REDENÇÃO - Irmãos Fiori: Livr...

By ailujcoutinho

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*** ESSE É O TERCEIRO LIVRO DE UMA SÉRIE, NÃO É NECESSÁRIO LER OS ANTERIORES PARA ENTENDER ESSA HISTÓRIA, MAS... More

DEDICATÓRIA
EPÍGRAFE
CAPÍTULO 1
CAPÍTULO 2
CAPÍTULO 3
CAPÍTULO 4
CAPÍTULO 5
CAPÍTULO 6
CAPÍTULO 7
CAPÍTULO 8
CAPÍTULO 9
CAPÍTULO 10
GRUPO NO TELEGRAM!
CAPÍTULO 11
CAPÍTULO 12
CAPÍTULO 13
CAPÍTULO 14
CAPÍTULO 15
CAPÍTULO 16
CAPÍTULO 17
CAPÍTULO 18
CAPÍTULO 19
CAPÍTULO 20
CAPÍTULO 21
CAPÍTULO 22
CAPÍTULO 23
CAPÍTULO 24
CAPÍTULO 25
CAPÍTULO 26
CAPÍTULO 27
CAPÍTULO 28
CAPITULO 29
CAPÍTULO 30
CAPÍTULO 31
CAPÍTULO 33
CAPÍTULO 34
CAPÍTULO 35
CAPÍTULO 36
CAPÍTULO 37
CAPITULO 38
CAPÍTULO 39
CAPÍTULO 40
CAPÍTULO 41
BIENAL!
CAPÍTULO 42
CAPÍTULO 43
CAPÍTULO 44
CAPÍTULO 45
CAPÍTULO 46
EPÍLOGO
AGRADECIMENTOS

CAPÍTULO 32

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By ailujcoutinho


SALVATORE 


Eu não estava esperando não conseguir segurar o personagem tristonho. Mas bastou que Maria mencionasse o nome do troglodita do meu funcionário que dava em cima dela a meses para que meu autocontrole fosse para a casa do caralho. 

Maria Clara parecia muito contente em manter uma relação profissional com o merdinha do nutricionista, até esse plano maldito de me enlouquecer surgir. 

Eu mataria minhas irmãs. 

Principalmente por estarem certas. 

Porque hoje é sábado, o dia do encontro de Maria com o miserável, e há vinte minutos, Gabriel fez questão de tirar uma foto distraída de Maria Clara entrando no restaurante de Mama, usando um vestido preto que a deixava deliciosa. 

O ódio correndo em minhas veias parecia veneno, me cegando completamente. 

De todos os lugares do mundo, o filho da puta tinha que levá-la para jantar no restaurante dos meus pais? 

Me forço a olhar para a luta de MMA que está passando na televisão e a engolir a vitamina que fiz, mas não tiro os olhos do celular, esperando uma atualização de como a noite estava indo para os dois. Me jurando que se ele encostasse em sequer um fio de cabelo dela, eu o mataria. 

Eu o mataria. 

E eu acabaria com essa brincadeira idiota em breve porque já estou enlouquecendo. A ideia de outra mão a tocando, outra pessoa a fazendo rir, parecendo esmagar meu coração em uma bola. 

Maria era minha. Só minha. 

Minha, porra. 

E as horas passam. Uma, duas, três. 

O que eles tanto faziam nesse restaurante? 

Não era só comer e ir embora, porra?! 

E parecendo ouvir meus pensamentos, meu celular pisca com uma notificação do meu irmão. 

E toda a raiva que senti até agora, toda a ansiedade parece brincadeirinha de criança. 

Pois quando abro a conversa. Encontro apenas uma foto e uma mensagem. 

O texto é simples e verídico. 

"Se fodeu." 

E me fodi mesmo, porque embaixo dela, uma imagem meio borrada me encara de volta. 

E apesar da qualidade precária do zoom, o que está acontecendo é óbvio.

O em-breve-morto Matheus, tem suas mãos nojentas ao redor de Maria, e sua boca... Sua boca está nela. Na boca dela. 

O fodido está beijando ela. 

Beijando minha mulher. 

 Nem mesmo raciocino antes de sentir o grito raivoso que vem de dentro de mim. 

Estou vendo vermelho. 

Vou matar aquele filho de uma puta. 

Depois vou arrancar aquelas mãos para que ele aprenda a nunca mais tocar no que é meu. 

E depois... Depois vou dar umas palmadas na bunda gostosa de Maria para ela aprender a não brincar nunca mais com meu coração desse jeito. 

Eu sabia que merecia. Sabia mesmo que merecia comer o pão que o diabo amassou pelo que a fiz passar. Mas isso acabava agora. 

Estávamos quites. 

Gabriel envia uma outra mensagem, avisando que Maria foi embora de táxi e negou a carona do bastardo e isso me acalma pelo menos um pouco. 

Mas não o suficiente. 

Porque já estou com a chave da caminhonete na mão, batendo a porta atrás de mim. 

Dirijo feito um louco até o prédio de Maria, determinado a acabar com aquela insanidade de uma vez por todas. 

