Nostroar

By HenryqueGregory

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Heyden e Hory são dois amigos que abandonam suas vidas de luxo e riqueza, com o destino feito, para se aventu... More

Prólogo
Capítulo 01
Capítulo 02
Capítulo 03
Capítulo 04
Capítulo 05
Capítulo 06
Capítulo 07
Capítulo 09
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capitulo 17
Capítulo 18

Capítulo 08

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By HenryqueGregory

Samantha.

Ele me beijou. Isso realmente aconteceu?? Ainda sinto minha barriga se revirar por dentro, e meus pelos continuam erguidos por meus braços.

O sentimento é real? Ou estou me iludindo novamente...Sei que antes dele deixar nossa cidade havia tido um clima momentâneo, mas jamais iria imaginar que ele faria algo assim. Não nego, eu gostei muito, e gostaria mais se tivéssemos continuado. Maldita Dryca.

Sou despertada de meus pensamentos quando ouço ela bater as palmas de suas mãos na tentativa de chamar minha atenção. Ela me pergunta se eu estava prestando atenção no que ela disse, e apenas confirmo, não ouvi nada desde que saímos do quarto dele.

Ate quando isso iria ficar me impedindo de pensar em outras coisas e fazer algo útil? Droga Heyden, eu definitivamente te odeio agora. Se as besteiras que fizestes no passado não fizeram isso, agora essa sua atitude com certeza fez.

— Acho que eles saíram, quer dar uma volta? — Finalmente ouço sua voz com clareza, acho que a raiva me despertou.

— Quais seus planos?

— Isso é surpresa. Confia em mim?

Na verdade eu não confiava nem um pouco que fosse nela. Havia feito apenas algumas poucas horas desde que a conheci, então por qual motivo eu daria meu voto de confiança?

Se bem que estou com vontade de sair um pouco, preciso de roupas novas, calçados, joias e maquiagens... Droga, preciso de muita coisa, e com certeza meu bolso não dará conta de tudo isso.

— Claro, mas eu preciso de algumas coisinhas...

— Ótimo! Compraremos tudo, irei lhe levar aos melhores locais.

Acho que ela não percebeu que não sou rica como eles três. Se bem que Hory e Heyden não são de fato, ou são? O dinheiro vem dos pais, não vejo isso como riqueza própria deles.

Até agora não sei como eles arranjaram esse apartamento de luxo. Ou de onde veio aquele carro que ela dirigiu nos trazendo de volta, ou como Hory conseguiu organizar tudo isso em pouco tempo. Me lembro de quando Heyden me contou sobre a sua ideia, e não faz nem 1 mês desde aquele dia...

Meu deus, o que estou pensando, não deveria ter todos esses pensamentos, irei ficar louca se continuar assim!! Você me paga por ter feito isso seu idiota, você me paga!

— O problema é que não tenho tanto dinheiro assim — Acho que falei algo errado, sinto ela me olhar estranho agora.

— Não tem problema — Sinto um alivio ao ouvir ela, mas agora sinto medo quando a vejo sorrir de forma macabra — Usaremos o cartão do Hory.

— O QUE??? UM BLACK??

Dryca cai no chão de tanto rir após ver minha reação, e tudo o que eu me perguntava agora era como com apenas dezenove anos ele já tinha um cartão daquele. Seria errado eu pensar na possibilidade de ser do pai arrogante dele? Acho que me sentiria até melhor em comprar nele se fosse mesmo.

Sem conseguir falar mais nada sinto ela me puxar e me carregar até o elevador. Podia observar sua felicidade, era muita e não tinha como passar despercebido. Desde que a conheci no banheiro da boate já havia visto que ela era o tipo de mulher elétrica e que gostava de curtir, das diversas formas possíveis.

Como sei disso? Não sei na verdade, apenas minha intuição, e a intuição das mulheres não erram. Quando a porta se abre sou puxada novamente, mas paramos de forma brusca.

Quando olho por cima de seu ombro vejo que seu carro não estava na vaga em que havia deixado mais cedo. Aposto que isso havia deixado ela bem brava, mas também fiquei me perguntando como ela desceu até aqui sem estar com a chave em suas mãos. As pessoas daqui são bem estranhas mesmo.

— Maldito Hory...

Sim, sua voz saia com o tom de furiosa, e assim eu ficava feliz em saber que não era a única com problemas com homens. Ela dá meia volta e vai na direção contraria agora, mas tudo o que havia nas vagas era uma moto esportiva.

Não me diga que... A moto é dela sim, já a vejo subir e ligando ela em sequência. Poderia ser qualquer veículo existente, poderia ser a droga de um super jato, mas não uma moto.

