The Stripper

Galing kay SheWantsCamila

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Você já imaginou ter duas vidas? Ser duas pessoas ao mesmo tempo? Aposto que sim. Mas entre pensar e viver ha... Higit pa

Capítulo 1 - Duas vidas
Capítulo 2 - Voltando a Miami
Capítulo 4 - Nova Presidência
Capítulo 5 - Primeiro Dia
Capítulo 6 - Conversa e mais tempo juntas.
Capitulo 7 - The Dance
Capitulo 8 - The Kiss
Capitulo 9 - Perdendo o controle
Capitulo 10 - Le café
Capitulo 11 - Sweet illusion
Capitulo 12 - Confusion
Capitulo 13 - Presente, carona e conversa
Capitulo 14 - Wicked games
Capitulo 15 - Chegada inesperada
Capitulo 16 - Reencontro
Capitulo 17 - Conhecendo a família.
Capítulo 18 - Um dia diferente.
Capítulo 19 - Uma Dança
Capítulo 20 - Voltando a dura realidade.
Capítulo 21 - O troco.
Capítulo 22 - Perdidas.
Capítulo 23 - Arrisque-se
Capítulo 24 - Fuck You All The Time
Capítulo 25 - Caminhos Cruzados.
Capítulo 26 - Brigas e Reconciliação
Capítulo 27 - Uma Nova aliança.
Capítulo 28 - Um Dia Diferente
Capítulo 29 - Moments
Capítulo 30 - A descoberta.
Capítulo 31 - Confronto
Capítulo 32 - Whirlwind of feelings
Capítulo 33 - Caindo em tentação.
Capítulo 34 - Negociações.
Capítulo 35 - Coisas do passado
Capítulo 36 - Baile de mascaras
Capítulo 37 - Pedidos
Capítulo 38 - Questão de conhecer
Capítulo 39 - Quem manda nesse jogo?
Capítulo 40 - Vai dar tudo certo?
Capítulo 41 - Mentir, sim ou não?
Capítulo 42 - Supressa
Capítulo 43 - O vôo.
Capítulo 44 - Segredos
Capítulo 45 - Sair, sim ou não?
Capítulo 46 - Decisão
Capitulo 47 - The Lap dance
Capítulo 48 - Xeque-Mate
Capitulo 49 - Estratégia
Capitulo 50 - A Nova Era.
Capítulo 51 - Acerto de Contas
Capítulo 52 - A perda
Capitulo 53 - Novos tempos
Capítulo 54 - O casamento
Capitulo 55 (Final)- O Poder.
Especial The Stripper - A família.
Especial The Stripper - Dois lados.
Especial The Stripper - Dear Stripper.
Webserie - The Stripper

Capítulo 3 - The Stripper

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Galing kay SheWantsCamila

Demorei, mas cá estou eu com o proximo capitulo. Dou a pequena sugestão de ouvirem West Coast da Lana del Rey, que foi minha inspiração para escrever esse capitulo.
Mas caso não curtam essa musica, podem ouvir aquela musica que gostaria que Karla dançasse para você. haha' 

Link da playlist : https://play.spotify.com/user/evelinsilva17/playlist/5FEaCQaOHkxp78HpN3zv39
Aproveitem, e bom show ;)  

Lauren Jauregui's point of view.

A entrada era escura.Passamos por alguns homens vestidos de terno preto, seguranças da boate, é claro. Eu já podia ouvir a música alta e frenética preenchendo meus ouvidos, até que adentramos o lugar. Sem dúvida era surpreendente, o lugar era enorme e esbanjava luxuria, era pouco iluminado com alguns focos de luzes vermelhas ou rosas por todos os lados. Em pontos estratégicos podia se ver mini palcos com postes de pole dance, mulheres praticamente nuas dançavam sensualmente para homens ou mulheres que encaravam de forma atenta.

- Você me trouxe a uma boate de strip-tease? – sussurrei no ouvido de Vero.

