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By plsnalua

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𝕬 𝐏𝐑𝐈𝐍𝐂𝐄𝐒𝐀 𝐉𝐀𝐌𝐀𝐈𝐒 𝐅𝐎𝐑𝐀 𝐭𝐚̃𝐨 𝐦𝐚𝐥 𝐫𝐞𝐜𝐞𝐛𝐢𝐝𝐚 𝐞𝐦 𝐭𝐨𝐝𝐚 𝐬𝐮𝐚 𝐯𝐢𝐝𝐚, e isso se estendia a sua família também, é claro.

Todos haviam deixado Pedra do Dragão na hora que fora determinado, mandando a frente um corvo avisando a capital da breve chegada de sua família para o tribunal que se seguiria. Anya estava já pronta para ir montada a seu dragão, Canibal, mas por pedido de sua mãe, apenas a matriarca e seu padrasto seguiram o percurso daquela forma, montados à Syrax e Caraxes. Ela e seus irmãos foram de barco, ficando a estibordo por toda a viagem, inquietos com o que se seguiria e ávidos para enfim desembarcarem em terra firme. Anya estava vestida de roupas clássicas de montadora de dragão, que adornavam bem o maduro corpo da menina, além de uma longa trança. Seus cabelos haviam crescido muito, e agora passaram levemente da altura dos quadris em belas e largas ondas platinadas; havia amadurecido em grande beleza, era verdade, e segundo diziam os lordes, não havia uma mulher em todos os setes reinos que chamava tanta atenção como Visenya. E a única pessoa que não se dava conta disso era, curiosamente, ela mesma.

Passara a viagem toda ao lado de Luke, que parecia terrivelmente miserável pela situação que envolvia seu nome de uma forma tão baixa. Para tentar acalma-lo, ela o abraçou de lado, ficando desta forma atado a ele enquanto o vento soprava as velas.

Sempre com muita intimidade para se abrir com a irmã mais velha, Luke expressa — Vão nos trucidar nesse tribunal, não vão? Sor Vaemond... a rainha. Eles vão me reduzir a um bastardo sem honra e sem títulos.

Ambos observaram a imensidão azul em tons negros que seguia, vendo de longe a pequena e embaçada imagem de uma grande cidade. Visenya disse meramente, com os olhos roxos brilhando em vingança — Queimarei um por um antes que ousem fazer isso.

Ela nunca falou tão seria.

De toda forma, assim que atingiram o continente, Rhaenyra e Daemon já os aguardavam em uma carruagem que os conduziu para os portões da fortaleza vermelha, que foram abertos ao som do seguinte anúncio de sor Steffan:

— Todos saúdam Rhaenyra da casa Targaryen, Princesa de Pedra do Dragão e herdeira ao trono de ferro, seu consorte, príncipe Daemon, e seus filhos, príncipes e princesa de Westeros.

Mas quando desceram do locomotivo, não havia ninguém ali para recebe-los. Da última vez que estivera pela capital, fora cumprimentada no fosso dos dragões pela Mão, sor Otto, e pelo principe Aemond em pessoa, uma honraria digna de sua posição. Desta vez, entretanto, ninguém havia, e fora tão terrível que a menina, por um milésimo de segundo, quase sentiu falta de seu tio maldoso. Sua mãe manteve-se calma, entretanto, no fundo de seus olhos, idênticos ao de sua filha, um fogo se alastrou.

Para alívio geral, os portões finalmente se abriram, e ela esperou ver ali uma comitiva a altura para receber a herdeira do reino.

Mas era apenas Lorde Caswell.

Anya viu a expressão de sua mãe se fechar ainda mais em grande aborrecimento. Não que eles não gostassem do lorde, e gostavam muito, mas aquilo não estava de acordo com os costumes, e muito inferior ao que se era geralmente dado ao herdeiro do trono. Era desrespeitoso demais, quase inacreditável.

— Bem-vinda de volta, Princesa Rhaenyra — o homem diz, se curvando, e por sua expressão, também não parecia feliz com a situação que fora obrigado a se prestar.

