Nativa - ShortFic

By princesstrikru

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Uma pequena estória sobre o encontro de Lauren, voluntária de uma ONG, e Camila Aram, Índigena não civilizada. More

Notas Iniciais
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 5

Capítulo 4

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By princesstrikru

Ao entrar na oca coloquei meus eletrônicos pra carregar na bateria portátil e deitei na rede, Camila está preparando a refeição com os outros, por isso resolvi aproveitar pra dormir, afinal ela nunca perde a chance de me acordar cedo. Depois do acontecimento no rio, eu estou fugindo de Camila, simplesmente não fico com ela sozinha, eu sou fraca, confesso, então eu vou fazer o que está ao meu alcance, e estou obtendo sucesso, faz uns dois dias que não caio em suas tentações. Entrei em uma chamada com Oliver, e aquilo minou meus planos de dormir, porque ele não parava de tagarelar, ao fundo eu estranhei a aldeia silenciosa, afinal são sempre muitos barulhentos, mas não levantei pra averiguar o que era.

— Ei. - Virei na rede ao ouvir o chamado. — Trouxe frutas pra você. - Ergueu a tigela.

Me despedi de Oliver e sentei na rede.

— Obrigada, mas não precisava trazer, vamos comer lá fora. - Tentei me levantar, mas ela me empurrou pra rede de novo.

— Não tem ninguém lá fora, os homens foram caçar e as mulheres estão no rio, só estamos eu e você. 

É hoje.

— Por que não me avisou? Pra irmos junto.

Ela me empurrou novamente, me fazendo deitar, com isso ela sentou sobre meu quadril, estou de calça jeans e camiseta, ela está… pelada, pois é, e sentada em mim.

— Porque eu não queria ir. - Pegou um pedaço de fruta cortado da tigela e trouxe até minha boca. — Não aguentava mais suas fugas e iandê sem querer ficar sozinha com Camila.

— Você sabe o motivo. 

Ela deu de ombros e continuou trazendo as frutas até minha boca, passei olhos pelo seu corpo e aquilo causou uma pontada em meu sexo, eu nunca encaro a nudez dos índigenas como algo sexual, porque não é, mas no caso de Camila, que fica a todo instante me provocando, eu não consigo mais desfazer a sua imagem erótica da mente, e ela sabe o que me causa, prova disso é seu quadril se movimentando lentamente, de uma forma quase imperceptível ela está esfregando o sexo em meu jeans, na altura do meu sexo, apoei as mãos em suas coxas, ela não parou de trazer frutas até minha boca, fez isso apenas quando acabou, então ela se inclinou e colocou a tigela no chão. 

— Camila teve um sonho com você. - Voltou a se sentar, pegou minha mão e levou até seu sexo. — Quer saber o que foi? - Movimentou o quadril pra se esfregar em minha mão. 

— Conte.

Ela sorriu e se movimentou de novo, dessa vez um pequeno gemido escapou de sua garganta. 

— Eu estava no rio sozinha, ai… - Fez uma pausa e movimentou o quadril de novo. 

— Para com isso, garota. - Segurei seu quadril no lugar. — Você estava no rio sozinha e o que mais?

— Você chegava, nadava até Camila, olhava bem no fundo dos meus olhos e dizia que eu nunca ia esquecer aquele dia, ai me beijava e fazia sexo comigo. 

— Ainda bem que era um sonho. - Falei e ela riu.

— Que pode se tornar realidade. 

— Mas não vai. - Puxei minha mão. 

Deus, eu preciso me afastar dela, falta tão pouco pra me deixarem ir embora.

Camila se inclinou sobre mim, segurou minha mão e levou até minha boca.

— Lambe. - Mandou.

