MANIA de VOCÊ - Romance Gay

By davihomem

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+ 18 anos Gay Romance A mania de querer tudo do seu jeito, no seu tempo e na hora que melhor lhe convies... More

Algumas Palavras
Lembranças Que Tornam A Vida Mais Suportável
Quem é Quem
Café da Manhã Com a Nova Família, e Um Olhar Penetrante
Apenas Um Sobrevivente
João Luka Vilar e Sua Lindinha
Não Consegui Tirar Você do Pensamento...
Revelações Antes do Almoço
Um Cerco do Bem
Um Dia Super proveitoso... Pra Muita Gente
A Primeira Aula Ninguém Esquece, ou Seria...O Professor
Um Assalto Mal Sucedido e a Perda de Uma Prancha
Verdades, Metas e Mais Um Banho Juntos
O Primeiro Beijo Que Logo, Logo Virará Uma Deliciosa Rotina
Amar Você... A Rotina Mais Deliciosa de Duas Vidas
Ou Vai, Ou Raxa...
Juntos e Misturados
Um Almoço Rotineiro Regado a Muita Saudade e Novas Conquistas
Você Não Sai da Minha cabeça...
Um Sabichão... E Um Apaixonado
De Onde Só Se Tira... Um Dia Acaba
Matando a Saudade...
Uma Conversa Séria Sobre Passado, Futuro e... Casamento
Fim da Saudade... E Surpresas... Muitas Surpresas
Em Busca de Saídas
Fazendo a Coisa Certa
O Bom Filho à Casa Torna... Né?
Um Final... E Um Novo Início

Trâmites Legais e Um Segundo Encontro

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By davihomem



     Assim que entrei na sala que um dos funcionários da empresa indicou, me deparei com outros 04 candidatos. Um deles me viu e voltou a olhar para seu celular com bastante pressa. A única menina entre nós me olhou e sorriu timidamente. Assim que criei coragem de falar com ela sobre o responsável pelas " entrevistas ", a porta do provável escritório do entrevistador abriu e de lá saiu um cara super mal-humorado que me olhou sem qualquer interesse, e disse:

     _ Se veio pela vaga de T I me entrega o curriculum e aguarda sua vez, garoto. Eu fiquei parado lhe olhando e ele voltou a falar segundos depois... _ Você veio ou não pega vaga?

     _ Não senhor. Vim por conta da vaga de Vendedor que me ofereceram lá no Cadastro de Empregos  no centro da cidade, senhor.

     _ Sei. Me deixa ver o seu curriculum. E de cara o mal-humorado estendeu a mão e eu prontamente lhe entreguei o papel contendo todas as minhas informações.

     Não deu nem tempo dele ler todo o conteúdo, pois não ficou com a folha em mãos por muito tempo. Largou o papel ao lado e pegou outra folha. Escreveu algumas coisas que tirava das minhas informações e me olhou ao terminar. Fiquei meio sem graça enquanto ele fazia isso, e após uma boa avaliada - sem se prender a nada em específico - ele prontamente assinou na folha que escrevera, colocou 2 carimbos na mesma, voltou a me olhar, e ao me devolver o papel disse:

     _ Seja bem-vindo à Koogi Eletrônicos. Desça, e ao lado dos caixas na sessão de roupas masculinas do 3º Andar, procure pelo Alex. Boa sorte. Adriano Sarmento pode entrar.

     Após ele falar o nome da próxima pessoa a ser entrevistada para a vaga de T I me virei e saí da sala com a folha que ele me dera em mãos. Só algum tempo depois é que ficaria sabendo que o cara em questão se chamava Rogério, era do RH da Koogi, e que estava a ponto de enlouquecer por conta da sacanagem que a concorrência fez ao tirar dois dos principais colaboradores nessa área.

     Cheguei ao 3º Andar e procurei pelo Alex. O mesmo era mais um da Equipe do RH e assim que me viu já foi pegando a folha que lhe estendi e disse:

     _ Você tem 03 dias para fazer os exames admissionais ( E me deu o endereço para tal fim ), tirar as medidas para sua farda, cadastrar sua senha nos nossos programas e entrar no programa de treinamentos para que conheça todos os nossos produtos que estão lá no Térreo da loja e que são as meninas dos olhos do nosso CEO. Tem filhos?