- Demais né? É a melhor de Miami, Lauren! – ela falou tão animada e continuou a andar.

Neguei mentalmente pela loucura que estava fazendo.Caminhamos entre as pessoas, sendo guiadas pela loira, até chegarmos perto do palco principal, ali parecia ser uma espécie de área vip, pois nem todo mundo podia adentrar. Candece nos entregou uma pequena pulseira de cor verde, para entrarmos naquela parte.

- O melhor lugar, para as melhores clientes – Candece falou sorrindo.

- Por isso gosto de você! – Iglesias falou abraçando a mulher.

- Aproveitem bastante, hoje temos a melhor dançarina da boate.Espero que gostem!

- Obrigada,Candece.

A mulher apenas assentiu e se retirou.

- Eu vou matar você! Vou matar!! – esbravejei para Vero.

Vero soltou uma gargalhada divertida.

- Do que você está rindo? – Meu nervosismo era notado a quilômetros.

- Da sua agonia,Laur, porque está assim? Até parece que nunca veio a uma boate de Stripper antes!

- Eu não sou mais aquela irresponsável, Verônica!As pessoas me conhecem! O que vão falar de mim ao me verem nesses lugares?

- Que você está se divertindo?! Pare de ser tão chata! Acha mesmo que os empresários vão falar algo de você? Não seja tola, você é uma das maiores, ninguém vai te desafiar assim.

Olhei para o ambiente, onde nitidamente só haviam pessoas importantes, com um alto poder aquisitivo.

- Eu preciso beber!

- É isso ai! – Vero de forma animada – Ei!

Uma ruiva de corpo esbelto se aproximou, vestindo um pequeno traje que mal cobria seu corpo, ela era bonita e muito sexy.

- Desejam beber alguma coisa? – sua voz saiu arrastada e sensual.

- Duas tequilas para começar – Vero se adiantou, a ruiva assentiu e se retirou para pegar as bebidas – é bom ter você de volta,Jauregui! – ela falou sorrindo.

Minutos depois a mesma ruiva que a pouco estava conosco voltou com dois pequenos copos onde nossas tequilas estavam.Encarei o líquido transparente no recipiente, provavelmente tomando coragem para ingeri-los de uma só vez. Olhei para Iglesias que fez um sinal indicando que deveria ser agora, eu assenti pegando o pequeno copo, levando até os lábios onde de uma só vez virei. O líquido passou rasgando em minha garganta, o ardor foi descomunal até aquecer meu estômago, mas a sensação tinha sido boa, tinha gosto de velhos tempos.

Eu estava com medo de alguém importante me ver ali, não seria nada bom acordar lendo manchetes com "Dona da Jauregui Industry passa noite em boate de Strip-tease" isso seria o fim! A ruiva dançava sensualmente em nossa frente, fazendo posições com pole dance invejáveis, mas por algum motivo ela não prendia tanto minha atenção como fazia com Vero. Será que eu não gostava mais de mulheres? Indaguei a mim mesma, mas no mesmo instante percebi que aquilo era uma opção sem nexo, nunca em toda minha vida eu estaria desejando um homem. "Argh!", pensei. Talvez fosse os anos que eu estava sem me divertir, sem estar com uma mulher que realmente me atraísse, viver em função de suas indústrias não era para qualquer um.Para isso, era preciso abrir mão de muita coisa, não era àtoa a visão de infeliz que as pessoas taxavam em mim, mas a opinião delas pouco me importavam.

- Quer uma outra dançarina? Talvez você não goste de ruivas – Veronica falou sorrindo

- Eu prefiro as morenas, mas essa ruiva é linda! Tome cuidado para não babar em cima da mulher.

Vero me olhou divertida tomando um gole de sua bebida. Ficamos algumas horas ali, curtindo o ambiente, as mulheres dançando. Cheguei a presenciar Iglesias beijando a ruiva que nos servia na cara dura.

