A escrava do vampiro

By empty_and_melancholy

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•DARK ROMANCE• o ano é 2030, um vampiro acaba sendo descoberto por um ser humano e é torturado até entregar s... More

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aviso/pedido!
nova obra!!

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By empty_and_melancholy

LUAN

antes de chegarmos a minha casa, conversei com Liz.
expliquei a situação e disse que era melhor contar tudo sobre sua irmã amanhã ou deixar que ela mesma contasse, pois Draco não iria querer ninguém lá hoje e com certeza ela iria querer ir vê-la.

ela bufou irritada, dizia não entender porque toda essa preocupação com meras humanas.
também disse que agora Draco iria ser julgado e poderia até ser condenado por transformar uma humana.
isso me deixou inquieto, estava preocupado.
pedi que ela fizesse silêncio e parasse de falar por um minuto, as vezes Liz era realmente irritante.

quando chegamos Yara estava em frente a mesa, preparando um sanduíche.
Liz revirou os olhos, subindo as escadas.

-fui até a casa do meu irmão resolver umas coisas. (eu disse me aproximando)

-não perguntei aonde você foi. (ela disse irritada sem tirar os olhos da mesa)

-aconteceu alguma coisa? (eu perguntei confuso)

ela bufou irritada, indo guardar o saco de pães no armário, pois aparentemente já havia terminado seu sanduíche.

quando ela voltou para perto da mesa, estendeu sua mão para pegar o sanduíche, mas eu a segurei.

-me responda quando eu lhe fizer alguma pergunta.

-por que não vai perturbar sua namorada e me deixa em paz?? (ela grunhiu)

eu ri, agora havia entendido.

-já disse que é apenas uma amiga de infância.

-que não sai da nossa casa? (ela deixou escapar, arregalando os olhos em seguida) -sua... sua casa.

achei fodidamente fofo.
então, ela considerava essa casa seu lar também.

-ela já vai embora amanhã, fica tranquila.

-tanto faz... (ela disse puxando sua mão, agarrando o sanduíche rapidamente e passando por mim)

suspirei, dando um sorriso.
essa garota havia virado minha vida de cabeça para baixo, nunca imaginei que deixaria um humano falar de tal maneira comigo e ainda rir da situação.

tomei um banho demorado, tudo o que houve foi cansativo demais, nem imaginava como Draco estava.

quando sai do banho, estranhei não ver Yara no quarto, então me arrumei rapidamente para ver se ela estava no andar de baixo.
arregalei os olhos e corri em direção as escadas quando escutei o barulho de uma garrafa quebrar.

meu semblante fechou e cerrei os punhos quando vi Yara apontando uma garrafa com o fundo quebrado para Liz, enquanto a mesma olhava furiosa para ela.
mas o que me irritou não foi isso, e sim o sangue escorrendo do nariz de Yara, seus olhos fumegavam de ódio olhando para Liz.

-que merda é essa?? (eu exclamei me aproximando) -me da essa porra (eu disse irritado arrancando a garrafa das mãos de Yara)

analisei o rosto de Yara, sentindo meu sangue ferver em vê-la machucada.

-foi você que fez isso? (eu disse para Liz)

-ela me ofendeu primeiro.

-mentira! você que começou a me irritar primeiro sem motivo algum. (Yara grunhiu irritada atrás de mim)

-sua humana imunda... teve sorte de Luan chegar a tempo, se não faria muito mais do que lhe acertar um soco na cara! (Liz disse fazendo com que eu arregalasse meus olhos para ela, havia dado um soco em Yara)

-saia. (eu disse me segurando para não esquecer que ela era minha amiga de infância e fazer uma besteira)

-o que? não era para eu dormir aqui hoje?

-durma em um hotel, Draco também não te quer lá por hoje. (eu disse de maneira ríspida, empurrando ela para a porta)

-VOCÊ ESTÁ SENDO RIDÍCULO, LUAN! (ela gritou desacreditada, quando terminei de lhe botar para fora)

-você passou dos limites tocando no que me pertence, Liz. (eu disse fechando a porta em sua cara, a trancando em seguida)

respirei fundo, olhando para trás.

Yara me encarava de uma maneira pensativa, parecia que seus pequenos olhos brilhavam.

me aproximei, tocando seu rosto.

-você é um saco, sabia? pode ficar dois minutos sem arrumar encrenca? (eu disse irritado)

-aquela vadia que me ofendeu primeiro! (ela disse empurrando minha mão, me surpreendi com suas palavras)

-não me empurra, porra. (eu disse ríspido, a puxando pelo rosto) -essa merda não para de sangrar... (eu disse levantando minha mão, para limpar o sangue de seu nariz)

ela arregalou os olhos, virando assustada seu rosto.

merda.
havia esquecido sobre o estado de Yara.
ela parecia tão bem ultimamente, mas é claro que não superaria seus traumas tão rapidamente.

