A escrava do vampiro

Von empty_and_melancholy

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•DARK ROMANCE• o ano é 2030, um vampiro acaba sendo descoberto por um ser humano e é torturado até entregar s... Mehr

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aviso/pedido!
nova obra!!

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Von empty_and_melancholy

•YARA•

já era de noite, após comer mais de três fatias de bolo, Zack estava dormindo como um bebê.
fechei a porta de seu quarto e estava me dirigindo até a sala, para tomar um copo de água antes de ir para o quarto, quando escutei a voz de uma mulher vindo do andar de baixo.
desci as escadas devagar, visualizando a imagem de uma mulher loira sentada no sofá enquanto conversava com Luan, que estava encostado na parede.

seus olhos de direcionaram para mim enquanto eu chegava nos últimos degraus, a mesma olhou para trás, arqueando as sombrancelhas para mim.

-é sua humana? (ela disse me olhando de cima a baixo)

-sim. (Luan disse olhando para mim)

-está na hora de você jantar? estou atrapalhando? (ela disse olhando para ele, sabia que estava insinuando se o mesmo iria beber meu sangue)

-o que foi? (Luan disse sem tirar os olhos de mim, ignorando as palavras da vampira que estava no sofá)

-só vim beber água. (eu disse me sentindo irritada por algum motivo, ela era namorada dele?)

então, andei até a cozinha, que ficava perto da sala.
estava tomando um copo de água quando escutei a voz da vampira, cheguei um pouco mais para o lado para conseguir escutar melhor.

-ai o Draco ficou irritado só porque dei um beijinho nele (ela era a amiga de Draco e Luan?) -me senti ofendida, vou deixá-lo dormir sozinho hoje para sentir minha falta, espero que me conceda um quarto!

-você é terrível, Liz (Luan suspirou) -tem vários quartos lá em cima, pode escolher um.

-não sendo o quarto da humana, está ótimo! já não basta as coisas da antiga humana de Draco por todo lado, é nojento. (aquilo fez meu sangue ferver)

coloquei o copo na pia e andei até a sala, parando em sua frente.

-minha irmã com certeza é muito mais limpa do que você, vampira imunda. (eu grunhi irritada)

-irmã...? (ela me olhou confusa) e como ousa falar dessa maneira comigo, sua humana suja? (ela se levantou, fitando seus olhos vermelhos em mim)

-acho melhor você ir dormir, Liz. (Luan entrelaçou seu braço em minha cintura, me puxando para trás)

-não vai punir ela por falar de tal maneira comigo, Luan? qual o seu problema? (ela indagou furiosa)

-você falou da irmã da minha mulher primeiro. (ele disse de forma fria, meus olhos se arregalaram. sua mulher?)

-qual é o problema de vocês dois? (ela exclamou irritada)

então, em passos pesados, começou a subir as escadas, fumegando de ódio.

sentia meu corpo quente quando a pele de Luan entrava em contato com a minha.

-quem é ela...? (eu deixei escapar)

-está com ciúmes? (ele riu)

-sai fora (eu sai de seu aperto irritada)

-é uma amiga de infância, ela tem o temperamento um pouco ruim. (ele disse olhando para mim)

-um pouco? (eu ri) -existe algum vampiro com um bom temperamento?

-acho que eu, até porque se fosse outro no meu lugar você já estava a sete palmos abaixo da terra. (ele disse de maneira ríspida, me fazendo tremer)

engoli em seco, me virando e indo em direção as escadas.

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CHRISTIAN

fiquei alguns minutos parado ao lado de seu corpo sem vida, sem saber exatamente o que fazer.

acho que havia passado dos limites, as vezes esquecia que ela era apenas uma humana fraca.

olhei para o seu rosto novamente, observando ele por mais alguns instantes.

não havia mais nada a ser feito, ela não voltaria mais.

peguei a mesma em meu colo, a levando até o meu carro, não iria deixar um cadáver apodrecendo dentro da minha casa.
comecei a pensar onde seria um bom lugar para enterrar seu corpo.
então, pensei em algo e analisei a idéia por alguns minutos, isso seria incrível.

