Flor da meia-noite

Від ThalitaFagundes

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Dizem que quando estamos prestes a morrer, um filme da nossa vida passa na nossa cabeça. Mas não foi bem isso... Більше

1. Brisa de (i)realidade
2. Adina Hale?
3. Ninguém gosta de quem sabe demais
4. O que é ser um humano, afinal?
5. Visitas do passado
6. Asas. Magníficas... asas
7. Doses e algum Caído para acompanhar
8. A historia toda? Acho que não
9. Sofrimento adora companhia
10. Ligações perigosas
11. Quase uma rainha
12. Um adeus, a coroa, e o mestre
13. Barreira
14. Qual o seu tipo de psicose?
15. Anjos do FBI
16. Vamos esclarecer as coisas
17. Anjo da guarda?
19. Um baile de máscaras é sempre um bom lugar para expor alguém
20. Não desista de mim de novo
21. O Mestre mente
22. Ache os Arcanjos. Mate Jordan Benacci
23. Marie Blake
24. Cinco minutos
25. Vamos jogar
26. A rainha do baile
27. Adina de Riverland
28. A última dança
29. A chave
30. Vingança é um prato que se come frio
31. Primeiro você sonha...
32. ... depois morre
33. Isso é magia, Allyson
34. Amor, eu so sirvo pra despedaçar o seu coração
35. Hora de voltar pra casa
36. Lar, terrivel lar
37. Não minta para um mentiroso
38. A nova ordem da esperança
39. Amor. Uma palavra cortante.
40. Pandemônio
41. Vida cega e inconsciente
42. O cadáver de Allyson Hale
43. Colcha de retalhos
44. Antes do pôr do sol
45. Eu sei o que você fez no verão passado
46. Terra Prometida
47. Ainda estou aqui

18. Adina Hale

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Від ThalitaFagundes

— Tem certeza que quer fazer isso, Flor? — Jordan diz andando em círculos pelo grande deposito do galpão abandonado em Liechtenstein.

O espaço, apesar de ser enorme, é sufocante e nada convidativo. Acho que essa era a ideia da camuflagem. As janelas são sujas, o que mal permite a entrada de raios solares. Não que haja raios solares agora porque está anoitecendo, mas vale a pena ressaltar. Caixas e pallets estão espalhados pelo local e tudo parece ter mofado há muito tempo.

— Eu preciso. Só assim vou entender o que tenho que fazer.

— Tá, mas não tem volta.

— Eu sei.

— Será como uma guerra dentro de você.

— Eu sei – Sorri de novo.

— Será como...

— Jordan — Pego sua mão e a aproximo do meu peito, apoiando o queixo nela em seguida. Sua pele na minha me esquenta e me dá a sensação de segurança que preciso — Obrigada por me deixar tomar essa decisão sozinha.

— O que disse?

— Obrigada — Franzo as sobrancelhas.

— Que gosto sentiu ao dizer essa palavra?

Eu ri.

— Um gosto terrível.

— Ally, estamos prontos — Adam diz de uma porta no canto e eu respiro fundo.

— Me deseje sorte — Suplico encarando os olhos escuros de Jordan.

— Você não precisa, é a Filha da Profecia.

Só assim eu solto sua mão, sentindo um inexplicável vazio de repente. Como se tudo que eu precisasse naquele momento era ele, e só ela. Jordan parecia ser o alimento da minha alma, eu me sentia uma completa inútil sem ela do meu lado. Uma garota sem identidade.

Me lembrei de como ela havia ficado ao atacar David, de como me senti com medo. E logo depois me lembrei de como ela tinha ficado assim que a toquei. As asas voltaram ao dourado. O círculo de emoções e lembranças ao seu redor se tornou quase puro de novo e seus olhos voltaram a ficar escuros e misteriosos. Ela olhou para mim e aí tudo parou, a sala inteira congelou e ela largou David no chão, que correu como um cachorrinho abandonado.

