DEAR DIARY | Remus Lupin

By slytherprongs

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❁ཻུ۪۪ ❨‛᩠ ꒰ DEAR DIARY ꒱ 📔 ──── querido diário. remus lupin x fem!oc . ° ∅ ° ? ! ⸼ ࣪ ۰ written by sly... More

˖ ࣪ ˒ ♡ ፧ 𝐝𝐞𝐚𝐫 𝐝𝐢𝐚𝐫𝐲
▬ act one ⸝⸝ ღ
ᝰ prólogo !¡    ݈݇-
001 | Querido diário... Eu odeio Sirius Black.
002 | Querido diário... Ainda não deu tudo errado.
004 | Querido diário... Um dia bem agitado.
005 | Querido diário... Acho que somos amigos?
006 | Querido diário... Eu odeio fofocas.
007 | Querido diário... Acho que algo está acontecendo.
008 | Querido diário... Onde está Remus Lupin?!
009 | Querido diário... Bibliotecas realmente são mágicas.
010 | Querido diário... Malfeito feito.
011 | Querido diário... Feliz aniversário.

003 | Querido diário... Nem sei mais o que está havendo.

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By slytherprongs

ERA NO MÍNIMO ENGRAÇADO como a comunal da grifinória ia de extremamente barulhenta e movimentada para paz e silêncio em poucas horas. Não que Remus Lupin achasse aquilo ruim, afinal, gostava da calmaria de fim de tarde e do clima suave avisando que o dia estava acabando.

Os marotos se encontravam todos ali, sentados no sofá, conversando. Havia virado rotina que, naquele mesmo horário, eles sentassem para papear.

— Eu estou falando, ela totalmente me deu bola hoje! — James insistiu, se referindo a Lily. O olhar zombeteiro que Sirius carregava estava lhe provocando.

— Se você continuar insistindo, vai perder as suas bolas. Lily deve ter um chute potente. — Retrucou Sirius, cruzando os braços. — E você diz isso toda vez! Maaaas, nunca sai em um encontro com ela. Está começando a soar desesperado.

— Começando? — a pergunta retórica de Lupin veio acompanhada com um sorrisinho irônico. Enquanto James respondeu com um "ei?!" ofendido, o Black gritou um "isso aí aluado!" e Peter murmurou um suave "E lá vamos nós de novo..."

— Apenas porque ela quer se fazer de difícil. Eu já saquei o jogo dela, tá bom?

Remus soltou uma risada com a fala do amigo.

— Qualquer dia desses eu e ela estaremos em um jantar lindo cheio de comidas gostosas e eu vou jogar na cara de todos vocês! — Potter resmungou.

— Quem? — Sirius questionou.

— Eu e Lily!

Lupin olhou com humor para James. Sabia o que viria depois. E Sirius pareceu se divertir também, já que, após a resposta, um grande sorriso cresceu em seus lábios.

— Quem te perguntou, otário. — respondeu, entre risadas.

A boca do Potter se abriu em choque e sua mão foi até o peito.

— Eu não deixava! — Peter provocou, cutucando o ombro de James.

James então se levantou, apontando o dedo no rosto de Sirius. Remus e Peter apenas encaravam a discussão típica de quinta série. Não era raro que coisas infantis saíssem da boca daqueles dois.

— Você aprendeu isso com o Donatello?

— Quem é Donatello? — O cenho do Black foi franzido enquanto um sorriso malandro se formou no rosto de James.

— Aquele cara que amassou sua bunda com um martelo. — James disse, pleno, ajeitando seus óculos com um sorriso orgulhoso.

— Amassaram sua bunda, almofadinhas?! — Pettigrew perguntou, genuinamente confuso. Aquilo tirou uma alta gargalhada de Remus, que abraçou o amigo de lado.

— Nunca mude, Peter. — mesmo ainda confuso, Peter emitiu um sorriso com a fala de Remus, se ajeitando melhor no sofá.

Quando Lupin voltou a olhar James e Sirius, ambos se encaravam com os olhos semicerrados. Parecia que iam começar uma guerra.

E começaram.

Sirius puxou um travesseiro do sofá e bateu contra o rosto de James. James o encarou incrédulo, pegando o óculos que havia acabado de cair no chão.

— Se tivesse quebrado, você estava morto. — Potter já havia quebrado quatro óculos em seus anos escolares.

— Fresco.

James respondeu dando língua para Black.

— Língua pra fora para mim é convite para beijo! — Sirius retrucou, cruzando os braços.

Outra resposta de James veio através de um ato, quando ele acertou Sirius com o mesmo travesseiro que fora atacado.

