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By Jaynonon_

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๐—ฆ๐˜๐—ฒ๐—น๐—น๐—ฎ ๐——๐—ฎ๐˜ƒ๐—ถ๐˜€, uma garota introvertida, fria e com problemas mentais volta para sua cidade natal ju... More

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EXTRA

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By Jaynonon_

"Não adianta insistir na beleza de alguém que é vazio de sentimentos. Bonito mesmo é alguém que te arranca sorrisos, não sua esperança"
- Clarice Lispector

— 𝗦𝗧𝗘𝗟𝗟𝗔 𝗗𝗔𝗩𝗜𝗦

Eu e finn ainda estávamos presos naquele lugar. Nós dois ainda tentávamos cavar conforme Bruce tinha dado as instruções. Por conta do machucado na minha perna eu não podia cavar por muito tempo, mas finn conseguia. Eu ainda sentia muito frio e estava suspeitando de anemia, talvez seja a falta de peso que sofri desde que fiquei aqui, sem contar que a alimentação é péssima. Sinto pena de quem foi a primeira criança desse maluco, ou quem teve que ficar mais tempo com ele.

- Cavei o máximo que consegui - Finn diz vindo até mim enquanto limpava as mãos na calça

- Desculpa não poder ajudar, mas na próxima eu vou conseguir por mais tempo.

- Tudo bem, você está com a perna machucada. Já disse que não precisa se esforçar tanto.

Criamos uma regra que cada um fica cavando por certo tempo. Sinceramente, eu não tinha esperanças de que fosse sair desse lugar, muito menos cavando como o yamada tinha me dito. O loiro se senta ao meu lado da cama.

O Grabber tinha me dado um cobertor por eu ter me "comportado" então isso ao menos amenizou o frio.

- Ta sentindo esse cheiro?

- Não. - cubro meus pés no cobertor de forma discreta.

Meu pé estava apodrecendo. Ele está quebrado e eu não conseguia se quer mexer nele. Por sorte ele ainda está vermelho, mas eu sei que vai acontecer se ele ficar preto...

De qualquer forma, não queria que ele fosse o foco agora, por isso eu evitava de olhar pra eu não ficar desesperada.
Ainda era de manhã mas as pequenas luzes ascendem indicando que mais uma vez aquele velho estava se aproximando, ao menos espero que ele esteja com comida. Finney e eu observamos a porta friamente, toda via eu fiquei completamente paralisada com oque eu vi.

Grabber estava com mais um corpo em seu ombro, desta vez, eu não tive nenhuma dúvida se quer de quem estava com ele. Porque eu reconheceria aqueles cabelos longos e aquela pele morena aonde quer que eu fosse.

- Robin?

Eu apenas disse aquilo. Àquilo era algo tão inesperado, ver ele aqui era a última coisa que eu queira.

- Puta merda - Finney diz em choque encarando Robin assim como eu.

O velho simplesmente joga o garoto na cama e sai pela porta. Eu nem notei oque ele estava vestindo ou se estava de máscara, eu só tinha olhos para Robin e me aproximei rapidamente de seu corpo.

- Aí, meu Deus! - senti meus olhos lacrimejar.

Apoiei minha mão no lado direito do rosto do moreno enquanto tirava os fios de cabelos de seu rosto.

- Robin, Robin! - falo com voz de choro enquanto o balançava - Acorda, por favor!

Para minha felicidade ele abre os olhos aos meus, como se estivesse acordando de um sono profundo. Em sua sobrancelha tinha um corte fundo que fez o sangue escorrer por um lado de seu rosto, mas ele apresentava estar bem. Ele me olha e pisca algumas vezes. Aos poucos um sorriso vai se formando no rosto dele.

- Oi Star, não chore.

Soltei um sorriso e imediatamente o beijei, não estava dando mais a mínima ao que estava ao meu redor, eu só tinha olhos para o "Garoto Problema"
Robin retribuí o ósculo colocando uma de suas mãos em minha nuca. Encerro o beijo apenas para o olhar, estava tão feliz de vê-lo.

