the white shinigami [bsd x ch...

By alnnee

18.5K 2.4K 3.5K

Em que Dazai e Chuuya se tornam uma figuras paternas para uma menininha que possui um grande potencial para a... More

Capítulo 1: Yashiru
Capítulo 2: Dazai
Capítulo 3: Flags
Capítulo 5: Soukoku
Capítulo 6: Ranpo
Capítulo 7: Castigo
Capítulo 8: Compras
Capítulo 9: Aniversário
Capítulo 10: Adam
Capítulo 11: Habilidade
Capítulo 12: Chicletes
Capítulo 13: Desumano
Capítulo 14: Shinigami
Capítulo 15: Preocupação
Capítulo 16: N
Capítulo 17: Luta
Capítulo 18: Batalha
Capítulo 19: Fim
Capítulo 20: Calmaria
Capítulo 21: Comemoração
Capítulo 22: Paciência
Capítulo 23: Mímico
Capítulo 24: Akutagawa
Capítulo 25: Filha
Capítulo 26: Escuridão
Capítulo 27: Yokohama
Capítulo 28: Reencontros
Capítulo 29: ADA
Capítulo 30: Yosano
Capítulo 31: Fukuzawa
Capítulo 32: Kenji
Capítulo 33: Yokohama
Capítulo 34: Pesadelos
Capítulo 35: Tigre
Capítulo 36: Bomba
Especial: Natal
Capítulo 37: Busca
Capítulo 38: Ataque
Capítulo 39: Detetive
Capítulo 40: Tigre
Capítulo 41: Kyouka
Capítulo 42: Conversas
Capítulo 43: Rashumon
Capítulo 44: Jinko

Capítulo 4: Chuuya

691 80 62
By alnnee

Mesmo com apenas dezesseis anos, Chuuya Nakahara se considerava um adulto.

Ele já tinha vivido o suficiente e feito coisas suficientes para se considerar como tal. Afinal, ele já foi líder de uma organização consideravelmente forte, além de ser um dos mais fortes da Máfia do Porto.

Ainda assim, ele estava discutindo com uma criança.

E estava se sentindo um perdedor.

— Para alguém do seu tamanho, você grita muito alto. — a nova pupila de Dazai comentou, de maneira ríspida. Chuuya não a achava parecida com uma criança.

Parecia um robô com um vocabulário bem rebuscado e programada para irrita-lo.

Chuuya achava aquela criança imensamente estranha e diferente das que ele já teve contato. Era uma criança pequena, com uma katana branca do lado e o cabelo preso de uma maneira bagunçada. Sua roupa deveria ter sido bonita, mas agora estava suja de sangue e com um corte em um dos ombros.

Como se a situação já não a tornasse uma menina estranha o suficiente, ela ainda estava defendendo aquele bastardo. Sério, quem fazia isso?

— Você fala como se tivesse mais de dois metros de altura. — o ruivo retrucou, apertando a cabeça dela com força e irritação. — Pirralha.

— Sou uma criança. Ainda estou em fase de crescimento. Qual a sua desculpa?

— Não me importo se o chefe fala maravilhas de você, pirralha. Vou leva-la até a atmosfera e te jogar lá de cima.

Por incrível que pareça, a perspectiva não assustou a criança; muito pelo contrário, já que ele pôde ver um brilho bem sutil no olhar da menina. O idiota do Dazai já tinha contagiado ela com aquela loucura suicida?

— Vamos para com isso. — Piano Man se intrometeu entre os dois. — Estamos entre amigos e a Yashiru-chan é a nossa convidada.

— E brigar com alguém que tem a metade da sua idade é infantilidade demais, até para você, Chuuya. — Albatross completou, dando uma longa risada.

Doc suspirou.

— Eu não sabia que você era tão animada, Yashiru-chan.

Yashiru focou os próprios pés, voltando ao seu temperamento real que a deixava estóica e com uma expressão macabra que Chuuya não atribuiria a crianças. Que criança estranha.

— Só fiquei irritada. — a menina saiu da frente de Chuuya e foi se sentar ao lado de Lippman.

Os minutos seguintes foram de chateação para Chuuya, já que os Flags estavam contentes imensamente animados em rir dele e de sua briga com uma criança. Enquanto isso, a menina parecia estar em seu próprio mundinho, ignorando os mafiosos ao seu redor.

— Acredite ou não, o Dazai me pediu para cuidar dela. — Doc comentou. — Vai ver ele não é tão ruim assim.

