A Outra Face do Medo

By JeferssonC

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Mary é uma psicóloga recém formada nos Estados unidos e recebe um convite para trabalhar em um hospital psiqu... More

Dedicatoria
Prefácio
Capitulo 1
Capitulo 2
Capitulo 3
Capitulo 4
Capitulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
AGRADECIMENTO
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Atenção
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
COMUNICADO IMPORTANTE!
Aviso!
Capítulo 18
Nota de Esclarecimento
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
ESTAMOS VOLTANDO!!!
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
CAPITULO 25

Capítulo 17

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By JeferssonC

NOTA: Olá meus amados leitores. Comuniquei a alguns dias em uma nota, que voltaria a postar depois do meu aniversario e depois das provas na faculdade (07/06), no entanto, não pude resistir tanto carinho. Mesmo sem atualizar a história, consegui alcançar a marca de 3 mil leituras; sendo que mil leituras aconteceram em menos de 15 dias, e agora estamos quase na marca de 3,5 mil leituras. Por esse motivo, colimado com uma folga nos estudos, escrevi um capitulo para vocês... Espero que gostem!!! Abraços, beijos e boa leitura!!! Adoro cada um de vocês!!!


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Mary já estava enfadada do trabalho que fazia, não gostava de pegar a atividade começada por outra pessoa, porém, era ordem de David. Sentada na sala de psiquiatria, que Santiago insistia em falar que lhe pertencia, ela preenchia alguns formulários, pensando em tudo que já aconteceu no Hellingly; sua relação com Santiago e sua vida conturbada com seus pais.

A psicóloga estava tão perdida com sua vida, que em seu interior implorava a ajuda de um outro psicólogo. Naquela altura, Mary começava a repensar suas escolhas, ainda era nova e não estava nenhum pouco satisfeita com sua escolha pela psicologia e repensava tudo o que fez, tendo em mente um forte desejo de voltar para os Estados Unidos , talvez para graduar-se em um outro curso ou apenas abrir um consultório particular e tentar fazer a vida no lugar onde nasceu e de onde nunca deveria ter saído. Apesar de tantos questionamentos, sua cabeça ainda estava preocupada com o satânico Santiago, que apesar de toda a explicação do psiquiatra sobre as vestes negras na sala de David, ela não conseguia imaginar que o presidente seria o demoníaco, sacrificador de animal. Entretanto, ficava ainda mais confusa, pois apesar sempre Santiago com veemência, tinha em seu subconsciente que o rapaz não tinha muita coisa, em várias coisas da qual foi acusado.

Enquanto escrevia algumas recomendações aos enfermeiros que tomavam conta dos pacientes, Mary começou a relembrar a última vez no Prato de Arroz... Relembrou do prato que pediram para comer; de Santiago com sua garrafa d'água, e do misterioso ser realizando sacrifícios próximo a escola. Lembrou-se que quando voltou às dependências do restaurante, que Santiago estava no banheiro quando saiu para ver o suposto vulto e quando voltou Santiago estava a sua procura.

Os pensamentos de Mary a sufocavam. Enquanto isso, Santiago voltava para o Hospital, com Dooham ao seu lado, no entanto, nenhum, nem outro, falavam alguma coisa. Permaneciam de caras fechadas; Santiago segurando firme no volante olhava fixamente para frente, enquanto o carona permanecia com os braços cruzados também olhando fixamente para frente.

O tempo passava, o sol voltava a aparecer... Em pouco tempo já estariam na pequena cidade de East Sussex.

- Então você é o Dooham? - Indagou Santiago, dando fim ao silêncio sepulcral.

- Sim. Sou Dooham! Mas porque tal indagação? - Perguntou James desconfiado com a pergunta.

- Apenas curiosidade... Para quebrar o gelo! - Respondeu rindo Santiago. - Desculpe-me pela ignorância e pela minha mediocridade; sou psiquiatra de formação, porém no hospital virei motorista, ou melhor, chofer. Tive que parar meu trabalho como médico, para realizar o meu bico de "taxista", onde me disseram que teria que pegar um outro psiquiatra! Que merda! Tive que deixar de atender meus pacientes, para vir buscar alguém que vai tomar meu trabalho como psiquiatra! Se tudo isso não fosse o suficiente, encontro o suposto psiquiatra no meio da estrada... Urinando!Urinando! No meio da estrada U-RI-NAN-DOO! - Gritava Santiago batendo a cabeça no volante!

