MANIA de VOCÊ - Romance Gay

By davihomem

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+ 18 anos Gay Romance A mania de querer tudo do seu jeito, no seu tempo e na hora que melhor lhe convies... More

Algumas Palavras
Lembranças Que Tornam A Vida Mais Suportável
Quem é Quem
Trâmites Legais e Um Segundo Encontro
Apenas Um Sobrevivente
João Luka Vilar e Sua Lindinha
Não Consegui Tirar Você do Pensamento...
Revelações Antes do Almoço
Um Cerco do Bem
Um Dia Super proveitoso... Pra Muita Gente
A Primeira Aula Ninguém Esquece, ou Seria...O Professor
Um Assalto Mal Sucedido e a Perda de Uma Prancha
Verdades, Metas e Mais Um Banho Juntos
O Primeiro Beijo Que Logo, Logo Virará Uma Deliciosa Rotina
Amar Você... A Rotina Mais Deliciosa de Duas Vidas
Ou Vai, Ou Raxa...
Juntos e Misturados
Um Almoço Rotineiro Regado a Muita Saudade e Novas Conquistas
Você Não Sai da Minha cabeça...
Um Sabichão... E Um Apaixonado
De Onde Só Se Tira... Um Dia Acaba
Matando a Saudade...
Uma Conversa Séria Sobre Passado, Futuro e... Casamento
Fim da Saudade... E Surpresas... Muitas Surpresas
Em Busca de Saídas
Fazendo a Coisa Certa
O Bom Filho à Casa Torna... Né?
Um Final... E Um Novo Início

Café da Manhã Com a Nova Família, e Um Olhar Penetrante

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By davihomem


     Passava uns 10, 15 minutos depois das 06h30 da manhã quando terminei de fazer minha higiene e desci guiado pelo delicioso aroma de café recém passado. Enquanto rumava na direção que o café estava indicando, lembrei mais uma vez da minha mãe. Sorri e tratei de afastar a tristeza que essa simples recordação me fizera ter.

     " Tu agora tá sozinho, Guilherme " Pensei e entrei pelo vão do portal que separava a escada de acesso ao segundo andar do espaçoso refeitório da Pensão...



     _ Bom dia... A todos.

     Foi o que disse assim que 16 pares de olhos me fitaram em total expectativa. Rapidamente pude notar 03 mesas com 06 lugares cada uma, e na mais afastada da entrada havia 02 outros lugares vagos. Alguém levantou o braço e logo notei um único outro morador mais ou menos da minha idade. O cara ficou em expectativa e tratou de quebrar o silêncio o quanto antes:



     _ Senta aqui, amigo.

     Após sua fala, a dona da Pensão me olhou, sorriu e disse:

     _ Que bom que desceu pro café, meu querido. Ali com certeza será seu lugar para as refeições. Vai lá que já vou te servir. Você prefere leite, ou café puro?

     _ Só o café tá bom pra mim, D. Lili.

     _ Rsrsrs... Estranho você me chamar pelo nome. Todos aqui me chamam de tia. Até a turma da velha guarda. Ela falou e indicou as duas mesas lotadas. Dei uma rápida olhada e logo verifiquei que realmente todos nas 02 mesas passavam dos 60. Onde me sentaria, as idades beiravam no máximo 40. E o cara que me indicou o lugar, ao me chamar, era mesmo quase da minha idade.

     Logo sentei e o cara disse:

     _ Eu sou o Emílio, cara. Qual teu nome?

     _ Oi, Emílio. Guilherme. Prazer, amigo. Apertamos as mãos e os demais também se apresentaram e voltaram a comer no mais completo silêncio. A dona da pensão chegou e colocou diante de mim uma caneca de café...

     _ Coma o quanto quiser, meu querido. Só pra lembrar, o almoço começa a ser servido ao Meio-Dia e vai até às 14h00. Há um chá pontualmente servido às 17h00 e o jantar às 19h30. Quer que eu prepare algo diferente pra você comer?

