16 horas depois...
Sair na recepção do hospital me sentindo estranha por não estar no meu local de trabalho e conseguir invadir as salas pra saber como todos estão.
Sentei na cadeira ao lado do Índio que tava parado concentrado.
Índio: Tá bem? -sussurrou antes de me encarar
-Bom, o Luan tá fazendo uma cirurgia de alto risco e meu pai não tá reagindo bem a transfusão. -sussurrei
Xxx: Patrão? -viramos juntos encarando um moleque -Posso desenrolar uma parada com tu?
Índio levantou passando por mim indo pra fora do hospital.
Fernanda: Senhor, obrigada meu Deus. -escutei sua voz chorosa e levantei indo abraçar ela
Julia: Tá inteira? -me puxou olhando pra mim -Graças a Deus!
Fernanda: Tudo bem agora. -me apertou e olhou pro chão -O teu pai?
-Ele não tá bem. -funguei encarando elas -Ele perdeu muito sangue.
Jr: O Thiago é forte, minha menina. -se aproximou beijando minha testa
Fernanda: Não iria sobreviver sem tu, tava ficando maluca. -beijou meu rosto -E o Luan?
-Tá fazendo cirurgia de urgência. -respirei fundo
(...)
Xxx: Óbito. -a voz da doutora soou na sala
Encarei o Índio com os olhos vermelhos e abracei ele.
-Sinto muito. -sussurrei em seu ouvido
Xxx: A paciente Mayara Ribeiro, grávida de 3 meses não resistiu ao sangramento. Perdeu o bebê em seguida, parada cardiorrespiratória e hemorragia.
Ele retribuiu o abraço logo depois virou saindo da sala.
Encarei o Luan que dormia na maca, com um esparadrapo no peito. Segurei sua mão enquanto a madrinha alisava o rosto dele, minutos atrás ela tava rezando.
Ele pulou na bala por mim, e o seu último olhar não foi como meu melhor amigo me encarava.
Faz uns 16 minutos que a cirurgia do meu pai acabou, ele está em observação, mas tá bem.
Thais: Fui liberada. -apareceu na sala sorrindo de lado
-Tá tudo certo? -apontei pro braço que ela havia quebrado
Thais: Apenas alguns dias engessada. -apontou pro Luan -Ele ficará bem.
-Espero que sim. -sussurrei
Thais: O teu pai também. -sorriu de lado virou -Vô procurar um lugar pra descansar.
Fernanda: Tu ajudou minha filha ,se quiser pode ir pra casa com a gente.
Thais: Se não for desagradável, pelo fato que eu sou a cópia do teu ex, e sobrinha do cara que tentou matar tua filha. -falou baixo e minha mãe concordou sorrindo fraco
Fernanda: Não se preocupe. -levantou pegando as sacolas -Vamo em casa, tomar um banho e voltamos.
Julia: Eu fico com ele e dou notícias. -afirmou e eu olhei pro Luan
Suas pálpebras remexiam como se estivesse em um pesadelo.
-Eu volto, rápido. -falei baixo beijando a testa dele
Sair com a minha mãe e a Thais, que observava calada.
Passamos pelo Índio que tava no outro lado do passeio fumando baseado.
De longe avistei a dona Mariana se aproximando dele com o Marcos no colo. Acredito que nesse momento ele precisa de um apoio familiar.
Fernanda: Ele ia se entregar pra te liberar. -sussurrou seguindo meu olhar -Segurou minha mão e disse, eu pularia na bala pela tua cria, por que eu tô amarradão nela.
Paquetá: Vamo? -apareceu no carro com a Carol que saiu me abraçando
Carol: Nunca mais te largo. -resmungou me apertando -Não existe Carol, sem Lorena.
Sorrir fraco apertando ela também, se afastou analisando ao redor.
Entramos no carro e a Thais foi interrogada pela Carol, pois segundo ela, a coitada poderia ser infiltrada.