- Que poção você me deu, bruxa? - ele pergunta de forma irônica e eu rio revirando tudo olhos.

- Tarzan imbecil.

- Eu também tô aqui tá? - Finney diz com raiva fazendo eu e Robin rir juntos. Eu tinha esquecido que Finney ainda estava aqui. - Que tal um "finney que saudade!" ou "oh cara eu senti tanta sua falta"

- Finney, quanto tempo, achei que você tava morto - Robin se senta na cama com dificuldade e abraça finney em seguida. O moreno sai do abraço e olha ao redor. - Onde caralhos a gente tá?

- Bem... - finney me encara - acho que a gente tem muita coisa pra te contar. - Mas primeiramente, como ele te pegou? Na verdade, como ele CONSEGUIU te pegar?

- Eu... Não consigo me lembrar, meus olhos e cabeça doem muito.

- É efeito do Spray, vai passar - digo o olhando.

- Espera, eu acho que me lembro um pouco.

— 𝗥𝗢𝗕𝗜𝗡 𝗔𝗥𝗘𝗟𝗟𝗔𝗡𝗢

FLASHBACK ON •

- Obrigada por ter me deixado em casa, Robin - Fan diz assim que paramos em frente a sua casa.

- De nada, tudo bem você ficar sozinha com seu pai hoje? A gwen disse que você podia dormir na casa dela.

- Eu sei, mas é que eu tenho que resolver umas coisas - ela olha rapidamente para a porta de sua casa. - E eu já vou na casa dela amanhã de tarde, então tudo bem.

Olhei para o lado e vi a arvore em que eu subi para pedir a Stella para ir ao baile comigo. Naturalmente dei um sorrisinho ao lembrar da cena. Não me imaginava fazendo aquele tipo de coisa pra ela, apesar de sempre ter tido uma queda por ela. Só ela pra me fazer perder a postura.

- Bom, eu vou indo - ela me abraça e vai até a porta de sua casa - Te vejo depois.

- Okay, e toma cuidado.

(...)

Eu estava indo pra casa, porém antes eu queria passar no supermercado pra poder comprar alguns doces e salgadinhos. Quando eu encontrar a Star eu quero que ela prove todos os doces mexicanos que eu gosto.

Estava perdido em meus pensamentos enquanto andava a caminho do supermercado. Dobrei para direita e notei algo um pouco suspeito, uma van preta. Imediatamente parei quando estava me aproximando dela e observei. Eu sei que existem várias vans preta pelo mundo, mas Denver é uma cidade pequena, e não podemos dispensar qualquer suspeitas.

Dei mais alguns passos até que um cara com uma fantasia sai de dentro da Van. Me assusto e dou um passo para trás, ele não expressava nenhuma emoção. Apenas me encarava. O olhei sério e tentei sair de lá mas ele se pois na minha frente de novo, me impedindo de passar.

- Qual é a sua, cara? Me deixa passar, seu olho do cu. - digo bravo.

Ele contínua calado. Quando tentei me desviar dele mais uma vez ele me puxa com tudo e me agarra, comecei a gritar e a me debater. Entramos em um confronto sério, até porque eu não queria ser sequestrado ou morto, mas ele me drogou.

A última visão que eu tenho é da minha bandana no chão.

FLASHBACK OFF •

— 𝗦𝗧𝗘𝗟𝗟𝗔 𝗗𝗔𝗩𝗜𝗦

- Que velho desgraçado - Finney diz após Robin explicar oque aconteceu.

- Robin, você, a gwen e a Fan estavam atrás de nos?

- Sim, procuramos l desde que você sumiu, e agora estávamos procurando mais ainda por conta do finney. Seu pai também ficou em choque no começo, mas não precisamos falar sobre ele...

- Eu vou ter que cavar o buraco que está no corredor - finney diz se levantando da cama - Depois você pode ir, Robin? Minhas mãos estão doendo.

- Tudo bem, maninho. Pode ir.

- E vê se ajeita esse cabelo, está horrível - o loiro diz indo até o corredor.

- Vai se fuder - Robin ri enquanto faz um coque em seu cabelo.

