LILI: JUNTOS ATÉ DEPOIS DO FIM

Galing kay Leo_Lunaris

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🎖️Prêmio Menção Honrosa no "Desafio Cósmico" com a capa anterior 🥇 Primeiro lugar no concurso League of Leg... Higit pa

PREMIAÇÃO
CAPÍTULO UM
CAPÍTULO DOIS
CAPÍTULO TRÊS
CAPÍTULO QUATRO
CAPÍTULO CINCO
CAPÍTULO SEIS
CAPÍTULO SETE
CAPÍTULO OITO
CAPÍTULO NOVE
CAPÍTULO ONZE
CAPÍTULO DOZE
CAPÍTULO TREZE
CAPÍTULO QUATORZE
CAPÍTULO QUINZE: FINAL
EPÍLOGO
AGRADECIMENTOS

CAPÍTULO DEZ

18 8 3
Galing kay Leo_Lunaris

      Andressa, muito tocada com toda aquela situação do senhor Menske e após muito refletir com a cabeça deitada sobre o travesseiro, finalmente tomou a decisão de querer viajar com a nova amiga até a residência onde morava os herdeiros da antiga família de Lili. Precisava saber se Eleonor iria aceitar seu convite e, também, conversar com o Seu Balthazar, antes de ir. Não poderia tomar aquela atitude sem abrir seu coração a ele, afinal, era o principal envolvido.

Balthazar já estava em seu quarto quando Andressa bateu na porta, como de costume, com o remédio da noite. Ela adentrou assim que ele respondeu.

— Boa noite, seu Balthazar?

— Boa noite, minha jovem. É sempre uma satisfação recebê-la. Já não está na sua hora de ir para casa descansar?

— É verdade. Já era para eu ir, mas eu precisava conversar com o senhor antes.

Ela pousou a bandeja na cômoda, indo se sentar em frente a ele. Inclinou o corpo para frente, apoiando os cotovelos nos joelhos. Parecia indecisa, mas precisava desabafar com ele.

— Então, seu Balthazar...

— Você quer me dizer algo delicado e não encontra as palavras certas?

— Mais ou menos isto! — Riu.

— Não se sinta constrangida, querida. No seu tempo, sim?

Ela sorriu e no final, se sentiu mais tranquila para contar sua decisão. Fixou seu olhar em algum ponto do quarto, suspirando.

— Então, seu Balthazar. Ontem fiquei pensando muito em tudo que o senhor me confidenciou e não consigo tirar isso da cabeça.

— Perdão, minha amiga Andressa. A última coisa que eu desejava era importuná-la com minhas lembranças.

— Óh, não! Por favor! Não se sinta culpado. Em hipótese alguma me incomodei com seu relato. Muito pelo contrário, seu Balthazar. Foi exatamente por tocar fundo em minha alma, que vim conversar com o senhor.

Ele pendeu a cabeça para o lado, em um misto de curiosidade e preocupação. Deixou que ela se sentisse à vontade para falar quando estivesse mais segura.

— Eu estive pensando e, inclusive, fiz amizade com Eleonor, sobrinha do seu Jeremias. Ela é uma pessoa iluminada, seu Balthazar. — Sorriu.

— Prossiga, minha querida.

— Seu Balthazar, eu vou ter alguns dias de folga e pretendo viajar. Quero encontrar a família da Lili. Eu não sei porque, mas tenho esta necessidade de fechar este ciclo. Saber o que aconteceu com ela e... — Suspirou. — Sei lá! Conhecer a história dela, ver onde ela descansa. Parece loucura para o senhor, não é?

— Bom! Estou surpreso com sua decisão e preocupação com tudo que lhe contei. Não imaginava que teria lhe impressionado tanto, minha cara. Confesso que não sei o que dizer neste momento. Mas, ao meu ver, no fundo, você já se decidiu, não é mesmo? Eu acho que está longe de ser uma loucura, querida. É sua intuição guiando seus passos.

— Só não desejo estar sendo inconveniente. A última coisa que precisa na sua idade é uma enfermeira intrometida!

Riram juntos.

— Eu ainda não planejei bem como vou fazer, mas minha ideia inicial era convidar Eleonor para ir comigo. Claro que se ela não estiver ocupada e também aceitar esta aventura.

— Vejo brilho em seus olhos, querida.

Andressa baixou os olhos, sentindo um rubor subir em seu rosto. Não sabia que estava tão evidente seus sentimentos, mas não queria se empolgar ainda, já que mal conhecia a bela morena e isto poderia ofender e até perder a amizade entre elas.

— É só impressão sua, seu Balthazar. — Sorriu, envergonhada. — Preciso dar seu remédio, está bem?

Levantou-se, indo até onde deixou a bandeja, servindo um copo de água fresca e o remédio, voltando em seguida. Alcançou o pequeno pires de porcelana e a água, esperando que ele terminasse de beber, pegando o copo de suas mãos.

— Grato, minha cara.

— Disponha, seu Balthazar. — Sorriu.

— Antes que você vá, gostaria de dizer que és uma moça especial e merece encontrar o amor. Estás indo para descobrir tudo que há por trás daquele artigo de jornal antigo. Provavelmente encontrará os parentes dela e... Bom! O lugar onde ela descansa e tudo para acalmar meu coração. — Suspirou.

A última a frase saiu quase em um sussurro de seus lábios.

— Seu Balthazar... — Alisou os vincos em sua face, com carinho. — O senhor merece isto. E eu farei de coração.

Se despediram, com a promessa de ela voltar com novidades.