— Seu carente! — exclamou James.

— Desesperado!

De longe, realmente pareceria uma discussão real. Mas estávamos falando dos caras mais brincalhões de Hogwarts. Nada dito entre eles poderia ser levado à sério.

— Cachorro!

— Veado!

— Eu mereço... — Remus soltou um suspiro, se levantando do sofá vermelho. — Às vezes eu me pergunto onde que eu fui me meter. — murmurou, começando a caminhar até o dormitório.

Sirius demorou alguns segundos para perceber que Remus estava saindo do lugar, e, quando percebeu, apressou o passo para impedi-lo de sair.

— Temos que conversar, mocinho.

Remus fez uma careta.

— Bem, o que foi, mocinho? — Seus braços foram cruzados na altura do peito. A sobrancelha direita foi arqueada.

— Acho que está na hora de falarmos sobre o clima que rolou entre você e Galithea Vespertine. — Sirius cantarolou, guiando Remus pelos ombros até o sofá novamente.

James e Peter compartilhavam da mesma expressão confusa.

— Clima? Que clima?

— O clima! Tinha clima! Não é, Peter? — Black deu uma cotovelada em Peter, que rapidamente assentiu com a cabeça.

— Sim, tinha clima. Verdade.

— Vocês são doidos. — disse Remus.

— Poxa, queria estar lá para ver. — James fez um biquinho, se jogando no sofá de novo.

— Não tinha nada para ver, pontas. Você sabe como ele é exagerado.

— Euzinho? Exagerado?! Jamais!

Lupin ignorou o tom irônico que notou na fala de Sirius.

— Bom, se não há mais nada... — Remus se levantou novamente. Céus, só queria se deitar para dar um cochilo. Mas, novamente, fora impedido quando a voz de James ecoou no local.

— Espere, Galithea? Não era ela que era apaixonada por- — o resto da frase não pôde ser ouvida. A mão de Sirius tapou a boca do Potter, que trocou um olhar confuso com Peter.

— Quê?

Sirius quase deixou escapar um "merda", mas se conteve, suspirando e então soltando a boca de James, logo depois andando até Remus.
A mão que antes foi usada para impedir que uma informação fosse revelada, foi colocada no ombro do Lupin.

— Olha cara, eu tenho algo para te contar. — começou ele, sério. — É que... Bem... Galithea Vespertine... Ela é apaixonada por... — houve uma pausa dramática extremamente longa. — Livros de romance.

— Quê? — Remus repetiu a pergunta.

— É, cara! A amiga dela, Melinoe Malfoy, me contou. Ela é apaixonada por livros assim. Onde os interesses amorosos são fortes e mostram garra! — mentiu, ainda com expressão séria. Peter quase riu to quão realista Sirius parecia enquanto mentia.

James também notou a mentira quando ouviu o "Melinoe Malfoy me contou" Qual é! Sabia que ela era do tipo que não contaria algo assim para alguém. Principalmente para Sirius. Eles dois tinham um tipo de rivalidade. Era uma dinâmica engraçada.

— E o que isso tem a ver com qualquer coisa que estamos falando aqui?! — Remus parecia confuso.

Era irônico como, dos quatro, três sabiam da situação de Galli, menos o único envolvido.

— Que os padrões dela são altos, aluado! E se você quer ela, você precisa conquistar seu lugar e eliminar a concorrência. — De repente, ele andou até James, passando o braço por seu pescoço em um mata-leão. — Tipo assim!

— Você está genuinamente sugerindo que eu use agressão? — agora a expressão dele era de tédio.

— Exatamente!

— Dai-me paciência, porque se derem força, eu bato. — Lupin murmurou, se levantando pela terceira vez. — Agora, se me derem licença... — E, novamente, foi caminhando até os dormitórios. Dessa vez, a tentativa foi bem sucedida. Nada de interrupções.

Sirius carregava um sorriso discreto e orgulhoso nos lábios. Havia conseguido mudar o assunto e impediu que Remus soubesse sobre a paixão de Galithea por ele. Na cabeça do Black, Galli era a única com direito de contar aquilo. Além de que, ele também tinha medo de apanhar de Melinoe Malfoy.

"Embora não fosse reclamar de apanhar de mulher bonita" Ele adicionou mentalmente. Então fez uma careta pelo próprio pensamento, voltando a se sentar no sofá.

— Six, você quase me matou! — James reclamou, apontando para o pescoço.

— E você quase soltou algo que não deveria!

— Eu não sabia que aluado não sabia! Achei que quando você tivesse me contado, tivesse contado pra ele também. — ele deu de ombros.

