de veneno e eu sorriu com isso — A destruição da sua amada Isabella? Também vai ser sua culpa Edward. Você pode ter vivido muito, mas teve uma coisa que você nunca aprendeu. A amar e ser amado — ele estremece com minhas palavras — Você acha que alguém como você não pode ser amado. Mas pode, porque eu já te amei verdadeiramente e profundamente, mas hoje? Eu amo as memórias do Eddie que você matou — sussurro sentindo as lágrimas escorrendo pelo meu rosto — E eu entendi isso quando eu morri por alguns minutos, eu estava de luto pelo meu Eddie. Você o matou e eu te odeio por isso, mas um dia ele vai voltar, quando você encontrar sua verdadeira companheira, pois eu sei que ela vai. Quando? Eu não sei, pode demorar, mas ela vai. Então meu Eddie vai voltar e talvez seja nesse dia, que eu te perdoe — acaricio sua bochecha e solto seu rosto frio. Então volto a andar na direção que eu tinha deixado o meu carro.

— Você sente que seu Eddie morreu, mas ele ainda está aqui — ele sussurra com a voz quebrada — Só não sei como encontrá-lo… eu sei que não apoia minha relação com Bella, mas de alguma forma sei que preciso dela. Então espero ver você no dia 13 de agosto, estarei esperando a minha madrinha — riu levemente negando com a cabeça.

— Você acha que precisa dela pois tem medo de ela ser a sua última chance de amar — corrijo sem olhar para trás — Se cuide Edward — então eu sumo entre as árvores.

Depois de alguns minutos entro no meu carro e começo a dirigir na direção da mansão Cullen. Era estranho dizer isso, mas quase morrer me fez perceber muitas coisas e trouxe paz ao meu coração, eu não perdoei os Cullen mas também não sentia mais raiva deles, isso não traria nada de bom para mim. Eu ainda sentia a dor da rejeição e da traição, acho que isso nunca iria embora, mas a raiva se foi.

Encaro a estrada enquanto bato meus dedos no volante, meus olhos se perderam na estrada quando os pensamentos martelaram na minha mente. Havia uma coisa que me perseguia desde aquele dia, desde que meu coração parou, as memórias que passaram em minha cabeça. Especificamente a penúltima delas, sobre o meu pai. Eu tinha um pai, ele era um vampiro e ele me amava, ele me afastou dele para me proteger. Então eu tinha um pai, ele devia estar em algum lugar do mundo. Ele prometeu que nos veríamos de novo um dia, agora bastava saber se eu deveria procurá-lo ou esperar.

Desde que acordei eu tenho pensado muito sobre isso, eu não falei sobre ele com ninguém, era algo que eu queria guardar para mim. Era algo meu. Respirei profundamente e balancei a cabeça, uma coisa por vez Aurora. Focar no agora! E o agora é minha viagem com o Jake, talvez depois eu comece minhas buscas por meu pai, mas agora eu só queria meu lobo.

Entro na rua da casa dos Cullen e desvio meus pensamentos disso, vai que Edward veio para casa.



"O arrependimento prolonga a vida do homem."

~Textos Judaicos~

Carlisle Cullen
Forks, Washington - 20/06/2006 - 11 am

Encarei a floresta do meu escritório e apenas fiquei olhando. Nada parecia o mesmo desde que fomos embora em Setembro, nada era o mesmo. Eu podia ter vivido mais de 300 anos, mas nunca aprendemos o suficiente, nunca aprendemos como ser pai.

Quando as palavras saíram por meus lábios ao concordar com Edward eu soube do meu erro, naquele momento crucial eu percebi que tinha cometido um erro. Pois eu me esqueci que ali eu não era somente pai, eu era também o líder do Clã e eu não cumpri esse papel. Então quando saímos da cidade eu não sabia o que fazer, fiquei completamente perdido.

Eu tinha tomado a decisão errada e não tinha mais volta. Todos os dias que Esme ligava para Aurora eu estava sentado ao lado da minha esposa esperando que nossa filha atendesse para que eu pudesse me redimir com ela, mas Aurora nunca atendia e aquilo me preocupava cada vez mais. Liguei para alguns conhecidos meus e peguei o acesso do FBI para procurar por ela. Mas eu não encontrei nada compatível, procurei os voos do Brasil atrás da época que Aurora foi, mas não havia nada ali.