Parecia ter sido feita de propósito, como se a rainha estivesse tentando humilhar sua mãe e sua família de todas as formas possíveis.

Rhaenyra e Daemon se encararam, e ela virou-se para o lorde, dando um leve sorriso — Lorde Caswell.

Por seu tom, conseguiu sentir um misto de raiva reprimida e polidez. O que quer que estivesse se passando na mente de sua progenitora naquele momento, ficou guardado nas profundezas de seu consciente, pois nada mais ela disse.

O lorde então guiou-os todos pelo palácio, onde Anya quase deixou seu queixo cair. O local estava completamente irreconhecível, parecendo se tratar de um castelo pertencente aos Hightower, e não a dinastia Targaryen. Todos os brasões e bandeiras de sua casa que costumavam condecorar a fortaleza e até mesmo o trono de ferro haviam sido substituídos por símbolos religiosos da fé aos Sete, como se houvessem apagado qualquer vestígio da família que governava ali. Como se a identidade da coroa houvesse sido indiretamente alterada.

Alicent, foi o que Anya pensou, levando sua mão até o colar em formato de rosa de aço valíriano que rodeava seu pescoço. Sentiu vontade de arranca-lo com força e atravessa-lo goela abaixo na rainha, mas por sua sorte, sua prudência falava mais alto, por algumas vezes.

Quando espiou a feição de sua mãe, que também observava a sala do trono, viu nela o mesmo semblante que estava presente em sua própria face.

Parecendo incrédula e triste, Rhaenyra diz — Eu diria que é bom estar em casa, mas mal a reconheço.

Era exatamente o que Anya pensava.
Quanto a Daemon, como sempre, era bastante impossível dizer o que estava pensando. Ele mantinha uma expressão irônica, como sempre, e de certa forma aquilo lhe lembrava muito seu tio Aemond. Ele emitiu apenas um "Hm" enquanto visualizava tudo.

— Bem, já que, ao que parece, a rainha não possui intenção alguma de nos receber, gostaria de ver meu pai, lorde Caswell. Imediatamente.

Outra vez o homem realizou uma reverência — Como deseja, minha princesa.

Entretanto, antes de seguir o lorde, Rhaenyra ordenou que a ama de leite de Joffrey o leva-se para seus aposentos, e então enfim virou-se para seus três filhos mais velhos — Vão explorar o castelo, tudo bem? Preciso conversar com seu avô.

Para Jace e Luke, aquilo soou perfeitamente razoável, uma vez que no mesmo instante saudaram os presentes no local e deixaram o recinto juntos. Mas para Visenya, aquilo não era aceitável. Sempre tivera uma relação excessivamente próxima de seu avô, e por obra de terceiros, teve de se separar definitivamente dele, vivendo apenas de notícias e rumores sobre a piora de sua saúde, sem nada poder fazer. Ela não aceitaria passar nem um segundo a mais sem colocar seus olhos sobre ele, mesmo que aquilo a deixasse triste ou enraivecesse sua mãe.

Por ter ficado parada exatamente onde estava, não obedecendo o que fora fora pedido, Rhaenyra analisou sua filha por alguns instantes antes de dizer — Não vai fazer o que pedi, vai?

A voz dela era cansada, entretanto, nem um pouco severa. Anya então se encorajou ao dizer — Não, mãe. Quero ver meu avô.

A mulher trocou alguns olhares com seu esposo, enfim suspirando — Apenas por alguns minutos. Depois vá se juntar a seus irmãos.

Tentou reprimir a alegria, limitando-se a assentir — Como quiser, mãe.

E enfim foram guiados até os aposentos do rei, local que haviam anos que nenhum deles adentravam. Anya possuía muitas memórias maravilhosas ali... o belo tabuleiro de Reis de seu avô, onde sempre jogavam, a maquete do império valiriano que ele havia minuciosamente desenhado e arquitetado, criando até mesmo uma miniatura de sua neta... ela suspirou com as boas lembranças, se perguntando se aqueles tempos de glória, onde tinha a companhia constante de Viserys e a inocência da infância, que lhe cegava para assuntos e tensões que agora podia ver com clareza, algum dia voltariam a vigorar.