— Temos que pegar ele — Jordan disse ainda olhando para mim.

Apertei seu braço um pouco mais forte.

— Hoje não. Sei o que fazer, e preciso que me deixe fazer isso.

O complexo abaixo da construção era incrível. Todo equipado com a maior variedade de armas e tecnologia. Me dei conta que Peter era apenas o cavalo em um jogo de Xadrez, e nós os peões. Tinha vários espaços de treino, como se fossem ringues. Algumas pessoas treinavam umas com as outras, e aquele barulho rotineiro de gente brigando tomava conta do ambiente: gemidos, respiração ofegante, socos e facas cortando o ar enchiam o ambiente.

Era reconfortante, mas ao mesmo me deixava ainda mais nervosa do que eu já estava. Eu ficaria assim? Sempre me imaginei jogando vôlei na faculdade, com um monte de amigas sentada no jardim, não em um centro de treinamento, sem saber o que me espera no dia seguinte.

Eu sentia Jordan atrás de mim, me protegendo, me vigiando, me amando. Ainda não tinha superado aquelas três palavras que ela tinha dito com tanta facilidade. E embora eu soubesse disso lá no fundo desde o momento que ela me contou sobre as vidas passadas, ainda foi estranho ouvir aquilo de alguém que não fosse o Jake.

Ah Jake, eu sentia tanta falta dele que chegava a doer, sentia falta de mergulhar em seus olhos azuis, de sentir seu cabelo macio entre meus dedos, sentia falta da voz dele. Mas ao mesmo tempo eu sentia que tinha conseguido seguir em frente, que ele esteve comigo em uma fase da minha vida e que agora estava começando outra sem ele, e que tudo bem começar.

Jordan uma vez me falou sobre amor verdadeiro. Que só existia um no mundo inteiro. Se o Jake não era meu amor verdadeiro, então o que foi aquilo que a gente viveu? Porque eu o amava, o amava tanto que era difícil respirar sem ele. Mas agora refletindo sobre tudo, enquanto eu ainda era Allyson Hale, me fez pensar que talvez ele tenha sido apenas uma preparação para o que ainda estava por vir, algo grande.

Sem o Jake eu me entregaria à Jordan, e isso não seria nada bom. Sabia que era só uma questão de tempo agora. Por causa do elo.

— Ok, Ally, pode sentar ali — Adam aponta para uma sala entre muitas depois de vários corredores. Aquele lugar era um labirinto sem fim.

A sala era escura, fria e vazia. Tinha uma única cadeira de metal no centro, daquelas que usam para tirar sangue em clínicas, e uma mesa pequena com uma seringa posta no meio. E se na verdade ele me transformasse mesmo em outra pessoa? E se eu acabasse me tornando irreconhecível para os meus amigos e família? E se eu desaparecesse?

Senti meu coração bater um pouco mais rápido e me sentei antes que eu me arrependesse da decisão.

Peter entrou, olhou para mim como se pedisse permissão e balancei a cabeça, assentindo.

— Se lembra de tudo o que eu te falei? — Balancei a cabeça novamente — Adina está dentro de você, tente lutar, vai ser meio difícil manter as duas na sua cabeça. Ela ficou escondida por muito tempo, mas confie em si mesma, lembre-se de quem você é e tudo ficará bem.

— Me lembrar de quem eu sou.

— Isso, e... Allyson, não tem volta, vai ficar mais forte, mas vai ser como um farol ainda mais brilhante.

— Quero fazer isso.

— Tudo bem, relaxe.

Ele pegou a seringa, colocou dois dedos no meu pescoço para sentir minha veia e então veio a picada junto com a dor.

A última coisa que me lembro antes de apagar completamente era de encarar bem fundo os olhos de Jordan pelo vidro.

Memórias. Memórias invadiam minha mente a milhões de quilômetros por hora. Me senti tonta e inconscientemente agarrei os apoios da cadeira.