- Você é engraçado motorista! - Disse Dooham em tom irônico. - Desculpe pelo motorista. Mas porque disse suposto psiquiatra? - James Dooham parecia incomodado com as palavras de Santiago.

- Sim, suposto psiquiatra, você não ouviu errado não! - Respondeu Santiago olhando com raiva para Dooham. - Algumas coisas me permitem levantar a sua qualificação profissional meu jovem.

- E quais seriam essas coisas motorista?

- Percebo que tem um senso de humor muito evoluído e gosto disso. Falando no que realmente interessa, não vi nada sobre você no hospital; não existe nada, nada sobre você! Você estava no meio da estrada, muito estranho, um médico ficar esperando a carona no meio da estrada, ainda mais naquela região de Blackpool. E uma ultima constatação: Você não tem aparência nenhuma de médico, me desculpe, mas parece muito mais um policial, militar, do que um psiquiatra.

- Como previ você é daquelas pessoas que gostam de dar opiniões sem nenhum fundamento, sem nenhuma prova, além de ter um preconceito com a aparência, julgando assim as pessoas de acordo com ela, a aparência. - Retrucou Dooham cruzando novamente o braço e mirou novamente para frente.

Santiago nada falou, voltou a prestar atenção na pista, até que seu celular tocou.

- Pronto! - Falou Santiago atendendo ao telefone móvel.

- Já esta voltando Santiago? - Indagou a voz.

- Sim, senhor; Doutor David. Já estamos voltando, creio que dentro de no máximo uma hora estaremos em East Sussex.

- Magnífico! Quando chegar, não venha para o hospital. - Ordenou David.

- Como é? Não é para ir ao hospital? Por qual motivo doutor?

- Nada em especial. Não questione, apenas faça o que eu mandar.

- E onde devo ir?

- Vá para o Prato de Arroz. Assim que chegar, me ligue que irei ao encontro de vocês.

- Tudo bem doutor.

- Perfeito! - Disse David desligando o celular.

Assim que desligou, David desceu do carro, ele estava fora de East Sussex, porém, nas intermediações da cidade. O lugar era um pouco diferente, porém habitável, algumas casinhas simples espalhadas pelo terreno meio deformado, o sol ardente e entre algumas árvores uma construção de porte médio chamava a atenção, um prédio de três andares, com a pintura um tanto quanto desbotada, a grande porta de entrada feita de madeira um pouco envelhecida, as janelas eram velhas, porém com apenas algumas pequenas trincas; no alto do prédio, uma placa identificava o local: "Forensic Institute - Peter Murry".

Aquele Instituto Médico Legal foi batizado em homenagem ao pai de David, o senhor doutor Peter Murry, dono do hospital, morto misteriosamente em um dos quartos do grandioso Hellingly. Desde a criação do IML, Peter nunca pisara no local, mesmo quando era preciso ir até o Instituto, David mandava algum funcionário do hospital resolver as coisas. Ninguém sabia ao certo porque o médico não gostava de ir até lá, talvez por sempre criticar o trabalho dos legistas ou apenas tentava evitar lembrar-se da barbaridade que aconteceu com Peter.

David adentrou o IML; na recepção havia apenas uma adorável moça de nome Elisa, tinha os cabelos ruivos, não era muito magra; seus olhos eram claros e tinha uma voz doce:

- Olá doutor David, tudo bem com o senhor?

- Sim Elisa, tudo bem e com a senhorita?

- Pode me chamar de você doutor David. Eu estou bem. Posso ajudar em alguma coisa senhor? - Perguntou a moça olhando para o médico.

- Vim apenas fazer uma visita. Esse local leva o nome do meu pai, porém, nunca vim aqui, nem na inauguração.

- Realmente acho que é difícil para o senhor vir aqui, não é mesmo doutor?

- Hoje não mais, porém, antes era complicado vir até aqui.

- Fique a vontade doutor. Se quiser o nosso legista está lá no ultimo andar.

- O legista? - Perguntou David pensativo, já emendando outra pergunta. - Seria o Jerry?

- Sim doutor! O nosso legista é o senhor Jerry, o conhece?

- Sim, estudamos juntos em Londres. Quando vim para East Sussex para trabalhar no Hellingly, convidei o doutor Jerry para trabalhar com a gente, ele ficou alguns meses e depois foi chamado para tomar conta do Instituto, antes do doutor Peter falecer. Tenho uma amizade muito bonita com o doutor Jerry.

- Fico contente em saber doutor David. Fique a vontade, caso suba para conversar com seu amigo, poderia lhe avisar que estou indo resolver os problemas que surgiram?