Mas a realidade tendia a ser decepcionante.

Quando os guardas abriram as portas dos aposentos reais, a princesa viu ali um cenário lamentável, que expôs a ela a realidade: os tempos de glória estavam mortos e enterrados, e jamais voltariam. O local cheirava a mofo e incenso, além de outros odores fortes que lembravam remédios e unguento. Grãos de poeira cortavam o ar como nunca antes, recobrindo cada centímetro do local. As janelas, que eram sempre abertas, permaneciam fechadas, como em uma prisão, com pequenas frestas de luz iluminando o local. A maquete de Valíria, antes belas e cuidada, estavam com teias de aranhas se criando ao meio dos pequenos castelos, e ela pode ver a miniatura de si, coisa que lhe causara tanta felicidade no passado, com pequenas lascas que indicavam traças e percevejos. Todos ficaram em silêncio, sentindo a atmosfera mórbida do local os englobar, e Anya andou levemente até a mesinha de mármore onde costumava ficar o tabuleiro adornado em ouro de Reis de seu avô, mas este estava completamente coberto por poeira, e as belas peças, espalhadas pelo carpete. Ela sentiu seus olhos arderem, marejando, vendo sua recordação mais bela da infância completamente arruinada ao pós.

Mas ela foi forte. Respirou fundo, erguendo a cabeça. Juntou suas mãos atrás das costas e seguiu sua mãe e Daemon em direção a cama da rei.

E o que viu fez a lagrima que brincava em seus olhos finalmente escorrer.

Enrolado a uma colcha grossa estava o rei, com a face tão magra como nunca antes vista, lembrando a aparência de um esqueleto. Estava muito pálido, com feridas cutâneas e manchas por todo o lado exposto, uma vez que um pano cobria a metade de sua face e a região da cabeça. Haviam alguns dentes podres em sua boca, e ambas suas mãos expunham anorexia grave e rigidez, com as unhas enegrecidas. Era como olhar para um homem morto, que por alguma razão, o Estranho esquecera de levar para a terra dos mortos, fazendo-o se prolongar no mundo dos vivos, mesmo que não mais pertencesse ali.

E aquilo cortou o coração da menina.

Sua mãe parecia sentir o mesmo, e até Daemon finalmente esboçou evidente tristeza, mesmo que contida. Ambos se aproximaram da cama, e suas movimentações foram sentidas pelo velho homem, que moveu-se precariamente, ainda de olhos fechados.

— Quem está aí? — sua voz era chiada, como se nem mesmo suas cordas vocais possuíssem força para realizarem o trabalho.

Sua mãe chega mais perto dele — Pai — murmura — Sou eu, meu rei. Rhaenyra.

Ele movimentou a cabeça desorientado, como se sua mente se esforçasse para compreender o que se passava — Ah... Ah.

Sua mãe prosseguiu, tentando orienta-lo — Estou aqui com Daemon e Visenya.

O homem expira altamente, como se enfim se desse conta do que estava acontecendo, abrindo seu único olho exposto e mirando os rostos presentes — Daemon?... Daemon? — sua respiração era pesada — Visenya...

A menina então limpa sua lagrima, sorrindo brevemente com emoção e se aproximando do rei — Sou eu, vovô. Visenya.

Algo no fundo de sua íris violeta enrugada brilhou; era um brilho emocionado, embora triste. Ele então pediu em voz baixa, como se cada palavra lhe fosse um esforço — Ajude-me a levantar.

E eles fizeram isso. Acertaram seus travesseiros e levantaram o tronco do velho homem para que se sentasse sobre a cama, e ele gemeu em dor com aquilo. Anya percebeu naquele momento que simplesmente viver, para ele, estava sendo doloroso.

Com dificuldade em respirar, Viserys diz — Oh... já faz tanto tempo.

Anya já iria conversar mais com ele sobre coisas agradáveis, mas Daemon não a deu tempo — A Serpente do Mar sofreu um grave ferimento na batalha em Stepstones.

