Sempre | Melhores momentos

By Souto14

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Para aqueles que vivem me perguntando sobre a volta do casal mais odiado e amado do universo literário. More

NOTAS
01 | Vizinhos novos
02| Reencontros
03| Invasão de privacidade e outras drogas
04| Segredos que nem são tão segredos assim
05| A namorada do meu melhor amigo
06| Lindos olhos
07| Não consigo mais
08| Amar você será meu fim
09| Na mesma moeda
10| Você não é um monstro
11| Reescrever as estrelas
12| Eu só queria que você soubesse
13| Palavras tem poder
14| Traidor
15| Aquele que não deve ser mencionado
16| Alucinações
17| Bonequinho de plástico
18| Palavras vazias e desesperadas
19| New York
20| O capitão retira a máscara
21| Entre casais
22| Não tem como piorar
23| Eu achei que tinha superado
24| Faca cravada no peito
25| Quero você, apenas você
26| Sinto nojo
27| Principe encantado uma ova
28| Hospital, enterro e saudade
29| Fugitiva
30| Medo de perder
31| Longe
32| Uma vez rei dos babacas, sempre rei dos babacas
33| My escape
34| Sempre será você
35| Farsas e mais farsas
37| Entre términos e beijos
38| Gold Bet
39| Ferido
40| Nunca deixamos um Stone para trás
|THE END|
NOTAS FINAIS

36| Cinderela

40 5 0
By Souto14

Postarei todos os capítulos que escrevi do terceiro livro. São 12 ao todo. Aproveitem, pq são os melhores.

Ao ler a mensagem pela primeira vez, ainda na presença do Sr. Abdalla, algo dentro do meu íntimo me avisava com quem Dean realmente estava. Mas eu também não queria me entregar completamente a paranóia; talvez a mensagem não tivesse nada a ver com aquela mulherzinha e meu sexto sentido tivesse se enganado... no entanto, eu não conseguia pensar em uma boa justificativa por trás da mentira. E todos os meus pensamentos só me levavam à diretora de Marketing da empresa.

Antes que pudesse me dar conta, meu rosto já se encontrava banhado pelas lágrimas que escorriam teimosas pelos meus olhos. Eu sentia muito medo de sair daquele maldito banheiro e encontrar algo muito ruim me esperando do lado de fora.

E se ele estiver realmente com a Miller?

E se eles...

Balancei a cabeça de um lado para o outro, tentando afastar os pensamentos destrutivos da minha cabeça. Determinada a sair daquele banheiro com a cabeça erguida, mesmo que isso me custasse uma decepção, tirei um lencinho da minha bolsa e comecei a arrumar minha maquiagem borrada. Sai do banheiro bem melhor do que quando tinha entrado, estava certa de que não ficaria agindo como uma adolescente e que Dean precisava me dar uma boa explicação, se não quisesse dormir nos vizinhos.

Com os olhos atentos por todo o lugar, eu procurava por possíveis lugares onde meu marido poderia ter se metido. Alguns minutos depois, o vi sair de uma das salas que ficavam em um lugar mais privado dentro daquele inferno. Ele ainda não tinha me visto ali, parecia bem ocupado arrumando o terno. Comecei a andar até o mesmo, e o som dos meus saltos se chocando contra o chão pareceu chamar sua atenção. Quando seus olhos encontraram os meus, percebi algo que não via neles há muito tempo. Desespero. Dean começou a caminhar em minha direção nervoso.

Algo estava errado.

― Vamos embora. Agora! ― Anunciou me puxando pela mão, mas não me movi. Não conseguia. A imagem da Samara saindo da mesma sala que ele, fez meus pés grudarem no chão. Aquilo só podia ser um maldito de um pesadelo... Meu coração batia tão alto dentro do peito, que conseguia escutar a pulsação em meus ouvidos. O sangue havia sumido do meu rosto e minha vista estava negra de tanta raiva que sentia. Um enjoo me subiu a garganta quando a idiota ainda teve a ousadia de piscar na direção dele, desconsiderando completamente minha presença. E então, ela sumiu na direção oposta.