(...)

Ficamos em silêncio enquanto finney cavava, eu estava sentada na cama e Robin no chão, ao lado dela. O velhote ainda não tinha descido mas eu sei que ele iria, ele não ia deixar o Robin com fome porque ele é uma vítima nova.

Estava perdida em meus pensamentos, quando percebo Robin segura uma de minhas mãos e faz carinho com seu polegar. Sorri boba com o ato do garoto e o olhei de forma apaixonada, tinha esquecido de como é bom estar perto dele.

- Achei que fosse te perder, hermosa - ele diz sério ainda segurando minha mão - se eu estivesse lá pra te proteger você não teria que passar por tudo isso. Me desculpa.

- Ei - ponho minha mão livre sobre a dele - tá tudo bem, não tinha como você imaginar que isso tudo iria acontecer. Todo mundo aqui já passou por tanta coisa pra no fim das contas, o final ser esse.

- Não fala isso, você fala como se não tivesse esperança.

- Acho que estou sendo realista demais e talvez sem esperança. Mas também não acho que alguém irá nos salvar.

- Se eu fosse sequestrado eu queria que você me salvasse - eu o olho confusa

- Geralmente são heróis que salvam as mocinhas, Robin - sorrio de leve.

- Mas você é tão forte quanto eu, você derrubaria qualquer um facilmente.

- Ta tentando aumentar minha auto-estima falando isso? - pergunto de forma retórica e ele dá uma pequena risada.

- Star, eu quero te dizer que você não é alguém que precisa ser salva, mas não está sozinha.

- Oque? - pergunto.

- Você é, sob todos os aspectos, tudo que alguém poder ser. Se existe alguém capaz de me salvar, é você. - ele diz tudo aquilo me olhando.

- Obrigada - sorrio para ele - por acreditar em mim.

- E se ninguém nos salvar a gente pode... - ele olha para o chão pensando em algo.

- A gente pode poeticamente acabar morrendo juntos - sorrio levemente para ele que logo retribuí me olhando.

- Tudo bem, "morrer ao seu lado me parece uma forma divina de morrer"

Rio quando ele recitou um trecho da música da minha banda favorita.

- Queria voltar pra casa. - falo um pouco desanimada.

- Pra sua casa?

- Pra minha irmã. O finney também, acho que elas são as principais motivações pra a gente ainda tá vivo e não ter comido os cacos de vidro do espelho do banheiro.

- Você é incrivelmente corajosa e vai conseguir superar isso, porque seu coração e forte. Um coração capaz de amar tantas coisas da vida e das pessoas de uma maneira que jamais pensou que seu coração fosse capaz.

- Robin...

O Robin sempre sabia exatamente oque me dizer. Ele nem se quer parece aquele garoto chato e exibido que eu conheço desde o jardim de infância.

Aproximei vagarosamente meu rosto do dele e deixei um selar no canto de sua boca. Sorrimos um para o outro e desviamos o olhar de forma envergonhada.

- Eu gostei do nosso beijo. - ele levanta a cabeça me encarando com um pouco de timidez me fazendo rir enquanto ainda brincava com o cadarço do meu tênis.

- Eu sei - sorrio o olhando e ele arregala um pouco os olhos.

- Convencida, como sabe?

- Porra, Robin. Você foi embora saltitando!

Nós dois instantaneamente começamos a rir como dois bobos apaixonados.

- Quando a gente sair daqui, vamos assistir o massacre da serra elétrica. Só eu e você.

- Não vai dar. - o respondo deixando ele um pouco confuso.

- Porque não? - ele arqueia a sobrancelha.

- É que minha mãe não deixa.

Automaticamente começamos a rir alto. Como é bom estar com alguém que você ama.

- Você tá toda fudida mas não perde o humor.

- Com certeza! - digo sorrindo - posso te contar uma coisa, Robin?

- Já que a gente provavelmente vai morrer, eu não vou dizer não.

- Eu aprendi a gostar por sua causa.

(...)