     _ Não, senhor Alex.

     _ Nunca mais me chame de senhor, Guilherme. Temos quase a mesma idade e não vai funcionar. Nos tratamos pelos nomes do crachá.

     _ Até o CEO, Alex?

     _ Até ele. Inclusive foi ele quem iniciou com essa coisa de nos tratarmos pelos nomes. Claro que temos que ter limites e haverá situações em que nós mesmo deveremos saber onde frear pra não ficar meio deselegante. Entendeu?

     _ Claro. Aprendo bem rápido e sei meu lugar.

     _ Boa garoto. O salário inicial, pelo menos o do 1º mês será de U$ 1.800,00 limpo e seco. Automaticamente comecei a fazer contas e vi que daria pra levar de boa - pelo menos por enquanto... _ Não esqueça que você será avaliado pelo Gerente do setor de vendas. Findo o mês inicial, você é efetivado e seu salário passa a ser de U$ 2.400,00 mais as comissões das vendas. Se for esperto dá pra tirar pelo menos 3, 4 salários de boa. Só que haverá descontos do salário base para o plano de saúde, contribuição sindical e previdência. Agora me diz... vai embarcar no trem?

      _ Ué... Eu pensei que a gente já tava até longe da estação, Alex. Sorrimos e fui tratar da vida.


*

*



     Mal o homem entrou na loja começou o coro de...

     _ Bom dia, Sebastian.

     Ele respondeu a todos com a costumeira educação e se dirigiu a passos largos até o RH. Sua preocupação maior era saber se as vagas na T I já haviam sido preenchidas. Assim que avistou a porta do setor, seu celular chamou e o nome do irmão apareceu no visor...

     _ Fala, meu lindo.

     * Onde você foi, lindão? Perguntou Daniel Koogi ao irmão mais velho.

     _ Vim na Empresa...

     * Não, Sebastian. Você prometeu que iríamos juntos para Ponta Azul. Você sabe que desde o final da faculdade que temos nosso encontro anual, com toda nossa turma, e já confirmei nossas presenças, mano.

     _ É só uma passada rápida aqui na Empresa, Dan. Falei pra você que tava meio preocupado com a saída da Sarah e do Vinícius da equipe de T I...

     * Dois filhos da puta de carteira assinada e tudo. Deixaram você na mão e isso eu não vou perdoar nunca.

     _ Pode parar com isso, Dan... Se a mamãe tivesse aqui você teria a boca lavada com sabão e nosso velho ia te dar um pito daqueles.

     * Por mim... Mas que os dois são filhos da puta, lá isso eles são.

     _ O pessoal da Nakeda fez uma proposta melhor e eles aceitaram. Mal sabem eles que eu tô pra comprar a Nakeda, e assim que eu finalizar a fusão...

     * Eles tão fora? Isso sim é que é uma tacada de mestre, mano.

     _ Nada disso. Vou expandir mais ainda a Koggi, e eles dois serão meus braços e pernas na nova empreitada juntamente com o pessoal da Nakeda.

     * Então você vai mesmo montar a fábrica de condutores e sei lá que mais...?

     _ Kkkkkkk... Vou, meu lindo.

     * Porra, Lindão... Então vai dá pra ter um aumento nos lucros e consequentemente eu vou poder trocar logo a minha lata velha sem ter que esperar 06, 07 meses pra que isso aconteça... Né?

     _ Só se você tiver guardado alguns trocados que ganha no seu consultório.

     * Mas, lindão...

     _De jeito nenhum, Dan. O momento pede cautela. Esqueceu que tô usando uma boa parte da nossa grana pra que a fusão com a Nakeda termine logo? Acho que você só vai poder trocar a lata velha no próximo ano.

     * Não, lindão. Agora que estamos em Março, e mano, eu já escolhi até o modelo...

     _ E digo mais, Dan... Fica com os dedos cruzados pra que não haja mais imprevistos até que tudo esteja finalizado. Te vejo no máximo em 01 hora. Te amo. 