Me afastei do seu toque sem se importar com mais nada, além da repulsa que sentia por aquele homem. Não falei nada, pois também não estava afim de ouvir. E antes que pudesse dar um showzinho naquele maldita festa, comecei a me mover para longe do idiota.

Mas era óbvio que Dean não me deixaria em paz, tanto que puxou-me pelo braço.

― Eu posso explicar o que aconteceu... ― Sua voz soou calma e apelativa.

― Não quero ouvir nenhuma desculpa fajuta. Não vou deixar que me manipule dessa forma... ― Não havia mais o que explicar, ele fedia a ela e isso era prova suficiente.

Dean largou meu braço rapidamente e recuou alguns centímetros, surpreso com minhas palavras.

― O que? Acha que manipulo você?

― É, eu acho sim. ― Admiti sentindo um gosto amargo na boca. ― Já que durante todo esse tempo achei que não havia chances de ser traída, enquanto todas as evidências estavam bem embaixo do meu nariz.

Durante todo o tempo não encarei seus olhos, não consegui. Era medrosa demais. Tinha medo de ver a verdade dentro deles e não gostar nenhum pouco.

Não seja tola!

Você já viu o bastante, Anna Lis.

― Eu sei que com o que viu, a sua cabeça pode estar um pouco confusa, mas o que está dizendo é ridículo.

― Ridículo é a sua cara de pau. ― Rebati com ódio.

― Vamos pra casa, lá conversaremos com mais privacidade. ― Olhei em volta, percebendo alguns curiosos com os olhos e ouvidos bem abertos. Sorri com escárnio, farta de toda aquela merda.

― Eu vou pra casa, mas sozinha. ― Declarei. ― A sua amiguinha deve precisar de companhia mais do que a ótaria aqui.

Me livrei de seu aperto outra vez e foquei no meu trajeto para fora do ninho de cobras. Passando pela porta da frente, senti o ar gelado beijar meu rosto e bagunçar alguns fios do meu cabelo. Comecei a descer a escadaria agradecendo pela imprensa já ter ido embora. Assim não precisava ter que me importar em parecer bem.

Ouvi passos atrás de mim e logo soube que Dean ainda não havia desistido.

― Você precisa me ouvir, Scott. Eu não tenho nada com aquela mulher maluca! ― Disse, logo após bloquear minha passagem com o seu corpo.

― Você mentiu dizendo estar com Marcos Abdalla quando, na verdade, ele estava bem na minha frente. Escolheu ela a mim, Stone... ― Minha voz falhava uma vez ou outra enquanto as palavras eram pronunciadas.

― Pelo amor de Deus, Anna Lis. Olhe pra mim, por favor, olhe pra mim... ― pediu com desespero na voz.

― Eu não posso. ― Neguei com os olhos marejados. ― Você é alguém diferente pra mim agora.

Sem deixar que Dean dissesse mais alguma coisa, corri para longe dele descendo os degraus tão rápidos que temi por um tropeço.

Quando cheguei na calçada um carro estava estacionado perto do meio fio. O vidro abaixou e para a minha surpresa Abdalla estava sentado no banco do motorista com um sorriso cafajeste nos lábios.

― Vai uma carona, Cinderela? ― Ele perguntou abrindo a porta do carona.

Olhei para trás, me deparando com o Stone parado na metade da escadaria; ele esperava pelos meus próximos movimentos. Seu olhar frio e duro me dizia para não fazer isso. Mas eu estava se fudendo para o que ele queria que eu fizesse. E eu sabia que se ficasse teria que lidar com o traidor; não estava pronta para isso ainda. Não enquanto tudo parecia estar ruindo sobre minha cabeça.

