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BแปŸi Jaynonon_

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๐—ฆ๐˜๐—ฒ๐—น๐—น๐—ฎ ๐——๐—ฎ๐˜ƒ๐—ถ๐˜€, uma garota introvertida, fria e com problemas mentais volta para sua cidade natal ju... Xem Thรชm

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โ€ข 07 (Solidรฃo)
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โ€ข 13
โ€ข 14
โ€ข 15 (A dor da Saudade)
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โ€ข 17
EXTREMAMENTE IMPORTANTE
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EXTRA

โ€ข 19

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BแปŸi Jaynonon_

O fim é um novo início.
A cobra morde o rabo.
Vai acontecer de novo...
(a morte)

—  𝗡𝗔𝗥𝗥𝗔𝗗𝗢𝗥

Os dois meninos não pararam de correr por um segundo se quer. O mexicano de cabelos compridos chorava enquanto corria. O loiro nem se quer raciocinava direito. Ele planejou e imaginou tantas vezes como seria fugir daquele lugar, que simplesmente, ainda estava raciocinando direito se aquilo era real ou não. E como ele foi capaz de abandonar sua única amiga para trás. Não era do seu desejo, nunca foi. Mas oque ele mais temia, era que a fala que Stella disse sobre estar condenada a morrer naquele porão, fosse verdade.

O sol estava nascendo em Denver e os dois não pensaram duas vezes em ir na delegacia primeiro. Pois assim poderiam mostrar que estavam vivos e que talvez pudessem ajudar os polícias a achar sua amiga o mais rápido possível.

A delegacia de Denver tinha acabado de ser aberta. Os polícias tomavam seus cafés e comiam rosquinhas enquanto alguns já se aprontavam para fazer a patrulha pela cidade. O detetive Miller e detetive Wright conversavam em seu gabinete, a dupla não conseguia juntar as peças que faltavam para achar as crianças.
Quando para a surpresa dos dois, a dupla de garotos entram naquela delegacia.

Entraram com tanta rapidez e tanta força que quase quebraram a porta. Fazendo todos os polícias armados pararem oque estavam fazendo e os olharem completamente assustados. Pois ele pensaram que poderia ser um louco, mas era nada mais do que os rostos mais procurados de Denver desde que a terrível cidade ficou apavorada com a onda de sequestros.

Os rostos assustados dos polícias logo se transformaram em surpresa nítida assim que viram os garotos machucados, sujos, suados, ofegantes e exaustos.

- Puta merda... - o detetive Miller fala pausadamente enquanto observava os olhos.

- Por favor! - finny diz quase sem ar - Por favor nos ajudem!

(...)

— 𝗦𝗧𝗘𝗟𝗟𝗔 𝗗𝗔𝗩𝗜𝗦

Demorou um pouco para eu abrir os olhos mas eu finalmente consegui. Senti vontade uma vontade de chorar assim que me dei conta de onde eu ainda estava. Eu sempre odiei porões, e depois de passar todo esse tempo aqui, foi aí que eu comecei a ter pavor.

Me sentei na cama mas logo soltei um pequeno grito de dor quando mexi o meu pé que estava quebrado. Comecei a chorar mas eu estava tão exausta a cansada que apenas gemia de dor enquanto me arrastava para o canto do porão, onde encostei minhas costas na parede.

Minha visão estava ficando turva, não sei se era por conta de minha pressão ou temperatura corporal que nitidamente não estavam estáveis. Meu nariz latejava, minha cabeça também, e meu corpo inteiro doía. Não tinha forças nem para ficar em pé, e tinha quase certeza de que quando aquela porta fosse aberta o grabber estaria pronto para me dar um fim.

Meus olhos ficaram pesados enquanto eu parava de chorar aos poucos. Sentia meu corpo amolecendo, e aos poucos, eu fechei os meus olhos de vez.

- Você deveria abrir os olhos.

Instantaneamente eu abri meus olhos que encaravam o chão. Aquela voz...

"Não pode ser" olhei para minha frente e vi Sophia. Bem na minha frente, em pé e em estéreo.

- Nunca pensei que morrer em um porão fosse a sua praia - ela diz ironicamente e me observa de cima abaixo. - Quanto tempo.

Eu não sabia oque falar. Apenas a encarava, ela estava igualzinha a como eu vi pela última vez. Era quase como ver ela de novo. Eu sei que ela não estava fisicamente ali comigo, mas sim o seu espírito.

-...Eu tô morta? - pergunto.

- Não - ela nega com a cabeça - Ainda não, mas vai se não sair daqui.

- Ah sua filha da puta... - passo a língua entre meus lábios e a encaro - Eu fiquei tão brava quando você foi embora, senti tanta raiva...Você foi tão egoísta.

- Eu não queria te fazer passar pelo oque você passou quando descobriu.

- Porque você não falou comigo, Sophia? Nós sempre fomos próximas, porque você não se abriu comigo? Esperou eu te ver morta pra ver oque tinha causado?

- Eu não me arrependo de ter feito aquilo - ela diz séria. A mais velha se aproxima de mim e se abaixa, ficando na minha altura. - Não me arrependo porque só eu sei oque sentia enquanto estava viva.

- Sinto muito... - ela me olha e pergunta "pelo oque?" - Por não estar lá pra te ajudar.

- Stella... Você não teve culpa de nada, muito pelo contrário. Você foi de fato, a melhor coisa que podia me acontecer em todo o momento em que eu estive viva.

- Eu pensei que poderia ter feito algo.

- Star, presta atenção no que eu vou te falar. Esse desastre não é seu. Você faz parte dele, está no meio dele, mas não é sobre você. Você é digna de todo amor do mundo, não se prenda ao oque aconteceu. Não foi culpa sua. - ela encarecidamente toca meu rosto. - Agora, você precisa se levantar e dar o fora daqui.

- Eu não consigo.

- Você consegue! Você é a garota mais forte que eu conheço, se ninguém conseguiu até agora, você vai ser a primeira. Não por mim, mas por você.

- Eu... Posso tentar

- Isso, eu preciso ir agora, não tenho muito tempo. Mas olha, quando sentir minha falta, feche os olhos. Posso estar longe mas nunca fui embora.

A despedida sempre foi algo doloroso pra algumas pessoas. E embora aquela fosse a primeira e talvez última vez que eu falei com a Sophia após a sua morte, eu sabia que teria que me despedir dela de uma hora ou outra.

- Adeus, Sophia.

- Adeus, Star.

A garota solta um sorriso genuíno e aproxima seus lábios da minha testa fazendo com que eu fechasse os olhos. Quando ela deixou um selar ali e eu abri meus olhos, vi que ela já não estava mais lá.