Seu prédio não possui porteiro, então apenas toco seu interfone um milhão de vezes, torcendo para que ela já esteja em casa. 

- Juro que vou chamar a polícia se vocês continuarem tocando os interfones assim, seus merdinhas! - A voz irritada dela sai pelo outro lado, achando que sou um pivete. 

- Abre, Maria Clara. - Eu consigo dizer, entredentes. 

A conexão fica muda por longos segundos, antes que ela aperte um botão e o portão destranque. 

Subo em um silêncio mortal, tentando controlar minha respiração e a raiva que borbulha minha pele. 

Sua porta já está aberta quando chego ao segundo andar, e seu semblante confuso apenas me irrita mais. 

Ela ainda está usando o vestido preto da foto e tem o rosto maquiado então adivinho que chegou poucos minutos antes de mim. E tudo o que consigo ver é o maldito beijo.

O maldito beijo. 

- O que você está fazendo aqui a essa hora, Salvatore? - Ela pergunta, confusa, abrindo espaço para eu entrar. 

Eu passo feito um trator por sua porta, e ela a fecha atrás de mim. 

E tudo o que consigo fazer é andar de um lado para o outro em sua sala de olhos fechados, tentando me acalmar. 

- Salvatore? - Ela chama, ainda confusa. - O que aconteceu? - ela caminha até mim. 

E é aqui que explodo.

- O que aconteceu?! - Grito, e ela apenas arregá-la os olhos, surpresa por minha fúria. - Ele te beijou?! 

- Quem? - Ela indaga, irritada. - E por que isso seria da sua conta? 

Isso apenas me enfurece mais. 

- Matheus. O merdinha te beijou? - Cuspo. 

Ela franze o cenho. 

- Como diabos você sabe disso? 

- Esse não é o ponto. - Digo, me jogando no sofá. - Ele te beijou? 

Maria apenas respira fundo e encara a parede.

- Você sabe que sim. Não é isso que acontece em encontros? - Ela pergunta, cruzando os braços, petulante. 

Eu apenas levanto do sofá e volto a andar de um lado para o outro, puxando meu cabelo com força o suficiente para arrancar meu couro cabeludo. E Maria parece subitamente se divertir muito com toda a minha irritação. 

- E você gostou? - Pergunto finalmente, testando até onde aquela brincadeira estúpida vai. 

Um flerte para me irritar? Tudo bem. 

Mas a ideia de Maria Clara beijando outro...

- Que porra de pergunta é essa? - Ela indaga, chocada com minha ousadia. 

- Uma justa. 

- Você gostou do beijo da Francesca? - Ela rebate, impertinente. 

- Não. - Digo, resoluto. - Porque queria que fosse a sua boca na minha e não a dela. 

Maria apenas afunda o rosto em suas mãos, parecendo exausta. 

- Você não concordou que eu deveria sair com outras pessoas para te superar? - Ela pergunta, sustentando seu jogo. 

- Tenho certeza que foi a pior ideia de merda que eu já tive em toda a minha vida. 

- Você não está fazendo sentido nenhum. - Ela diz, com um biquinho. 

- Acho que estou fazendo perfeito sentido. - sorrio com escánio, ainda andando de um lado para o outro. 

Maria Clara respira fundo e parece pensar mil vezes antes de perguntar:

- Você está com ciúme? 

E eu tenho grunho. Pelo amor de Deus. 

- É claro que estou com ciúmes, porra! Mal consigo olhar para você sabendo que ele foi o último a te beijar e não eu. 

- Salvatore... - Ela geme, parecendo dividida entre me agarrar e me acertar com seu sapato alto. 

- Escolho a primeira opção. - Digo, conseguindo sorrir um pouco, satisfesito por ver o sorriso se espalhar no rosto dela também. 

Isso parece acalmar nossos ânimos, pois respiramos fundo juntos e parecemos em sincronia perfeita, quando caminhamos em direção um ao outro. 

Ela apenas passa as mãos suaves pelo meu pescoço, e me puxa para baixo, me suspreendo com a suavidade em seus olhos. Seguro sua cintura, sentindo que é exatamente assim que deveríamos estar, e aceito de bom grado quando ela puxa meu rosto em direção ao seu e une nossos lábios, me beijando com carinho. 

É um beijo rápido e leve, mas parece dar um descarga em todo o meu corpo, feito um banho quente após uma chuva congelante. 

- Pronto, meu anjo. - Ela diz, suavemente. - Agora você foi o último a me beijar e eu fui a última a te beijar. 

E eu só consigo respirar fundo, chocado por sua graciosidade, por sua inteligência, por tudo que ela é. Seguro seu rosto entre minhas mãos e corro meu nariz por sua pele, me deliciando com seu cheiro gostoso de floresta e chuva, beijo sua testa, bochecha, maxilar, olhos, nariz, e deposito um selinho em seus lábios cheios, antes de afundar meu rosto em seu pescoço quente, a esmagando num abraço apertado. 

- Quero você, Maria. - Consigo dizer, contra a pele suave de seu pescoço. 

Sinto quanto o coração dela acelera sob meus lábios, e ela me aperta mais. 