— Anda, sobe aí. Temos muitos lugares para ir.

— Você vai devagar? — Pergunto para garantir e já deixar claro que não gosto muito.

— Vou sim, confia em mim.

Suas palavras realmente não me passaram muita confiança, mas que escolha eu tinha? Realmente precisava de coisas novas para mim, e talvez apreciar um pouco? Esquecer o que houve antes.

Subo na moto e ponho o capacete, ouço ela falar para me segurar bastante, então rapidamente me agarro a sua cintura. O que mais temia aconteceu, ela era um motoqueira que gostava de alta velocidade, o que me fazia ter mais medo que antes.

Se bem que não era tão absurdo como quando Heyden me deixou esse trauma, ela era rápida, mas não perigosa. Em poucos minutinhos chegamos a uma loja de aparência fantástica, o tipo de loja que normalmente eu não iria.

Não gosto de falar para as pessoas as minhas reais origens, mesmo que seja algo grande no passado, hoje em dia se torna motivo de piada para mim. Quando desço da moto coloco o capacete passando por meu braço, e logo ela fica ao meu lado, olhando para a entrada comigo.

— Depois você vai me contar o que ele te fez. Tanto no apartamento como o motivo do seu trauma.

Sério, como é possível existir pessoas assim? Ela apenas me olhou, analisou e tomou decisões extremamente verdadeiras sobre mim. Isso que chamam de gênios então? Por isso ela e Hory combinam bastante, ou talvez eu esteja exagerando mesmo.

Aceno com minha cabeça, confirmado o que ela havia falado, talvez eu tenha assinado uma sessão de terapia sem saber. Começamos a entrar na loja, e os vendedores passavam minuciosamente seus olhares para mim, me analisando de cima a baixo.

Me sinto suja, ou desprovida de uma beleza real. Eu sei que sou muito acima da média aqui, mas esses olhares são capazes de destruir qualquer pessoa.

De repente sinto os olhares sumirem, e quando percebo o que havia mudado, vejo todos olhando com olhares surpresos para Dryca. Não entendi, o que ela havia feito que eu não percebi?

— Olá, boa noite seus esnobes escrotos — Fico completamente envergonhada com o que ela havia acabado de proferir — Tratem minha amiga como jamais trataram alguém antes, ela é mais importante que a vidinha medíocre de vocês.

Ok, definitivamente eu não sei o que fazer, falar ou com que cara olhar para todos agora. Tudo o que eu queria fazer era gritar com ela e entender o que foi tudo aquilo, e o motivo.

Atendentes começam a se aproximar de mim, com sorrisos no rosto e me guiando para as seções femininas. Olho para trás e vejo Dryca sorrindo e acenando para mim, até tento chamar por ela, mas minha voz não sai de forma alguma.

Por alguns minutos sou apresentada a diversos vestidos, e devo confessar que todos são incríveis, jamais havia visto roupas tão espetaculares como essas.

Um deles chama muito minha atenção, então decido experimentar ele. Fico no vestiário apenas me olhando com ele, admirando o quão lindo e perfeito ele havia ficado no meu corpo.

Ele era branco com perolado em todo seu tecido. Trançado por todo o corpo, com um mini decote na parte lateral da perna e no centro entre meus seios. Além de ser lindo, ele realçava meus seios e bunda, me deixando sexy.

Por um momento mínimo e curto eu penso se ele gostaria de me ver naquela roupa, se me acharia bonita e me elogiaria. Não era nada extravagante, era caído até um pouco acima dos meus joelhos, mas ainda era bem sexy.

Quando ia me despedir dele, tomo um baita susto quando Dryca adentra o vestiário. E quando vejo sua reação, totalmente parada me olhando de cima a baixo, com um sorriso de canto, percebi de vez que eu estava muito atraente mesmo.

— Ele ficou perfeito em você — Dizia ela, dando voltas por mim e tocando meu corpo — Nós vamos levar.

Ela pegava minhas mãos e sorria extremamente feliz, até mais que eu. Passamos mais algum tempo experimentando roupas diversas, e ela decide levar algumas para ela.

Até agora ainda não havia entendido o motivo dos atendentes terem mudado sua forma de agir quando ela começou a falar. Fico pensando que tipo de pessoa importante ela era. Todos ao meu redor parecem ser, menos eu.

— O que acha? — Ouço ela me perguntar — Muito provocante?

Ela estava usando um minivestido preto com um mega decote em seus seios e barriga. Para sustentar aquilo, havia encaixes que os prendia de cada lado, como os chaveiros, exatamente como eles.