- Acho que você não está se divertindo, quer ir embora? – Vero falou se aproximando de mim.

- Só tenho receio que alguém me veja aqui, Vero.

- Certo, eu vou ao banheiro e já volto para irmos embora, tudo bem?

Eu assenti, e então Vero se levantou. Olhei para o lugar em meu redor e pude ver muitos homens ricos, empresários, donos de grandes potenciais financeiros sorrindo com olhos repletos de luxúria ao ver as belas moças dançando de forma tão sensual para eles. Mas ali não tinham apenas homens, mas muitas mulheres que também se derretiam ao serem hipnotizadas pelas dançarinas.

- Vamos? – Vero perguntou.

- Vamos, já fiz loucura demais por uma noite só - eu falei me levantando, de repente a música parou.

Vero e eu nos entreolhamos, quando percebemos um único foco de luz no centro do palco central.

- Oh, Deus! É a dançarina agora Laur, a que a Candece falou!Podemos ficar apenas para ver a apresentação dela?

- Vero...- a repreendi

- 10 minutos e nós iremos embora, agora senta aí de novo.

A contra gosto, sentei novamente em minha cadeira, bufando com a escolha de ficar. Eu não queria estar ali, eu não queria beber e nem ver aquelas mulheres dançando... era tão difícil de entender? Tomei um gole do uísque escocês, sentindo o líquido aquecer meu estômago. Fechei os olhos, ouvindo murmúrios ansiosos pela presença da tal dançarina. O que aquela mulher tinha de tão extraordinário? Era apenas mais uma mulher bela que lhe envolvia por poucos minutos de uma dança erótica. Imbecis!

- Dizem que ela é a melhor dançarina daqui – ouvi Verônica falar animada.

Eu continuei sem a animação que a maioria ali estava, remexi o copo deixando que um pouco da bebida caísse sobre o pano de minha saia, soltei alguns palavrões quando a música voltou a preencher o ambiente.

O palco central ficou escuro, fazendo os murmúrios ficarem cada vez mais altos. Em instantes a voz sensual e puramente erótica se espalhou por todos os cantos, a música havia começado. No centro do palco, o holofote se acendeu sobre o corpo de uma moça, e os homens foram a loucura.

Meus olhos se prenderam a corpo da mulher que lentamente balançou em uma sincronia perfeita com a música do ambiente. Karla, como todos a chamavam, começou a coreografia no poste no meio do palco, remexendo suas sinuosas curvas enquanto seus braços se apoiavam no bastão de inox. Eu não conseguia vê-la perfeitamente bem, a penumbra do lugar me impedia de detalhá-la. Mas por algum motivo, sua dança prendia minha atenção como um feitiço lançado sobre um pobre e inocente telespectador. Ela deixou que seu corpo se movesse de forma tão quente e sensual com a música que eu poderia jurar estar em outra dimensão. Era simplesmente impressionante o que ela poderia fazer.Seu corpo estava praticamente de cabeça para baixo, com as pernas entrelaçadas no poste de ferro, enquanto suas mãos deslizavam sobre o próprio corpo por lugares onde qualquer um aqui pagaria uma fortuna para tocar. Ela o segurou novamente, agora deixando as pernas livres, que se abriram dando uma visão maravilhosa de seus bens. Aquilo fez todo meu corpo estremecer, mas por pura sorte ou azar, ela voltou novamente ao chão.

Seus cabelos eram escuros, poderiam ser negros ou castanhos, sua pele clara e tão delicada. A stripper era dona de curvas tão desejáveis e instigantes, possuía pernas longas e torneadas cobertas por uma meia calça rendada na cor preta, suspensas por cinta ligas deixando-as mais sexy. Karla virou de costa descendo até o chão lentamente fazendo com que todos vissem como Deus foi generoso com ela, era tentador a vontade de tocar o enorme volume de sua bunda.