Foi quando percebi que ela continuava em Forks, estávamos arrumando as coisas para voltar quando Rosalie recebeu a ligação de Edward e tivemos todo o transtorno de Volterra, quando retornamos eu e Esme fomos imediatamente procurar por nossa filha, mas ela não estava em lugar algum. Eu me sentia responsável por todos esses acontecimentos e  envergonhado que nem tive coragem de ligar para ela pelo meu telefone. Eu estava sempre com Esme em seus investigações e buscas por Aurora, quando eu a vi aquele dia na floresta fiquei sem reação, ela estava ali e a culpa de termos nos perdido por tanto tempo era minha.

Sou tirado dos meus pensamentos por seu carro estacionando no pátio, Rosalie foi abrir a porta e elas se cumprimentaram educadamente. Rosalie comentou sobre um novo carro e Aurora comentou que havia visto também, elas falaram brevemente sobre isso, o que antigamente renderia assunto por umas 2 horas agora era uma breve conversa de 5 minutos. Então ela falou com Emmett rapidamente sobre o jogo que ele estava jogando. Para Alice foi um rápido Olá. Então Esme e Jasper, com os dois ela falou por alguns minutos, sua voz cheia de animação enquanto contava sobre a viagem que faria com Jacob.

Então escuto seus passos subindo as escadas e o toque suave se sua mão contra porta, peço que ela entre e logo estou diante dos brilhantes olhos azuis.

— Olá Aurora — digo calmamente. Eu não a chamava de Elisa pois era algo que tinha um valor sentimental e não queria forçá-la a nada, eu estava errado no que fiz e meu fardo era a frieza de minha filha, que era totalmente compreensível pelo ato repugnante que fizemos para ela — Sente-se — aponto para a maca e ela acena com a cabeça se sentando lentamente.

Pego alguns instrumentos, começo com a lanterna para me certificar que não havia nenhum problema neurológico, presto atenção em seus batimentos e respiração. Estavam ótimos, não havia chiado algum. Pedi licença e delicadamente passei a mão por suas costelas, haviam cicatrizado corretamente. Examinei seu braço e também estava bem cicatrizado.

— Vou pegar a bolsa de sangue e o soro — ela sorri e afirma com a cabeça, sinto meu coração sem vida tremer de emoção ao ver o sorriso que foi direcionado a mim. Não demorei a voltar e coloco os acessos em suas mãos, logo conectando as bolsas. Ela se ajeita confortavelmente na poltrona — Vou chamar Esme e Jasper para lhe fazer companhia — digo suavemente e eu estava prestes a sair quando sua mão segurou meu pulso.

— Você não vai poder me evitar para sempre — ela diz com calma e eu encaro seus olhos azuis.

— Não quero forçá-la — digo calmamente — Você está se recuperando de um trauma grande e não quero mexer em seu emocional, você tem que estar bem fisicamente e mentalmente para se curar perfeitamente — Aurora ergue uma das sobrancelhas, ela olha para a porta aberta e depois para minha cadeira. Entendo o recado e nego com a cabeça sorrindo, ela nunca muda. Fecho a porta e puxo minha cadeira para sentar na frente dela.

Um silêncio muito desagradável paira sobre a sala, eu podia escutar os batimentos dela alternando entre muito rápido e normal, ela me encarava com expectativa e eu pensava em uma forma de me expressar sem me vitimar, pois a única vítima ali era ela e eu o réu quem lhe causou sofrimento. Ela pigarreia e meus olhos que estavam sem foco se fixam nos seus.

— Você vai falar ou quer que eu fale? — ela pergunta e eu respiro fundo, mesmo não havendo necessidade.

