FALLING FOR LOVE #1

By itsbrokenglass

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Faith Hall e Rhydian Sullivan se odeiam desde sempre. O sentimento de ódio nasceu na infância, aos doze anos... More

SOBRE O F.F.L
PRÓLOGO
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By itsbrokenglass

Essa é a minha melhor amiga
Ela é foda demais
Tem seu próprio dinheiro
Ela não precisa de cara nenhum
Na pista de dança
Ela bebeu duas, três bebidas
Agora ela está rebolando "
| Best Friend (feat. Doja Cat), Saweetie|



Faith Hall

Era uma tarde chuvosa de quinta-feira.

Eu amava Boston porque, primeiramente não era Somerville e segundo porque, chovia muito. Eu amo chuva mais que tudo. Amo quando chove e eu me deito no sofá com uma manta, uma enorme xícara com chocolate quente e um bom livro. Eram os meus dias e momentos preferidos.

Costumo sempre dizer que em outra vida — se é que existiu, mesmo que eu não acredite nisso e digo isso por mera brincadeira —, eu era uma filhote de pinguim. Pelo simples fato de amar uma chuva e frio. Juntando os dois, eram as ocasiões perfeitas. Por esse simples fato, decidi fazer alguns cupcakes. Preparei a massa de chocolate e dividi nas pequenas forminhas e levei ao forno. Enquanto assava, fiz a geleia de morango com amoras e deixei esfriar. Quando os cupcakes estavam frios, desenformei e abri um pequeno buraco no meio e coloquei a geleia de morangos com amoras e coloquei chantilly por cima. Por fim, coloquei os cupcakes em embalagens próprias para eles.

Caminhei até o meu quarto, vesti uma calça jeans, um suéter e coloquei a capa de chuva. Retornei para a cozinha e peguei três cupcakes, os coloquei na mão e abri a porta. No entanto, parei ao ver Sandy prestes a bater na minha porta. Olhei para ela surpresa e curiosa, ao ver que ela segurava cupcakes.

— Fiz pra você — me estendeu os cupcakes que segurava. — São de morangos, os seus preferidos.

Eu os peguei, sorrindo. Estendi os cupcakes que eu segurava para ela.

— Fiz pra você também. Os seus preferidos.

Depois de um longo momento de reflexão comigo mesma, decidi ir até ela e pedir desculpas, mesmo não sendo a minha culpa. Mas eu não poderia ser hipócrita e jogar a culpa toda nela, sendo que eu também tinha culpa. E além do mais, eu ainda a queria na minha vida porque sem ela, eu não seria nada. Então engolindo todo o meu orgulho, decidi ir atrás. Porém, não só eu pensei assim, porque ela também estava na minha porta, literalmente.

— Quer entrar?

Ela concordou e entrou, tirando sua capa de chuva que escorria alguns pingos de água. Segui para a cozinha com Sandy ao meu encalço e ela sentou na banqueta, dei a volta no balcão ficando em pé na sua frente.

Abri a embalagem dos cupcakes que ela fez e mordi um deles, sentindo minha mandíbula doer ao sentir o gosto cítrico do morango. Os cupcakes de morango eram os meus favoritos, os de Sandy então, eram os prediletos da vida.

— Isso tá muito bom — murmurou de boca cheia.

— Digo o mesmo.

Um silêncio pesado caiu entre nós. Tinham coisas para serem ditas, mas não queríamos dizer. Não queríamos estragar aquele momento com palavras que estávamos ignorando. Mas infelizmente, era preciso dizer palavras para resolver o problema. Nenhum problema será resolvido à base do silêncio.

Ela soltou um suspiro chamando a minha atenção, enquanto lambia os dedos.

— Desculpe por sábado — ela declarou, com aquele olhar do gato de botas. — E desculpe por ter escondido que eu estava trepando com o seu irmão. Parei para pensar e cheguei à conclusão que eu cobrava tanto de você e não segui as minhas próprias cobranças.

— Eu também errei. Fui egoísta com você — proferi, me sentindo mais leve por dizer aquilo. Mesmo tendo dificuldade em pedir desculpas, eu tentei. — Mas espera, você disse que estava? No passado?

— Foi — concordou, abandonando o segundo cupcake pela metade. — Era só um lance casual que durou menos de duas semanas. E eu percebi que ele não valia o meu esforço, igual você me disse. Então me poupei de sofrimentos desnecessários.

Fiquei completamente aliviada ao saber que ela tinha terminado com Grayson. Porque se isso se estendesse além da conta, ela iria sofrer, porque o meu irmão não tem amor por ninguém além dele mesmo. Grayson era um casco oco de uma árvore velha: não tinha nada dentro. E mesmo sendo duro de confessar, o meu irmão não se importa em esmagar o coração de alguém ao trocar de mulheres como troca de meia. Ele era o meu irmão, mas não anula o fato dele ser um tremendo filho da puta egoísta.