Mesmo expirando altamente e confuso, o rei pareceu compreender o que estava sendo dito — Quando? Você venceu essa guerra anos atrás.

— Não — Daemon diz calmamente — A Triarquia está ressurgindo. A luta é nova. E há uma p... — ele respira fundo, prosseguindo — Há uma petição para decidir sobre a sucessão de Derivamarca e o herdeiro do Trono de Madeira.

Viserys coloca sua magra mão sobre seu rosto, claramente sentindo imensa agonia — Petições? — ele suspira. Não estava aguentado a si mesmo de tanta dor — Alicent e Otto... eles cuidam de tudo isso agora...

Seu padrasto nega com a cabeça — Não, irmão, ouça-me. Você deve afirmar a posição para que Lucerys seja o successor de Corlys Velaryon.

Um barulho inundou o local quando a porta se abriu, e Anya, olhando por cima de seu ombro, viu as amas de leite trazendo seus irmãos mais novos, Aegon e Viserys. Finalmente notícias boas para seu velho avô.

— Aconteceu alguma coisa com Lorde Corlys?

Daemon iria responder, mas Rhaenyra põe sua mão sobre a de seu marido, olhando docemente para seu pai ao dizer — Pai... há alguém que desejamos apresentar a você.

E se afasta, pedindo a Visenya que a ajudasse. Ela então apanha Aegon em seu colo, ao passo que sua mãe pega Viserys II. Quando retornam a cama do rei, com os bebês balbuciando em seus colos, o rei indaga — Quem é esse?

Anya balança seu irmão em seu colo com um sorriso nos lábios — Vovô, este é Aegon.

Ela balança sua cabeça, exalando — Aegon.

— E este... — Rhaenyra diz, balançando a mãozinha de seu filho — é Viserys.

— Ah... — fala, muito satisfeito — Viserys. Oh. — e solta uma pequena risada deleitada — Esse é um nome digno de um rei.

Uma genuína felicidade os tomou ao vê-lo contente com a homenagem, mas sem demora a dor pareceu se apossar completamente do homem outra vez, fazendo-o fechar os olhos e cobrir novamente o rosto com a mão — Oh... oh... me desculpe. Oh, me desculpe. Eu... me — e gemia — desculpe.

Aegon começou a chorar em seu colo, e Viserys II o acompanhou, levando a um coro bastante desconfortante. Anya tentou acalmar seu irmãozinho, mas foi em vão.

— Estou tão... Oh, me desculpe... Por favor. Meu chá... Meu chá.

— Que chá? — Daemon questiona, e quando olha para o móvel ao lado da cabeceira da cama, vê um cálice de prata — Este?

— Sim — diz sem fôlego — Sim.

Sem demora o irmão do rei o ajuda a tomar seu chá, e assim que ele o faz, a dor insuportável que estava sentindo pareceu diminuir, pois sua respiração foi calmamente se assentando. Daemon toma das mãos dele o cálice assim que terminado, balançando-o por um segundo e levando até as narinas, cheirando. Assim que o fez, seu semblante mudou completamente, olhando sua esposa com certa urgência. Rhaenyra pareceu entender qualquer que fosse o recado, pois imediatamente disse — Anya, se despeça de seu avô e vá ter com seus irmãos.

Ela imediatamente obedeceu. Entregou Aegon para sua ama de leite, indo para mais perto de seu avô, apanhando sua mão magra e doente e beijando o anel que ali se encontrava.

— Visenya... — o rei disse como um sussurro, ainda de olhos fechados — minha doce Visenya...

Mesmo sem a ver, ele sabia muito bem que era ela que estava ali. Não havia outra pessoa no mundo que beijava seu anel, a não ser sua querida neta.

— Descanse, vovô. Estamos todos aqui agora, juntos. Não vamos a lugar algum. Apenas descanse.

E ele o fez. Nada mais disse, parecendo ter se rendido ao sono. Sua mãe e Daemon assentiram para ela, que reverenciou ambos, dando uma última olhada para o avô e para o cálice ao lado de sua cama, deixando o local.