Passo a mão por debaixo do meu nariz e vi que ele estava sangrando, de repente eu lembrei da enorme raiva que eu sinto por aquele velho filho da puta.

- Desgraçado - falo baixo. Me surpreendo ao ouvir o telefone tocar. - Não, vai se fuder! - grito para o celular que ainda tocava.

Eu não queria mais tocar naquele telefone, mas ele continua tocando e aquele barulho me enchia o saco.

- Que inferno! - me levanto com dificuldade e atendo o telefone com raiva. - Oque é? - ninguém falava nada - Você vai falar alguma coisa, porra? Você ao menos sabe quem você é?

- Que merda de pergunta é essa, garota? Você sabe ao menos quem você é?

- Eu sou a Stella Davis, caralho!

- Porra, prazer em te conhecer de novo então, Stella Davis.

Aquela voz rígida e ignorante não faria eu me confundir com ninguém. Até porque eu conheço bem o dono dela. Vance Hopper, irmão mais novo do meu padrasto.

-...Vance? Vance Hopper?

- Vai ser aqui e agora!

- Oque? - perguntei confusa.

- O terrível pesadelo que é o fim da sua vidinha patética.

- Do que você tá falando, Vance?

- Vai por mim, se você soubesse oque vem agora, estaria apavorada. É HOJE O DIA, SEU FILHO DA PUTA!

(...)

— 𝗚𝗪𝗘𝗡 𝗕𝗟𝗔𝗞𝗘

• 30 minutos após de Finn e Robin chegarem a delegacia •

- Fan, me passa as gotas de chocolate por favor. - digo enquanto batia a massa dos cookies.

Meu pai tinha saído na manhã daquele dia. Ele não tinha trabalho então achei que ele tivesse ido comprar alguma coisa para o nosso café da manhã. O pai da Fanny já tinha sido liberado na noite passada, mas ela continuou na minha casa até agora. Eu estava fazendo cookies enquanto ela fazia panquecas com bastante chantilly e morangos. A cozinha estava uma bagunça porque nós não cozinhamos muito bem, mas acho que não iríamos colocar fogo na casa inteira.

- Calma, deixa eu virar essa panqueca se não vai queimar - ela diz a virando com a espátula e logo em seguida me dá o pote com oque eu pedi.

Ouço barulho da porta da sala sendo aberta

- Meninas, eu cheguei! - meu pai grita - Vocês estão queimando alguma coisa?

- Ainda não - Fanny diz rindo.

Ele mal tinha entrado em casa e a campainha toca. O mais velho vai até a porta e quando abre se depara com os dois detetives.

- Bom dia - ele diz confuso - meninas os detetives estão aqui.

Eu e a Fanny nos olhamos confusas e desligamos o fogo indo até a porta.

- Bom dia, detetives. Oque vocês fazem aqui? - Fanny diz bebendo um pouco de água em seguida.

- Nós os encontramos.

Em choque, Fanny deixa o copo de vidro cair no chão e eu e meu pai estávamos de boca aberta. Oque parecia impossível, estava acontecendo nesse exato momento.

Fomos correndo para a delegacia, meu pai dirigia com velocidade e minhas mãos tremiam. Depois de todo esse tempo eu iria ver meu irmão, meu pai pode ter sido uma pouco bonzinho enquanto ele esteve fora, mas Finny é meu único irmão e só temos um ao outro. Assim como a Fanny e a Stella.

Quando o carro estaciona nós duas descemos correndo e fomos rapidamente até dentro do local.

- Cade eles? - pergunto para um policial e ele nos acompanha até uma sala. A porta e aberta e o sorriso que tinha no rosto de Fanny se desfez, porque ela viu que sua irmã não estava lá.

Eu apenas corri até finny que estava em pé recebendo curativo no nariz,mas ele logo paralisou quando me viu e esperou eu ir até ele para finalmente me abraçar com força.

- Eu senti tanta sua falta - digo com os olhos cheios de lágrimas.

- Eu também, Eu também - ele encosta sua cabeça na minha enquanto ainda me abraçava.

- Robin...- Fan chama o garoto e ele a olha. - Cadê ela?

- Ela não conseguiu fugir - ele diz sem emoção alguma, seus olhos estavam cansados de tanto chorar - Eu não consegui salvar ela.

• Tempo atual •

Abri meus olhos e logo pude notar que eu estava sonhando. Dessa vez eu estava do lado de fora do fliperama que tinha perto da escola. Observo ao redor e tudo parecia normal, tinha uma grande quantidade de crianças e adolescentes porque as doces, revistas e jogos de lá eram mais baratos. Quando ouço uma gritaria vindo de dentro do local.

Me aproximo do vidro junto com as crianças e vejo ninguém menos do que Vance Hopper brigando. Eu ficava chocada em como um garoto poderia ter quase matado aqueles dois garotos, finny também estava no sonho, porém ele estava parado apenas observando aquela confusão. Vance escreve algo no braço de um dos garotos, uma sequência de números, oque aquilo queria dizer?. Não demorou para a polícia chegar e os polícias tiraram o loiro de lá.

Ele entra na viatura da polícia e eu vou logo atrás, me sentando ao seu lado. A viatura andava lentamente pois tudo que ocorria em meus sonhos era de forma lenta.

Até que o rádio da viatura liga.

"você sabe ao menos quem você é?"
"que merda de pergunta é essa, garota? você sabe ao menos quem você é?"
"eu sou a Stella Davis?"

- Stella - grito porém minha voz não sai.
A viatura para e eu desço em frente a uma casa, a mesma casa em que eu senti um calafrio quando a vi pela primeira vez.

Casa com árvore sem folhas.
Cerca um pouco enferrujada e número da casa, 7741.

- HOJE É O DIA SEU FILHO DA PUTA - Vance chuta a grade e eu acordo na banheira da minha casa.

Um pouco ofegante eu olho ao redor, então era lá onde a Stella estava, eu precisava ajudá-la. Me enrolo na toalha e vou correndo até o telefone que fica na cozinha, era tarde da noite, mas eu sei que tem gente na delegacia.

Peguei o cartão onde tinha o número do detetive Wright e rapidamente liguei para ele.

Quando Finny e Robin e explicaram oque tinha acontecido com eles a polícia não acreditou de primeira. Porque eles achavam que eles tinham apenas "fugido de casa" mas o detetive Wright acreditou nos meninos. A única coisa que faltava era saber aonde a casa ficava, e Deus me revelou aonde ela está.

(...)