— A culpa de tudo que você está passando é minha — digo sem exitar — Todos sabemos disso, tudo seria diferente se eu olhasse as situações como líder do Clã não como pai. Mas meus sentimentos falaram mais alto que minha consciência e não podemos concertar o passado, decisões tomadas lá acarreta milhares de acontecimentos futuros que temos de arcar com as consequências. Aqui está a minha — apontei para ela e sorriu tristemente — Perder você, perder a luz de nossas vidas. Estive errado em tantas situações que sequer tive coragem de ligar para você, me sinto profundamente arrependido e envergonhado. Éramos para ser um Clã, uma família acima de tudo. Mas eu foquei somente em Edward. Ele já estava sozinho a tanto tempo e quando vi que encontrou alguém, pensei que essa era a chance do meu menino conhecer o amor. Mas me enganei novamente, eles não tem amor, eles tem paixão e obsessão. Outro de meus erros. Sacrifiquei minha família por apenas um de meus filhos. Minhas palavras não justificam minhas ações — neguei rapidamente enquanto encarava seus olhos azuis, lágrimas se acumulavam neles e eu só desejava abraçá-lá, ela fungou enquanto me olhava — Errei sim, como pai, como líder e como homem. Entendo tudo que você fez, suas ações são mais do que justificadas e eu me sinto extremamente infelizmente ao saber que a culpa disso é minha — coloco a mão no meu peito — Eu fiz isso. Destruí nossa família e todos estão pagando por um erro meu, principalmente você — estiquei a mão e cuidadosamente segurei seus dedos quentes — Você foi a que mais perdeu por um erro meu, pois enquanto eu separei a família, você queria unir — ela fechou os olhos fortemente e suspirou — Sinto muito Aurora, pela dor que lhe causei, pelas minhas faltas e por tudo de ruim que aconteceu com você. Eu estive ao lado de Esme todas as vezes que ela procurou por você, a cada ligação perdida e ve-la sofrer enquanto eu sabia que você sofria em algum outro lugar foi pior que a queimação da transformação, eu magoei as duas e carregarei essa culpa pelo resto da eternidade — segurei sua mão na minha e sorriu pelo contraste de temperatura — Espero que um dia você possa me perdoar por meus erros — beijo sua mão e me levanto pronto para deixá-la sozinha, mas antes que eu possa me afastar seus dedos apertam minha mão.

— Senta — ela pede e eu faço, sua voz era fraca e trêmula — Por isso eu evitei falar com você — Aurora sorriu sem vontade — Porque eu sabia que você faria isso, seria especialmente nobre e assumiria toda a culpa. Mas a culpa não é apenas sua, todos nós temos nossa parcela de culpa. Nenhum de nós é santo — ela diz com calma — Mesmo eu te evitando ao máximo, ficar longe de você foi mais difícil do que qualquer um deles. Pois você era o meu pai, o homem que deveria cuidar de mim e me proteger. Mas hoje, depois da minha experiência de quase morte, eu percebi que não vale a pena ficar apertando essa tecla. A merda já está feita e estamos vivendo as consequências, como diz um homem que conheço: Cada um tem sua própria cruz para carregar — eu já havia dito isso milhares de vezes para meus filhos — Eu não sou a madre Teresa ou Santa, não consigo perdoar todos ainda e talvez nunca consiga. Mas posso parar de tentar fazer da vida de vocês pior. Podemos viver em paz. Cada um seguindo seu caminho, às vezes nos encontrando. Essa ferida está se curando, mas a cicatriz para sempre permanecerá aqui e jamais será o mesmo — aceno com a cabeça em concordância, pois ela estava mais do que certa — Você sempre será o meu pai — ela afirma — Você me machucou muito, mas é muito difícil ficar sem você Carlisle. Então não vou mais lutar contra isso. Isso não é um perdão, mas é o caminho.

— Isso já é um grande avanço — sorriu e me abaixo na sua frente — Nada neste mundo vale mais para mim do que essas palavras que você acaba de me dizer — afirmo olhando em seus olhos — Peço-lhe perdão minha filha, não quero que responda. Mas eu terei de lhe pedir perdão pelo resto da eternidade e mesmo se um dia você vier a me perdoar ainda terei muito que pedir perdão — ela sorri complacente e toca meu rosto.

— Você é um dos melhores homens que já conheci Carlisle — ela afirma com calma — É um homem de respeito, coragem, sabedoria e compaixão. Você erra como todos, mas admite que errou e tenta se redimir, não colocando pressão, com pequenos atos sutis. Você é um bom marido, um bom líder e um bom pai. Basta saber as horas que você tem que ser cada um deles — ela diz suavemente e eu aceno com a cabeça. Olho para suas bolsas e ambas estavam vazias. Retiro as duas com cuidados e depois os acessos.