Dean deu começou a descer as escadarias com o olhar em chamas. E foi tudo o que precisei para tomar coragem, deixando que aquele desconhecido/babaca fosse meu salvador. Entrei em seu carro e bati a porta com força, me atrapalhando toda no processo.

― Dirigi! ― Ordenei sem me importa se estava sendo mal educada. E assim, Marcos fez.

Em questões de segundos, já andávamos pelas ruas da cidade do Rio de Janeiro em uma velocidade não permitida. Mas eu não me importava, até gostava. Dean havia me ensinado o apreço tanto pela velocidade quanto pela adrenalina.

― Te deixo sozinha por cinco minutos e você se mete em confusão, gata? ― O loiro ao meu lado soltou com deboche, me fazendo se arrepender de ter entrado no seu carro. Eu não sabia nada dele e mesmo assim o estava usando como piloto de fuga.

Fora a nossa primeira conversa ter sido um desastre, por ele ter se mostrado um babaca.

― Deve estar se achando um máximo por ter salvado a donzela em apuros, não é? ― Ralhei os olhos quando seu sorriso se alargou. ― Pois fique sabendo que não confio em caras que aparecem do nada.

― Você é tãooo chataa. ― Cantarolou e preferi me calar sem ter mais o que dizer.

― Pra onde estamos indo? ― Perguntou um tempo depois.

― Eu não faço ideia, não quero voltar pra casa agora...

― Posso te levar a um barzinho, se quiser... vai poder afogar as lágrimas no álcool e esquecer o que te maltrata. Fico encarregado de te deixar sã e salva em um hotel depois. ― Sugeriu dando de ombros. Pensei a respeito por alguns segundos, mas logo joguei a ideia para longe. Eu não podia voltar a beber descontroladamente outra vez... meus filhos não mereciam alguém tão fraca como mãe.

― Melhor apenas o hotel.

― Tem certeza?

― É, eu tenho.

― Tudo bem... quer falar sobre o que aconteceu lá atrás?

― Na verdade não.

― Você é dura na queda, ein?

Olhei para a rua do outro lado do vidro, ignorando seu comentário. Estava muito cansada para discutir, tudo o que eu queria era acordar na manhã seguinte e ver que tudo não havia passado de um pesadelo. Mas a minha cabecinha não parava de projetar cenas do Stone junto com a Miller. E eu só sentia uma imensa vontade de chorar.

― Caralho. ― praguejou o homem ao meu lado chamando minha atenção. ― Acho que é o seu marido atrás da gente... ― Disse olhando pelo retrovisor e me virei para o banco de trás quase no automático. Um carro preto se aproximava em alta velocidade, era ele.

― Pisa na merda do acelerador! ― Pedi, sentindo cada célula do meu corpo estremecer.

― Droga! ― Marcos resmungo, pisando cada vez mais fundo.

Estávamos em uma estrada deserta, o que era bom já que não tinha carros a nossa frente. Mas a verdade era que, o loiro com a tatuagem de lobo, nunca conseguiria ser mais veloz que Dean Stone. O cretino era o melhor atrás do volante.

Meu coração errou uma batida ao perceber o automóvel preto se aproximar cada vez mais. Daí foi questão de segundos até os dois carros estarem lado a lado na avenida. Marcos resmungava algumas coisas frustrado pelo seus esforços não estarem dando resultado, mas não era culpa dele.

Voltei a me sentar adequadamente no banco do carona, enquanto observava o carro do meu marido nos ultrapassar com facilidade. Mordi os lábios segurando a vontade de chorar, enquanto seu carro ganhava distância.

― Acabou? Ele está indo embora depois de tudo? ― O loiro soltou incrédulo.

― Não, está apenas começando. ― Declarei baixo.

Como resposta, Marcos me lançou um olhar confuso. No entanto, quando seus olhos voltaram para a estrada, ele viu a que me referi. Alguns metros a frente, o carro do meu marido derrapou na pista e parou atravessado e consequentemente bloqueando a estrada

― Mas que merda... ― praguejou o homem, pisando no freio com violência.