— Ele é péssimo. — Chuuya retrucou, enquanto tomava um gole de algo que ele não sabia o que era, só sabia que tinha álcool.

Yashiru lhe lançou um olhar raivoso, mas ficou calada.

Era quase meia-noite quando Chuuya recebeu uma mensagem de Mori. O chefe pedia que ele levasse a criança até a cede da máfia, onde Kouyou estava esperando ela. O ruivo respirou fundo e voltou a sua atenção para a menina.

— Ei, pirralha. Temos que ir.

Yashiru estudou o rosto dele. Chuuya podia perceber que ela tentava detectar se ele estava falando a verdade ou não.

— Você vai me levar até a atmosfera e me jogar lá de cima?

Novamente, Chuuya respirou fundo.

— O chefe me pediu para te levar.

Isso causou um efeito que Chuuya não gostou.

A menina se encolheu e agarrou o braço de quem estava mais próximo a ela, no caso, Lippman. O ruivo também pode notar um brilho de medo no olhar dela, o que o deixou levemente alerta.

Por que essa menina tinha tanto medo do chefe?

— Não vou ver o Mori-san. — ela falou, com a voz séria e um tanto chorosa. — Não vou sem o Dazai.

Novamente, aquele bastardo. Isso fez Chuuya grunhir.

— Não vai ver ele. A Kouyou-san está te esperando.

Isso pareceu acender algo na menina.

Ela soltou o braço de Lippman e ficou de pé, indo em direção a Chuuya.

— Não me importo em ir com a Kouyou-san. — ela disse.

Antes de sair, se virou para os flags e, mesmo sem emoção alguma, deu um “tchau” tímido.

— Volte sempre que quiser. — Piano Man disse, sorrindo.

Chuuya também se despediu, do seu jeito.

E, então, a dupla estranha saiu até um carro luxuoso que os aguardava.

Chuuya não estava muito satisfeito em dividir carro com aquela criança estranha. E, nos primeiros minutos, ficaram em completo silêncio, enquanto Yashiru observava a cidade de Yokohama pela janela.

Naquele momento, ela parecia uma criança comum, e Chuuya sentiu pena por alguém tão jovem estar na Máfia.

Foi então que o ruivo decidiu provoca-la.

— Me pergunto o que uma pirralha mínima como você tem de especial.

— Você também é um pirralho mínimo e, por algum motivo, está em um posto grande da máfia, não é?

Chuuya respirou fundo para não gritar com ela. Não recomeçaria uma nova briga.

— Onde aquele bastardo te achou, hein?

— Favela. — Yashiru respondeu.

— Onde ele achou o Akutagawa... — Chuuya murmurou, mais para ele mesmo, mas Yashiru pareceu ouvir e ficar um tanto preocupada. — Me diz, por que gosta tanto dele?

Yashiru demorou uns segundos para responder.

— Não é como se eu gostasse dele.

— Então por que o defendeu tanto há pouco tempo? — ele arqueou a sobrancelha ruiva.

— Isso pareceu te irritar. — ela deu de ombros, como se fosse óbvio. — E, de qualquer forma, ele é o menos pior daqui.

Isso tornava Chuuya alguém pior que Dazai aos olhos dessa menina?

— Você pareceu gostar da Kouyou também. Ficou feliz quando falei dela.

A menina se encolheu, com o rosto tão vermelho quanto o cabelo de Chuuya.

— Ela arrumou o meu cabelo. — a menina tocou, de leve, no próprio cabelo, fazendo uma careta. — Akutagawa bagunçou ele todo naquela luta.

Chuuya cruzou os braços, continuando sério e tentando parecer descolado.

— Ela arruma novamente. A nee-san gosta de cuidar dos mais jovens.

Após alguns segundos de silêncio, parecia que Yashiru finalmente tinha criado coragem para perguntar algo a Chuuya.

— Chuuya, por que você gosta do Mori-sensei?

— Chuuya-san! — o ruivo disse. — Chuuya-san. Se vai falar comigo, use Chuuya-san! Sou um superior e sou mais velho que você.

Yashiru o olhou, séria.

— Não ligo para superiores. — retrucou, de forma doce. — Nunca me ensinaram a respeita-los. E somos quase da mesma altura, não vejo motivos para te chamar de outra forma.

Uma marca de irritação surgiu no rosto de Chuuya, enquanto ele respirava fundo para não jogar a menina daquele carro.