Uma parte de mim acordou mais forte, com sede, com fome, mas não de comida, de guerra, de sangue, de justiça. Enquanto a outra parte se contorcia com a dor, com o medo de falhar, de não ser boa o bastante, com medo do sangue.

Adina queria se libertar. Eu, Adina, queria me libertar, queria sair daquele aperto e correr pela floresta, sentir o vento no rosto, não via a hora de me sentir invencível de novo. Seria esse corpo invencível?

Mas eu, Allyson, queria voltar para a escola, terminar o ensino médio, ir na entrevista da faculdade e fugir para bem longe dessa cidade. Fugir dos Lobisomens, dos Vampiros, das Bruxas, dos monstros.

Finalmente consegui abrir os olhos. Senti minha respiração ofegante e me concentrei nos meus sapatos antes de qualquer coisa, um detalhe por vez antes de encarar muito e ficar tonta de novo. Eles eram horríveis. Não, eles eram lindos e confortáveis. Onde está minha bota? Que cabelo é esse? Não, meu cabelo só precisava de uma boa chapinha. Eu estava usando uma saia listrada e uma blusa de frio fina. Quero meus vestidos.

Então eu vi. Jordan. Ela estava sorrindo para mim, mas seus olhos tinham uma sombra de preocupação. Não consegui pensar direito, mas senti que meus pés se moviam em direção a ela, logo eu estava correndo. Jordan. Precisava de uma boa dose de Jordan.

— Allyson! Não! — Peter disse.

Ficamos nos encarando e, sem ter a intenção, mas depois tive intenção e um desejo voraz tomou conta de mim, me aproximei dela. Ela hesitou, mas estendeu um dos braços, me segurou pela nuca e me puxou em sua direção.

Nossos lábios colidiram com aspereza. Senti saudade desse beijo. Mas eu nunca tinha a beijado. Mas esse beijo, ah, esse beijo foi ávido e bruto, como se anos de emoções reprimidas tivessem explodido. E na verdade, não era realmente isso? Nossas mãos se soltaram; as minhas encontraram o cabelo dela e se emaranharam ali. A outra mão dela foi parar na minha cintura, me puxando ainda mais para perto, como se fosse humanamente possível.

Meu peito se expandiu, mas ao mesmo tempo eu não conseguia respirar direito. Porra, Allyson. Só que eu também não precisava de ar. Precisava dela. No meio de tudo, um medo terrível tomou conta de mim. Me lembraria da minha vulnerabilidade, do meu desejo, da minha necessidade por muito tempo. Nem mesmo Adina conseguiria deixar aquilo menos constrangedor.

Eu assumi o controle e eu me afastei.

— Mas que porra foi essa?! — Adam gritou e eu levei um susto.

— Desculpa, eu... eu tenho que ir — Jordan passou as mãos pelo cabelo e começou a andar de costas até a saída. Ela parecia perturbado.

Ah não, suas asas. Suas asas?

— Pra onde ela está indo? — Perguntei ao Peter, mas ele manteve a cabeça abaixada — Jordan!

— Deixa — Adam segurou minha mão e eu o encarei com raiva. Quem esse cara pensa que é? — Ela provavelmente precisa de um tempo.

Cheguei em casa e bati a porta para fechá-la, mas assim que fiz isso, pequenas rachaduras se formaram ao redor do batente. Ai que ótimo.

— Ally, é você? — Mamãe perguntou do escritório.

— Não, Adina. Quer dizer, sim, sou eu — Deixei as chaves na mesinha de centro e me virei para ela, que parecia cansada já que as olheiras tinham começado a se formar. Era assim que nossa mãe sempre se parecia? Sim, mas nem sempre.

— Você...?

— Sim — Respondi cruzando os braços. Eu devia abraça-la? Claro, imbecil.

— Como se sente?

— Estranha, mas me sinto bem, mais corajosa.

— É isso que me preocupa — Lana veio até mim e passou os braços ao redor da minha cintura. Passei as mãos pelos seus cabelos e suspirei.