— Está liberada — digo depois de cuidar de suas mãos e refazer os exames. Aurora se levanta e me surpreende quando me abraça.

— Obrigada por tudo que já fez por mim pai — ela sussurra e eu sinto o veneno se juntar em meus olhos — Todos erramos e aprendemos com esses erros. E com o tempo eu estou aprendendo a perdoar.

— Você minha filha é o mais puro coração que existe. Jacob Black e os Quileutes são pessoas de sorte por terem você, minha linda Elisa, na vida dela — ela sorri e eu deposito um beijo em sua testa.

— Tchau Carlisle — ela se afasta com um sorriso pequeno nos lábios e some pelo corredor.

— Tchau Elisa — digo com serenidade sentindo meu coração mais leve, mas ainda assim havia culpa nele, essa culpa nunca sairia dali disso eu sabia.



"O verdadeiro amor nunca se desgasta. Quanto mais se dá mais se tem."

~Antoine de Saint-Exupéry~

Aurora Jakobsoon
Forks, Washington - 20/06/2006 - 1 pm

Sorriu suavemente quando sai da mansão Cullen. A conversa com Carlisle foi libertadora, eu me sentia bem com o que estava fazendo. Eu estava cansada de brigar com eles, eu não os traria de volta à minha vida, mas também não os excluiria. Se nossos caminhos se cruzassem bem, se não amém.

Giro a chave da mansão Esme em meus dedos enquanto me aproximo do meu carro, antes que eu possa abrir uma criatura pequena de cabelos espetados para a minha frente. Alice estendeu um buquê de gardênias e sorri timidamente.

— Eu não sei lidar bem com as palavras — ela disse o que eu já sabia. Alice era o tipo de pessoa que resolvia as coisas com presentes — Sou mais de gestos, você sabe — Alice declarou de ombros timidamente — Espero que um dia eu possa te recompensar pelo que te diz sofrer e por ter sido uma péssima irmã — ela sorri tristemente e me dá o buquê, seguro ele em meus braços e sorriu levemente — Espero que faça uma boa viagem com Jake e se divirta — Alice me encarou por alguns segundos e se estica para beijar levemente minha bochecha — Eu te amo pequena — antes que eu responda ela some para dentro da cada.

— Obrigada Lice — sussurrei com um pequeno sorriso e abri a porta do carro colocando o buquê de gardênias no banco de trás com cuidado. Nego com a cabeça sorrindo e acelero para longe da casa, gardenias eram flores que podiam significar pedir perdão. Então essa era a maneira da Alice de se sentir arrependida, ela não sabia como dizer as palavras mas sempre achava um meio de se expressar.

Estacionei em frente a casa vermelha de La Push e sorriu ao ver Jake parado na porta com os braços cruzados, ele estava irritado. Claro que ele estava, eu tinha fugido. Jacob não desgrudava de mim, ele estava muito dedicado em me manter de repouso e cuidar de mim como se eu fosse de cristal, era fofo até certo ponto, mas eu já estava quase subindo pelas paredes com ele pairando sobre mim 24 horas por dia sem pausa.

Além de que tivemos uma briga horrível a 4 dias atrás, ele estava revoltado por eu ter feito o que fiz e ele estava absolutamente certo. Eu nunca o vi tão desesperado na vida, ganhei um longo sermão sobre me colocar em risco e fiz a promessa de nunca mais hipnotizar ele. Demorou algumas horas até ele voltar a falar comigo direito, mas em nenhum momento saiu do meu lado. E agora ele estava quase explodindo de preocupação e estresse.

— Oi Jakie — digo com a voz mansa enquanto saio do carro. Eu e Jake estávamos ficando na casa dele enquanto meu chalé estava destruído, se eu voltasse de viagem e meu chalé não estivesse impecável eu iria matá-lo. Jacob ergue uma das sobrancelhas e eu sorriu me aproximando dele, quando estou perto o bastante passo minhas mãos cuidadosamente por seus bíceps enormes e subo lentamente as mãos até cruzar meus braços ao redor de seu pescoço, eu estava toda esticada para conseguir fazer isso. Jacob revira os olhos e pega minhas coxas fazendo minhas pernas enrolarem na sua cintura — Não fica bravo comigo — digo manhosa enquanto deposito leves beijos por seu rosto — Só fui resolver umas coisas — passo meus lábios nos seus lentamente e vejo ele começar a ceder — Carlisle me liberou, consegui a chave da casa da ilha Esme — sussurrei beijando seu rosto — Tá tudinho resolvido para amanhã. Então não fica bravo — digo fazendo biquinho e os olhos de cachorro abandonado.