— Por que eu contaria para ele algo sobre ele? — Sirius deu um tapa na nuca de James.

— Primeiro: Aí! E segundo: Não sei, por que contaria? — Nem ele sabia responder.

— Essa foi a pergunta que eu te fiz.

— Ah, tanto faz! E ei, você está me dizendo que, se Lily te dissesse que me ama e quer casar comigo, você não me contaria?!

— Se Lily dissesse que te ama e quer casar com você, eu me beliscaria.

— Por quê? — A pergunta veio de Peter, que até então estava na discussão como um mero expectador.

— Porque eu saberia que estou sonhando. — tinha um sorrisinho de canto ao completar a frase.

— Cruel. — Peter adicionou, sorrindo divertido. Sirius lhe enviou uma piscadela e James fez uma careta.

O silêncio se fez presente por alguns segundinhos, enquanto Peter encarava Sirius e James.

Então, de repente, os três começaram a gargalhar.

Tinha algo que todos de Hogwarts não podiam negar;
Os marotos eram um grupo muito maneiro.

GALITHEA REALMENTE ACHAVA QUE Herbologia não era para ela. Talvez porque, honestamente, não era sua matéria favorita. Diria que preferia passar seu tempo fazendo poções. Mas ali estava, ao lado de Simmy, concentrada nos comandos que a professora lhe dava.

— Ei. — A garota recebeu uma leve cotovelada de Simmy. Suspirando, ela se virou para a amiga.

— Oi. — Sussurrou de volta, sem tirar o olhar da planta.

A aula era sobre fungos. Os alunos tinham columeias na
mesa e deveriam analisar os fungos dali, depois escolhendo o antídoto que parecia mais funcional diante das características vistas.

— E aí?

— Hm?

A Pockleboom revirou os olhos.

— Não se faça de sonsa. Você sabe o que esse "E aí?" quis dizer. — A grifana murmurou, com os olhos semicerrados.

E Galli realmente sabia.

Seu olhar desfocou de sua tarefa para os marotos. Era uma aula entre corvinal e grifinória, contribuindo com a maré de azar de Galithea.

Sirius lhe viu olhando e, com um sorriso maroto, cutucou Remus. Quando Galli notou o ato, já era tarde demais. Já estava encarando Lupin.

O garoto acabou por lhe oferecer um sorriso gentil, acenando. Aquilo deixou seu coração quentinho. Ela tratou de acenar de volta, com o mesmo sorriso que ele carregava.

Um lindo sorriso, ela adicionou mentalmente.

Do outro lado de Remus, estava James, quem também cutucou Remus e apontou para sua planta, que parecia ter criado mais fungos. Nisso, Lupin quebrou o contato visual, focando em ajudar James.

— O que foi isso?! — Uma pergunta em forma de sussurro saiu de Simmy. Galli deu de ombros, simplória.

— Ele é educado, oras. Isso não é novidade para ninguém.

— "Ele é educado, oras. Isso não é novidade para ninguém." — Com tom zombeteiro, Simmy repetiu a fala, fazendo uma voz mais fina. Galithea encarou aquilo como uma péssima imitação de si, então fechou a cara. — Não importa. Ainda sim foi uma interação.

Galithea se limitou a revirar os olhos para ela, voltando o olhar para a columeia. Galli gostava do verde das plantas. Gostava de flores também. Quando criança, costumava colar pétalas em seu diário, mas eventualmente foi parando, com medo de estar machucando as florzinhas.

A garota teve muitos diários em sua vida. Muitos. Gostava o suficiente de escrever para relatar todos os seus dias ali. Em Hogwarts, nos seus seis anos, foram... Bem, seis diários. Um para cada ano. De vez em quando, gostava de ler para relembrar.

Se lembrava de seu primeiro esboço no expresso, antes de chegar na escola. "Hoje é meu primeiro dia em Hogwarts. Na verdade, ainda nem cheguei lá, mas acho que meu ano será incrível. Conheci pessoas bem legais aqui no trem. Estava me apresentando para alguns garotos e esse menino em específico entrou. Ele tem um rosto agradável. Pelo que ouvi, se chama Remus Lupin. Depois vou procurar ele para sermos amigos." Estava escrito de caneta azul em uma das páginas de seu diário do primeiro ano.

Galithea também se lembrava de como fez grande esforço para parar de escrever sobre Remus. Ele tinha inúmeras menções em seus cadernos. Não que fosse estranho, afinal, sim, ela teve uma grande paixão por ele. Seis anos. Bem, cinco. Ela se fez acreditar que essa pequena paixão já havia passado. Embora seu coração ainda batesse forte e suas palmas da mão coçassem quando ficava perto dele.