— 𝗙𝗔𝗡𝗡𝗬 𝗗𝗔𝗩𝗜𝗦

Com o desaparecimento de Robin, eu e gwen precisávamos fazer escolhas grandes, independente de como elas fosse. Sendo prejudicial para eu ou para ela, nós tínhamos que fazer. Até porque não era só os nossos irmãos que tinham sido sequestrados, nosso amigo também tinha sido. E gwen disse algo que é certo "nós excluídos deveríamos nos proteger" e é isso que vamos fazer, por eles.

Só não sabíamos qual dos dois serial killers tinham sequestrado o Robin, mas tínhamos a suposição que foi o mesmo que o da Star e das outras crianças. Mas eu estava evitando de falar algo que era um pouco óbvio, o sequestrador só sequestra uma criança por vez. E pra ele já ter sequestrado outra, significa que ele matou os anteriores...

- Você sabe que não precisa fazer isso, não sabe? - pergunto a olhando.

A garota estava com o cabelo semi preso, eu gostava da forma como a parte solta a deixava bonita.

- Eu sei, mas é necessário. - Gwen diz ainda com receio. - E faz parte do nosso acordo

Não tínhamos tempo para chorar e muito menos a perder. Gwen tomou a decisão de que iria pedir a ajuda para procurar star e finney a ninguém menos que o seu pai. Ele tinha ficado bastante angustiado desde o desaparecimento de seu primogênito. Tenho certeza que assim como meu pai, ele sente culpa por ter sido um lixo com seus filhos na maior parte do tempo.

E para convencer ele, gwen iria falar sobre seus sonhos. Mesmo não sabendo como ele iria reagir já que ele obviamente não gosta da idéia da filha dele ter visões.

- Eu vou ficar no corredor te dando apóio, tudo bem? Se ele tentar alguma coisa eu quebro a mesa na cabeça dele - digo a olhando e ela concorda com a cabeça. Eu na verdade queria ficar ao lado dela, mas ela saísse que queria enfrentar seu pai sozinha.

- Vamos logo, ele está lá em baixo.

Concordo com ela e assim, nós duas saímos de seu quarto. Fiquei para no corredor a observando se aproximar da sala. Seu pai estava sentado em sua poltrona, com um copo de whisky na mão enquanto observava o chão. Com receio, a garota morde os lábios o observando.

- Você consegue, gwen - digo como um sussurro para mim mesma.

A garota então finalmente dá o primeiro passo e se aproxima de seu pai.

- Pai...

- Ah, oi Gwen, aconteceu algo?

- Não mas...posso te contar uma coisa? - ela o olha com receio.

- Claro, meu bem. - ele põe o copo em uma mesinha ao lado da poltrona e se estica para pegar um banco para gwen - Senta aqui. - a garota vai até o banco e então se senta - Sobre oque você quer conversar?

- É sobre os meus sonhos.

Observei o homem ficar paralisado por alguns segundos enquanto encarava a mais nova.

- Oque é que tem seus sonhos? - ele bebe mais do whisky.

- É que... E se eles... - ela morde os lábios com medo - e se eles forem reais?

O mais velho respira fundo e a olho calmamente.

- Gwen, sua mãe era tão especial. Ela era esperta que nem você, mas, meu bem. Ela também era diferente, via e ouvia coisas. Ela acabou de convencendo que os sonhos dela tinham significados. Até que um dia, mandaram ela fazer coisas, coisas horríveis. E ela acabou tirando a própria vida. - os dois pareceram ficar triste ao decorrer que a história foi contada - Mas não são reais, meu bem. Os sonhos não são reais.

- Eu amava a mamãe. - ela diz encarando o mais velho.

- Eu também amava.

- Não, pai. Eu amava a mamãe do jeito que ela era.

- Eu entendo, Gwen - ele fala calmamente ainda sentado na poltrona e com o copo de whisky na mão - mas você tem que esquecer eles e ser normal.

- Normal? - a garota franzi as sobrancelhas - Pai, meus sonhos não me tornam menos normal, nem meus gostos ou escolhas. O fim da mamãe não vai ser o meu. Se eu acredito que meus sonhos são reais, então eles são. Não dá mais pra evitar porque tudo indica que eles são reais e você deveria me amar e respeitar oque eu sou!