Com o meu coração quase na garganta, observei Dean sair do automóvel batendo a porta com força. Me encolhi no banco diante da aura negra que o mesmo emanava. Ele estava furioso, dava para ver pelos punhos cerrados e maxilar travado, caminhando a passos pesados até a frente do nosso carro.

Eu não achei que ele viria atrás de mim...

― Ora, ora... se não é a minha esposa dentro do carro do homem mais escroto de todos os tempos. ― Dean sorriu com escárnio e vi a raiva transbordar dos seus olhos. ― Achei que tinha dito que voltaria pra casa sozinha, Anna Lis. ― disse me fitando com desprezo pelo vidro do parabrisa. O castanho dos seus olhos havia sido substituído por um negro intimidador. Ele estava fora de si como nunca havia presenciado antes, e temi por Marcos.

Desci do carro decidida a levá-lo para longe, mas o moreno nem sequer olhou em minha direção. Sua atenção estava fixa no homem atrás do volante.

― Vamos embora, Dean. Marcos não tem nada haver com as suas merdas! ― Pedi desesperada.

― É ai que você se engana, Scott...

― Do que está falando? ― perguntei, mas fui ignorada completamente.

Stone andou até a porta de Abdalla, que ainda permanecia em silêncio e o puxou para fora do carro sem cerimônia.

― Você mexeu com o cara errado, Marcos Abdalla. ― Dean anunciou e um gritinho cortou minha garganta ao ver o punho dele se chocar contra o maxilar do loiro com brutalidade.

Meu corpo estava em choque ao ver o sangue escorrendo pelos lábios do rapaz.

― Já levei melhores. ― Debochou, junto a um sorrisinho cínico. E o que antes era apenas suposições, teve sua comprovação. Ele era mesmo louco.

― Não se preocupe, estou apenas me aquecendo. ― O tom diabólico com que as palavras foram ditas fez meu corpo todo estremecer. E como havia prometido, Dean cumpriu, dando a pior surra que aquele pobre coitado já levou na vida.

Marcos tentou reagir no começo, mas ele nem chegou perto de machucar o Stone. O único golpe que conseguiu acertar no meu marido louco, foi um soco em seu rosto. Contudo, isso só serviu para deixa-lo mais furioso.

Tentei fazer com que Dean parasse, mas ele parecia em transe dentro do seu próprio mundo onde só havia raiva e destruição. Fechei os olhos com força ao ver no instante em que o Stone chutou o seu rosto com crueldade. Minhas mãos tremiam e meu coração parecia querer sair pulando pelo asfalto para longe do monstro que meu marido havia se transformado. Esperei por mais sons de ossos se quebrando, mas felizmente não veio. Já estava acabado.

Sentado no chão escorado em seu carro, Marcos estava com o rosto acabado. E eu me sentia a pessoa mais horrível do mundo por tê-lo metido entre mim e o psicopata do meu esposo.

― Qual é a porra do seu problema? ― Vociferei sentindo meus olhos marejarem.

― Se soubesse o que ele fez, não derramaria uma única lágrima. ― Disse friamente, passando as mãos pelos cabelos. ― Agora, entre na porcaria do carro. Por favor!

― Eu não vou deixa-lo assim... ― Comecei a andar na direção de Marcos.

― Não ouse, Scott! ― O tom baixo, porém, autoritário, fez cada átomo do meu corpo congelar. Fitei seu rosto com um misto de horror e incredulidade.

― Você está agindo como um louco. Marcos não tem culpa de você ser um idiota mentiroso. ― Gritei em sua direção, cada célula do meu corpo sentindo repulsa por ele.

― Não vou pedir outra vez. Ou você entra na porcaria do carro ou eu volto lá e termino o que comecei! ― Ameaçou.

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