— 𝗦𝗧𝗘𝗟𝗟𝗔 𝗗𝗔𝗩𝗜𝗦

- Ja tentou fugir empilhando o tapete na janela? - Vance me pergunta.

- Eu já tentei de tudo.

- Não, você não tentou de tudo, não. Quando o sequestrador viu oque eu fiz, já era. Ele não teve pressa comigo.

- Oque você fez? Comeu a mãe dele?

Eu nunca perco o humor.

- Ah, aquele desgraçado teve que gastar a maior grana pra concertar o estrago.

- Oque você fez!? - perguntei brava porque ele estava demorando muito.

- Eu tô chegando lá, imbecil! - ele grita - vai deixar eu terminar ou tem outra coisa mais importante pra fazer?

Revirei os olhos.

- Desculpa, pode falar.

- Tem uma tomada do lado da privada. Do outro lado da parede é o depósito, só que não dá pra chegar lá porque tem um congelador na frente. Então você vai bater na parede meio metro acima da tomada até achar um painel. Tira os parafusos que tem nesse painel e... - eu o interrompo.

- E depois eu saio no depósito.

- Isso, mas antes você precisa fazer uma coisa... Eles me pediram.

- Oque?

- Tem uma marca de uma palma de mão suja de sangue um pouco acima do telefone. Você precisa tocar nela, você vai entender quando tocar. Mas não sai da linha, entendeu, garota? - o mais velho falou de forma bruta, como sempre.

- Okay.

Respiro fundo e levo minha mão até a marca. Sinto um choque enorme passar pelo meu corpo me fazendo fechar os olhos e inclinar um pouco da minha cabeça para trás.

Abri meus olhos e olhei ao redor. Eu reconhecia bem aquele lugar, era o fliperama onde Vance Hopper costumava ir. Desta vez eu conseguia me mexer e andar normalmente. Tinha uma ar estranho no local, a coloração estava cinza e tanto a rua como o fliperama estava vazio, e era tarde da noite.

Senti um cheiro de fumaça vindo de trás do local, andei aos poucos até onde vinha o cheiro e encontrei Vance fumando. Ele estava com o olho machucado e seu punho em carne viva. Ele provavelmente tinha acabado de brigar. Ele leva o cigarro até seus lábios e dá uma última tragada e depois o joga no chão. Ele não me via, mas eu sim.

Ele começou a andar em meio aquela rua deserta. Eu andava atrás dele de forma calma, até que ele simplesmente para fazendo com que eu parasse também. E quando ele se vira e olha para trás de mim, eu faço mesmo. Uma van se aproxima, ela passa por mim e para bem ao lado de Vance.

- Está tarde - o homem diz abaixando o vidro, mas eu não conseguia ver quem era. Todavia, olhei para a parte de trás da van e lá estava escrito "abracadabra" partir dali eu já sabia quem era.

- E oque você tem haver com isso, velhote? - o loiro diz com ignorância. - O asilo fica pra lá - ele aponta pro outro lado da rua.

- Quer uma carona? você parece ter tido um dia difícil.

"Não!" Eu falo em desespero, mas não adiantou, pois não saia som.. O garoto encarou o velho que o observava de cima abaixo, como se fosse um pedaço de carne.
E então Vance entrou naquela van, a qual começou a seguir seu caminho e se perdeu na neblina daquela rua vazia.

Vance Hopper, a primeira vítima.
Tinha 15 anos quando foi morto.
Aceitou carona do seu sequestrador pois acreditou que ele o levaria para casa, mas foi levado pra morte.
Era o preferido dele, foi oque mais passou tempo no porão.
Assassinado brutalmente a facadas e teve seus órgãos expostos.
Morreu lutando.

A neblina foi crescendo e crescendo até embaraçar a minha visão. Comecei a tossir pois a fumaça estava entrando em minhas narinas. Meus olhos estávamos lacrimejando e eu passei a mão por eles. Quando os abri eu já estava em outro lugar.

A minha frente estava Billy Showalter, encostado na garagem de sua casa ao lado de seu cachorro, Bob. Ele estava se preparando para entregar os jornais na vizinhança. Ele andava com sua bike enquanto seu cachorro ia atrás. Eu o acompanhava e ainda o observava, até que de longe, eu consigo ver a mesma van preta se aproximando.

Era desesperador saber oque iria acontecer e não poder ajudar o meu único amigo de infância.

Billy Showalter, a segunda vítima.
Tinha 13 anos quando foi morto.
Estava entregando jornais quando uma Van preta parou ao seu lado e um homem simplesmente o sequestrou.
Seu cachorro latiu mas ninguém ouviu.
Teve seu rosto atacado por uma faca, mas foi morto lentamente por um ataque do cachorro de seu sequestrador.
Morreu lutando.

O cenário muda.

O parque de Denver. Eu já sabia bem qual história aquela marca de sangue iria me revelar desta fez.

Griffin Stagg, eu nunca iria esquecer aquele nome. Estava se balançando no parquinho enquanto chorava por ninguém falava com ele. O Grabber se aproximou do mais novo o oferecendo um truque de mágica, desde então o garoto nunca mais foi visto.

Griffin Stagg, a terceira vítima.
Tinha acabado de fazer 11 anos. Era o mais jovem.
Estava no parquinho quando foi enganado pelo seu sequestrador.
Morreu degolado e teve sua coluna vertebral quebrada ao meio quando ainda estava vivo.
Provavelmente morreria de fome se o sequestrador não tivesse o matado.
Morreu lutando.

Em um piscar de olhos já estava em outro local. Era o dia que o finny jogou contra o time do Bruce. Eu lembro disso porquê o asiático estava usando a mesma roupa de quando eu o vi pela última vez.
Ele pedalava sua bicicleta de forma tranquila, seus cabelos negros balançavam com o vento e ele tinha um belo sorriso em seu rosto. Mas o sorriso se desfez quando a Van preta veio em sua direção.

Bruce Yamada, a quarta vítima.
Foi sequestrado enquanto voltava para sua casa após sua vitória no jogo de baseball.
Também era o preferido dele.
Nunca encontraram o corpo.
Morreu lutando.

E por fim, a última vítima até agora.

Desta vez eu não estava em uma rua ou em um parque, e sim em um canal de esgoto. Aquele que ficava localizado em uma oare de Denver. O cheiro do local era tão ruim que fez eu tampar meu nariz. Eu estava próximo da saída dele, quando dei alguns passos e eu tropeço em algo. Era um corpo, mas desta vez não era de um dos meninos, e sim de uma garota. Eu não a reconhecia. O corpo boiava de barriga para baixo, ele estava tão inchado e roxo, quase azul. Provavelmente estava em decomposição a um tempo. Pois parte de sua perna tinha sido devorada pelos vermes.