— Ei! Ei! — Sirius cutucou Galithea, que até então, estava alheia em seus pensamentos, mas logo saiu deles, virando-se para quem lhe cutucava. — Ah, que susto, achei que estava em transe ou algo assim.

— Oh. Não, estava apenas pensando. — Disse, sem fazer grande caso, voltando-se para um dos antídotos da aula e segurando-o.

Como se estivesse esperando para saber o que fazer na aula esse tempo todo, Sirius fez o mesmo que ela.

— Compreensível. — ele falou, balançando a cabeça lentamente. Sua expressão tranquila não estava deixando a garota confiante, tanto que ela arqueou uma das sobrancelhas para ele. — Que foi?

— Você explodiu algo?

— Hmmm... — ele parou para pensar, levando as mãos até a cintura. — Não, hoje não. — Deu de ombros.

— Então que expressão é essa aí? — Copiando a posição dele, ela também levou as mãos até a cintura.

— Que expressão?

— Essa. — Ela apontou para o rosto dele, onde um sorrisinho maroto foi se formando.

Ela não gostou nada daquilo.

Nada.

Da última vez que recebeu um desses de Sirius, ele leu seu diário e descobriu sobre sua grande paixão duradoura pelo melhor amigo dele.

— Que que você fez, Black? Porque eu juro que-

— Você quer ir em um encontro com Lupin? — ele a cortou no meio da frase, cruzando os braços na altura do peito.

Se o antídoto ainda estivesse na mão dela, definitivamente teria caído.

Galithea imaginou mil e uma respostas para aquela pergunta. Todas relacionadas à "sim" ou "claro" ou "óbvio". Mas não foi nada disso que ela respondeu.

— Quê? — A curta pergunta foi tudo que saiu de sua boca naquele instante.

Sirius deu de ombros, como se não fosse nada.

— Enchi o saco dele a aula inteira para me deixar escolher alguém para ele sair em um piquenique. Disse que ele está muito solteiro e que eu poderia ajudá-lo com isso.

Pelo menos ele não sabia do diário ainda. O pensamento fez Galithea suspirar de alívio, voltando a olhar para a planta ainda cheia de fungos.

— E por que eu faria isso? — Ela resolveu questionar, racionalmente. Embora seu coração estivesse quase saindo de seu peito para responder Sirius que sim, ela definitivamente iria.

— Ora, Gal. — Galli franziu o nariz com o apelido, mas não disse nada. — Não finja que não quer. Eu li, não lembra?

— Como esquecer? — ela adicionou, com tom irônico, finalmente colocando o antídoto na planta. Sucesso. A planta voltou ao tom verde. Sem fungos.

A professora lhe parabenizou rapidamente, tirando um sorriso orgulhoso da corvina.

— Sim ou não, Galithea? Responda antes que eu escolha outra pessoa... — Pressionou, cerrando os olhos. Aquela fala foi o suficiente para ela imediatamente responder um "quero", que não passou de um murmuro. Sirius sorriu, vitorioso. — Magnífico. Depois te informo o resto. Vai com tudo, garota! — levantou os dois dedões em um joinha, caminhando de costas até os marotos, sem perceber as três pessoas que ele acabou pisando no pé nesse percurso.

O olhar de Galli parou em Remus em seus momentos finais de aula. Ele estava concentrado, agora ajudava Peter. James parecia ter resolvido seu problema. Tinha, na verdade, arrancado uma folha para dar para Lily, o que causou reclamações da professora. Mas o sorrisinho discreto que a Evans tinha na face não passou despercebido por Galithea.

De qualquer jeito, sua mente ainda estava processando o que havia acabado de acontecer. Ela teria um piquenique com Remus. Remus Lupin. O Remus Lupin. O garoto mais bonito de Hogwarts, em sua opinião. Além do mais inteligente, gentil, amigável, e... Ela se impediu de pensar em mais qualidades dele. Lembrou-se que aquilo era coisa do passado.

... Não era?

📝

"Querido diário... Nem sei mais o que está havendo. A aula de hoje foi legal. Recebi um parabéns da professora de herbologia, mesmo não sendo minha matéria favorita. E, ah, claro, vou em um encontro com Remus Lupin. Sim, o Remus Lupin. Mal posso acreditar nisso. Ainda soa falso quando eu falo em voz alta. Imagino que meu eu de doze anos esteja pulando alegre em algum lugar do meu coração.

Até amanhã,
Galithea, 1977."

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