Quem é viva sempre aparece. Tô com um ódio que pensei que ia poder aproveitar as férias pra escrever mas minha família ficou mais de um mês hospedados aq em casa e foi um caos. Foram embora só ontem e eu ainda fiquei me sentindo mal por ter expulsado eles aeee.
Desculpa, gente. Sério mesmo ✊🏼 ao menos vou tentar aproveitar esse fim de semana e espero que renda alguma coisa 🙏🏼
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O dia seguinte te parece muito bom, afinal.
Tirando a ressaca que te recebeu logo ao acordar, o dia não poderia amanhecer mais bonito. Fora que Lauren já tinha alguns comprimidos a postos para você tomar e, assim que descobriu que ela conseguiu uma folga naquele dia e ia conseguir passá-lo com você, você se sentiu menos mal. Ela estava organizando uma bagunça de papéis e desenhos sobre a mesa e falou para você ir se trocar que logo sairiam.
🦋 O que você vestiu? 🦋
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Assim que voltou, Lewis estava pronta. Colocou a bolsa no ombro, segurou as pastas e vocês saíram.
- Aonde vamos primeiro? - Você perguntou enquanto a mulher estendia a mão para um táxi.
- Ateliê. Tenho que entregar algumas coisas.
Agora, na frente do grande prédio em uma das principais ruas da cidade, você a segue para dentro. Lauren cumprimenta os funcionários na porta e te guia para o elevador de serviço.
- Quanto menos gente me ver, melhor.
Assim que o elevador abre, uma garota de aparentemente 20 anos, parecendo completamente atarefada e nervosa, vai na direção de vocês. Está segurando um telefone na mão e várias pastas na outra.
- Liguei pra você a manhã inteira, o que aconteceu? A Vitti logo vai chegar e você ainda nem entregou os...
Lauren deixa a pilha de pastas sobre a mesa e sorri para a moça.
- ...projetos - A francesa faz uma pausa e ajeita os óculos no rosto. - Está tudo aí?
- Pode conferir. Camille, minha assistente - Lewis dá um sorriso tranquilo enquanto te apresenta a moça, que acena para você. - Diga que eu mandei entregar de manhã e não vou poder vir porque não me sinto bem, por favor.
- O quê?? - Camille corre atrás de vocês enquanto Lauren te leva por um corredor. - Mas e a reunião com os patrocinadores? E a encomenda dos tecidos??
- Pode cancelar tudo. Diga que eu resolvo isso amanhã.
- Acha mesmo que eles vão acreditar nessa desculpa??
- Então você vai saber criar uma melhor.
- Você só pode estar querendo ser demitida.
Lauren abre a porta do escritório dela para você entrar e para, se virando para a francesa.
- Camille, mon age, não precisa se preocupar comigo. Sério, eu dou conta. Agora fique calma e diga o que eu te falei, certo? Você só vai estar fazendo o seu trabalho e, caso aconteça alguma coisa, a culpa foi toda minha.
Ela conversa mais alguma coisa com a assistente e então fecha a porta. Nesse meio tempo você já conseguiu dar uma boa olhada na sala dela e quase não acredita que em um ano ela subiu de posição ao ponto de ter um escritório daquele tamanho e uma assistente. Você ainda está boquiaberta enquanto observa Lauren andar pela sala.
- Você é mais importante aqui do que eu imaginava.
Ela ri.
- Eu faço o que posso.
- Como fingir que está doente para faltar ao trabalho?
Lewis parece estar procurando alguma coisa, então não te responde até encontrar. Um cartão, que você não faz ideia sobre o que se trata.
- Há alguns sacrifícios que precisamos fazer de vez em quando. Agora vamos sair logo daqui.
[...]
O cartão é um bônus que Lauren ganhou um tempo atrás. Um passeio romântico de barco pelo rio Sena, com direito a um piquenique no convés e vinho de graça. Assim que ganhou, ela te contou, Lewis jogou na gaveta e esqueceu da existência daquilo. Não tinha utilidade nenhuma, ela te disse. Mas agora, com você ali, ela parece ter reconsiderado.