Assim que a porta se fechou atrás de si, ela seguiu um caminho sem rumo, segurando com toda sua força interior a vontade de chorar, sentindo-se imensamente miserável por ver outra pessoa que amava em seu caminho para deixar este mundo. Primeiro seu pai, agora seu avô. Quem mais seria tirado dela?

Recuperando-se de sua fraqueza emocional, apanhou Aegarax, que se repousou em seu ombro, e seguiu o caminho até a área de treinamento, encontrando seus irmãos pela escada. Tentou recuperar os ânimos, sorrindo levemente e andando até eles, passando seus braços ao redor dos ombros dos rapazes e recebendo sorrisos como resposta. Eles ficaram desta forma por um segundo, observando o local com certa nostalgia. Passara ali ótimos dias, observando seus tios e irmãos treinarem na companhia de seu avô, uma vez que não lhe permitiam fazer o mesmo por ser uma mulher.

Agora o jogo havia mudado.

— Menor do que me lembro — Luke diz, e os três começaram a descer as escadas, enfim chegando ao centro.

Jace estava um tanto animado de estar de volta ao local — Parece exatamente igual — e apanhou uma espada, erguendo-a — Ah, Luke, vamos.

O barulho de pessoas conversando e espadas trincando era familiar. Anya respirou profundamente o ar do local, tentando identificar se continuava igual, sorrindo ao constatar que sim.

Ao menos algumas coisas não haviam mudado.

Jace andou até um buraco na parede do muro, sorrindo — Está vendo? Eu disse que isso ainda estaria aqui! E você pensou que poderia balançar a Estrela da Manhã de sor Criston.

— E você quase arrancou sua própria cabeça — Luke relembra, mas não parecia alegre.

Anya riu-se, recordando-se daquilo — Até mesmo eu e vovô não conseguimos evitar uma risada. Foi um dia sem igual.

Mas nada parecia ser o bastante para deixar seu irmão mais novo contente. Jace então questiona — Qual é o seu problema?

— Estão todos nos olhando — Luke diz, observando as figuras que treinavam ao redor de si, que de fato pareciam lançar olhares fixos para os dois príncipes, sem nem mesmo desviarem, murmurando coisas impossíveis de serem ouvidas, mas que eram claramente óbvias.

Todos sabiam que a legitimidade deles havia sido questionada.

A menina rolou os olhos — Não se importe com isso, Luke — ditou, passando seus dedos sobre as espadas de madeira — todos são meros desocupados — falou aquela ultima parte mais altamente, fazendo os curiosos escutarem e desviarem os olhos.

— Para você é fácil dizer — seu irmão mais novo ditou — ninguém te olha assim. Você é como eles.

Ela ficou em silêncio. Era verdade.

— Ninguém me questionaria como herdeiro de Derivamarca se... se eu me parecesse mais com sor Laenor Velaryon do que com sor Harwin Strong.

— Não importa o que eles pensam — Jace diz, erguendo sua espada para sua irmã — Hyah! Vamos lutar, Anya.

Ela apanhou uma espada de madeira, empunhando-a ainda com Aegarax no ombro, esboçando um sorriso — Sabe que sou boa com flechas, não espadas. Mas é um prazer ser sua oponente, sor! — e se curvou em uma clara brincadeira, finalmente conseguindo arrancar risadas de ambos.

Mas um barulho de intensa luta ecoou por ali, tirando a atenção dos três, que de imediato se animaram, imaginando que se tratava de algum épico duelo, levando-os a ir na direção da roda de pessoas que se amontoavam em volta para vislumbrar melhor a luta. Quando enfim viu o embate, só reconheceu um dos participantes; sor Criston Cole, o cavaleiro cruel que gostava de ver e atiçar a rivalidade entre seus irmãos e tios na época em que moravam aqui. Mesmo com o passar dos anos, continua inegavelmente muito belo e viril, embora com os olhos negros ainda mais frios. Visualizou seu rosto esforçado em concentrar-se para lutar com o rapaz forte de cabelos platinados, e Anya imediatamente se viu torcendo para o rival. Não gostava de sor Criston, por isso esperou que seu oponente lhe ensinasse uma boa lição.