Engulo seco vendo aquele corpo, minhas mãos suavam. Me abaixei com calma e virei o corpo da garota.

Aylin, 13 anos.
Ela estava esperando seu pai fechar a loja quando desapareceu misteriosamente.
Aylin Carter, que as vezes...gostava de ser chamada de Ayla.

Ele só queria tocar nela, mas ela gritou.
Morreu sufocada, suas cordas vocais e seu pescoço estavam estraçalhados.
Ele abusou dela quando ela já estava morta. O sequestrador levou seu corpo até sua residência, e ela nunca mais foi vista.
Morreu lutando.

E então minha mão automaticamente sai daquela marca de sangue, fazendo para que eu voltasse para aquele porão e em tempo real.

- Stella? Stella? Tá me ouvindo? - Vance me chama, mas eu não respondo. - Stella, me responde agora!

Eu estava paralisada, em choque. Eu vi a vida de todas aquelas crianças serem ceifadas, bem diante dos meus olhos. Com a boca entre aberta e ainda segurando aquele telefone, lágrimas começaram a sair do meu rosto.

- STELLA! - ele grita fazendo eu tomar um susto e voltar a controle.

- O-oi, eu estou aqui. - passo minha mão suava pela minha calça.

- Você viu, não viu?

- Sim - concordo com a cabeça - Eu sinto muito, Vance.

- Não, você não sentiu porra nenhuma do que eu senti. Mas você vai sentir se não conseguir sair daqui.

- Porque você está me ajudando?

- Porque eu preciso que você mate aquele filho da puta por mim. E porque eu gosto de você.

Se eu não tivesse tão abalada, eu até iria sorri com oque ele disse.

- Agora faz oque eu te mandei, entra na porra daquele depósito, e foge.

- Okay, vou fazer isso agora.

- Star... - ele me chama - você sabe que só não demos certo porquê foi você que não quis, não sabe?

Antes do Robin, o Vance foi o primeiro garoto que se interessou por mim. Por ser irmão do meu padrasto ele frequentava a minha casa. Ele tinha um jeito estranho de demonstrar que gostava de mim, mas ele deixava flores no meu quarto. Nunca mais nos falamos depois que me mudei para Denver.

- Eu sei... - ele fica em silêncio - eu tenho que ir agora, preciso entrar no depósito o mais rápido possível.

- Star - ele me chama e eu presto atenção - cuidado com oque tem lá.

- Como assim? - perguntei confusa porém o mais velho encerrar a ligação.

Coloquei o telefone de volta e fui o mais rápido que conseguia até aquele banheiro. Tinha cacos de vidros pelo chão pois eu tinha quebrado, joguei alguns cacos na cama onde eu dormia e voltei minha atenção para a tomada na parede.

Eu não iria conseguir quebrar aquilo sem nada, então peguei a descarga do vaso e comecei a bater fortemente sobre a parede, por estar velha ela iria quebrar rapidamente. Usei toda a minha força (que já não era muita) e comecei a quebrar aquela parede.

(...)

—  𝗠𝗔𝗫 𝗦𝗛𝗔𝗪

- Obrigado por ter vindo me ver, irmão - digo abrindo a porta para o mesmo.

Meu irmão do meio tinha vindo me visitar, fazia tempo que eu não o via. Ele também morava em Denver, ele estava bastante ocupado com o trabalho e outras coisas que ele não queria me dizer. Enfim, de qualquer forma eu iria embora amanhã, e não poderia ir sem ver ele.

- De nada - ele sorri passando pela porta.

- Queria que o Albert estivesse aqui pra falar com você também.

O mais velho revira um pouco os olhos. Meus irmãos são afastados desde que a mamãe morreu. Albert não aceitou bem a idéia de separar nossa família pois o do meio iria se casar e eu ia me mudar a trabalho. Desde então nós não nos vimos e nem sabíamos nada um da vida do outro.

- Eu não quero ver ele, ainda bem que ele não está aqui - ele diz.

- Bom, eu gostei de te ver depois de todo esse tempo - sorrio e ele sorri também.

- Eu tenho que ir pra casa pois fui no mercado pra comprar algo pra minha filha.

- Você teve uma filha né? Não tinha outro? Eu tenho que conhecer eles, nunca os vi desde que você se mudou.

- É... - ele pareceu ficar um pouco triste quando eu me referi a "o outro" meu irmão estaria me escondendo algo? - Quem sabe um dia. Agora tenho que ir, te vejo depois.

Me despedir dele com um abraço e vi ele ir embora em seu carro. Por instinto, eu olhei para a casa da frente, a casa de Albert. Senti um arrepio na nuca, e quando olhei para o mural onde tinha todas as pistas das vítimas, uma puga ficou atrás da minha orelha.

(...)

—  𝗦𝗧𝗘𝗟𝗟𝗔 𝗗𝗔𝗩𝗜𝗦

Quebrei a parede até chegar no painel, meus braços já estavam cansados. Me abaixei e com as unhas eu tentei tirar os parafusos. E eu consegui, chutei o painel que caiu do outro lado do depósito. Passei minha cabeça e meu corpo por aquele pequeno buraco, me levantei com dificuldade e percebi que não enxergava nada. Estava tudo escuro, procurei algum interruptor de luz e assim que achei eu liguei. Era um depósito comum, tinha algumas estantes com peças de automóveis e outras coisa.

Dou um passo e acabo caindo com tudo no chão, porém, cai em algo "macio" Um cheiro de podridão adentrou em minhas narinas e quando eu arregalei os olhos, senti meu estômago revirar. Eu tinha caído em cima de uma pilha de corpos. Mas não era de qualquer pessoa, eram dos meninos. E o corpo em que eu caí por cima era o da Ayl.

- AAAH! - solto um grito e me afastado rapidamente.

Aqueles corpos estavam ali por todo aquele tempo, então o cheiro que finny sentiu não era da minha perna, e sim daqui!

Os corpos estavam em um estado de decomposição avançado. Larvas comiam suas peles e saiam de seu corpo, se arrastavam e uma grande quantidade de moscas estavam voando e pousando sobre seus corpos.

- AI MEU DEUS! - tampo minha boca observando totalmente aterrorizada. - AI MEU DEUS, AI MEU DEUS!

Eu só conseguia dizer aquilo. Agarrei o corpo de Ayla, eu chorava tanto e estava em um nível de sanidade tão baixa que não conseguia raciocinar direito. Chorava como uma louca, meu nariz escorria e eu só conseguia a olhar completamente aterrorizada. Ela estava EXTREMAMENTE igual como eu vi na visão, todavia, ela não tinha olhos. Os dois foram arrancados.