-não precisa ter medo, não vou lhe machucar. (eu disse abaixando minha mão)

-disse o cara que matou uma garota do meu lado. (ela riu de maneira sarcástica)

-mas você é diferente, estúpida. (eu grunhi irritado)

-estúpido! (ela exclamou no meu rosto, jogando baba na minha cara)

-que nojo! (eu falei passando a mão no rosto)

ela virou para o lado rindo baixinho, achando que eu não veria.

-tenho cara de palhaço, caralho?

-quer uma resposta sincera ou educada?

-a que vai te deixar com seus dentes na boca. (eu sorri, ela se encolheu)

nos olhamos por alguns segundos, meu olhar desceu para seus lábios.
a mesma pareceu perceber e suas bochechas ficaram rosadas e ela virou seu rosto para o lado.

-mexo tanto assim com você? (eu disse vendo Yara arregalar os olhos)

-você? não seja ridículo. (ela revirou os olhos irritada)

segurei sua cintura com firmeza, a prensando ao meu corpo.
minha mão segurava seu maxilar deixando nossos lábios quase colados.

-acredita nas suas próprias palavras, Yara? (eu disse sentindo sua respiração quente bater em meu rosto)

-me solta... (ela disse meio desnorteada, intercalando seu olhar entre meus olhos, minha boca e um canto aleatório da sala)

-você sabe, sabe que é fodidamente atraída por mim, sabe que cada centímetro do seu corpo me pertence.

-e você?? (ela exclamou irritada) -é tão louco por mim que acabou de expulsar sua amiga por minha causa!

-sim, e faria muito pior do que isso por você. (eu disse simplista)

-por que...? (ela me olhava confusa)

-porque eu amo você, humana desgraçada! como pode ser tão irritante me fazendo perguntas estúpidas? (eu grunhi irritado)

-eu... você... quem pensa que é para me chamar assim? (ela gaguejava e olhava para os lados, suas bochechas estavam tão vermelhas que pareciam dois pequenos tomates)

-você também me ama? (eu disse como uma criança curiosa, observando sua reação para ter certeza de que estava sendo sincera)

-pare de ser ridículo, como poderia amar uma humana? (ela disse irritada, tentando sair do meu aperto)

-sim, sou ridículo! (eu exclamei irritado) -e você é uma humana fútil que não consegue admitir algo tão simples por conta de todo seu orgulho mundano!

nossas respirações estavam aceleradas, nossos corpos em contato um com o outro me causavam coisas estranhas e eu sei que causava a mesma sensação nela.
meus olhos vermelhos penetravam seus pequenos e doces olhos verdes.

Yara se afastou, como se meu toque a queimasse.

ela não disse nada, apenas olhou para baixo nervosa e logo em seguida se apressou em sair do cômodo.

estava tentando tirar uma confissão de amor de uma humana, acho que estava ficando cada vez mais louco e ridículo.

JASMINE

chegamos até o fundo da floresta que havia ao lado da casa de Draco.
já havia me cansado de gritar e tentar sair de seus ombros.

ele me colocou no chão, pude sentir a areia úmida em meus pés, pois ele não havia me dado tempo de colocar sapatos.

-está sentindo, não é? (ele disse olhando em volta) -o cheiro da sua presa.

-do que você está... (meu olfato se aguçou e pude sentir um cheiro cativante, forte) -o que é isso? (eu disse confusa olhando para ele)

-algum animal próximo, um coiote, uma raposa ou até um coelho. quem sabe, não é? (ele sorriu)

-não... eu não vou comer um animal indefeso (eu disse recuando uns passos para trás)

-não seja hipócrita (ele riu) -você faz isso todos os dias, a única diferença é que ele é caçado por outra pessoa e cozido antes de ir para o seu estômago.

-m-mas é diferente! (eu grunhi irritada, por que ele sempre tinha razão?)

-não, não é! (ele disse ríspido)

-não pode me obrigar a fazer isso!

-não vou lhe obrigar (ele disse se sentando no chão, encostado em uma árvore) -você vai fazer isso por vontade própria.