A mulher sorriu diabolicamente quando as pessoas se alvoroçaram, maldita dançarina. Suas mãos foram em seus cabelos sedosos, deixando que todos vissem seu rosto coberto pela máscara negra, deixando apenas seus lábios rosados e carnudos amostra. Ela caminhou para o outro poste de pole dance que ficava mais próximo de todos na primeira fila, onde eu estava. Mesmo com a máscara se notava o olhar provocante, e alucinador, que porra aquela mulher tinha? A mesma mordeu o lábio inferior, encostando as costas no ferro, deixando que seu corpo roçasse no mesmo lentamente, e quando subiu novamente puxou o fitilho negro que segurava seu corselete, fazendo a peça justa cair ao chão, deixando à mostra seus seios apertados sobre o sutiã rendado.

Não era exagero, e nem metáfora. Sobre o corpo da Stripper chovia dinheiro, a marca do poder. Seu corpo se movia em uma perfeita sincronia com a música sensual, a mulher era de enlouquecer qualquer ser humano naquele lugar. Karla levou a mão até sua saia fazendo gestos na qual tiraria, provocando alvoroço e clamação de homens e mulheres que ansiavam vê-la com o mínimo de peças possíveis sobre seu corpo.

"Porra, como você é gostosa"

"Pago quanto for por você, garota"

"Se aproxime mais docinho, deixe-me te dar o que você gosta" - um homem falou com vários dólares na mão.

Ouvi algumas pessoas gritando por ela, que apenas sorriu, como quem se divertia com o desejo de pobres mortais que desejavam o que foi esculpido por deuses ou demônios, de tão belo e provocante.

Ela rebolou, mas rebolou da forma mais gostosa que uma mulher poderia, e virou de frente, e, por uma fração de segundos, seus olhos se encontraram com os meus, provocando um súbito aquecimento em todas as áreas de meu corpo, mas principalmente num lugar na qual eu não poderia explicar. Era possível isso? Você se excitar com uma mulher no qual você nunca viu dançando? Eu me sentia em brasas, com um desejo avassalador por uma mulher de corpo tão fodidamente bom. Seus olhos ainda estavam nos meus, e eu poderia ver que em mim ela viu o desafio, sorriu diabolicamente, prendendo o lábio inferior entre a fileira de dentes brancos, soltando uma piscada sensual. Filha da puta!

Engoli em seco quando Karla levou a mão até a saia, tirando o tecido de seu corpo, sem tirar o olhar sobre mim... o que ela queria? Que eu subisse até lá e lhe tirasse o resto de panos que lhe cobria? Porque era essa a minha única vontade aquele instante. A morena ficou apenas com uma lingerie tão pequena, que tiraria com a boca, se me concedesse a honra. Fechei os olhos e balancei a cabeça negativamente, tomando todo o uísque de meu copo, deixando que o liquido descesse desenfreado queimando em meu interior. Queimando? Eu já poderia estar em chamas com aquela mulher, que poder era aquele? Agora sim eu entendia o motivo de todos clamarem por ela, a stripper lhe levava ao mundo que o prazer era a única sensação, onde sua visão erótica lhe provocava um amontoado de sensações entorpecentes e prazerosas.

Ela continuou a coreografia insinuante... para mim? Ou eu estava fantasiando sua atenção sobre mim? Eu não sabia, eu não sabia o que estava acontecendo.Me encontrava rendida por uma mulher malditamente gostosa que rebolava em minha frente, e que agora estava indo, não...não Karla.

Seu espetáculo estava no fim, a moça guiou até o fundo do palco, quando a música parou e holofote se apagou sobre ela, o show tinha terminado, mas para mim aquele não seria o fim.

Meus olhos a seguiram até onde eu poderia ver, mas então ela sumiu. A musica frenética e agitada voltou a tocar, e os homens festejavam pelo show da morena que tirava qualquer um de orbita.

-Eu estou sem reação – ouvi a voz de Vero ao meu lado. – ela realmente é boa no que faz.