- NÃO, NÃO, NÃO, AYLA! - abracei seu corpo que estava completamente mole. Ergui minha cabeça para cima e gritei, nunca tinha gritado com tanta força como gritei naquele dia.

Implorei a Deus para que aquilo fosse só um pesadelo. Que eu tivesse morrido quando fui capturada pela segunda vez e que aquilo não fosse real. Mas era, e quando eu olhei uma estante, vi os olhos da garota ali.

Ele guardava seus olhos em conserva. Não só isso, mas alguns órgãos dos garotos.

Eu não me segurei e senti que iria vomitar.

Me arrastei sozinha até o canto daquele depósito e apoiei uma de minhas mãos na parede. Vomitei tudo que tinha em meu estômago, minha garganta queimava pois eu tinha vomitado um pouco do meu suco gástrico. Me joguei naquele chão e tampei meu rosto chorando mais ainda.

O choro é interrompido pois o telefone toca novamente. Confusa, saio da sala e vou até ele, atendendo a ligação.

- Alô? - digo com a voz trêmula.

- Oi Star, não chore. - uma voz doce e feminina sai do telefone.

Fiquei alguns estantes raciocinando oque tinha acabado de ouvir. Era ela, a Ayla.

- A-Ayla?

- Oi amiga, senti sua falta

- Meu Deus, Ayla. Eu sinto muito, eu Sinto muito mesmo, eu não pude te proteger - digo chorando.

- Eu fiquei com você esse tempo todo, não é certo deixar os amigos para trás.

- A gente vai se ver em breve.

- Sai dessa! Você não vai ter o mesmo fim que eu e os garotos. Lembra oque você disse pro finny?

- Que um dia ele teria que se defender?

- E esse dia é hoje, Star. Mas não pro finny, e sim pra você. Ta na hora de levantar a cabeça e acabar com isso!

- Eu não tenho forças.

- Mas tem que ter, nós vamos te dar forças, estamos unidos agora. Saia daqui por você! Você ainda tem uma chance.

- E como eu faço isso? - perguntei pois já tinha parado de chorar um pouco.

- Você vai usar uma arma. A que está em suas mãos. - tiro o telefone do ouvido e o encaro.

- O telefone?

- Sim, enche ele de terra, até ficar pesado, faz oque o Robin te ensinou.

A idéia não era das melhores, mas poderia dar certo.

Uma onda de ódio floresceu em meu corpo. E o choro de tristeza se transformou em raiva, MUITA raiva. Olhei reto e encarei a parede com força. Minha fúria nunca se acalmaria se eu não matasse aquele desgraçado.

- Eu ainda vou conseguir falar com você?

- Essa é a última ligação, Star. Mas você pode se comunicar comigo através da minha foto que você tem em seu álbum. Igual você faz pra se comunicar com os outros.

- Eu sinto a sua falta, Ayla.

- Então me vinga, e seja livre Star. Apenas seja livre.

Fechei meus olhos recuperando um pouco do meu fôlego. Agora eu teria que ter calma.

- Adeus, Ayla.

- Adeus, Star - ela desliga o telefone.

(...)

— 𝗚𝗪𝗘𝗡 𝗕𝗟𝗔𝗞𝗘

Uma imensa chuva caía sobre a rua, ao ponto do céu ficar cinza. Mas mesmo assim eu não parava de pedalar.

Eu tinha conseguido, eu descobri o número da casa onde a Stella estava. A vida dela depende de mim agora, ela se sacrificou pelo meu irmão e pelas pessoas que amava. Eu preciso salvar ela!

- Por favor, senhor, por favor - digo enquanto pedalava. Eu implorava para Deus me ajudar a achar aquela maldita casa - Desculpa dizer que você não existe, por favor me ajuda!

Falo aquilo enquanto olhava como uma louca para todas as casas. Até que olho para frente e vejo 5 pessoas paradas no meio da rua, fecho um pouco meus olhos para ver oque eu estava vendo mas logo arregalo.

Eram as crianças desaparecidas, completamente machucadas.

- AAAH! - eu grito e acabado caindo com tudo no chão.

Olho para a mesma direção onde vi os espíritos, mas eles não estavam mais lá. Me levantei com dificuldade e fico de frente para uma casa. Era a mesma casa do sonho, com a mesma numeração. Eu encontrei!

Não demorou para eu correr até minha casa e ligar imediatamente para a delegacia.

- Alô? - o detetive Wright atende.

- Eu encontrei a Stella

Rapidamente a dupla de detetives se levantaram e foram juntos com sua equipe atrás do endereço onde Gwen tinha dito. Robin e Finny ainda estavam na delegacia, mas assim que ouviram oque Gwen tinha dito, eles tiveram a mesma ideia que a garota. Foram até a residência correndo, pois assim achavam que chegariam mais rápidos que a viatura da polícia.

— 𝗦𝗧𝗘𝗟𝗟𝗔 𝗗𝗔𝗩𝗜𝗦

Pego um dos cacos de vidros que estavam espalhados e corto o cabo do telefone. Abri um pouco o telefone e o enchi de terra, ele ficou bastante pesado, como a Ayla explicou. Ouvi barulhos vindo da escada.

Fiquei em pé e encarei a porta, segurei o telefone com tanta força que chegou a tremer. Meus olhos estavam cheios de ódio, mas minha expressão muda quando outra pessoa abre aquela porta.

Era um homem que eu nunca tinha visto.

- Puta merda! - ele parecia tão surpreso quando eu. - Eu sabia que ele estava me escondendo alguma coisa, mas ISSO! - Ele olhava aquele lugar surpreso

- Por favor, me ajuda! Me tira daqui - peço para o mesmo.

- Calma, eu não vou te machucar. - ele abre mais a porta, mas atrás dele estava o grabber. O encarando com muita raiva, e com um Machado em suas mãos - Quer saber como eu te achei?

- NÃO, NÃO NÃO! - grito tentando chamar sua atenção mas em um momento rápido o grabber crava o machado bem no topo da cabeça do homem que cai mole no chão mas o machado ainda estava preso em sua cabeça.

Grabber desce as escadas ainda observando o corpo morto do homen. Ele pisa em sua cabeça fazem sangue respingar em seu rosto. Ele tira o seu machado sujo de sangue.

- Olha oque você me fez fazer - ele diz tranquilamente. - Me fez matar meu irmão

- E-eu não fiz isso! - falo com raiva - Você matou ele, seu arrombado!