Gwen desvia o olhar de seu pai e encara Fanny, deixando a loira um pouco surpresa. Ela solta um sorriso de lado para a garota e olha para seu pai novamente.

- Espero que um dia você me aceite pela forma que eu sou, pai.

(...)

Na mesma noite o pai de gwen levou eu e ela dentro de seu carro para rondar as ruas de Denver. Gwen tinha sonhado com a suposta casa onde finn estava, então não podíamos tentar de encontrar ela. Porém não éramos os únicos procurando eles.

Quando estávamos passando por uma rua, vimos um carro da polícia que nos fez parar e os polícias pediram para descermos do carro.

- Boa boite, Senhor Blake. Oque vocês estão fazendo aqui? - um policial dos dois policiais falam se aproximando de nós dois.

- Olá, detetive Wright. Eu só estava passeando com minha filha e a amiga dela.

- A gente tá procurando as crianças desaparecidas - Gwen diz direta.

- E oque duas crianças vão fazer pra ajudar outras crianças? - o outro policial diz de forma debochada.

- Mais do que vocês fizeram até agora - a garota responde forma grosseira - A Stella e meu irmãos estão desaparecidos a semanas e vocês não fizeram porra nenhuma. Eu e a Gwen e nosso amigo, que por sinal, também está desaparecido, fizemos mais coisas do que vocês. Então porque você - ela olha para o nome dele em seu uniforme - Detetive Miller e você, Detetive Wright não fazem algo de inteligente e que realmente seja útil?

- Gwen! - o pai dela reclama.

- Não, não. Está tudo bem, senhor Blake - o detetive Wright fala nos olhando - Ja que você são bastante corajosas, eu vou aceitar a ajuda de vocês.

- Como é que é? - o Detetive Miller diz assustado. - Elas são crianças, não sabem de nada

- Vai se fuder - mostro o dedo do meio pra ele.

- Opa, opa, vamos com calma. Estamos indo em uma casa na próxima rua, venham com a gente e vamos juntas nossas informações.

— 𝗚𝗪𝗘𝗡 𝗕𝗟𝗔𝗞𝗘

Eu e gwen nos entre olhamos e enfim concordamos. Fomos até uma casa que se localizava em uma rua pouco iluminada. Olhei ao redor e sentir um arrepio na espinha. Meus olhos foram rapidamente levados a casa em frente a que iríamos investigar. Ela estava completamente escuro.

O vento frio balançava a arvore que estava com as folga completamente secas. Aquela era a única casa em que a arvore estava assim.

- Gwen? - desvio meu olhar para Fan - Esta tudo bem?

- Aquela casa... Ela me dá medo - digo a observando.

- Crianças, venham logo. - o detetive miller nos chama e então eles tocam a campainha. Instantaneamente um cachorro começa a latir da parte de dentro da casa e a porta é aberta com rapidez, revelando um Homem magro e de barba e cabelos pretos.

- Boa noite, nós somos os - o detetive é interrompido.

- Os detetives responsáveis pelo desaparecimento das crianças? - o homem na porta diz rapidamente - Podem entrar!

A dupla de detetivs se olham e entram, eu e Fan fomos logo atrás enquanto meu pai esperava do lado de fora. A sala da casa estava uma bagunça, tinha vários recortes de jornais e fotos em um quadro na parede.

- Eu me chamo Max, Eu me interesso muito pelo caso e estou desempregado no momento - Max começa a falar sem parar indo até o quadro e os detetives se olham - As crianças moravam no mesmo bairro todas vão e voltam da escola andando foram sequestradas no caminho da escola. Exato Robin e Finney ou seja o sequestrador tem que morar em alguma região bem aqui. - ele diz tudo aquilo de forma rápida enquanto apontava para vários pontos do quadro.

- Você fez tudo isso sozinho? - pergunto o olhando.

- Sim! Legal, não é?

- Senhor Max - o detetive Wright fala fazendo ele o olhar - A quanto tempo está em Denver? Você mora aqui?