— Está tudo bem, mãe.

Levei ela para a cozinha e comecei a esquentar o leite pra fazer um chocolate. Encontrei a mistura no armário e assim que ficou pronto dividi a bebida em duas canecas.

— Ei, me desculpe por fazer essas coisas sem avisar — Lhe entreguei uma e esquentei minha mão com a outra.

— Foi tudo minha culpa, eu é quem deveria estar me desculpando.

— Pelo que? Por ser humana? — Agora que Adina fazia parte de mim eu podia enxergar tanta coisa, entender tanta coisa. A mulher na minha frente estava em pedaços. Lana, mãe, o que quer que ela fosse pra mim, eu estava preocupada — Desculpa se te fiz passar por isso.

— Foram muitos erros, Allyson, eu cometi um monte de erros. Ou Adi, nem sei do que te chamar agora — Ela sorri e eu pego sua mão.

— Eu ainda sou a Ally. Mas escuta, vai dar certo. O que quer que aconteça, ficaremos bem.

— Eu que deveria estar dizendo isso pra você. Quer dizer, eu sou sua mãe. Eu sou sim a sua mãe.

— É, você é sim. Mas olha, não vai ser tão ruim, de repente eu até escrevo um livro, muita gente faz isso – Dou de ombros.

— Teve sorte de não ter herdado meus genes, principalmente o gene das más escolhas.

— Mas eu queria sim ter herdado. Queria ter o seu DNA inteiro, mas aprendi muito com ele, porque assim significa que eu serei esperta, corajosa, e vou cantar as melhores músicas para a minha filha quando ela estiver com medo, porque você me ensinou tudo direitinho, mãe. Só está na hora de eu seguir meu caminho, o meu destino. E graças a você, vou me sair bem. Devo tudo a você.

— Sabe o quanto eu te amo? — Uma lágrima cai de seus olhos e eu respiro fundo.

— É, acho que eu sei. Obrigada por cuidar de mim por dezoito anos.

— E obrigada por me deixar fazer isso.

Por um segundo, quando olho em volta, tudo parece indistinto e levemente distorcido, como se eu não estivesse olhando para meu quarto de fato, mas para uma imagem transparente dele, mal sobreposta ao ambiente real, de modo que os cantos não se encaixam. Então a luminosidade se acomoda e tudo parece normal outra vez.

O que diabos eu fiz? É impossível ter duas pessoas na minha cabeça ao mesmo tempo, não consigo lidar com isso de jeito nenhum. Eu quero lutar, mas ao mesmo tempo quero terminar o ensino médio e ir para a faculdade dividir um quarto com as minhas amigas. Eu posso ter os dois?

Não.

Obrigada, Adina, você ajuda tanto.

Disponha.

Mesmo assim eu fui até minha cama e caí de costas. O sono e o cansaço estavam anuviando minha mente, me levando para outro lugar. Só preciso de... cinco minutos.

Sonhei de novo, mas agora não era uma lembrança de alguém, era minha.

Me reconheci quando tinha oito anos. Estava brincando na frente de casa sem o Adam, pois ele estava de castigo limpando o quarto. Eu estava de mau humor por causa da preguiça do meu melhor amigo aquele dia, pegando pedrinhas do jardim e jogando na rua. Foi quando uma mulher loura apareceu, ela olhou para mim e sorriu.

— Qual seu nome? — Perguntou.

— Allyson — Resmunguei.

— É um nome muito bonito.

— Obrigada — Estendi minha pequena mão como minha mãe tinha me ensinado — E o seu, moça bonita?

— Ah, meu nome é Marie. Acha que podemos ser boas amigas, Ally?

— Claro! — Sorri. Tudo que eu precisava era de um substituto para Adam quando ele ficava de castigo.

— Allyson! Entre agora! Você prometeu que nos deixaria cuidar dela, Marie! — Mamãe tinha dito quando corri para dentro de casa — Não quero você conversando com estranhos, entendeu? É muito perigoso. Esqueça que essa Marie existe.

