CAPÍTULO CINCO

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      O dia estava ensolarado e Andressa convidou Seu Balthazar para dar um breve passeio por entre o jardim, enquanto ouvia mais um pouco das memórias dele

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      O dia estava ensolarado e Andressa convidou Seu Balthazar para dar um breve passeio por entre o jardim, enquanto ouvia mais um pouco das memórias dele.

— Como se sente, Seu Balthazar? Está gostando do passeio?

— Está adorável, minha jovem. Enquanto damos esta caminhada, vou lhe contar o dia em que briguei com Lili.

— O senhor? Não consigo imaginá-lo sendo grosseiro. — Riu.

— Pois eu fui e até hoje, pago pela forma como a tratei.

Sentaram-se em um banco, onde a sombra de uma frondosa árvore os protegia do sol.

— Tudo começou assim...

"Havia uma menina chamada Mayra, que estava um ano adiantada que eu

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"Havia uma menina chamada Mayra, que estava um ano adiantada que eu. Eu a achava linda e como todo adolescente, sonhava em namorar uma garota tão bonita quanto ela.

Estava no estádio, assistindo uma partida entre duas turmas dos adiantados. Ela me encarava da arquibancada à frente da minha, com um sorriso encantador. Naquela época, o espaço era bem mais simples e as arquibancadas eram de madeira. Tudo muito simples, mas por incrível que pareça, eram mais duráveis.

Pois bem! Lá estava eu e meus colegas e mesmo que não tivesse algum interesse em ver o jogo de basquete, era uma ótima oportunidade para ver as garotas das outras turmas. Eu olhei os dois times e escolhi um e comecei a torcer.

Mayra era a garota mais popular da escola, mas eu nunca tive qualquer chance com ela e também não chamava a atenção, já que sempre fui franzino e principalmente porque ela vivia rodeada de garotos sarados e atléticos. Eu era apenas um garoto magro, tímido e cheio de sardas.

— Não vai acenar pra oferecida?

— Agora não, Lili. Não amole! – Sussurrei, tentando disfarçar.

— Ela vai derreter seu rosto se continuar olhando com aqueles olhos de fogo dela! O que você viu naquela criatura?

Eu me segurava para não cair na risada. Já tinha fama de estranho, por rir do nada. Quem iria acreditar num garoto de dezessete anos que ainda falava com uma amiga imaginária?

LILI: JUNTOS ATÉ DEPOIS DO FIMWhere stories live. Discover now