- Oque? Ah não, eu moro em Durango eu só vim visitar os meus irmãos.

- Quantos irmãos você tem?

- Dois, estou na casa de um deles enquanto o outro está ocupado

- Se você ver um desses adolescentes, por favor entre em contato com a gente - o Miller entrega a foto de finney, Stella e Robin para ele. - E é melhor dá uma geral nesse lugar - ele diz encarando a mesa que tinha cocaína espalhada.

(...)

— 𝗦𝗧𝗘𝗟𝗟𝗔 𝗗𝗔𝗩𝗜𝗦

Estávamos conversando entre si quando escutamos barulhos vindo da escada.

- É ele - me levanto.

- Quem? - Robin pergunta - O Grabber? - Finn diz que sim

A porta é destrancada e Robin vem até mim e fica na minha frente em uma tentativa de me proteger de alguma forma do sequestrador.

O homem segurava uma bandeja com dois pratos de comida, e ficou parado nos olhando por detrás de sua máscara.

- Me digam seus nomes.

- Você se importa? - Finney fala o olhando.

- Geralmente não, eu acabo descobrindo no jornal eles publicam uma foto bem bonita com todos os detalhes que eu podia querer.

- E porque isso importa agora? - Falo seria.

- Ah é complicado, está tudo diferente do planejado.

- Então solta a gente.

- Eu tô pensando nisso

Eu e Finny arregalamos nossos olhos.

- Por favor, solta a gente. Eu prometo que não vamos contar pra ninguém. Ninguém de nós vai - finney diz dando alguns passos para frente.

- Me falem seus nomes.

- Taylor - Finny mente seu nome - Taylor Miller - eu e Robin então seguimos o seu "plano"

- Maisie Loockwood - digo.

- Roberto Carlos. - Robin fala olhando o mais velho com raiva.

Para nossa surpresa o Grabber simplesmente suspira e joga a bandeja no chão fazendo toda a comida espalhar pelo chão.

- Filho da puta! - o xingo.

- Eu estava quase deixando vocês irem embora. Finney, Robin e Stella. - ele joga um jornal no chão onde tinham nossa fotos.

- Vai se fuder! - Robin diz com raiva e joga uma garrafa em direção a Grabber que desvia. - Solta a gente, seu olho do cu! Se perdeu do asilo?

- Acho bom você não gritar comigo! - pela primeira vez o velhote grita conosco.

Ele fecha a porta com força nos deixando lá, sozinhos e com fome. Porém, ele esqueceu de trancar.

- A porta, ele deixou aberta - o mexicano rapidamente vai até ela mas eu e finney começamos a gritar pra ele não sair. Porém fomos interrompidos com telefone tocando.

Nós dois levamos nosso olhar até o telefone que tocava.

-... Pessoal? Oque foi? Porque vocês estão olhando pra lá?

- Atende, Star. É a sua vez.

Concordo com a cabeça e vou até o telefone

- Mas ele não tá tocando - Robin diz confuso e eu atendo ao ligação.

Estava em total silêncio. Só saia um chiado da ligação e mais nada.

- Alô? - fico sem resposta - Bruce, Billy... Paper boy? - só deu tempo de eu falar isso e a ligação foi encerrada.

(...)

Estava caindo o mundo lá fora. A cama era grande e o lençol também, então ia dar para eu e os meninos dormimos sem problemas. Finney ficou do lado direito, Robin no meio e eu no esquerdo. Finny já estava dormindo a um tempo, Robin disse que não queria dormir, ele queria ficar observando a porta cause Grabber tentasse descer pra ficar nos olhando. Porém eu o convenci de dormir. Ele estava virado para mim e também dormia. Meus olhos estavam vidrados na janela que podia se ver as folhas balançando por causa do vento.

Sons altos de trovões e relâmpagos me assustaram fazendo eu levar um susto e me encolher mais na cama.

Além de ficar sozinha, Stella tinha medo de trovões e relâmpagos, os quais estávam muito frequentes naquela noite chuvosa em Denver.