— Pare de agir feito boba! — ele gritou, irritado. — Vou te educar direito, sua pirralha.

— Chuuya, por que você gosta do Mori-sensei? — Yashiru repetiu, ignorando completamente o mais velho.

Novamente, ele suspirou, irritado.

— Ele é o nosso líder e cuida bem dos membros da Máfia, além de cuidar de tudo e não causar problemas para nós. O chefe Mori não vai te machucar, então não tem porque ter medo dele.

Yashiru voltou a sua atenção para a janela, assistindo Yokohama.

— Não gosto dele e pronto.

— O que você disse é desrespeitoso, então não repita isso na frente dele.

— Mas eu já disse.

— Idiota! — Chuuya gritou.

Novamente, Chuuya teve que respirar fundo para não fazer nenhuma besteira. Mas, no final, ele estava extremamente tentado a realmente pegar aquela criança pela gola do vestido, leva-la até a atmosfera e solta-la de lá.

Se fosse uma criança tão talentosa assim e que merecesse a atenção de Mori, a menina daria um jeito de ficar viva.

Após alguns minutos de silêncio, o ruivo percebeu que Yashiru dormia pacífica e desconfortavelmente no banco ao lado dele.

Novamente, teve que suspirar irritado.

Provavelmente a menina estava há horas acordada. Mesmo Doc, sendo um médico, não percebeu que ela precisava dormir, assim como o bastardo do Dazai, que simplesmente jogou a responsabilidade daquela criança para alguém como Doc.

Será que ninguém sabia que crianças precisavam dormir uma boa quantidade de horas?

Se bem que, em seu interior, ficar tentado para acordar a criança com algum barulho alto e assusta-la. Se ela não dormisse, talvez isso atrapalhasse um pouco o seu crescimento...

Novamente, ele estava sendo um idiota infantil.

Quando o carro parou, Chuuya decidiu que colocaria a criança nos braços e a levaria para dentro. Não lhe custava nada e, se Kouyou o visse sendo idiota com alguém mais jovem, provavelmente as suas orelhas sofreriam.

No hall de entrada, encontrou a ruiva parada, esperando-os.

— Parece que a Yashiru voltou de uma guerra. — ela comentou, após analisar a criança em seus braços. — Ela deve estar tão cansada... vou ter que resolver isso mais tarde.

— O que eu faço com essa pirralha?

— Me acompanhe até o quarto dela! — Kouyou sorriu, achando interessante a cena do ruivo com a criança. Interessantebe fofo. — Seria uma grande maldade acorda-la.

Chuuya seguiu a mais velha, a contragosto e resmungando, vez por outra.

— Você não pareceu gostar muito da Yashiru. — Kouyou comentou, vagamente. — Ou pelo menos finge que não.

— Essa gosta do Dazai. — ele cuspiu, como se tivesse acabado de falar a pior coisa do mundo.

A ruiva mais velha sorriu, novamente.

— É estranho. Me pareceu que o Dazai gostou muito dela também.

— O Dazai não gosta de ninguém. No máximo, ele viu alguma coisa nessa pirralha e vai usa-la no futuro. Mas ele é um idiota.

Os dois chegaram ao quarto que Yashiru ficava.

Chuuya a jogou na cama, sem se importar muito com a menina, o que lhe rendeu um olhar de advertência por parte de Kouyou.

— Ela ainda está machucada...

Chuuya resmungou.

A ruiva revirou os olhos e a cobriu, com um lençol.

— Obrigada, Chuuya. Vou passar o resto da noite com ela.

Chuuya acenou positivamente e saiu do local.

xxx

A última pessoa que Chuuya queria encontrar naquela madrugada era Dazai.

Mas o ruivo sempre foi meio azarado, por isso, a primeira pessoa que ele viu quando voltou o hall de entrada do prédio foi o jovem vestido de preto e com o olho enfaixado.

— Chuuya-kun! — ele gritou. Chuuya o viu abrir um daqueles sorrisos falsos e não evitou de fazer uma careta.

Chuuya o ignorou e seguiu para fora, sendo seguido pelo outro adolescente.

— A lua está linda hoje, não é? — Dazai comentou, enquanto focava no céu noturno de Yokohama.

— Isso não é problema meu.

— Ora, Chuuya, só estou querendo conversar com você.

— Mas eu não quero. — Chuuya pensou que isso poria um ponto final na conversa, mas Dazai o ignorou.

Todos os ignoravam, ultimamente.