— Promete que vai se comportar até a minha volta?

— Serei um bom menino! — Riu.

Andressa sorriu, saindo do quarto. Levava consigo a bandeja nas mãos e esperança no coração. Terminou seu turno, mudou de roupa e saiu em direção ao seu carro, no estacionamento da clínica. Sentou no banco do motorista, pegou o celular e digitou para a amiga Eleonor.

— Alô? Ah! Oi, Eleonor? Tudo bom?

[— Andressa? Oi! Nossa! Eu estava pensando em você agorinha mesmo! Eu estou bem, sim. E você?]

— Então... Eu não sei como dizer isto, mas queria te convidar para passar o feriado comigo.

[— Uau! Assim do nada? E quais são as intenções? — Ria.]

— As melhores possíveis, acredite! — Riu. — Lembra daquela sensação que você teve ao ver seu Balthazar e o sonho com a menina do vestido azul? Quero te contar o que ele me confidenciou e mostrar algo, tudo para você!

[— Estava só esperando você me fazer este convite. Quer vir aqui em casa? A gente pode conversar com mais tranquilidade. Anota meu endereço?]

Andressa pegou uma caneta rapidamente na bolsa, derrubando tudo no interior do carro, afobada para anotar.

— Pode falar, Eleonor! — Anotando em uma folha solta achada em meio as coisas que derrubou da bolsa. — Pronto! Estou indo para aí, assim te conto tudo com calma. Beijo!

[— Estarei te esperando, então! Outro para você!]

Desligaram ao mesmo tempo.

Andressa sorriu, com o coração acelerado. Estava mesmo se sentindo atraída por Eleonor. Ligou o carro, indo em direção ao endereço marcado na folha amassada.

Não demorou muito para chegar no prédio onde a amiga morava. Era um edifício de pastilhas amarelas, dando um ar vintage, com as janelas brancas e na sua maioria, sacadas com vasos de gerânios e samambaias.

Estacionou o carro em frente e desceu, ansiosa. Foi até a porta de vidro, onde havia o porteiro eletrônico com seis números de par em par mostrando os andares. Olhou novamente o andar dela e o número correspondente e apertou o botão metálico.

Esperou alguns instantes e em seguida, ouviu a voz eletrônica vinda do aparelho. Ela reconheceu aquela voz feminina.

[— Oi?]

— Sou eu, Eleonor. Andressa.

Ouviu o som característico e o clique da porta destravando. Avisou que abriu, entrando e fechando a porta novamente. Andressa subiu um lance de escadas, parando diante da porta 102 e apertou a campainha. Não demorou muito, Eleonor surgiu na porta com seu sorriso cativante, convidando-a para entrar.

— Fiz uma janta simples, mas dará para nós duas. — Sorriu.

— Eleonor, não precisava se incomodar. Podia ter jantado tranquilamente.

— Me chame de Elle. Não me faça essa desfeita, Andressa. É uma maneira de compensar aquele jantar maravilhoso! Quero a receita daquele ravioli, hein! Venha e sente-se.

Sentaram-se no mesmo sofá, uma de frente para a outra.

— Sei que estás aflita para me contar, Andressa, mas precisa respirar e se acalmar, está bem? Eu sinto que isto é importante para você. — Segurou a mão dela, entre as suas. — E eu aceito seu convite, sim, mas antes, vamos jantar, depois voltamos para a sala e conversamos sem pressa.

— Sinto que preciso fazer isto, Elle...

— Eu sei. — Sorriu.

— Pode me chamar de Dessa, se quiser.

— Então, venha comigo? Vamos jantar, Dessa e depois quero ouvir tudo o que tens para me contar. Será um prazer ouvir você.

O jantar transcorreu tranquilamente. A conexão entre as duas era visível e se sentiam bem na presença uma da outra, o magnetismo foi imediato, fazendo com que uma forte ligação se fortalecesse. Após estarem satisfeitas, resolveram terminar a taça de vinho indo se sentarem na sala, recebendo o ar agradável da noite, que invadia o ambiente pela janela aberta.

— Então, Dessa. Agora que sabe que minha filha é uma gata, está mais calma? — Riu.— Me conta tudo que está aí dentro do seu coração e o que deseja fazer. Estou aqui para ouvir você tranquilamente.

—  De fato, fiquei. Então! Você sonhou com aquela menina, certo? Ela existiu e seu Balthazar fez amizade com ela durante a infância e adolescência dele. Todo o tempo ele pensava que era uma amiga imaginária e, bem depois, quando já era casado, descobriu que ela realmente existiu.

Eleonor a encarava, com o semblante tranquilo. Não parecia alterada e seu olhar pousou na taça vazia sobre a mesinha. Andressa esperava que a mulher à sua frente reagisse de alguma maneira e aquela serenidade estava lhe deixando ainda mais ansiosa. De repente, a morena se virou para ela, agora séria, diferente daquela alegria habitual.

— Eu acredito em você, Andressa. Vamos viajar juntas, para descobrir mais sobre a menina e ajudá-la com a travessia.

— Como posso agradece-la, Elle?

— Não precisa. Será um prazer viajar com você. Acho que estou mesmo precisando de umas férias. — Sorriu.

Andressa sorriu, agora aliviada. Não se conteve, abraçando Eleonor demoradamente, que retribuiu com a mesma intensidade.

Foi como se um peso enorme tivesse sido tirado de suas costas. 

(1529 palavras)

Ipagpatuloy ang Pagbabasa

Magugustuhan mo rin

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