Até que reconheceu o oponente, afinal, o tapa-olho era sua marca registrada.

Aemond havia crescido muito mais do que Jace, mesmo que ambos possuíssem idades próximas, e sua feição era muito mais cruel e fria do que nunca. Não parecia possuir meramente dezoito dias de seu nome, pois seus traços sérios lhe acrescentavam a maturidade de um homem adulto e formado, de idade acima de vinte. Muitas memórias pipocaram na mente da princesa, e todas elas péssimas, fazendo-a ficar séria, sem nenhum resquício de alegria.

O mesmo ocorreu com seus irmãos. Percebeu que seus semblantes animados também murcharam-se ao reconhecerem a quem estavam diante, e mais ainda quando notaram que o rapaz estava inegavelmente crescido e em muito boa forma, pois sor Criston, que era considerado um dos melhores cavaleiros dos sete reinos, parecia estar levando a pior em meio aos golpes certeiros de seu pupilo. Ao fim, levou a ponta de uma espada real até o pescoço do capitão da guarda, indicando que aquela luta estava mais do que terminada. Sor Criston observou o duelista com evidente orgulho.

— Muito bem, meu príncipe. Estará ganhando torneios muito em breve.

Mas Aemond não pareceu tocado com aquela frase — Eu não dou a mínima para torneios — sua voz era displicente, forte e decisiva. Ele puxou sua espada de volta, girando-a duas vezes com destreza — sobrinhos — sua voz chamou a eles, e finalmente seu único olho violeta se virou para onde estavam, brilhando em sadismo — Vieram aqui para treinar?

Anya deduziu que aquela frase não havia sido direcionada a ela, é claro. Era a seus irmãos, os responsáveis por arrancar seu olho, que o desafio havia sido feito. Ela observou Jace e Luke, que pareciam incomodados e até irritados com aquela situação. Ela rezou para que se recusassem e evitassem um outro conflito, dada a situação tensa que já teriam que participar mais tarde, mas não parecia ser o que viria a ocorrer. Rancor e competição tecia a relação entre seus eles e seus tios, principalmente com Aemond, no qual podia se sentir a sede por vingança no brilho doentio de seu único olho. Um silencio constrangedor se estabeleceu.

— E então? — sua voz soou mais alta, como se tentasse expor a humilhação para qualquer ouvido presente — ninguém?

Aquilo fora uma genuína, mas perfeita provocação, com se estabelecesse que se nenhum deles desse um passo a frente para treinar, a covardia seria inscrita em suas faces. Anya observou Jace, que também fitou-a de soslaio. Ela negou levemente, explicitando sua opinião sobre aquilo, mas seu irmão mais velho não se importou. Endireitou a coluna e levou sua mão até seu coldre, pronto para puxar a espada.

Anya viu o canto do lábio de Aemond curvar-se levemente, como quem reprimia uma sorriso escárnio. Aquilo era exatamente o que ele queria. Um dívida de sangue unia seu tio e seus irmãos.

E agora era a perfeita situação para enfim ser paga.

— Eu vou treinar — a voz de Anya soou rapidamente, fazendo Jace parar o que estava fazendo e virar-se para ela com surpresa.

Todos ali levaram atenção até a princesa Visenya, trajada de roupas de montaria e com uma pequena dragão vermelha em seu ombro. Aemond enfim fitou seu olhar na sobrinha, parecendo só naquele momento se importar com sua presença ali, e quando o contato visual entre ambos se estabeleceu, depois de muitos anos, era como se suas mentes se conectassem, pois sabiam dizer exatamente o que passava na cabeça um do outro: memórias, competição de soberania... estimulação. Ele quase sentiu felicidade por vê-la, e não era pela razão mais nobre.

Seu brinquedo favorito havia retornado.

E ela manteve-se firme, sem demonstrar medo. A jovial então, sem a permissão, retirou a espada de ferro de Jace de suas mãos, pegando para si e caminhando calmamente até Aemond no centro.