Eu nada falei, ainda tinha esperanças de vê-la no fundo daquele palco, mesmo sabendo que aquilo não aconteceria.

- Sinto que alguém gostou muito...

Olhei para Vero que me fitava com um sorriso carregado de sarcasmo.

- Eu preciso falar com essa mulher, Iglesias.

Karla Estrabão Point Of View.

Sabe quando você se sente presa a alguém? Ou melhor, a um olhar? As intensas esmeraldas que me fitaram aquela noite não saiam de minha cabeça. Quem era aquela mulher? Por Deus, eu nunca me senti tão exposta a alguém naquele lugar. Seus olhos me encaravam como se estivesse hipnotizada, eu podia ver em sua íris esverdeada a luxúria transbordando. Por algum motivo, seu olhar me prendeu.Ela era linda. A mulher a qual eu não sabia o nome tinha cabelos castanhos, lisos, sua pele era perfeitamente alva, seus lábios carnudos cobertos por uma camada de batom tão vermelho quanto sangue. Ela não parecia ser alguém comum, trajava roupas sociais e sofisticadas. Sua expressão era forte, decidida. Me senti entregue aos seus intensos olhares.

Eu não sei como aquilo aconteceu, mas quando encontrei seu olhar sobre mim, uma corrente elétrica acionou todos os meus sentidos, como um animal que busca sua melhor presa. Eu, naquele instante, dancei para ela, para seu olhar que me cortejava.Eu a instiguei, a provoquei por algum motivo que meus pensamentos e minha razão não sabiam explicar.

- Ouw! Que show foi esse menina! – ouvi a voz de Dinah, adentrando o pequeno espaço.

Dinah era minha melhor amiga, ou melhor, minha irmã. Desde que entrei na Imperium nos aproximamos de tal forma impossível de ser explicada, ela me conhecia como a palma de sua mão, e eu a conhecia da mesma forma. Nos meus piores momentos, ela esteve ao meu lado, me protegendo como uma leoa protegia seus filhotes, e era por isso que eu a amava tanto.

- Foi muito louco – falei um tanto sem palavras.

- Conhece aquela mulher? – ela perguntou tomando um gole da garrafinha de água que tinha nas mãos.

Eu a fitei, negando com a cabeça

"Hum" ela murmurou.

- Você parecia querer impressioná-la – disse com um sorriso malicioso.

- Você acha? – perguntei tirando a máscara.

- Tenho certeza, Camila, você nunca dançou de forma tão sensual como hoje, os homens saíram mais animados que o normal.

Pude ouvir sua risada divertida, me fazendo rir também.

- Eu não sei porque dancei assim... eu nunca vi aquela mulher aqui antes, você a conhece? – falei tirando as poucas roupas do show.

- Vi Candece entrando com ela e mais uma outra na boate, ela parece ser alguém importante.

Exato, a mulher dos olhos de esmeralda parecia ser alguém muito importante. Sua áurea de empresária era evidente, ela tinha uma postura séria, e um tanto arrogante, aquilo me era tão atraente...

- Ela é muito bonita – falei sem perceber.

Dinah me olhou um tanto curiosa, seu olhar era desconfiado e avaliativo.

- Gostou dela, não é mesmo?

- O que? De onde tirou isso, Dinah? – falei mais rápido do que deveria, mostrando minha pitada de nervosismo na voz.

- O jeito que você dançou para ela, Mila! Parecia que não tinha mais ninguém ali. Aposto que ela deve estar com a calcinha molhada – sua gargalhada ecoou pelas paredes do camarim.

Revirei os olhos e vesti minhas roupas.

- Não fale besteiras – falei tacando a pequena almofada contra seu rosto.

- Ora, ora... que belo show! – ouvi a voz de Candece bem animada.

Eu virei para ela com um largo sorriso.

- Gostou?

- Você foi maravilhosa, Karla!Não poderia ter sido melhor! Já recebi altas ofertas por você lá embaixo, sabia?

