Oiee
Como prometido aqui está um novo capitulo, se tudo correr como planejado até a quarta eu posto mas um. Espero que gostem e até próxima 😘😘.
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Christopher.
Enquanto ligava o carro, eu a observei caminhando de volta um sorriso largo em seu rosto.
- Se o James fosse mais romântico como você tenho certeza que seria demais para mim. - Disse assim que entrou no carro.
- Verônica, se casou sabendo como ele era, ele prefere presentear você com bolsas Chanel do que com flores...acha que ela vai gostar do que eu escolhi.
- Rosas e tulipas brancas, fez uma ótima escolha, ela vai adorar...se me lembro bem das aulas de botânica da minha vó, tulipas brancas significam perdão... é uma tentativa dela perdoar o que exatamente ??
- Passei mais tempo longe dela do que gostaria.
- Chris, você é um sonho...mas eu prefiro o meu marido mesmo, vai me diz aí o que ele comprou em Londres para mim...
- Eu não sei...talvez a nova coleção de bolsas da Gucci. - Meus ouvidos clamaram por misericórdia quando ela deu um grito.
- Tá falando sério ?? Porque se for mentira eu vou cobrar de você.
- Eu disse talvez...quer que eu deixe você em casa ou prefere que...
- Não, eu vou com você, disse pra Lili que buscava a Esther para que você e a Izabelle passassem um tempo a sós, além do mas eu quero ver a cara dela quando ver você, já que você quer fazer surpresa.
- Não é uma surpresa, eu também não pensei que meu vôo seria antecipado...só não lembrei de avisar ela.
- Aham sei...precisar mentir melhor até eu percebi...seu celular está vibrando.
- Ah é o Paulo...Boa tarde Paulo....eu...O QUÊ ?? Não..não eu..já estou indo...Deixa eu falar com ela...
- Christopher, o que está acontecendo ?? - Verônica perguntou já alarmada ao meu lado, eu a ignorei.
- Izabelle...vai ficar tudo bem, respirar... Pequena..você precisar respirar...eu sei...respirar amor.
- Deixa eu dirigir, você vai falando com ela...não me questione Christopher. - Verônica fez a cara que James tanto fala, ninguém a faria mudar de opinião.
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Depois de pelo menos cinco minutos de conversa, Izabelle parou de responder e isso já estava me enlouquecendo. Verônica chegou em casa em tempo recorde, provavelmente vou ter algumas multas para cuidar...pouco importa os únicos pensamentos que eu tinha agora era o fato de que eu deveria estar lá, deixá-la sozinha por tanto tempo foi uma idiotice.
- Eu posso ouvir essa sua cabeça fervendo, para que já deu...não é sua culpa, agora se concentrar quem precisa de ajuda e a Iza. - A voz da Verônica volta a me distrair, algo bom para a situação de agora. - Chegamos...eu vou pegar a Esther, depois me liga para dizer como a Iza está. - Ela sai do carro já com pressa, conhecendo ela sei o porquê..Vê odeia ver pessoas que ama em pânico, ela ainda não consegue lidar, eu não posso julgar.
Prendendo a minha respiração quando entrei em casa, fui bombardeado pelo cheiro de medo e pânico, droga ela não estava nada bem... Verônica passou por mim com Esther nos braços, olhos lutando para segurar lágrimas.
- Vai, ela precisa de você...- Ela voltou a se recompor, já distraindo a ruivinha agitada.
- Até breve, princesa. - Com um beijo na testa da pequena, minha atenção se direcionou para a minha ômega.
A única coisa que poderia ver no momento, era ela encolhida no chão, enquanto pequenos tremores passavam por seu corpo, joelhos contra o peito e o rosto escondido. Paulo e as meninas pareciam perdidos em meio aquela situação.
- Todos para fora. Agora..- Me ajoelhando a sua frente, percebo as unhas gravadas nos braços, o cheiro de sangue apertou o meu peito. - Izabelle...Hey, olha para mim..eu estou aqui. - Com cuidado peguei as mãos, as afastando, não quero que ela se machuque mas.
Ela estava tão confusa, com medo e perdida...aqueles olhos castanhos estavam avermelhados e inchados, ela mordeu os lábios com tanta força que havia pequenas lacerações neles, odiei cada momento.
- Chris !! - Ela passou os braços ao redor do meu pescoço, quase derrubando nós dois, enquanto soluços atravessavam seus lábios, senti as lágrimas molhando meu pescoço.
- Oh pequena, vai ficar tudo bem...estou aqui com você. - Os soluços ficaram mais altos assim como o aperto dela sobre mim, eu a deixei chorar...por mais que isso me deixava angustiado.
- F-foi...foi t-tudo..mentira...eu..
- Shhh, tudo bem..você não precisa falar agora. - Levantando ela junto comigo, ignorei o gemido de descontentamento. - Vamos, você precisar deitar um pouco. - Não posso negar que eu adorava ter Izabelle em meus braços, tê-la tão perto me enchia de satisfação... claro poderia ter sido em uma melhor ocasião.
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Cansada, não era raro acordar não querendo acordar. Minha cabeça parecia pesar uma tonelada, minha exaustão mental estava tirando o melhor de mim.
