•JASMINE•
abri o armário e pude ver diversas roupas, a maioria eram roupas de serviçal e algumas camisolas brancas e delicadas, eu gostei delas.
mas percebi que haviam duas roupas consideravelmente mais bonitas para se sair, deviam ser para quando eu tivesse que dar essas saídas com o rei.
então rapidamente me troquei e corri até o andar de baixo, já que o quarto do rei era no segundo andar de seu castelo.
ele estava parado em frente a porta, seu olhar estava distante, como se ele pensasse em algo.
mas como se ele sentisse minha presença, assim que comecei a me aproximar, ele desviou seus olhos vermelhos bordô para mim.
então, olhou para frente novamente e começou a caminhar em direção ao carro que havíamos vindo até aqui.
apenas o segui.
o rei conversava com homens de grande porte, enquanto eu ficava alguns metros atrás, esperando onde ele havia mandado.
pude ver as escravas dos outros reis um pouco mais para trás deles.
seus rostos pareciam tristes e vazios, cheias de hematomas e pálidas como um deles.
olhei bem em todo canto, tentando achar algum resquício da minha irmã.
fui tirada dos meus pensamentos com os olhos do rei sobre mim, assim como todos aqueles que estavam ao seu redor.
sua mão se levantou devagar e ele indicou com seu dedo q eu deveria ir até ele, me apressei.
quando cheguei ao seu lado, ele virou seu rosto novamente para frente.
-essa é minha escrava, se um dia a verem pela rua devem trazê-la imediatamente para mim. (ele disse me fazendo tremer, estava ferrada, como eu iria fugir assim?)
-é uma ótima escolha, meu rei! (um deles disse sorrindo, eu nunca deixava de me sentir arrepiada vendo os seus caninos, eram assustadores)
-fazemos por mês uma festa de trocas de escravas, onde por uma noite trocamos elas para se divertirmos! se quiser participar... (outro homem disse com um sorriso malicioso, senti vontade de vomitar)
-minha escrava é exclusivamente minha propriedade e apenas minha. (ele disse simplista, parecia nunca demonstrar emoções)
-ah... entendemos rei! (outro afirmou parecendo nervoso)
-bem, você veio aqui para saber como anda o leilão das escravas, não é? (um deles sorriu para ele) -está tudo certo, dessa vez até trouxemos uma garota mais nova!
-o que? (o rei disse sem entender)
-é uma garotinha de 12 anos, mas já tem um corpo excelente, podemos agradar um vampiro de grande porte com ela!
-senhor (ele disse andando um passo a frente) -quem dita as regras que devem ser seguidas por todo o mundo?
-v-você, senhor.
-e qual a parte de menores de idade devem ficar no abrigo até completarem a maior idade você não entendeu? (ele disse de forma fria, seus olhos pareciam ter escurecido)
-perdão, senhor! (ele disse se curvando e tentando não gaguejar) -fui imprudente, vou devolvê-la para o abrigo.
todos pareciam nervosos com a presença do rei, não conseguia nem imaginar o tamanho da sua força e do seu poder.
então, ele se virou, me puxando pelo pulso até a saída.
fomos o caminho todo em silêncio até chegarmos novamente ao seu castelo.
me xinguei mentalmente quando percebi que ao tomar um banho, me peguei pensando no rei e no quanto achei ele gentil, por não deixar com que aquela pequena garota virasse uma escrava e por não deixar que outro deles me tocassem, todos pareciam repulsivos e misóginos.
dei alguns tapas na minha própria cabeça.
"ele é um vampiro, ele matou seus pais, ele concorda com a escravidão dos humanos, não é nada gentil."
eu repetia na minha cabeça, tentando afastar esses pensamentos.
quando acabei segui a ordem do rei, ele havia me passado mais algumas.
a ordem era para tomar meu banho, se vestir e ir encontrá-lo.
nunca deveria ficar longe dele por motivo nenhum, deveria estar disponível para servi-lo 24 horas por dia.
quando desci as escadas pude ver que ele conversava com um homem, que aparentava ter certa semelhança com ele.
não sabia se estava atrapalhando então fui andando devagar e continuei no último degrau, não queria chegar de fininho e parecer que eu estava querendo escutar a conversa.
até que os olhos do homem ao seu lado se direcionaram para mim, imediatamente ele parou de falar e pude perceber que seus olhos ficaram mais mórbidos, parecia ter trincado seu maxilar.
então, o rei virou devagar sua cabeça até focar seus olhos em mim.