•DRACO•

o dia havia amanhecido, aparentemente Liz ainda não havia voltado para casa.
acordei e fiquei um tempo deitado na cama, não tinha vontade de levantar.
quando finalmente decidi reagir, andei devagar até a janela, abrindo a cortina um pouco, depois de tanto tempo.

mas algo chamou a minha atenção, um cheiro forte parecia vir do meu quintal, olfatos de vampiros eram muito mais potentes do que de humanos.
parecia que havia alguma coisa morta em baixo do meu nariz.

desci as escadas, olhando em volta, talvez algum animal pode ter entrado e por algum motivo morrido aqui dentro.
mas não via nada em canto algum, não parecia ser um cheiro vindo de dentro de casa.
percebi que o cheiro aumentava quando eu chegava perto da porta de entrada.
então, abri a porta.

pisquei meus olhos algumas vezes para ter certeza de que não estava sonhando, e realmente, não estava.
Jasmine estava jogada bem em frente a minha porta.

minha respiração ficou ofegante.
a peguei rapidamente em meus braços, quase delirando por ver seu rosto novamente.
mas por que ele estava tão pálido? tão frio?
por que mesmo comigo gritando seu nome ela nem ao menos se mexia?
por que ela não... respirava?

Jasmine estava morta.

senti minha respiração falhar e pela primeira vez a décadas, lágrimas escorrerem por meu rosto.
não podia ser, isso não podia estar acontecendo.

-JASMINE, JASMINE! (eu a sacudia em desespero, deixando lágrimas caírem em seu rosto pálido)

não...

caí de joelhos, ainda segurando ela em meus braços.
havia vômito seco em seu rosto, seu corpo... ah, merda.
seu pequeno e frágil corpo estava repleto de hematomas enormes, cortes, roxos, mordidas.
aquilo foi como sentir algo apertar meu coração até ele explodir dentro do meu peito.

não conseguia controlar o meu choro, me sentia como uma criança novamente.
abracei ela com força, sem parar de chamar seu nome, implorando para que ela acordasse.
mas nada, Jasmine não acordou.

•LUAN•

o dia amanheceu e como sempre, fiquei durante alguns minutos olhando para Yara enquanto ela dormia.
acho que era um dos poucos momentos em que eu via ela calma e tranquila.

meu celular tocou e eu o atendi rapidamente, para a mesma não acordar.
andei até a janela para então falar.

-Draco? aconteceu alguma coisa?

-venha para minha casa agora, traga o kit de sangue dos nossos pais. (ele disse de forma fria, sua voz parecia monótona)

-o que...? pra que você quer isso? (eu indaguei sem entender)

-estou esperando. (então, ele desligou)

andei devagar até a porta, fechando ela com cautela para não acordar Yara.
fui procurar por Liz nos quartos, não iria correr o risco de deixar essa maluca sozinha com Yara.

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•DRACO•

havia dado um banho em Jasmine, sentindo minha respiração ofegante o tempo inteiro, nunca havia sentido tanta vontade de chorar antes.
troquei sua roupa e escovei seus cabelos, logo em seguida coloquei ela deitada em nossa cama, sentando ao seu lado.
fiquei durante meia hora parado olhando para o seu rosto sem vida, sentindo meu peito apertar.

escutei a porta ser aberta e alguém subir as escadas, imaginei que fosse meu irmão.
ele entrou no quarto acompanhando de Liz, ambos me olharam com expressões confusas, logo focando seus olhares em Jasmine.

-pera, ela tá... (Luan indagou)

-morta. (eu completei, fazendo ambos arregalarem os olhos) -me de a mala. (eu disse apontando para a mala preta que Luan carregava nas mãos)

-você não tá pensando em fazer isso, não é? prometemos aos nossos pais, isso é proibido em nosso mundo! (Luan exclamou)

-me dê a maleta logo.

-Draco, está indo longe demais por causa de uma humana. (Luan disse irritado)

eu me levantei e andei até a sua direção, arrancando a maleta de suas mãos.