— Para — ele diz apertando minhas coxas levemente — Céus, eu como na palma dessa sua mãozinha — Jacob disse com a irritação sumindo de seus olhos, sorriu abertamente e ele me beija com calma, derreti em seus braços com os lábios cheios contra os meus, o beijo era intenso e cheio de sentimentos, nossos línguas dançavam uma na outra e eu me derretia com o sabor de seus lábios — Vai me contar o que falou com o sanguessuga ou eu vou ter que ir perguntar para ele — Jacob disse após depositar um selinho em meus lábios, maldito seja o olfato dele.

— Mandei ele pagar o meu chalé e agradeci por ele não ter atendido o seu pedido idiota — sussurrei acariciando seu rosto — Céus eu fiquei tão apavorada — fecho os olhos encostando nossas testas.

— Eu também amor, eu também — Jacob diz acariciando minha cintura — Aqueles segundos que eu te perdi, céus foram os piores e mais longos segundos da minha vida. Você nunca mais vai fazer nada assim, entendeu? — ele diz seriamente.

— Eu já prometi mais de mil vezes que não vou — digo suavemente e deito contra seu ombro, afundo meu nariz no ponto pulsando de seu pescoço onde seu cheiro era mais forte. Floresta, mar e o amadeirado de seu perfume.

— Não importa, você vai continuar tendo que prometer — ele diz acariciando meu rosto — Nunca mais você vai me aprontar uma dessa e nem me hipnotizar — então ele me beija novamente.

— Oh casal magia, vem comer — disse Rachel Black. Ela era uma das irmãs de Jake, ela chegou a dois dias e era ótima! Rachel era irmã gêmea de Rebecca, a outra irmã Black morava no Havaí e fazia ligações esporádicas. Agora todos estávamos guardando o segredo dos lobos, Billy e nem Jake queriam ela envolvida nisso e todos respeitamos isso — Vocês dois parecem colados um no outro — ela diz rindo depois que Jake me coloca no chão — Jake anda atrás de você igual sombra. Quando você saiu ele ficou doido, andava para lá e pra cá.

— É a minha sombrinha — digo rindo e ela encara nós dois.

— Sombrona, né? — Rach disse encarando o irmão — Sério, eu ainda não me acostumei com você assim — ela apontou pro irmão — O que vocês tem comido? — ela pergunta dando alguns murros no peito de Jacob — Cara parece aço. Vi os outros garotos ontem passando pela janela, vocês todos parecem montanhas de músculo.

— Genética masculina Quileute. Leah foi a única mulher de sorte — Jake diz rindo da cara indignada de sua irmã.

— A seu bostinha, você é grande mas ainda acabo com sua raça — então os dois começaram a correr ao redor da casa, escuto as rodas da cadeira de Billy parar ao meu lado e encaro ele.

— Não nos assuste mais garota — sorriu suavemente e apoiou as mãos em seus ombros.

— Não está nos meus planos — afirmo dando um beijo na bochecha de Billy.

Sorriu suavemente vendo Rachel correr atrás de Jake e olho para os terrenos de La Push. Estávamos finalmente em paz, encaro Billy quando sua mão fica sobre a minha. Eu estava em casa, com essas pessoas eu estaria segura e feliz.

Look Aura



Oi oi gente, tudo bem?

• Desculpem os erros!

• E chegamos ao fim de Eclipse! Acredito que muitos não vão gostar das decisões que Aura tomou, mas ela não via motivo de brigar com eles, eles não foram perdoados mas ela não vai mais ficar brigando, não levaria a lugar algum e iria desgasta-.

• Espero que tenham gostado.

• Um abraço, um beijo e tchau 🩸 👋  até o próximo!

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