- Disse a todas elas que não estou disponível, não é?

A boate era de strip-tease, muitas das dançarinas faziam seus programas com os homens que lhes ofertavam uma quantidade boa em dinheiro ou bens, mas eu não era uma delas. Desde o começo, meu acordo com Candece não envolveu relações sexuais com clientes da Imperium, e ela sempre respeitou isso. Não era de hoje as ofertas um tanto atrativas que eu recebia, eu admito ser tentador a quantia que eles ofereciam, mas meu caráter não me permitia fazer tal ato.

- Sim, eu disse não a todas Camila. Eles ficam um tanto decepcionados comigo. Mas eu digo que você é apenas uma dançarina.

- Obrigada,Candece – falei abraçando a mulher.

Nos últimos anos, Candece se tornou uma espécie de madrinha para mim. Me ajudou e me acolheu aqui como uma filha, aquilo obviamente provocou uma série de inimizades para mim, afinal eu era vista como a favorita. E eu realmente não ligava para isso.No começo foi difícil, ter metade das meninas contra mim não foi nada fácil, mas com ajuda de Dinah e Normani, tudo se tornou mais fácil, e é claro com a benção de Candece.

- Você sabe que não precisa agradecer, Camila, você foi maravilhosa, é a pedra preciosa da Imperium – ela falou sorrindo. – eles a chamam de a Intocável.

- Qualquer dia vou querer um emprego aqui – Dinah falou rindo.

- Não sei porque ainda não veio, Dinah.Os homens iriam adorar ver você dançando com esse corpão

- Eu sempre digo isso ela – falei ajeitando minhas coisas.

- Não posso,Siope com certeza me mataria. – ela falou rindo. – prefiro ficar na minha área no escritório.

- Bom meninas, eu vou voltar à boate, preciso dar atenção a alguns convidados especiais

A loira se virou em direção a porta e então a chamei.

- Sim? – ela perguntou virando-se de frente para mim

Eu estava um pouco recuada em perguntar, mas precisava saber quem era aquela mulher.

- Quem é aquela mulher que estava me assistindo hoje? – perguntei em voz baixa.

- Qual mulher?

- Empresária que mais parece uma modelo de revista – Dinah falou sorrindo – que estava na primeira fila, sabe? Onde Camila rebolou para ela.

- Dinah!

Candece começou a rir, fazendo eu ficar envergonhada.

- Sei quem é... ela realmente é uma empresaria muito importante.A mulher que estava ao lado dela é minha amiga, foi ela que a trouxe, mas não me recordo de seu nome agora, o álcool me deixa com um pouco de amnésia. –a mulher falou bem humorada

Apenas assenti um tanto desanimada por nem sequer descobrir o nome daquela mulher. Talvez depois de hoje, eu nem sequer a veria mais. Peguei minha pequena bolsa colocando sobre o ombro, fazendo um breve sinal para Dinah me acompanhar.

- Ela gostou de você – Candece falou me fazendo parar.

Virei para ela que me fitava.

- C-como você sabe? – perguntei reprimindo minha animação por saber daquilo.

- Digamos que ela foi uma das pessoas quem ofereceu dinheiro para lhe encontrar, Camila.

Céus! A mulher dos olhos de esmeralda realmente estava interessada em mim. Pensei um tanto nervosa com a situação, será que eu deveria falar com ela? Não, você nem a conhece, Camila.

- Deveria ter lhe perguntando? – Candece falou vendo a dúvida explicita em meu rosto.

- Não! Claro que não, é a mesma resposta a todos – falei mais tentando me convencer do que a ela.

Dinah e eu nos despedimos de Candece e saímos pela porta dos fundos. Lembro que, naquela noite, eu só consegui pensar no profundo olhar daquela mulher, e de como seu jeito autoritário me era atraente.


 Espero que tenham gostado, em breve posto a continuação
Qualquer erro, conserto depois  

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