— Mas, mamãe...

— Esqueça.

Acordei com o barulho da porta do meu guarda-roupa sendo fechada. Hazel se virou com um olhar culpado no rosto.

— Oi Ally. Ou devo dizer Adi? Deu certo? Você voltou?

Corri para abraça-la.

— Ah, Hazel, senti tanto a sua falta! — Gritei, mas então percebi que a vi hoje e franzi as sobrancelhas.

— É, deu certo – Ela tirou suas próprias conclusões.

Ri e abaixei a cabeça, mexendo na barra da minha saia, sentindo o tecido diferente dos quais eu usava pela milésima vez.

— Eu trouxe uma coisa, da Jordan.

— O que é? — Me aproximo ansiosa e Hazel tira uma coisa da bolsa, não é muito grande, mas parece ser bonito pois vejo muitas cores. Logo percebo do que se trata — Um apanhador de sonhos. Jordan me deu um apanhador de sonhos.

— Ela me contou que anda sofrendo com lembranças, então me mandou aqui. Mas só funciona se você acreditar.

— É bem a cara dela dizer isso — Sorrio.

Hazel se levantou e achou um jeito de pendurar o presente acima da minha cabeceira, em um prego pequeno no qual eu tinha prendido um desenho antigo.

— Por que ela mesmo não veio?

— Dê um tempo para a Jordan. Ainda é tudo muito novo.

— Ela me conhece.

— Eu sei, Adi, mas...

— Não, é Allyson, eu ainda estou aqui.

— Vocês duas ainda vão me matar de confusão — Ela ri e se senta de novo pegando minha mão — Aconteceu uma coisa e ela vai precisar se afastar de você por um tempo.

— O quê? Por quê? Estávamos bem, conseguimos nos entender, demorou, mas conseguimos.

— Eu não sei.

Inclinei a cabeça para o lado e a observei ajeitando o apanhador. O círculo ao redor da Hazel era tão suave, tinha um tom de roxo quase branco. A alma dela era linda.

Como se uma lâmpada tivesse se acendido em cima da minha cabeça, eu me levantei em um salto e procurei meu celular. Andei em círculos até lembrar que o aparelho só podia estar na minha bolsa. Tive que ligar três vezes até ela finalmente me atender.

— O que é, Allyson?

— Ei, ahn... – Qual era o nome dela mesmo? — Jess! Pode vir aqui em casa? Preciso falar uma coisa urgente com você.

Uns quinze minutos depois ouvi o barulho de pneus passando pela brita do meu mais novo jardim da minha mais nova casa e parei de roer as unhas. Mas que mania mais feia, Ally.

Jessica subiu as escadas, e assim que ela abriu a porta, senti sua vibração. Uma onda de poder passou pelo meu corpo e consegui ver sua alma, agora eu sabia que era realmente sua alma. Estava desfocada e fora de ordem, tremendo e se recriando toda hora, como se alguém tivesse feito uma cirurgia e não terminado direito.

Fazer aquilo com alguém era uma atrocidade, agora entendo a luta interna da Jess, o modo como ela havia me tratado. É como se ela não tivesse mais noção do significado de nada, como se tivesse perdido os sentimentos, mas ao mesmo tempo sobrado um resquício, que ela luta para recuperar.

Mal deixei ela falar e posicionei meus dois polegares em cada uma de suas têmporas. Fechei os olhos e senti sua energia passando por mim. Era uma tarefa difícil e quase impossível, eu nunca tinha feito isso, não assim. Reorganizei seus pensamentos o mais rápido que pude, e quando senti que era o suficiente, as duas caímos derrotadas no chão.

— Ei, o que foi isso? — Hazel correu até nós e segurou meu braço. Depois arfou assim que olhou para Jessica. Também fiz isso e notei que seus olhos tinham voltado ao verde natural, mas aí ela começou a chorar.

— Eu matei o Jake.

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