— Any — Jace chamou atenção, mas ela não recuou — Você disse que não gosta de espadas.

Era verdade. Anya não era uma prodígio naquela arte como era em arquearia, mas era a única forma que havia encontrado para não transformar um simples treino em uma tragédia.

— Não se preocupe, irmão — respondeu, mantendo a calma — Estamos entre família. Meu tio jamais me machucaria, não estou certa, tio?

Aemond observou-a se aproximar.

— Você luta? — foi o que perguntou, e sua voz não era nada agradável.

Claramente havia odiado a ideia de não poder humilhar seus sobrinhos homens.

— Usualmente sou melhor com arco e flechas, caso se recorde, tio.

Aemond a olhou com seu único olho cerrado, evidentemente se lembrando do episódio onde fora humilhado por ela.

— Mas será uma ótima ocasião para aprendizado. Você me parece ter muito a ensinar, como sempre — diz, e a ironia em sua voz é perceptível apenas entre eles, os familiares.

— Nunca lutei com nenhuma mulher — era sua argumentação, esperando os irmãos de Anya se manifestarem contra aquela ideia.

Entretanto, confiavam em sua irmã.

— Suponho que seja uma boa hora para deixar o medo de lado — ela sorriu com simpatia.

Pode ver o olho de Aemond pegar fogo com a provocação vil. Aquilo havia se tornado irrecusável, e naquele momento, o príncipe conseguiu perceber o quão ardilosa sua única sobrinha havia se tornado. Para tanto, ajeitou sua postura e segurou bem a espada, deixando claro que estava pronto.

Anya respirou fundo.

Sōvēs, Aegarax — disse ela a sua pequena dragão, que imediatamente alçou voo de seu ombro e sumiu pelos ares.

Acertou também sua postura e colocou a espada frente a seu corpo, como Daemon havia lhe ensinado.

E ele atacou, e pareceu não ter dó dela, sinalizando que tentaria humilha-la de todas as formas. A espada dele realizou movimento lateral, imediatamente sendo bloqueado pela dela. Anya girou e contragolpeou frontalmente, mas ele se esquivou pelo lado e atacou, quase decepando seu braço fora, não fosse pelo seu tardio, mas em tempo, movimento de recuo. Com aquele claro ataque para ferir gravemente, Jace ameaçou adentrar em meio a batalha, mas tanto Luke quanto sor Criston se puseram em frente a esse, impedindo que a batalha travada fosse interrompida.

Era apenas ela e Aemond.

Anya agora observava o tio em posição, que possuía um brilho doentio no olho. Outra vez ele avançou, e as espadas se rangeram e se afiaram fortemente umas contra as outras, com óbvia vantagem dele. O homem deu-lhe um solavanco com força ímpar, fazendo-a tombar de costas no chão, embora ainda com sua espada em frente a seu corpo. Ele, porém, não perdeu tempo, golpeando a espada dela para o lado, e antes que ela pudesse retornar a sua posição de defesa, atirou um corte sagital contra ela ainda no chão, que de certo lhe fatiaria ao meio se ela não houvesse rolado para a direita e escapado. A espada dele deu contra as pedras ao chão com tanta força que o barulho se assemelhou ao de uma guilhotina. O que era aquilo, um treino ou uma execução? Anya pôs-se de pé rapidamente. Tinha uma gota de suor em sua testa, e não era pelo exercício, mas por medo.

Seu talento para se esquivar é ímpar. Mas isso é um treino de luta, não de fuga — ele disse em alto valiriano. Talvez por provocação, pois da última vez que se viram, seu valiriano não era impecável. Agora ele falava fluentemente, com tanta destreza como ela.

Um treino, você diz — ela repetiu, replicando também em valiriano — então por que parece tão obstinado em arrancar minha cabeça?

Ele sorriu de lado, avançando contra ela.