-pode me esperar lá em cima. (ele disse de forma fria)
-ah... ok (eu disse sem entender, me virando e indo em direção ao quarto)
quando cheguei até o quarto me sentei na cama e não pude evitar meus pensamentos intrusivos, não deveria perder meu tempo pensando sobre isso mas fiquei inquieta.
o homem era irmão do rei?
me olhou daquela forma pois sabe que foram meus pais que mataram os seus?
meus pensamentos foram interrompidos quando escutei o barulho de alguém subindo as escadas e logo o rei passou pela porta de seu quarto.
então, nossos olhares se encontraram.
ele parecia mais frio, seus olhos agora estavam tão escuros quanto seus cabelos pretos.
-se levante. (ele disse devagar, me levantei de imediato, sem entender o que estava acontecendo)
então, dois serviçais entraram no quarto e se dirigiram até a cama.
a pegaram e tiraram ela do quarto, logo em seguida, colocaram apenas um cobertor no chão e botaram outro mais fino em cima.
então, se retiraram.
-é uma escrava, não precisa de uma cama para dormir. (ele disse de forma fria, se aproximando de mim)
sentia meu interior de arder em raiva, eles se achavam tão superiores.
então, ele parou na minha frente.
-venha comigo, vou marca-la para ser reconhecida como minha escrava. (meus olhos tremeram, marcar? como assim?)
não pude pensar muito pois ele se dirigiu para fora do quarto e eu me apressei em acompanhá-lo.
descemos as escadas e fomos para o andar de baixo, estava vazio apenas com a lareira acesa.
observei ele se aproximar dela e pegar um ferro que estava ao seu lado, colocando a parte da frente do ferro na lareira, até que estivesse em um tom laranja, indicando que já estava fervendo de tão quente.
então, ele se virou para mim.
pude ver que na ponta havia um "D".
então, entendi o que ele estava querendo fazer, me desesperei.
ele andou lentamente na minha direção.
-tire seu vestido e se vire de costas. (meus olhos começaram a lacrimejar)
sabia que não deveria, sabia que escravas não podiam ousar pedir nada aos seus donos.
mas com o desespero que eu estava sentindo, acabei não me segurando.
fiquei de joelhos, olhando para cima.
-por favor, meu senhor! eu imploro para que não faça isso, por favor! (eu tentava segurar as lágrimas)
seus olhos frios continuavam iguais, como se ele fosse incapaz de sentir emoções ou ter empatia.
então, ele suspirou.
-não me faça ter que tirar sua roupa e te segurar. (ele disse parecendo impaciente)
-senhor, eu faço qualquer coisa, por favor!
então, uma de suas mãos foi até o meio do meu vestido, o arrancando com facilidade.
não era de se admirar, a força de um vampiro era muito maior do que a de um humano.
eu acabei soltando um gemido de dor com seu ato, colocando minhas mãos em meus peitos que agora estavam para fora.
agradeci mentalmente por ainda estar com a minha calcinha, me sentiria muito humilhada totalmente nua.
então, sua mão me puxou para seu corpo, me prendendo de costas para ele em seu braço.
eu não conseguia nem ao menos me mexer, seu aperto parecia tão forte ao ponto de quase conseguir quebrar meus ossos inteiros de uma vez.
antes de conseguir dizer mais algo, senti o ferro quente em contato com uma de minhas nádegas.
dei um grito grande e estridente, as lágrimas começaram a rolar de imediato pelo o meu rosto.
apertei com força seus braços tentando amenizar a grande dor que eu sentia.
então, ele afastou o ferro, indicando que havia acabado.
escutei o barulho do ferro caindo no chão, o que indicava que o rei havia soltado ele.
então, um de suas mãos segurou meu pescoço, me virando para ele.
tive que tirar minhas mãos de meus seios para colocar em seu braço, ele parecia controlar a força para não quebrar meu pescoço, mas eu já sentia meu ar se esvaindo.
-a próxima vez que me tocar sem a minha permissão ou abrir sua boca para contrariar qualquer coisa que eu diga, vai ser castigada de uma maneira que nunca vai esquecer.
suas palavras ecoavam pela a minha mente, me causando arrepios.
sua mão soltou meu pescoço, me fazendo cair de forma brusca no chão.
-coloque sua roupa e vá para o quarto, logo irei também (ele disse antes de sumir da sala, indicando que havia ido para outro cômodo)
ainda tremendo e quase inconsciente, peguei meu vestido e o coloquei, me dirigindo mancando até o quarto.
deitei no cobertor que havia no chão e me cobri com o outro cobertor, sentindo as lágrimas rolarem pelo meu rosto e tentando enganar minha mente para que o chão que eu estava, não parecesse tão frio.