- Ele era um idiota - o velhote nem se quer parecia ter remorso em sua voz - Mas era o meu idiota - ele me encara fazendo meu corpo estremecer. - Acho que ele vai encontrar as crianças afinal.

Dou alguns passos para trás enquanto o observava.

Ele limpa a lâmina do machado com a camisa enquanto me encara.

- Olha, você é muito especial. - ele aponta para mim com o machado

O mais velho arremessa o machado para escada deixando fora daquela sala. Eu imaginei ele fosse tentar me matar com machado, mas ele tirou uma faca de seu bolso.

- Eu quero te machucar muito! - ele fala alto já última parte fazendo eu segurar firmemente o telefone e ficar em posição de ataque. Não importa oque aconteceria a partir de agora, era vida ou morte.

Ele vem correndo até mim e eu me esquivo. Com o telefone em minha mão eu bati com força em sua cabeça fazendo ele ir para trás. Por impulso, eu corro e o empurro com tudo, fazendo ele bater com as costas na parede.
Tento tirar a faca de suas mãos mas sou surpreendida com um soco em meu rosto. Fiquei zonza por alguns segundos mas balancei a cabeça me afastando dele.

- VAI SE FUDER! - pulo em suas costas e tento sufoca-lo com o cabo do telefone. Eu estava conseguindo, ele não estava conseguindo respirar e por estar em desespero, também não conseguia me bater pois eu estava atrás dele.

Mas ele andou de ré fazendo meu corpo bater na parede e eu soltar o seu corpo e cair no chão e o telefone ser arrastado para longe.

— 𝗡𝗔𝗥𝗥𝗔𝗗𝗢𝗥

O mais velho sobe sobre o corpo de Stella que tentava o empurrar. Em um movimento rápido, ele pega sua faca e a crava no estômago de Stella. Ela solta um grito de dor e ela apenas a observava se contorcer de dor. Ele gira com força a faca que ainda estava dentro dela, perfurando seu estômago. Com lágrimas nos olhos ela o encara e segura a cabeça do mais velho o dando uma cabeçada. Ele sai de cima dela pois seu nariz tinha sido quebrado com o impacto da testa dela em seu nariz.

Ela tira a faca de seu estômago fazendo uma grande quantidade de sangue sair de seu estômago. Ela tampa com suas mãos, mas não adianta, ela mancha sua roupas e mão, o sangue escorrendo forma uma poça de sangue. Sangue saia de sua boca.

- SANSÃO! - o mais velho grita de repente.

Aquela besta demoníaca desce as escadas e para ao lado do seu dono.

O velho vai até a porta e segura a maceta.

- Está na hora do almoço.

Ele fecha a porta e o cachorro simplesmente avança no braço de Stella. O qual ela usou na tentativa de se proteger do grande cachorro. Ela grita mais ainda pois ela podia sentir os dentes dele penetrando em seu braço. Ela segura firme uma das orelhas do cachorro e as puxa, fazendo ele soltar o seu braço e atacar sua mão e a morder tão forte quanto mordeu seu braço.

A garota não puxou seu braço da boca do animal pois sabia que ele seria capaz de arrancar. Ela olha ao redor em busca de achar algo para acabar com aquilo, e então ela avista um grande caco de vidro. Ela estica sua mão livre tentando alcançar.
E assim que ela consegue, ela segura firme e enfia o caco de vidro em na garganta do cachorro fazendo instantaneamente o sangue dele jorrar pelo seu rosto e ele largar a sua mão.

Star cospe uma grande quantidade de sangue de sua boca se arrasta para longe segurando sua mão machucada. A loira observa o cachorro andar cambaleando de um lado para o outro. Até que ele finalmente para e caí no chão. Ele estava morto.

Ela olha para sua mão e solta um gemido de dor ao ver o estado que estava. O cachorro tinha comido dois de seus últimos dedos da mão esquerda. O mindinho e o anelar.
A respiração da garota fica ofegante, ainda saia muito sangue de sua barriga, ela iria morrer. Star apenas aceita seu destino e deixa naquele chão, fechando os olhos e perdendo as forças aos poucos.

Até que ela para de respirar. Seu corpo não se movia, seus olhos não abriram, e seu coração foi parando de pulsar. Até não conseguir mais bombear sangue.

Star acabou da forma que mais temia, ficou sozinha.


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Nome: Stella Davis
Idade: 13
Data de nascimento: 14/07/1965
Sexo: F
Nome do pai: Brian Davis
Nome da mãe: Helena Davis

O corpo está totalmente danificado.

Teve seu pé direito quebrado, a fratura ficou exposta por tanto tempo que seu pé inchou e avermelhou. Tinha machucados no céu de sua boca e em sua garganta, sinais visíveis de abuso sexual.

Além disso, a garota teve um corte grande e fundo em sua barriga, oque a fez ter um hemorragia e sangrar até morrer.
Tinha marcas de mordidas de cachorro em seu braço esquerdo. Perdeu dois de seus dedos da mão esquerda. Seu corpo estava totalmente machucado e sua boca com grandes cortes. Perdeu bastante peso e estava com anemia.

Sofreu muito antes de morrer.

Morreu lutando.


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Como foi acordar sem nunca ter ido dormir?
(O nascimento)

— 𝗦𝗧𝗘𝗟𝗟𝗔 𝗗𝗔𝗩𝗜𝗦

21 novembro de 1978
Foi o dia em que eu morri.

No último segundo de vida, eu vi um clarão tão forte que me fez fechar os olhos. Naquele estante eu senti minha alma levitar. Não sentia mais dor, nem nada do tipo. Era como se eu estivesse livre.

- Star... - ouço uma voz feminina - Está na hora de acordar, meu bem.

Abri meus olhos com calma, não estava mais no porão. Minha visão se dava a um lindo céu, ele tinha uma tonalidade linda, como o fim de tarde. Sentia que estava deitada em algum tipo de grama, e meu corpo não tinha nenhum machucado.

- Eu estou aqui, filha - vagarosamente eu olho para o lado e vejo a minha mãe. Sentada ao lado do meu corpo, com vestes brancas e seu belo sorrisos exposto.

Me sento ainda a observando, totalmente encantada.

- M-mãe? - pergunto confusa.

- Olá, meu amor. - ela sorri novamente e eu não penso duas vezes em abraça-la com força. Ela retribuí e me olha em seguida.

- Aonde estamos? - olho ao redor.

Era um campo, mas estava repleto de flores, e estávamos embaixo de uma grande árvore cheia de folhas verdes. Ao olhar para o horizonte, podia se o ver o por do sol. Era lindo.

- Eu vou deixar algumas pessoas te explicar - ela sorri - Olha para ali, perto do por do sol. Está vendo? São eles.