A luta prosseguiu, fluindo melhor, pois de maneira surpreendente, agora ele não mais a golpeava com intenção de decepa-la a cabeça, ao que aparentava. Lutou de maneira digna a um treino por algum tempo, e ela estava se saindo surpreendentemente bem, até que, parecendo farto e querendo encerrar de uma vez a luta, Aemond iniciou golpes intensos, obrigando-a a recuar e recua, cada vez mais, até que sentisse contra si as geladas pedras que compunham os muros da área de treino. Estava sem saída, sem chances de se esquivar. Ele aproveitou-se daquele situação, atacando a espada que ela segurava, atirando-a para longe das mãos dela. Ficando desarmada e vendo-o avançar com sua arma na direção de seu pescoço, Anya fez a primeira coisa que lhe ocorreu para se defender. Aemond colocou a lâmina da espada horizontalmente contra o pescoço dela, roçando sua pele branca, mas não a machucou.

Aproximou-se mais ainda seu corpo do dela para que pudesse vislumbrar melhor seus olhos, claramente satisfeito pela triunfante vitória que liderara. Ela observou-o firmemente também, mas não parecia derrotada; muito pelo contrário, um breve sorrido dançava em seus rosados lábios, o que o intrigou. Ela então calmamente foi abaixando seus olhos até a barriga dele, levando-o a fazer o mesmo, vendo ali uma adaga nas mãos dela com a lamina pressionada verticalmente na direção de seu abdômen. Não estava penetrada, é claro, aquilo era um treino, mas indicava que a vitória do príncipe não fora assim tão bela, e se fosse real, ele sairia fatalmente machucado.

Aquilo o enfureceu.

Ela sentiu a lamina sendo pressionada mais ainda contra seu pescoço, mas nada disse. Se manteve com respiração controlada, observando-o corajosamente, sem medo. Ele então deslizou levemente a espada sobre seu pescoço ao fazer o movimento para guarda-la novamente em seu coldre. Anya sentiu sua carne cortar-se, mesmo que de forma quase insignificante. Quando o breve sangue se fez exposto e escorreu, ele não se moveu, continuando ali, olhando-a, como quem esperava ver o que ela faria.

Os soldados ameaçaram avançar até eles quando o sangue vermelho da princesa coloriu o cinzento dia, mas ela impediu.

— Não se aproximem — comandou — Estou bem, estamos apenas brincando. Afinal, não é uma reunião de família adequada se não houver algumas gotas de sangue — e virou-se para seu tio com face decidida, concluindo em alto valiriano — na ultima vez, foi o seu sangue que pingou.

A fúria claramente tomou seu rosto. Citar a noite em que seu olho havia sido tomado era um golpe baixo, até para seus padrões, ela sabia disso. Mas não havia o que fazer.

Naquela jogo, ou se vence ou se morre.

Qualquer reação que viesse ser tomada por seu furioso tio não pode completada, pois naquele momento a frota de sor Vaemond adentrou pelo local, fazendo todos levarem a atenção aos portões. Aemond pareceu recuperar-se, finalmente recuando alguns passos, cortando sua proximidade excessiva.

— Foi uma boa primeira luta, sobrinha — diz — mas não a última.

E saiu dali, sorrindo perversamente. Quando a figura se foi, ela finalmente deixou toda a tensão sair de seu corpo, suspirando altamente. Jace foi até ela, levando a mão em seu pescoço. Parecia terrivelmente nervoso.

— Aquele maldito monstro...

E retirou um lenço de seu bolso, limpando o sangue de sua irmã.

Luke observou o gesto com ar temeroso — Também estão sentindo o mesmo que eu? Como se estivéssemos vindo diretamente para o covil dos lobos?

Aquilo era exatamente o que sentia, mas tentou mante-lo calmo — Não foi nada demais, não está doendo. Ele só quis deixar um recado.

— Bem, se comparado com o recado que nós deixamos nele na última vez — Luke comenta, apontando para seu próprio olho e parecendo segurar uma risada — acho que você se safou bem.

Os três irmãos se encararam por um segundo antes de se renderem a boas risadas, completamente inoportunas, sem duvidas. Com tudo que estava acontecendo, sor Vaemond, Aemond... rir agora era uma engraçada ironia.

— Vamos ter com nossos pais. — Anya pede, e enfim suspira altamente — E que os deuses estejam conosco.

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