𝕿𝐇𝐄 𝐑𝐄𝐁𝐄𝐋 𝐃𝐑𝐀𝐆𝐎𝐍𝐒

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                                       𓊝

                𝑶𝒉, 𝒇𝒂𝒕𝒉𝒆𝒓, 𝒕𝒆𝒍𝒍 𝒎𝒆, 𝒅𝒐 𝒘𝒆 𝒈𝒆𝒕 𝒘𝒉𝒂𝒕
               𝒘𝒆 𝒅𝒆𝒔𝒆𝒓𝒗𝒆? ...𝒂𝒏𝒅 𝒘𝒂𝒚 𝒅𝒐𝒘𝒏 𝒘𝒆 𝒈𝒐

       𝕬emond Targaryen, que a partir daquele fatídico dia então ficaria conhecido como Aemond, Assassino de Parentes entre seus inimigos, voltou a Porto Real depois de ter conseguido o apoio de Ponta Tempestade para seu irmão Aegon e a inimizade...

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       𝕬emond Targaryen, que a partir daquele fatídico dia então ficaria conhecido como Aemond, Assassino de Parentes entre seus inimigos, voltou a Porto Real depois de ter conseguido o apoio de Ponta Tempestade para seu irmão Aegon e a inimizade eterna da rainha Rhaenyra. Mas se pensava que receberia as boas-vindas de um herói, ele ficou decepcionado.

       Suas mãos estavam manchadas de sangue permanente, e sua sobrinha e esposa estava raptada e desacordada por sobre seus ombros. Dentre todas as terríveis coisas que fizera, porém, apenas uma lhe atormentava: a morte de Lucerys. O príncipe caolho sempre justificara sua sede de sangue para com seus sobrinhos como sendo inteiramente culpa deles. Culpa deles por terem usurpado dele e de seus irmãos seus direitos de nascença, culpa deles por terem sido mais amados pelo velho rei Viserys, culpa deles por terem lhe humilhado a vida inteira, por terem mais títulos do que ele e por terem retirado seu olho. Era culpa deles a pessoa que ele havia se tornado com o passar dos anos. Bastardos, Aemond pensava, eram criaturas amaldiçoadas pelos deuses.

       E possuir menos que um bastardo era a pior das humilhações.

       Ele pensava que gostaria de ver seus sobrinhos mortos. Sim, ponderava sobre ver seus corpos frios ao chão, e pensava que riria com prazer, ousando dizer que até teria os colhões para os matar, se a ocasião viesse. Mas quando viu a jovem serpente marinha tombar em meio as nuvens, gritando em pavor junto a seu dragão mortalmente machucado, algo dentro de si morreu junto a ele. Há muito tempo ele vivia pendurado em uma linha tênue entre ódio e loucura, e agora ela estava rompida. Com pedaços de Arrax banhando a água com sangue, ele entendeu a verdade. Não havia volta.

       Estava condenado, amaldiçoado.

       Sua mãe costumava dizer que o deuses decidiam o futuro de um homem de acordo com o que ele merecia. Oh, se era verdade...

       Ao fundo do poço ele estava indo.

       E isso não o assustava. Não escolhemos nosso destino, Aemond pensava, o destino nos escolhe.

       E rumores voavam. Quando desembarcou em Porto Real, a reação de seus parentes não poderia ser pior. Na reunião de emergência do pequeno conselho, a rainha Alicent ficou pálida quando soube o que ele fez.

       — Que a Mãe tenha misericórdia de todos nós.

       Aquele olhar... era o que ele temia ver por toda sua vida. O terror na íris de quem observava diante de si... um mostro.

𝐁𝐋𝐎𝐎𝐃 𝐎𝐅 𝐓𝐇𝐄 𝐃𝐑𝐀𝐆𝐎𝐍 - 𝘁𝗵𝗲 𝗵𝗼𝘂𝘀𝗲 𝗼𝗳 𝘁𝗵𝗲 𝗱𝗿𝗮𝗴𝗼𝗻Where stories live. Discover now