Fechei os meus olhos para poder ver melhor quem estava se aproximando. Fico surpresa e feliz ao ver quem estava se aproximando. Eram as vítimas, os garotos, exceto vance. Logo atrás deles estavam a Ayla e a Sophia.
Me levantei os vendo se aproximar de mim, Ayla foi a primeira a correr até mim e me abraçar.

- Stella! - Ayla sorri e eu não exito de fazer o mesmo.

- Ayla! Que saudade - sorrio a olhando e logo atrás dela os garotos se aproximavam. Eles pareciam estar bem.

- Não imaginava que fosse te encontrar aqui - Billy diz me olhando.

- E onde é "aqui"?

- O céu - griffin responde.

- Então... Eu estou morta, de fato?

- Sim... - Billy diz um pouco desanimado.

- E onde está o Vance?

- Ele não conseguiu descansar, a alma dele não conseguiu entrar aqui - Sophia me explica.

- Você precisa voltar, Star - minha mãe diz se levantando.

- Mas como? Não tem jeito de voltar, meu corpo está morto agora

- Mas sua mente não - Ayla sala. - Eu disse que nós íamos te dar força, e é isso que vamos fazer.

- Como?

- Você vai ter algo que nós não tivemos, uma segunda chance - Sophia diz se aproximando - Nós vamos te dar isso - ela segura minha mão.

- Mas... eu queria ficar com vocês.

- E deixar seus amigos para trás? - Billy arqueia a sobrancelha. Por um estante eu tinha esquecido de Robin, finny e as meninas.

Eu precisava voltar para eles, e por mim. E para dar sucesso ao Vance e essas almas que foram ceifadas antes de seu tempo.

- Vocês estão certos, mas como eu vou voltar?

Eles ficam em silêncio e apenas se olham entre si. Até minha mãe me vir para minha frente.

- Stella, minha filha, meu amor. Eu quero que você saiba que contínuo amando você e a Fanny. Independente do que aconteceu vocês ainda são minhas filhas. Eu não poderia ter mais orgulho de ter tido duas filhas tão corajosas e lindas como vocês. Você se esforçou tanto, e agora está na hora de ser feliz. Em breve nos veremos, eu tenho certeza.

- Isso é um Adeus?

- É um até breve - Sophia diz sorrindo.

E então, todos aqueles espíritos foram a Star e a abraçaram em grupo. Ela nunca se sentiu tão amada, e por fim, recebeu um beijo na testa de sua mãe. Onde ela fechou os olhos apenas para apreciar o momento.

E como mágica, seu corpo sem vida que estava jogado naquele porão renasce. Seus pulmões enchem de ar e ela abre os olhos. Acordando de um sono profundo.
Ela não falou nada, apenas se levantou e pegou o telefone no chão.

- Pessoal, não se preocupem, eu vou vingar vocês. Eu vou matar aquele desgraçado.

— 𝗡𝗔𝗥𝗥𝗔𝗗𝗢𝗥

O assassino em série colocou uma música em sua vitrola enquanto ouvia os gritos de Stella vindo dos fundos da sua casa. Ouvir o pavor das pessoas era oque deixava ele animado.

Ele fez um café e se sentou no sofá, bebeu uma xícara inteira, até que os gritos da garota foram silenciados. Ele dá seu último cole no café e solta um sorriso. "Está feito" ele pensa completamente satisfeito.

O mais velho se levanta e desce as escadas do porão, com um machado na mão e enquanto cantarolava. Pelo menos agora ele poderia guardar algum órgão da garota morta para ficar de lembrança. Ele ficava completamente satisfeito quando fazia uma nova vítima, mas sua alegria foi embora quando ele abriu aquela porta e viu morta, a única coisa que o amou morta. Seu cachorro.

- Sansão! - ele vai até o corpo do cachorro. O porão estava vazio, Stella não estava lá. - Oque fizeram com você!?

Seus olhos enchem de lágrimas ao ver seu amigo morto. Um assobio é vindo por detrás dele. Um frio e o medo percorrer pelo seu corpo, seus pelos se arrepiaram.

- Acho que ele morreu, hein. - aquela voz irônica nunca iria fazer ele se confundir.

O mesmo se vira, dando de frente com Star, em pé e completamente viva. Nem parecia que tinha sido atacada a estantes atrás.
Ele poderia fazer várias perguntas do tipo "como você ainda está viva?" "Como você pode matar meu cachorro?" "Eu vou acabar com você" mas ele apenas a encarou no fundo dos seus olhos e disse:

- Sinto muito mas nunca haverá espaço o suficiente para nós 2 nesse jogo. - Star ri mostrando seus dentes repletos de sangue.

- Bom, aposto que você não estava esperando por mim agora não é? - ele observa ela com aquele maldito telefone na mão.

- De novo esse telefone? Eu já falei que ele não funciona! - ele grita - Você me deixa cheio de ódio, eu te matei uma vez, eu posso te matar de novo.

- Tenta - ele se surpreende com a resposta dela, como ela ainda estava de pé? - Eu quero ver você tentar.

Com raiva nos olhos, Grabber segura firme seu machado e vai até Stella que continuava parada. Ele levanta seu machado e ataca a loira, que simplesmente desvia como água. O velho não teve tempo de ficar surpreso pois rapidamente a garota corre até o corredor onde tinha uma armadilha pronta para ele.

Ele rapidamente corre pensando que ela estava sem saída, mas ele cai no barraco em que ela cavou desde que foi jogada naquele porão. Quando ele cai, sua perna quebra fazendo ele fritar e soltar o machado. Star aproveita para chutar machado para longe. Ela agarra o telefone e dá um soco certeiro o homem que berrava.

- Desgraçada! - ele tenta puxar ela mas ela desvia, fazendo os mesmo movimentos que Robin a ensinou. Ela da outro soco fazendo a máscara dele voar para longe, ele surta, começando a gritar mais ainda.

Ela corre para atrás dele ele envolve o cabo do telefone em seu pescoço, usando uma força extraordinária para sufoca-lo. Ele se debatia e tentava tirar o fio para buscar ar, mas Star não o soltava de jeito nenhum. Para o terror do grabber, o telefone toca , mesmo totalmente quebrado.

- É pra você - ela encosta o telefone em seu ouvido e uma risada sai da ligação.

- Bem-vindo ao pesadelo que é o fim da sua vidinha patética - a voz de Vance sai do telefone.

- Você não tem muito tempo - desta vez era griffin, que ria da situação do mais velho.

- Você vai arder no inferno - Billy fala.

- Eu não posso te matar seu desgraçado, então a Stella vai fazer isso por mim! - Ayla grita.