     _ Não, senhora...

     _ Tia, meu querido. Será que dá pra você se acostumar logo. Senhora me deixa tão velha. Juro que tenho 37. Aí um senhor na outra mesa disse:

     _ Rsrsrsrs... Me faça rir, Lili. Tu abriste a Pensão há exatos 40 anos. 37... Sei. Eu sorri enquanto ela matava o homem com seu olhar 43, já se afastando para sentar ao seu lado. Soube depois que os dois haviam sido casados. Haviam divorciado e voltado inúmeras vezes, e estavam tentando um novo relacionamento que pelo visto não iria dar certo de novo.

     Peguei pão, queijo, presunto e fiz um sanduba. Depois da segunda mordida...

     _ Pela roupa acredito que tu vá para alguma academia aqui perto. Acertei?

     _ Na verdade vou dar uma andada por aí pra poder conhecer o Bairro e a Cidade. Cheguei aqui em Violeta ontem mesmo.

     _ E tá vindo de onde, Guilherme?

     _ Distrito de Madrigal. Extremo Sul do Estado. Já ouviu falar?

     _ Rapaz, você tá longe de casa. Tinha um amigo da época da faculdade que morava no Penedo de N. S. de Nazaré. 

     _ Conheço como a palma da mão a região do Penedo de Nossa Senhora e seus moradores. 

     _ Então tu já ouviste falar dos Montenegro e os Vilanova? O amigo que te falei era da família Vilanova. Driko. Será que você o conhece também?

     _ São família que juntas possuem muitas terras e disputam cada palmo de terra cultivável em torno do Rio da Serpente. A família do meu pai tinha umas terras mais pro Sul do penedo. Depois que ele, meu avô, e minha mãe morreram, eu acho que tudo será vendido.

     _ Entendo. Pelo teu jeito de falar, Guilherme, parece que voltar pra lá vai ficar cada vez mais difícil. Acertei?

     _ Em cheio. Peguei mais coisas pra comer... _ Mais um dia eu vou voltar lá e pegar de volta o que é meu.

     _Acho justo. Agora enquanto isso não acontece, se tu quiser ir comigo até o Centro, te mostro onde fica o posto de empregos e tu faz um cadastro. Pelo rumo da nossa economia, só fica sem emprego quem quer.

     _ Você me convenceu, Emílio. Vou trocar de roupa e a gente vai junto.

     Foi durante o trajeto que Emílio me falou que era Professor de Matemática. Que assim como eu tinha vindo de um Distrito bem distante da Capital e já estava na luta há pelo menos 03 anos. Ao passarmos diante de um prédio...

     _ Aqui é onde funciona o Cursinho.

     _ E você não vai entrar?

     _ Vou. O posto de serviço fica na próxima quadra. Te deixo lá, como prometi, e volto. O legal é que ele cumpriu o prometido.

     O lugar tinha umas 20 pessoas. Peguei a senha número 36 e sentei próximo aos guichês de atendimento. Fiquei mexendo no meu celular e quando o número da minha senha apareceu na tela me levantei e prontamente 03 propostas de emprego me foram repassadas pela jovem que me entrevistou e fez meu cadastro. Todas as propostas eram na área de vendas. Agradeci e saí. 

     A Cidade era realmente muito bonita e limpa. O centro era cheio de prédios antigos e super bem conservados. Fiquei sonhando acordado diante de várias fachadas que tinham seguramente mais de 100 anos e quando dei uma olhada no visor do celular, faltava 10 minutos para o Meio-Dia. A barriga roncou umas 03 vezes, lembrei dos horários que a Tia havia falado e decidi ir pra casa o quanto antes. Só voltei a ver o Emílio quase no final do Chá das 17h00...

     _ E como foi lá no posto, Guilherme?

     _ Tranquilo. Me deram 03 propostas de emprego. Todos na área de vendas, por conta das informações que passei ao fazer o cadastro.