Star fecha os olhos com força, pedindo a Deus que fizesse aquilo parar. Robin, ainda de olhos fechados leva uma de suas mãos até a da garota e a segura para dar conforto e uma forma de dizer "não tenha medo, eu estou aqui". Star então abre os olhos devagar observando o mais alto. Ela aproxima mais seu rosto do dele ao ponto de grudar as suas testas, então ela fecha os olhos novamente. Desta vez se sentindo mais segura para dormir.

(...)

Eu acordo com um pequeno som, era som de gotas. Imaginei que podia ser alguma goteira que tinha naquele porão, mas minha curiosidade falou mais alto. Peguei a lanterna de finney e me sentei na cama para procurar de onde vinha esse barulho.

A loira passa a luz da lanterna do telefone preto até pelas paredes sujas de sangue velho e marcas espalhadas nelas. Até que ela para a lanterna assim que vê um corpo flutuando. A garota se assusta e rapidamente tampa sua boca para não gritar. Ela olha em choque aquela cena e vê que ela o corpo de griffin. Ele estava todo torto e sua garganta estava com um corte profundo. Tanto que as gotas de sangues escorriam do seu pescoço até aqui braço onde fazia as gotas caírem das pontas dos seus dedos.

Um dos braços do corpo do garoto que ainda estava de olhos abertos se levanta apontando para o relógio. Star se levanta ainda sem tirar os olhos do garoto, vai ate o telefone e o tira do gancho

- Alô? - quando me viro, o corpo de griffin já não estava mais lá.

- Você não tem muito tempo.

Uma voz rouca sai do telefone fazendo meu corpo se arrepiar de medo.

- Ele não está dormindo direito - a voz continua falando. - Ele acha que pode ser o fim. Ele acha que ele pode descobrir.

- Quem pode descobrir?

- O irmão dele, lá em cima - a voz solta uma risada do nada.

- Voce é o griffin?

- Quem?

- Griffin Stagg.

- Deve ser, é meio turvo mas creio que você saiba o nome de todos nós.

- Todo mundo sabe. - o respondo. - Eu não te conheci direito.

- Ninguém conheceu. Você passa tantos anos da sua vida sendo invisível e de repente, todo mundo do estado sabe o seu nome.

- É... - mordi os lábios com pena do que o garoto disse.

- Você não tem muito tempo - ele repete novamente.

- Porque ele ainda não nos matou?

- Vocês não estão jogando o jogo, você tem que jogar, se você não joga, ele não ganha.

- Que jogo é esse?

- Criança levada. Se você não brinca, ele não pode te bater e se ele não pode te bater então ele passa pra próxima fase. E a próxima fase é a preferida dele.

- E qual e? - não recebo resposta, apenas mais uma risada.

- Você não tem muito tempo.

- Então me ajuda, griffin!

- Eu tinha um cadeado.

- Um cadeado?

- Sim, da minha bike. Ele roubou quando me sequestrou. Mas ele usa ele pra trancar a porta.

- E qual é a senha?

- Eu me lembro de ter medo de esquecer, então escrevi na parede com uma tampinha de garrafa.

- Na parede? - olho rapidamente pelo local com a lanterna - Qual parede?

- Eu não me lembro.

- Griffin! - digo brava.

- Calma, eu me lembro que era perto da janela - rapidamente levo a lanter para a parede onde tinha a janela e começo a procurar, até que finalmente acho os números escritos na parede.

- A senha é 23317?

- Acho que sim. Você tem que tentar fugir, e usar essa senha.

- Mas qual é a sequência?

- Eu não me lembro. Você vai ter que testar todos

Suspiro.

- Okay, obrigada griffin.

- Stella - ele me chama.

- Sim?

- Ele apaga as luzes pra te fazer medo? - o garoto me pergunta do outro lado da linha. franzi as sobrancelhas um pouco confusa com sua pergunta.

- Como assim?

- Eu tinha medo do escuro... - ele responde.

Fecho meus olhos e mordo meus lábios como repreensão. Eu imediatamente me lembro do que eu o disse quando o vi naquele dia, quando ele ainda estava vivo.