- Quero você com cada fibra do meu corpo. Com tudo o que eu sou. Quero tudo que você é. 

Maria respira fundo contra mim e se aconchega mais contra o meu corpo. 

- Você entende o que eu estou dizendo? - Pergunto baixinho. 

Ela apenas meneia a cabeça. 

- Não tenho certeza. - Ela diz, incerta. Com medo. 

- Vou te fazer ter certeza, Maria. Certeza suficiente para você nunca mais duvidar.

E ela relaxa, soltando um gemido suave que envia uma pulsação direto para o meu pau. 

- Então faça. - Ela pede, num lamúrio, se afastando apenas o suficiente para me encarar com aqueles olhos lascivos, derretidos em promessas que juro cumprir. 

- Não hoje. Não depois dessa minha cena. Não quero que seja quando ainda estou sentindo tanta raiva. 

Ela parece entender, pois seus olhos suavizam e ela me aperta num abraço. 

Ela não iria se desculpar pelo beijo, e eu não esperava que ela o fizesse.

Maria estava certa em ir procurar alguém que tivesse certeza do que queria. 

Tudo o que eu podia fazer, era dar todas as certezas que ela precisava. 

Ela me queria? Ela me teria. 

Por inteiro. Alma e coração. 

Como ela merecia. 

Meu primeiro lugar. Minha prioridade. Minha certeza. 

Eu poderia fazer isso por ela. Poderia me entregar para ela. 

Tomar essa decisão é tão fácil que me assusto.

Se apaixonar por ela tinha sido assim, fácil como cair no sono. 

Assustador, mas fácil. Suave. 

Eu era sortudo para caralho e sabia disso. 

- Quando então? - Ela pergunta, ansiosa, plantando um beijo em meu peito, onde meu coração bate com mais calma. 

E não consigo responder porque a porta da sala de Maria já foi aberta, e Aninha, Nina, Cadu e Mariana entram de uma só vez, nos assustando. Eram um bando de formigas fofoqueiras mesmo. 

- Vou acreditar que deu tudo certo. - Nina diz, vitoriosa, e Aninha, Mari e Cadu fazem um Hi-Five tripo. 

- Estava dando, até vocês entrarem a cinco segundos atrás. - Maria geme, escondendo o rosto entre as mãos. 

- Você não deveria estar em casa com seu marido e minhas sobrinhas? - Pergunto para Nina. - E você não deveria estar em casa descansando com meu sobrinho? - Pergunto para Ana, que passa as mãos carinhosamente por sua barriga que desponta em sua blusa. 

- Neandertal, viu? - Aninha pisca para Maria, que ri e nega. 

- E nós dois? - Cadu pergunta sobre ele e Mari.

- Deveriam estar aqui, impedindo Maria de ir a encontros com bastardos que amanhecerão mortos. - Solto, ácido. 

- Deixa Matheus em paz. - Maria diz, com um sorriso, e eu apenas reviro os olhos. 

- Boa noite para vocês, estou indo. Marina, Ana, querem carona? - Pergunto para minhas irmãs, que dizem que sim. 

- Nosso trabalho aqui está feito. - Nina diz, orgulhosa. 

- Boa noite, Salvatore. - Maria me diz, e amo, simplesmente amo como ela diz meu nome. Na entonação italiana perfeita. Não resisto e planto um beijo suave em sua cabeça. 

- Amanhã, Tesoro. - Garanto, e gosto do brilho que vejo em seus olhos. 

- O que tem amanhã? - Cadu pergunta, curioso. 

E já sei o que vem em seguida, por isso preparo meus ouvidos.

- É o aniversário dele!!! - Minhas irmãs gritam, completamente animadas. Era sempre assim. Elas amavam aniversários. 

- Almoço na casa da Mama? - Mari pergunta, sorrindo, parecendo muito bonita com o cabelo preso e a camisa do Pearl Jam. 

- Jantar. Vamos passar o dia na Fazenda Helena. - Digo, olhando para Maria, que parece muito satisfeita por eu contar para Mariana e Cadu sobre a fundação. 

- O que é uma Fazenda Helena? - Eles perguntam, curiosos. 

- Eu explico. - Maria faz um carinho suave em meu braço. - Nos vemos amanhã. 

Eu gostaria de beijá-la para me despedir mas não quero que a platéia enlouqueça, então apenas aceno para os três e saio com minhas irmãs ao meu encalço, parecendo muito satisfeitas. 

- Nunca estive tão orgulhosa de ser sua irmã quanto estou agora, Salvatore. - Nina diz, ao sentar do meu lado no banco do carona. 

- Finalmente ele se tornou uma florzinha se abrindo para o amor. - Aninha suspira, romântica. 

Eu reviro meus olhos. 

- Caladas ou vou enfiar uma meia na boca de cada uma. 

- Salvatore Fiori, apaixonado. - Nina continua, e eu apenas a encaro sério. 

- Marina... - Aviso, mas não adianta. 

As pestinhas estão felizes demais. 

E me percebo fazendo um esforço sobrehumano para manter minha expressão emburrada.

Me sentindo completamente feliz também. 









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