     _ Então amanhã tu já vai cair em campo, mesmo sendo sexta-feira?

     _ Vou sim. Não quero perder tempo e se tudo correr bem, e sei que vai correr, já quero acordar na segunda e ir pro trampo.

     _ Tô na torcida, garoto. Me deixa ver tuas propostas?

     Subi rapidinho e peguei os 03 envelopes. Lhe entreguei e ele disse:

     _ Koogi Eletrônicos. Esse é de longe o melhor dos 03. Tenho um amigo que trabalha numa das lojas da rede.

     _ E eles tem muitas lojas?

     _ Se não me engano, Guilherme, acho que já são 18 lojas em pelo menos 07 Estados de Laguna Bay. Esse endereço aqui é da loja nova que abriu no Shopping Violeta. Se tu manjar de eletrônicos, vai se dar bem nas vendas. O pessoal da Koogi tá dominando o terreno.

     _ Então tu acha que devo esquecer as outras 02 propostas e focar nessa empresa de eletrônicos, Emílio?  

     _ Balcão de famácia e loja de tecidos não parece ser a tua praia, amigo. Tu tem cara de nerd e deve saber até montar e desmontar esses aparelhos que vendem por lá.

     _ Tu me convenceu, amigo. Amanhã vou chegar lá assim que a loja abrir.

     _ Assim é que se fala, garoto. Agora vamos beber logo esse chá e comer esses bolinhos da tia que devem estar uma delícia.

     No dia seguinte eu levantei pelo menos uma hora mais cedo e me preparei todo pra ir à tal entrevista de emprego na Koogi Eletrônicos. Quando tava terminando o café da manhã, Emílio entrou na sala de refeições com a cara amassada e os cabelos embaraçados.

     _ Perdi a hora. Bom dia pra todos.

     Ele logo sentou ao meu lado e falou quase nada enquanto se servia e tomava seu café cheio de pressa. Quando a gente estava de saída começou a chover. Ele me olhou ...

     _ Topa dividir um táxi? Eu logo pensei na grana que tinha trazido e disse:

     _ Tudo bem. De lá tu me diz como pego o ônibus pro Shopping.

     _ Fechou. Ele respondeu e já ligou pra um aplicativo de táxi.

     Antes dele entrar no prédio do cursinho...

     _ Lá no sinal tu dobrar à direita e pega o ônibus 175. Esse vai direto pro Shopping Violeta.

     Nos despedimos e saí andando até alcançar o cruzamento das ruas no tal sinal que meu amigo indicara. Estava um engarrafamento dos diabos e logo pensei...

     " Não vou chegar assim que o Shopping abrir... "

     Tava lá perdido em pensamentos quando percebi que alguém me fitava de dentro de um baita carrão importado. Os carros buzinavam sem parar e aquilo estava me irritando um pouco. Olhei na direção do tal carrão e vi um homem na casa dos 30 me fitando sem piscar. Disfarcei e olhei pros dois lados da Avenida onde estávamos e voltei a olhar pro carrão. O cara tava lá com seu olhar fixo pra mim.



     Moreno. Cabelo preto bem curto. Uma barba meio louca, também raspada nas laterais. Olhar penetrante e intimidador. Cara de mal e apenas uma única vez desviou do meu olhar e olhou seu relógio de pulso.

     " Esnobe do caralho " Foi tudo que consegui pensar assim que o trânsito começou a fluir novamente e seu carro conseguiu passar do sinal que voltara a fechar.

     Meia hora depois consegui entrar no ônibus e segui pro tal Shopping.

*

*

Olá, meu Povo do Lado Esquerdo.

Passando pra agradecer a acolhida e dizer que a retirada da capa foi algo realmente necessário. Como muitos devem lembrar, eu já tive umas 15 tramas canceladas porque usava imagens explicitas para ilustrar minhas cenas HOT. Não quero mais passar por isso.

Beijoca



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