-está ficando louco. (eu ri desacreditada)

-logo a fome vai dominar seu interior, você é uma mestiça, sem contar que acabou de se tornar uma vampira. é questão de horas até ficar insana por sangue, acredite. (ele disse se aconchegando mais na árvore a qual ele se escorava)

-pode esquecer... (eu disse irritada, me sentando longe dele, encostada em outra árvore)

-tudo bem, podemos ficar aqui até amanhã se necessário. (ele disse fechando os olhos)

esse cara estava totalmente louco se achava que eu faria essa merda.
poderia passar dias sentado ali, isso não iria acontecer.

• • • • • • • • • • • • • • • •

duas horas haviam se passado, mas parecia uma eternidade.

estava com raiva por estar tanto tempo no mesmo lugar enquanto aquele imbecil ficava o tempo todo deitado com os olhos fechados, parecendo não dar a mínima por todo o tempo em que estávamos ali.
também me sentia estranha e tensa, algo dentro de mim não estava normal, me sentia inquieta demais.

já havia andado de um lado para o outro dezenas de vezes.
sentia meu interior se contorcer, minha boca seca e meu estômago implorando por comida.

não, ele não podia estar certo.

impressionantemente, minha visão se focou de imediato em um alce que estava a uma boa distância, parece que apenas por sentir seu cheiro fui capaz de achar ele.
minha respiração começou a ficar ofegante e parecia que meu sangue estava fervendo.
o alce bebia uma poça de água, estava calmo e desavisado.
senti minha boca salivar.

por que ao invés de sentir medo ou achar ele meigo, estava achando ele terrivelmente apetitoso?

segurei meus braços com força, não poderia fazer isso, não.

-vai deixar sua presa escapar? (escutei a voz de Draco, que agora tinha seus olhos abertos e focados em mim)

-vai a merda... (grunhi irritada)

-estou odiando ter que lidar com seu mau comportamento, acho melhor não continuar ou vou ter que tomar precauções. (ele disse suspirando)

senti a saliva escorrer da minha boca, mesmo com suas falas não conseguia tirar minha atenção do animal que estava a alguns metros de distância de nós.

por alguns segundos, ele virou seu rosto e nossos olhares se encontraram, o animal parece ter se assustado, pois começou a recuar.
quando comecei a pensar na hipótese de que ele fugiria, algo dentro de mim foi mais forte, e antes que eu percebesse, estava correndo de uma maneira rápida demais para ser considerada normal pelos humanos, sem muito esforço, consegui alcançar ele.
seu cheiro terrivelmente forte e delicioso, fez com que eu não respondesse mais por mim, e em poucos segundos, o animal já estava morto no chão, enquanto eu tinha minhas presas cravadas em sua pele, sugando desesperadamente cada gota de sangue.

após alguns minutos, estava satisfeita, até porque já não era mais possível encontrar sangue no animal.

me sentia melhor, mais viva e mais forte.
mas me sentia mal também, me sentia um monstro horrível.

escutei alguém se aproximar, sabia que era Draco, reconhecia seu cheiro.

-viu, não é tão ruim assim. (ele disse se abaixando ao meu lado) -com o tempo vai conseguir se controlar melhor, daqui a umas duas semanas provavelmente já vai estar precisando ingerir sangue apenas uma vez ao mês.

senti uma lágrima escorrer por meu rosto.

-eu sou um monstro. (eu disse agarrando meus joelhos, estava coberta de sangue)

-assim você me ofende! (ele riu)

-odeio você, odeio! prefiro morrer ao continuar vivendo do seu lado. (eu cuspi as palavras me levantando)

Draco agora tinha um olhar sério e frio no rosto, seus olhos bordô estavam escuros, da cor do sangue que eu havia acabado de ingerir.

ele se levantou, sem tirar os olhos de mim.

-não é mais minha escrava, até porque não é mais uma humana. está livre para ir embora caso essa seja a sua vontade. (ele disse calmamente)

fiquei em silêncio, tentando ingerir o que havia acabado de escutar.

poderia ser livre?

mas por que sentia que não queria ir embora?
por que me sentia magoada por ver que Draco estava me deixando partir?

cerrei os punhos, tentando afastar esses pensamentos, essa era uma chance única, não podia ser idiota e deixá-la escapar.

-então, adeus Draco. (eu disse tentando ser firme)

-sabe ao menos para onde vai?

-eu sei me virar, até porque agora infelizmente sou uma de vocês. (eu disse me virando)

-tem certeza da sua decisão, Jasmine? (escutei a voz rouca de Draco soar atrás de mim)

respirei fundo, sentindo meu peito se apertar.

-sim, não me procure novamente. (eu disse olhando para trás, visualizando uma última vez, o rosto de Draco)

então, me virei novamente, andando para fora da floresta.
quando cheguei até a grande rua em que a casa de Draco ficava, continuei andando, pois aquela não era mais a minha casa.

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