     * Também te amo, lindão.

     Olhei pro visor e a cara do Dan me fez abrir um largo sorriso. Assim que ia começar a andar na direção do RH senti alguém esbarrar em mim e trazer junto uma arara com uns 30 paletós. Eu não cheguei a cair, mas ao aparara a queda no meu joelho direito soltei um palavrão meio abafado. O garoto que havia caído andou de gatinhas pelo piso frio da loja e pegou um boné. Ele logo se levantou e me viu olhando o chão...

     _ Posso ajudá-lo, senhor?

     Bati os olhos nele e o encarei seriamente. Apesar do joelho estar latejando um pouco, eu só tentava me lembrar de onde o conhecia. O silêncio parecia lhe incomodar e voltei a ouvir sua voz grave e meio rouca...

     _ O senhor precisa de ajuda?

     _ Quem é você, garoto?

     _ O novo Funcionário da Koggi, senhor. Hoje eu vim pra entrevista e me mandaram vir pro RH tratar de algumas questões.

     _ Sei. 

     _ Então... O senhor quer alguma ajuda?

     _ É o meu celular... Parece que ele sumiu logo que você caiu e me levou junto.

     _ Desculpa, senhor. É que alguém deve ter limpado o chão e esqueceu de colocar aqueles avisos de chão escorregadio.

     O garoto mal terminou de falar se ajoelhou e começou a procurar o aparelho. Rapidamente me juntei a ele e por pouco não pegamos o aparelho ao mesmo tempo. Ele me estendeu a mão e disse:

     _ Pronto, senhor. Espero não ter danificado o seu celular.

     Assim que ele me estendeu a mão com o celular viu que era um Koogi e emendou...

     _ Nesse o senhor pode confiar. Nossos produtos são resistentes e duráveis.

     _ Então você já conhece os produtos da loja? Perguntei realmente surpreso com sua agilidade e raciocínio rápido.

     _ Não todos. Mas aposto que falei a pura verdade pro senhor. Agora devo ir me apresentar ao Chefe do Rh. Mais uma vez desculpa pelo transtorno que causei, senhor. Bom dia.

     Eu ficara fascinado. Quem era esse garoto, santo Deus? deu uma vontade louco de entrar no RH e dizer a ele que não precisava me chamar de senhor o tempo todo, já que ele iria trabalhar pra mim após ser efetivado. Se não tivesse que tratar de algumas pequenas coisas na Empresa eu com certeza iria querer colar nele, só que havia prometido ao meu irmão que viajaríamos juntos para Ponta Azul e só voltaríamos na segunda-feira pela manhã.

     Enquanto ele estava no RH tratando de sua admissão, dei uma volta pela loja e fiquei realmente satisfeito com o andar exclusivamente para o público masculino que finalmente conseguira incluir nessa nova loja que ocupava 03 andares no Shopping Violeta. 

     Apesar de ser conhecido como um Empresário do setor de tecnologia e eletrônicos, meu grande sonho era poder desenhar e criar roupas masculinas. Se meus pais não tivessem morrido tão precocemente, eles continuariam na Koggi e eu abriria minha confecção. Só que tudo deu errado, eles saíram de cena - num trágico acidente - e eu tive que assumir há pouco mais de 01 ano a Empresa e minha vida mudou desde então.

     Se meu mano Dan não tivesse me dado a maior força, eu jamais teria conseguido levar adiante, em escala bem menor, esse meu sonho de criar e fazer roupas masculinas. Voltei ao mundo real quando a porta da sala do RH abriu e vi passar pelo vão da mesma o garoto que ainda era pra mim um desconhecido, porque na minha lerdeza, esqueci de perguntar seu nome. Mas tudo isso ficaria para o seguir da estrada. Ele logo seguiu pelo amplo saguão da entrada da loja dando total atenção à folha de papel que tinha em mão. Com certeza ele lia sobre o que teria que fazer para sua contratação. Segui com meus afazeres e entrei no RH em busca de respostas.

     Como prometido ao mano, seguimos para Ponta Azul antes do meio-Dia.




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