Era lindo, e muito provocante. Dryca havia belos seios, até maiores que os meus. Duas curvas eram finas e fenomenais, sua bunda também... Posso dizer que ela é uma verdadeira obra de arte.

Quando confirmo, ela rapidamente tira o vestido e o põe na sacola junto das outras peças que levaríamos. Finalmente saímos dali e vamos direto para o caixa.

Novamente sinto olhares, mas dessa vez apenas e uma pessoa. Um homem a nossa direita, que estava ajeitando a roupa em um manequim. Ele não parava de me encarar, mas não era como antes, ele parecia ter desejo.

Não olhava para ele, apenas o via no meu campo de visão. Permaneço de cabeça baixa, e quando me ergo disposta a ir falar com ele, sou interrompido por ela.

— John. Martinez de Reys — Proferia Dryca, virando seu olhar para ele, que a olhava assustado — Arrume suas coisas e nunca mais pise aqui novamente.

Fico completamente surpresa com o que ela havia feito. Então desde o começo esse era o motivo de todo o tratamento diferente?

— M-mas o que? — Indagava ele, largando o manequim e se aproximando de nós duas.

— Nem mais um passo, seu verme repugnante. Saia agora ou tomarei medidas sérias.

Quando olho para ele, percebo seu olhar furioso destinado a mim. Ele vira de costas e sai dali. Alguns minutos depois ele volta com uma bolsa em suas costas e sai da loja.

Dryca parece não ter ligado para o que fez, apenas paga nossas roupas e então saímos sem levar uma única sacola.

Ao sairmos, vejo que ela para alguns metros depois, e fica olhando para o céu, com seus olhos fechados e respirando profundamente.

— Sinto muito por isso, já é o sexto homem que faz isso e eu chuto para fora.

— Então você...

— É, sou dona dessa loja — Ela nem me deixa terminar de falar, mas foi bom, me poupou voz.

— Então nossas compras.

— Sim, vão entregar no apartamento.

Não falamos mais nada por alguns minutos, esperamos a tensão abaixar para nós duas.

Andamos até a moto após uns minutos, e então seguimos para nossos próximos destinos. Nas próximas três horas e trinta e sete minutos, Dryca me levou para comprar maquiagens, calçados, roupas casuais, de academia, e algumas coisas para ata a faculdade.

No final de tudo, paramos na Eros. Entramos sem dificuldade alguma, Dryca parecia ter passe livre para qualquer momento que fosse.

Estava superlotada, com música alta e pessoas em qualquer lugar possível. Vamos direto para o bar, pegamos alguns drinks e depois nos sentamos em uma das mesas que é rodeada pelos sofás brancos de couro.

— Então, Sam — Dizia ela, tomando um pequeno gole — Me conta o que houve antes de eu chegar no quarto.

— Não houve nada — Tento parecer sincera, mas acredito que meu cérebro límbico tenha mostrado que eu menti, pois ela pergunta novamente.

— Você está diferente desde aquele momento, então se abra comigo, e me conte o que houve.

Olho em seus olhos e vejo que era algo simples, ela apenas queria conversar sobre isso. Acabo contando, não me seguro muito quando já sabem que estou mentindo.

Ela entende tudo e muito bem, foi até um alívio ter lhe contado, sinto um peso a menos sobre mim agora. Dryca me diz que só de olhar para Heyden, consegue ver que ele me olha de forma diferente, e que se os dois quiserem, tudo pode ser real.

Se ela souber realmente analisar os sinais do corpo humano, então talvez ela tenha razão sobre isso, mas eu prefiro comprovar eu mesma.

Não passamos muito tempo, bebemos apenas alguns drinks e apreciamos um pouco a música. Saímos da boate e começamos a voltar para o apartamento.

Durante o caminho eu fico pensando no que ela havia me dito na Eros. Realmente poderia ser real? Talvez já seja e eu não esteja vendo isso de forma clara. Isso explicaria minha falta de atenção, mas porquê logo ele.

Quando chegamos, estava apenas nós duas novamente, parece que os meninos não haviam chegado ainda. Dryca vai até a geladeira e pega um copo gelado que eles guardavam. Ela me oferece whisky, mas sinceramente eu já estava bem cansada.

Rejeito e digo que estou indo dormir, em algumas poucas horas já iria amanhecer, não queria ficar virada logo no meu primeiro dia. Me deito na cama e me surpreendo com a maciez dela e o conforto. Não demora muito e em alguns minutos eu adormeço.

Confesso que apesar de doido, o dia foi muito bom. Não só pelo beijo entre ele e eu, mas por tudo. Eu estava vivendo um sonho, e poderia viver mais de um.

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