- O BRAÇO DA STELLA É UM CANHÃO! - Bruce grita.

O grabber fecha os olhos esperando que a garota o matasse de uma vez, mas para a surpresa dele e de todos. Ela não fez isso. Ela tira o telefone de sua garganta, pega o machado e caminha calmamente até a frente dele. Sua expressão estava completamente mudada, parecia outra pessoa.

- Você não vai me matar - ele diz ofegante.

- Porque não? Eu matei o meu padrasto - ela sorri debochada.

- Mentira! Eu sei tudo sobre você, você não teria coragem!

- Não, você não sabe nada sobre mim. Sabe, por muito tempo eu evitava mostrar esse meu lado. Geralmente ele só aparecia como um impulso, mas eu conseguia controlar. Mas agora, eu não vou controlar porra nenhuma - ela anda até ele e o observava 

- Voce é um monstro!

- Pra você sim, eu sou o mostro que você criou. "O abusado vira o abusador" - ela recita a última parte - Isso não é mais sobre vingança, Velhote. Isso é sobre dar o melhor que eu tenho a oferecer - ela levanta o machado.

- Não, não! - ele protege seu rosto com as mãos, totalmente desesperado - Eu faço qualquer coisa, por favor!

- Qualquer coisa? - ela arqueia a sobrancelha.

- Sim, sim, qualquer coisa - ele a olha com medo.

Como uma louca, a garota forma um sorriso, sua boca estava repleta de sangue que sujou todos os seus dentes

- Vamos grabber, me dá um sorriso - ela fala fazendo sangue sair de sua boca e dá um enorme sorriso no final.

Com medo, ele dá um sorriso forçado.

- Não me convenceu.

- VOCÊ NÃO PODE ME VENCER, EU CRIEI ESSE JOGO!

- Eu te tirei da jogada, eu crio as regras agora, porque eu sou a porra da protagonista. Eu ganhei! - ela grita.

— 𝗦𝗧𝗘𝗟𝗟𝗔 𝗗𝗔𝗩𝗜𝗦

Levantei o machado com rapidez e acertei em cheio sua cabeça.

Ouço o barulho do crânio se quebrando antes mesmo do sangue respingar em mim
Foi tão prazeroso que acertei sua cabeça com o machado repetidamente, até não o reconhecer mais

Eu sorri sadicamente passando a língua pelos seus lábios, sentido o gosto do sangue.

- Você mexeu com a garota errada.

Joguei o machado para longe, e então respirei aliviada. Estiquei meus braços para trás de mim, me espreguiçando.

Chegou a hora de ir embora.

Passei pelo corpo morto dele, pisando nos restos de sua cabeça. Encarei a escada por alguns segundos, subindo em seguida. Olhei ao redor da casa dele, estava vazia. Deixei o gás ligado e quebrei a lâmpada do abajur, ligando em seguida. Queria que aquele lugar queimasse.

Com uma mão onde estava o corte na barriga, abri a porta e sai daquela maldito lugar que já estava ardendo em chamas.

"Hit the road, Jack, and don't you come back
No more, no more, no more, no more
Hit the road, Jack,
and don't you come back no more
Pegue a estrada, Jack, e não volte
Nunca mais, nunca mais, nunca mais, nunca mais
Pegue a estrada, Jack
E não volte nunca mais."

Pegadas de sangue que escorria pelas minhas pernas marcavam aquela rua enquanto eu andava. A vizinhança inteira saia de suas casas em choque olhando o meu estado e a casa pegando fogo. Mas eu só seguida em frente.

Os carros da polícia chegam, e logo atrás estavam os bombeiros. Eles pararam bem já minha frente. Eles sairam de suas viaturas e me olharam em choque, mas oque me fez tomar conta de mim foi quando eu vi Fanny descendo daquela viatura.

Arregalei meus olhos e parei por um estante. Depois de tudo isso, eu finalmente a reencontrei.

Ela corre até mim e me abraçar, ignorei totalmente a dor a segurei também.

- Vamos, não temos tempo a perder - o detetive Miller grita.

Os polícias e os bombeiros correram até a casa só sequestrador. Os bombeiros foram na casa em chamas e os polícias na casa da frente, onde também era dele.

Fanny chorava tanto e eu apenas sorri a abraçando. Nos olhamos e sorrimos uma para outra.

- Eu pensei que você tava morta - ela diz soluçando.

- Tudo bem, Fan. - faço carinho em seu rosto - eu estou aqui agora.

Minha visão foi direcionada para atrás dela, onde finney e Robin chegam correndo. Robin paralisa ao me ver, mas ainda me encara. Solto o corpo de Fanny e fui chorando até ele. Me surpreendo pois ele segura meu rosto e me dá um beijo, o beijo do reencontro.

Por um estante o mundo parou, e nada mais importante além de eu e ele naquele momento. Ele separa o beijo e me olha com os olhos cheios de lágrimas.

- Eu te amo, Star, eu te amo pra caralho!

- Eu até diria isso se meu estômago não tivesse quase saindo pra fora, literalmente.

- Ela está perdendo muito sangue, façam algo! - Finny fala para a ambulância que tinha acabado de chegar.

- Ela não vai aguentar por muito tempo - gwen fala.

- TEM MAIS ALGUÉM VIVO! - o detetive Wright grita de fora da segunda casa do sequestrador. Todos nos o olhamos rapidamente.

E para nossa surpresa, ele sai de lá com Bruce em seus braços. Bruce Yamada, em carne e osso. Ele estava tão magro quanto eu, e tinha machucado por todos os corpos.

Eu fiquei sem reação, não só eu como gwen, finn, Robin e Fan também. Senti minhas pernas ficarem bambas e de repente tudo se apagou.

Eu voltei dos mortos.

Stella no pique "morto e vivo" cê é loucoKKKKKKKKK

Não sei oque dizer de tanto que escrevi nesse capítulo. Vocês não tem noção de como esse cap foi exaustivo de fazer, juro.

Enfim, espero que vocês tenham gostado. Eu disse que ia ser plot atrás de plot e quem é atento aos detalhes dos capítulos anteriores percebeu que muitas coisas que ficaram sem respostas, tiveram suas respostas aqui.

Todavia, no próximo terá mais respostas pra algumas dúvidas ok?

Esse foi o PENÚLTIMO capítulo da fic, o próximo vai ser mais leve. Prometo.

Me desculpem qualquer erro gramatical (que provavelmente vai ter porque esse capítulo ficou gigante)

@namodoedmundx|in tiktok
Conta de edits da fic 👆

ATÉ A PRÓXIMA ❤️

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