— Soube que conheceu a Shiru-chan. — Dazai lançou um sorriso.

Chuuya piscou, parecendo perplexo por um breve momento. Isso não passou despercebido por Dazai, que sorriu ainda mais.

— Ah, não se sinta assim! Você sabe que eu sempre sei de tudo. Sei, até mesmo, que ela foi bem mal criada com você.

— Aquela pirralha é tão idiota quanto você! Por que tanto cuidado com uma criança, hein? No final, ela é como qualquer órfã que o chefe cuida.

— A Shiru-chan é diferente. — ele continuou sorrindo, mas, agora, Chuuya podia jurar que via algo mais terno nesse sorriso.

Por um momento, ele pensou que Dazai tinha sentimentos.

Mas então ele voltou ao seu estado normal. 

— Ela deve ser um monstro dos grandes. — Chuuya disse, com raiva. — No final, você vai usa-la e, quando não lhe servir mais, jogar fora. Você é assim.

Isso pareceu pôr um fim na paciência de Dazai.

O mais alto pegou Chuuya pelo braço com força, fazendo o ruivo dar um grito de raiva. Ele queria muito mandar Dazai voando até o outro lado de Yokohama, mas sua habilidade estava desligada.

— Vou mata-lo.

— A Shiru-chan não é um monstro. — ele disse, sério. — Não repita isso para ela. Crianças levam essas coisas bem a sério. Se eu vou usa-la e depois jogar fora, isso é comigo. Deixe-a em paz.

Chuuya gostaria de ter visto o rosto dele, porque sua voz parecia tão estranha quanto jamais ouviu.
Isso pegou Chuuya de surpresa.

Ele se soltou de Dazai e voltou a sua atenção para ele, com raiva.

— Dá próxima vez que você fizer isso, eu te mato.

Dazai se virou, indo embora.

— Você pode tentar. — ele se virou, dando um sorriso satisfeito.

Deixado para trás, Chuuya não conseguia não ficar surpreso.

Isso só o deixou mais intrigado com a menina.

Teria que cuidar disso futuramente.

xxx

Yashiru acordou em uma cama macia.

Ela não sabia quantas horas havia dormido e, por um momento, nem lembrava onde estava. Seu ombro doeu, o que a fez lembrar de Akutagawa e, consequentemente,  de tudo que aconteceu na noite anterior.

Ela se sentiu sendo observada, até que viu Kouyou sentada ao pé da sua cama, parecendo bem entretida com um livro. A mulher parecia uma boneca, desligada do mundo ao redor e com os seus ornamentos tão bonitos.

Quando percebeu que Yashiru acordou, ela deixou o livro de lado e se aproximou da menina.

— Dormiu bem?

Yashiru apenas acenou positivamente.

— Que bom. Não queria te deixar sozinha em sua primeira noite aqui, então fiquei com você.

Os olhos da menina brilharam. Kouyou parecia tão gentil, mas tão triste. Ela se perguntava o que aconteceu com a mulher para que ela estivesse sempre com aquele ar de tristeza ao seu redor.

— Como cheguei aqui? — Yashiru perguntou. — A última coisa que lembro é do ruivo baixinho conversando comigo no carro.

— Ele te trouxe aqui.

— Ah. Achava que ele queria me matar.

— E queria.

— Ah.

— Teremos um longo dia pela frente! — Kouyou se levantou da cama. — Vou te vestir e mandar trazerem o sei café. Volto logo.

Yashiru viu a ruiva sair do quarto apressadamente.

A criança soltou o ar que estava em seus pulmões, feliz por imfinalemnte estar sozinha.

Tanta coisa havia acontecido em um pequeno espaço de tempo, que ela não sabia como se sentir.

Só sabia que havia algo grande prestes a acontecer.

Continue Reading

You'll Also Like

6.7K 566 65
Apenas algumas cenas legais que não poderiam ser transformadas em uma fanfic de verdade :) E de TBHK! Sou multi shipper nesse fandom, então não me ma...
94.4K 6.1K 28
Isís tem 17 anos, ela está no terceiro ano do ensino médio, Isis é a típica nerd da escola apesar de sua aparência não ser de uma, ela é a melhor ami...
206K 9.9K 60
• Onde Luíza Wiser acaba se envolvendo com os jogadores do seu time do coração. • Onde Richard Ríos se apaixona pela menina que acabou esbarrando e...
1M 113K 57
Com ela eu caso, construo família, dispenso todas e morro casadão.