- Fique tranquila Elisa, eu o aviso sim. Vá em paz! - Respondeu David dando as costas para Elisa, dirigindo-se para o elevador.

Após alguns segundos, resistindo à força da gravidade, o elevador parou no terceiro andar. David saiu de seu interior, fechou o botão do meio de seu blazer cinza; passou a mão de leve no cabelo, tentando ajeitar seu topete e começou a caminhar rapidamente com as mãos no bolso pelo corredor pouco iluminado do necrotério. O médico passava olhando no interior de cada sala, porém, não via ninguém. Até que a ultima sala, com a porta fechada, bem na frente de David, chamou a sua atenção. Retirou um lenço do bolso, envolveu a maçaneta e vagarosamente abriu a porta.

Dentro da sala havia três macas metálicas, ambas com corpos cobertos por lençóis brancos ensanguentados, em um canto da sala, um grande freezer guardava mais dois corpos. David entrou sem fazer barulho algum, olhou e não encontrou Jerry, após uma rápida olhada, encontrou uma outra porta entreaberta que dava acesso a uma outra fala anexa a principal. Nessa sala, Jerry estava realizando uma autópsia; estava de costas para a porta, usava fones de ouvido no volume máximo, não permitindo que ouvisse qualquer coisa.

David entrou lentamente na sala, enfiou a mão no bolso, pegou o lenço novamente e empunhou um bisturi que estava no bolso da calça, aproximou-se de Jerry; puxou-o pelo braço e assim que o legista virou-se David passou o bisturi com muita força em seu pescoço. Jerry caiu na hora, enquanto de seu pescoço o sangue jorrava.

- Meu adorável amigo Jerry. Estava com muita saudade de você. - Disse David, sentando na beira da maca onde o corpo estava sendo analisado por Jerry, enquanto olhava para o corpo do médico no chão embebedado no próprio sangue. - Muita saudade não meu amigo; eu estava morrendo de saudades de você doutor. - Continuou David rindo.

Após alguns instantes em silêncio, David continuou:

- Que mal humorado é você Jerry, nem para responder o seu amigo. Mas já que não quer falar, eu falo! - David levantou-se da maca e sentou-se no chão, próximo ao corpo do legista. Assim que se sentou confortavelmente, abriu os olhos do cadáver. - Olhe para mim meu amigo. Eu fiz isso para seu bem, realmente. Você achou que iria me enganar, porém, ninguém me engana Jerry, nem você, nem Santiago, nem aquela delicia da Mary. Ninguém me engana! Fiquei sabendo que você andou trocando mensagens com o Santiago a algum tempo atrás. Ai lhe perguntou, porque fizestes isso? Amizadinha secreta com o Santi? Isso não se faz Jerry! Isso não se faz seu idiota! Seu podre! - Gritou David socando a barrica do defunto. - Você fica enfiando coisas na cabeça daquele imbecil do Santiago, ele acredita em tudo! Como pode você dizer que aquele paciente foi assassinado? - Indagou David apontando para a maca que por coincidência estava o corpo do ultimo paciente que apareceu morto no hospital. - Qualquer imbecil sabe que esse paciente era mais louco que qualquer pessoa do Hellingly e ai o Santiago lhe manda algumas fotos e você diz que ele foi assassinado? Não admito seu boçal, que você diga que dentro do MEU, DENTRO DO MEU HOSPITAL, VOCÊ OUVIU ISSO? DENTRO DO MEU HOSPITAL! NÃO ADMITO QUE VOCÊ DIGA QUE LÁ DENTRO TEM UM ASSASSINO!!! Espero que tenha entendido o recado. E mais uma coisa, evite em conversar com o Santiago meu amigo Jerry. - David levantou-se, pegou o bisturi e colocou na mão de Jerry; guardando no bolso o bisturi que o legista usava. - Porém é uma pena, tão jovem e se matou por coisa boba.

David permaneceu olhando o cadáver de Jerry; fechou seus olhos, levantou-se e seguiu para o elevador, como nada tivesse acontecido. Assim que chegou na porta do elevador sentiu seu celular vibrar.

- Diga! - Disse David.

- Chegamos ao Prato de Arroz doutor David.

- Me espere. Chegarei em poucos minutos ai Santiago. Poderia ir pedindo a refeição. - Disse David desligando.

Santiago guardou o celular e olhou para Dooham.

- O doutor já esta a caminho. Enquanto isso vamos pedir a refeição.

- Fique a vontade para escolher Santiago.

- Garçom, aquele pato com melado, por favor.


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