-o que nossos pais pensariam em ver que você está colocando sua vida em risco para salvar alguém que teve envolvimento na morte deles?? (Luan exclamou quase em um grito)

-CALA A BOCA PORRA! (eu gritei irritado, vendo Liz se encolher) -O QUE VOCÊ FARIA SE DEIXASSEM YARA MORTA NA PORRA DA SUA PORTA??? (sentia meus olhos se enchendo de lágrimas)

Luan ficou em silêncio, engoliu em seco e abaixou a cabeça.

-você quer ajuda? (ele disse olhando para mim)

-segure a bolsa transparente para mim. (eu falei me sentando na cama)

-você não vai fazer o que estou pensando, não é? (Liz disse se aproximando)

-quero que saia do quarto, agora. (eu disse de maneira ríspida)

então, Liz obedeceu, batendo a porta com força quando saiu para fora.

o processo foi demorado, eu já estava a alguns minutos vendo meu sangue passar por um tubo em destino a uma pequena bolsa de plástico transparente.

um fato curioso sobre nós vampiros, era que não podíamos ficar muito tempo sem sangue, em algum momento da nossa vida, sentiríamos muito a abstinência dele, então tínhamos que ir atrás disso, nem que fosse sangue animal.
o sangue em geral era a nossa fraqueza, pois quando perdiamos sangue, a nossa chance de morrer era maior do que a de um humano.

a bolsa de sangue estava cheia, Luan retirou a agulha do meu braço.
senti minha visão turva e meu corpo fraco.

-ei, você precisa resistir, cara! (Luan me sacudia, enquanto eu tentava ficar consciente) -você precisa estar aqui, talvez Jasmine volte a vida.

-não é... talvez (eu disse o olhando nos olhos) -ela vai voltar, nem que eu morra para buscar sua alma.

então, motivado pelas palavras do meu irmão, segurei a bolsa de sangue enquanto ele aplicava a agulha em Jasmine.

alguns minutos se passaram, minha respiração estava ofegante e minha perna não parava de tremer por conta do nervosismo e ansiedade.

ela não acordava, ela não dava sinal algum.

já havia se passado uma hora, nada.
Luan colocou sua mão no meu ombro.

-não se culpe, você sabe que nunca é certo que vá funcionar... (ele disse receoso)

não...
não podia ser verdade, tinha que funcionar.

em um ato de desespero, comecei a gritar com ela.
dizer o quanto ela era estúpida por morrer sem a minha permissão, o quanto era preguiçosa por ainda estar com os olhos fechados e que eu ordenava que ela voltasse a vida.

novamente...
depois de décadas, senti lágrimas molharem meu rosto.
puta merda, ela estava me tornando um bebê chorão.

ela continuava intacta, sem mexer um músculo.

deitei minha cabeça ao lado do seu peito na cama, passando a mão por sua cintura.
como uma criança, soluçava sem parar.

ela estava morta, ela não iria voltar.

-Draco... (escutei a voz de Luan me chamar, então levantei a cabeça devagar, já preparado para manda-lo sair do quarto)

arregalei meus olhos.
Jasmine estava com os olhos semi abertos, agora a cor de seus olhos verdes haviam se misturado com o vermelho bordô dos vampiros.
senti um sorriso aparecer em meus lábios vendo novamente sua respiração voltar aos poucos.

-Jasmine... (eu disse quase sem acreditar no que estava vendo, sentia que estava delirando)

toquei seu rosto, sem me conter, beijei seus lábios em um beijo delicado e ligeiro.

a mesma parecia recobrar a consciência, fazendo com que seus olhos se arregalarem.

ela tentou se levantar, mas a segurei na cama, estava fraca demais para qualquer esforço.

-o-o que? (seu olhar era assustado e perturbado) -eu... eu não havia morrido? por que me sinto... estranha? (seus pequenos olhos lacrimejavam enquanto ela me olhava em busca de respostas)

-vou te explicar tudo, mas precisa se acalmar, entendeu? (eu disse calmamente)

olhei para trás por alguns segundos, vendo que meu irmão tinha um pequeno sorriso nos lábios, parecendo feliz por tudo ter dado certo.

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