— Sinto muito por ter sido rude com você aquele dia — sussurrei com dificuldades e além de tudo, sinceridade. — Mas não sinto por você ter terminado com o meu irmão.

— Eu também não sinto... — terminou de comer o cupcake que ela deixou pela metade. — Posso te fazer uma pergunta?

Anuí, dando uma enorme mordida no meu cupcake e quase gemi de satisfação. Aquilo era muito bom.

— Por que vocês dois são assim?

— Você quer dizer distantes, secos e frios? — ela concordou. — Eu não sei. Éramos uma dupla incrível, fomos mais que irmãos, fomos melhores amigos. Mas depois que ele mudou para Boston, isso acabou e ele se afastou de mim. E eu também contribuí com o afastamento, mas não com a frieza e a morte da nossa amizade.

— Você nunca tentou ir até ele?

Na verdade, eu fui. Várias e várias vezes. Mas todas as vezes foram inúteis. Grayson me ignorava, dizia que estava de saída ou que não tinha tempo. Então eu desisti de ir até ele e tentar manter a nossa relação que há tempos, não existia mais. A nossa última interação foi no dia que o ruivo chegou ao solo americano, quando o meu irmão veio atrás de mim porque precisava de um abrigo para o melhor amigo.

Nos víamos com frequência, era lógico. Principalmente na faculdade e quando eu decidia ir aos ensaios de sua banda ou quando Sandy me convencia a sair. O que acontecia raramente. E em todas as vezes, Grayson olhava para mim como se olhasse para alguém desconhecido e sempre fingia que eu não estava no mesmo ambiente que ele. Não vou negar e dizer que não me afeta, pois seria mentira. Me afeta muito. E eu me sinto quebrada quando ele me olha como se olhasse para qualquer pessoa e não a sua irmã.

— Muitas vezes. Por fim, decidi parar e ter vergonha na cara — resumi o mais breve possível, evitando entrar naquele assunto extremamente delicado para mim.

Minha amiga concordou, entendendo que não queria falar sobre aquilo. Sobre Gray e a nossa relação entre irmãos fracassados.

— Vi que você tem um novo amigo — comentou como quem não queria nada, mas no fundo sabíamos que ela estava com ciúmes. — Ele parece legal. E também é um gostoso.

— E é. Legal, quero dizer — declarei, lembrando o quanto Alec era divertido. — Você também vai gostar dele. Ele é animado e divertido como você. Aliás, eu o acho uma cópia masculina de você.

— Bom saber — proferiu, sorrindo convencida. — Eu transaria comigo facilmente. Eu sou muito perfeita!

Abri um sorriso com aquelas pérolas. Eu senti falta disso, falta dela e suas pérolas. Devo agradecer por nossa amizade não ter sido abalada porque eu sou muito dependente de alguém e se acabasse a nossa amizade, com certeza eu ficaria arrasada.

— Ele é hétero?

Olhei para ela, com uma expressão neutra no rosto.

Alec era muito hétero. E não era um hétero top escroto que me lançou uma cantada idiota e pediu pra trepar logo de cara. Alec era um cara incrível e muito encantador, mostrava sem esforços que nossa relação era somente amizade e nada além. Ele não flertava comigo, apenas me dava conselhos e grande parte de eu ter decidido ir atrás de Sandy, foi por causa dele. Sem mencionar o ruivo que me deu bons conselhos.

— Para a sua sorte, sim.

— Nossa, preciso fazer amizade com ele.

— Para a sua informação, o Alec não é esse tipo de hétero que você tá imaginando — falei, me sentando em uma banqueta. — Ele é aquele tipo incrível que cuida das amigas. Não é aquele tipo que flerta no primeiro olhar, ao invés de flertar, ele deixa claro que quer apenas amizade e se rolar alguma coisa, rolou.

Minha amiga me olhava com o queixo apoiado na mão esquerda. Tinha um sorriso bonitinho em seus lábios e seus olhos brilhavam.

— Você acabou de descrever o amor da minha vida — gargalhei, tombando a cabeça para trás. — É sério! Eu sonhei com um tipo desse a minha vida inteira.

— Ele é apaixonante! Eu vou apresentá-lo a você.

— Ótimo! — bateu palmilhas exageradas. — Você vai ser madrinha no nosso casamento.

Eu não duvidava disso. Porque Alec era o príncipe ideal para qualquer mulher e Sandy, sonhava com um príncipe em seu cavalo branco. Seria uma ótima ideia apresentá-los, porque eu sentia que seria uma coisa boa. Ao contrário do que senti quando Sandy estava com Grayson. Dessa vez, Alec e Sandy seriam uma bela combinação.

boa tardeee!!

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