A sensação que te consome durante aquele passeio é indescritível. O sol reflete no rio e cria um efeito cristalino lindo de se ver, e na pele de vocês cai morno e confortável. Na pele de Lauren parece ainda melhor, banhando cada pedaço descoberto pelo vestido, do colo a perna estendida por fora da fenda. Ela se recosta confortavelmente, os óculos escuros no rosto, apoiada nos cotovelos e parecendo imune aos solavancos do barco na água, enquanto você sente que vai vomitar a qualquer momento.
- Como você faz isso?
Ela sorri, cínica.
- Isso o que?
Você leva a mão ao estômago. Tomaram café da manhã em uma cafeteria antes de embarcarem, mas se soubesse, você não teria comido tanto.
Lauren estende a mão para você e te faz se deitar ao seu lado. Ela se aconchega perto do seu corpo e entrelaça suas mãos.
- Feche os olhos, esqueça que está em um barco. Como se só estivesse parada, flutuando na água.
Você faz o que ela diz e, aos poucos, a sensação de enjoo vai passando. Você suspira e se sente relaxar.
- Já andou muito de barco?
- Toda vez que eu não quero ser encontrada na terra.
Você ri e, apesar do longo período de tempo que passaram sem se ver, vocês não precisam conversar. Não precisam dizer nada, porque o silêncio é bom e confortável, porque se bastam na presença uma da outra e é o suficiente. Você sente o polegar de Lauren acariciar o dorso da sua mão um pouco antes do seu celular vibrar debaixo de você.
Faziam dias que você não respondia às mensagens, então depois de ter carregado o aparelho a noite toda na casa de Lewis, você encontrou um tempo no táxi para resolver isso. Não queria dar atenção ao telefone quando já perdeu tanto tempo das poucas horas que tinha com ela, e ainda não quer, por isso resolve ignorar e só pegar o celular para colocá-lo no silencioso.
Mas a mensagens do número desconhecido atraem sua atenção. Lauren apoia a cabeça no braço e te olha, perguntando se aconteceu alguma coisa.
- Lembra o italiano que eu te falei? Anthony?
- O Pacman? - Você ri. Lauren começou a chamá-lo por esse apelido assim que você contou a quantidade que o rapaz comeu no primeiro encontro.
Você mostra as mensagens.
Ciao, desculpa aparecer do nada depois de ter sumido. Tive alguns imprevistos e precisei voltar a Florença
Mas gostei muito do tempo que passei com você
Me manda uma mensagem da próxima vez que estiver na Itália
Suas fotos estão no meu perfil. Bacci, Antoine.
- O cara que some e aparece depois como se nada tivesse acontecido. Típico.
No entanto, ao entrar no perfil dele para ver as fotos, Lewis se surpreendeu.
- Pelo menos esse homem tem algum talento.
Você não entende o que ela quer dizer com "esse homem", mas não dá atenção.
A moça se vira de bruços, o queixo apoiado nos braços. Ela te olha.
- E então... não vai me contar o que mais aconteceu na Itália?
Você hesita.
- Não quero falar da Itália agora, tudo bem? - Você diz, tentando soar o mais gentil que pode.
Ela não insiste. Vocês ficam em silêncio, embaladas pela música tranquila e tipicamente parisiense. Você pega uma uva do cesto e coloca na boca.
- Está tudo bem você faltar do trabalho assim?
- Quando eu nunca faltei antes? É, acho que não tem problema - Ela enche a taça de vinho e dá um gole. - Fora que eles até facilitariam um pouco a minha vida se me demitissem.
- Como assim?
- Não quero falar do trabalho agora - Ela se vira de barriga para cima, os olhos fechados sob os óculos.
Você não sabe se ela realmente não quer tocar no assunto ou se só está dando o troco. Não seria nenhuma surpresa; Lauren nunca foi uma pessoa muito fácil de lidar. No entanto, é inegável a distância criada entre vocês, quase tangível.
Porque você não pode contar a ele o que aconteceu e, se o fizesse, a distância seria ainda maior.
Sendo assim, você evita o assunto, e também evita introduzi-la em assuntos dos quais ela provavelmente não gostaria de falar. E passam o resto do passeio assim, sem mais o silêncio confortável.
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Ê boy kkkjkkd essa saga entre loren e robertinho seria facilmente resolvida em uma rinha entre os dois. Olha, vou tentar aparecer amanhã. Não me odeiem eu sou pobre e meu notebook parou de funcionar dnv, eu uso transporte público e choro no banheiro. Tem coragem de odiar alguém assim?