"É, eu sou. Quando eu durmo, meu espírito sai do meu corpo e dança nu com o diabo. - me aproximo mais ainda do garoto que dava passos para trás - Toma cuidado quando você for dormir, Griffin. O diabo adora crianças que dormem de luzes apagadas."

Maldita vez em que eu abria boca para assustar ele. Eu não deveria ter feito aquilo...

(...)

— 𝗙𝗔𝗡𝗡𝗬 𝗗𝗔𝗩𝗜𝗦

Estava caindo na fora, chovia muito naquela noite. Contínuo sentada na poltrona de casa em silêncio, observo a porta e apenas o som da chuva e do relógio podia se ouvir. Ouço o som da porta destrancando e logo revelar ser meu pai, ele segura uma sacola do Taco Bell, restaurante favorito meu e da Stella. Mas eu não tive nenhuma reação, apenas o encarei.

Ele dá alguns passos mas para e leva um susto ao me ver sentada na sala.

- A quanto tempo você está aí? - ele diz me olhando.

- Pouco tempo. - digo séria.

- Eu trouxe burritos - ele levanta a sacola com um sorriso - Pensei que podíamos comer algo de diferente hoje.

- Não é a mesma coisa sem ela.

- Sim... É verdade, mas eu não cozinho muito bem e queria comer junto com você, só vou tomar um banho, okay?

Eu concordo com a cabeça e o observo subir as escadas. Pego o telefone que tinha ao lado da poltrona e faço uma ligação.

- Ele chegou.

(...)

Em questão de minutos o home desce as escadas já com outra roupa.

- Cheguei, vamos comer?

- Acho que não vai dar - continuo o olhando de forma fria.

- Porque não?

Fanny vira a cabeça lentamente e o encara. A campainha toca e o homem vai até a porta. Assim que ele abre se depara com a dupla de detetives responsáveis pelo caso de desaparecimento.

- Brian Davis?

- Eu mesmo, em que posso ajudar?

Os detetives se olhando e o encaram.

- Você está preso como suspeito de desaparecido das crianças - o detetive Wright fala deixando meu pai sem reação.

- Oque!?

- Você tem direito ao advogado - o Miller vai até atrás dele e puxa suas mãos para prender o mesmo

- Deve ser algum engano, eu não fiz nada! Fanny - a garota vai lentamente até ele e encosta seu ombro na parede - Fala pra eles que eu que é um engano.

- Eu liguei pra eles.

- Oque? Porque você faria isso?

- Acho que isso vai realçar sua mente

Vou até a gaveta que tinha em um dos cômodos da sala e tiro duas caixas. Caminho de volta até eles e as jogos no chão. Quando o mais velho ver oque tinha nelas ele então ver oque estava acontecendo.

- Eu posso ser muitas coisas, mas eu não aceito ter um pai assassino.

No dia em que Robin me deixou em casa eu aproveitei a chance de ir até o quarto meu Pai. Fui até embaixo de sua cama w por sorte as duas caixas ainda estavam lá. Em uma, estava os cristais e as outras pistas que eu tinha visto da primeira vez. Mas a segunda, foi oque mais me deixou apavorada. Ali, tinha várias latas que o sequestrador usava. E ali eu imediatamente pensei no óbvio, meu pai, no meu criador, era o sequestrador. Se não um, mas um dois ele é, e as evidências comprovam.

E O REENCONTRO VEIO CARAI 😭🎉🎊💃🥳💕❤️🌈✨🤸‍♀️

Um capítulo cheio de cenas fofas e de carinho pra vocês 🥺
Assim compensa a luta que vocês passaram nos capítulos anteriores 💀

Espero que vocês tenham gostado e eu acho que a fanfic está acabando. Mas não se preocupem, ainda tem bastante coisa até lá.

Mais coisas serão explicadas no próximo.

Me desculpem qualquer erro ortográfico, fiquem bem.

@namodoedmundx|in tiktok
Conta de edits da fic 👆

ATÉ A PRÓXIMA ❤️

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