- Você quer algo para beber...ou comer alguma coisa ?? - Christopher ?? O que ele tá fazendo aqui.
- Eu devo tá muito louca mesmo, tô começando a ver coisa...- Enfiei a minha cabeça no travesseiro tentando voltar a dormir.
- Eu acabei chegando mais cedo, tinha pensado em fazer uma surpresa para você...mas foi você quem fez na realidade, Izabelle...você falou comigo a pelo menos três horas, não lembra disso ??
- Não...parece que eu tive um apagão...depois.. merda, não foi um pesadelo. - Eu queria gritar quando a realidade bateu na porta.
- Que falar sobre isso ?? Ou prefere dormir mas um pouco. - Eu senti falta desse homem, é como sentir.
- Depois, eu ainda tô tentando lidar com tudo isso... é...trocou a minha roupa ?? - Percebi que só está com um blusão e de calcinha, ele não perdeu a oportunidade.
- Sim, achei que ficaria mais confortável..não é como se eu nunca tivesse visto você nua, na verdade eu já vi muito do seu corpo..- Safado, sem vergonha !!.
- Eu acabei de adicionar mas um trauma a minha lista é você só pensa naquilo né !! Isso seria a sua rotina chegando ?? - Minha voz saiu um tanto rouca, droga elevar a minha voz mas cedo não foi uma boa ideia.
- Não...ainda temos alguns dias, os sinais apareceram hoje...
- Ótimo, então temos que poupar energia...eu principalmente.
- Não negue, você adora quando estou em você...a cada gemido seu é um incentivo para mim. - Esse filho da mãe, ele sabe como me provocar.
- Descobri que meu pai está em São Paulo... é a minha mãe não me abandonou como eu pensei a vida inteira..- Quando me dei conta já tinha falado, eu precisava falar sobre isso..mas tarde a gente matar a saudade.
- Ótima maneira de quebrar o clima. - Ele se sentou, passando as mãos pelo cabelo.
- Eu gosto de ver você sofrer um pouquinho Christopher Cross. - Admitir.
- Heitor Burnand, eu já ouvi esse nome em algum lugar...- Ele olhou para alguns papéis em cima da cômoda.
- Você leu ?? - Perguntei.
- Não...Paulo as trouxe para mim, foi um relance...mas foi o nome que mais me chamou atenção.
- Não tem problema, na verdade seria bom ler...você iria ficar sabendo de qualquer maneira...mas porque esse nome chamou atenção ??
- Porque... porque Victor Bastos já falou sobre ele, eu posso ter ouvido uma conversa dele com o meu pai.
- Que coisa feia, Christopher.. ouvindo as conversas dos outros..perai...disse que foi o cara esquisito ??!
- Sim, Izabelle..o Victor Bastos e eu já disse para não chamá-lo assim. - Ele suspirou.
- Eu sabia !! Eu sabia que tinha algo de errado com esse cara.. principalmente o jeito que ele me olhava...puta merda, eu não tava louca.
- Do que você está falando ??
- É claro que o meu "pai" me encontrou, afinal o esquisito deve ter falado de mim para ele...ele tava espionando a gente !!
- Você é louca...Aii - Dei um tapa em seu braço, tá pegando muita liberdade já.
- Nem doeu, deixa de ser dramático e eu não sou louca...esse cara deve ser algum informante isso sim.
- Ou eles devem ser amigos... é você deve estar com sono..para ter essas idéias malucas.
- Tem razão...eles devem ser amigos, é por isso que ele tava bancando o espião...porra, minha vida tá igual a uma novela mexicana. - E puxei ele de volta para a cama. - Será que posso mudar meu sobrenome ?? Tirar o Dantas ? - Perguntei já deitada no peito dele.
- Podemos tentar...Izabelle Burnand Cross, é um bom nome. - Aqueles mãos eram ótimas formas de conforto, em um vai e vem nas minhas costas.
- Não...eu pensei em deixar só o da minha mãe, sei lá...eu nem conheço ele.
- Pequena, eu devo desculpas a você...
- Pelo que ?? Vai me dizer que fez alguma merda em Londres ou...bem, eu já sei que Leah vai trabalhar na empresa no setor de marketing.
- Eu não fiz nada...eu disse que ia resolver essa situação com o seu pai, mas a viagem para Londres não ajudou... é em relação a Leah trabalhando lá, James informou hoje pela manhã... é não, eu não gostei disso.
- Tá bom..não tem problema, isso é problema meu, mas só não gosto da ideia de conhecer alguém que passou dezoito anos longe é simplesmente volta querendo bancar o papai. - Pensar na cascavel trabalhando com eles, pode esperar.
- Quando faz você ter um ataque de ansiedade começar a ser meu problema também, não precisa lidar com tudo isso sozinha...eu ainda estou aqui para você. - Me aproximando mas dele, sentir suas mãos segurando minha cintura.
Eu olhava naqueles olhos azuis que via somente a verdade neles, o meu coração batia loucamente no meu peito enquanto um beijo se aprofundava, transmitindo desejo e saudade.
Naquela noite, enquanto Chris me segurava em seu sono profundo, eu segurava as lágrimas... talvez fosse o choque, a ficha caindo ou simplesmente a negação indo embora, mas ele não precisava me ver perdendo o controle de novo..não agora.