Coloquei a lingua pra fora e deslizei em meus dedos, ela assistiu a tudo em silêncio, até que ela também lambeu meus dedos, nesse gesto nossas línguas encostaram uma na outra, pensei em recuar, mas não consegui, repeti o movimento e ela também, minha boca implora pra chupar sua língua, e foi com essa vontade que eu tirei a mão da frente do meu rosto, minha respiração descompassou, ela sorriu e se aproximou mais, e como se tudo tivesse sido arquitetado, colocamos a língua pra fora ao mesmo tempo e encostamos as mesma, aquilo me fez segurar em sua cintura, ela círculou a língua na minha, me fazendo fincar um pouco das unhas em sua pele, e sem conseguir mais resistir, eu firmei uma mão em sua nuca e a puxei para um beijo, Camila colocou as duas mãos em meu rosto, como em um impedimento para caso eu tente fugir, mal sabe ela que agora é tarde, a puxei o máximo possível contra o meu corpo, nossas línguas deslizando continuamente uma contra a outra, inclinei um pouco a cabeça para o lado, em uma tentativa de aprofundar mais o beijo, deslizei os lábios pelo seu queixo, deixando um beijo molhado e logo voltei para a boca, minha mão saiu de sua cintura e deslizou até a bunda, quando ela sentiu eu apertando deixou um sorriso escapar, cravei as unhas na pele lisinha deo local e desci arranhando, ela gemeu em minha boca e aquilo fez meu tesão aumentar. 

— Tira essa roupa. - Pediu afastando um pouco a boca da minha. — Incomoda.

— Me ajude. - Falei puxando a camiseta pra cima. 

Ela sentou e tirou minha calça, jogou a mesma para fora da rede e voltou a deitar sobre meu corpo, aquilo me fez ir no céu, mas ao chegar lá me jogaram de volta pra terra; ainda bem.

— Camila disse que consegue tudo que deseja. - Se gabou beijando meu pescoço. 

Coloquei uma mão no cabelo dela e puxei, para que olhasse para o meu rosto.

— Ainda vai deixar eu foder você? Porque sua boceta quentinha esfregando na minha coxa tá me fazendo delirar.

— Tá gostoso? - Assenti e ela movimentou o quadril se esfregando mais em mim. — Eu deixo você fazer se me prometer que vai ser bom.

— Você ainda tem dúvidas? - Passei as mãos pela lateral do seu corpo. — Eu vou…

A voz de Anzu chamando por Camila me fez se calar e ela pular de cima de mim, ela pulou tão rápido que caiu no chão, mas tão rápido quanto caiu ela se levantou e correu pra fora, mal tive tempo de processar o que aconteceu, fiquei estática dentro da rede, olhei minhas roupas no chão, e as vozes de Anzu e Camila se distanciando, soltei o ar dos pulmões e me deixei rir, é isso que chamam de livramento de Deus? Ou se encaixa melhor em um castigo divino? Não sei, só sei que essa menina conseguiria me convencer a ativar uma bomba nuclear se quisesse… e se eu soubesse fazer isso. Virei na rede e tentei afastar meus pensamentos pra dormir, mesmo que o tesão esteja me consumindo por dentro. 

*****

Já era noite quando acordei, as vozes alta do lado de fora me trouxeram a certeza que já estão todos de volta na aldeia, coloquei minhas roupas e sai da oca, como algumas noites atrás todos estão pintados e fazendo fogueira, procurei Camila com os olhos, ela está de costas pra mim, conversando com um rapaz e uma moça, acredito que a moça falou alguma coisa, pois Camila olhou por cima dos ombros, e sorriu ao me ver, senti o desespero se instalar quando ela veio em minha direção. 

— Iandê sempre dorme muito? - Deixou um beijo no meu rosto, pegando o cantinho da minha boca.

— Quando ninguém me acorda, sim, eu durmo. 

Ela riu e segurou minha mão, me puxando pra perto dos outros, ela está com adereços ao corpo novamente, o que me fez agradecer mentalmente, se bem que eles não escondem muita coisa, quando ela se abaixa fica tudo exposto. 

— Hoje você vai prestar atenção na história de Jaci e Naiá.

— E se eu não prestar?

— Eu te acerto uma flecha pra parar de ser abaité.

Fiquei tentada a provocar mais, mas não fiz isso porque ela pegou uma das comidas e empurrou dentro da minha boca.

A criança que eu sei se chamar Kauan, correu e se jogou contra minhas pernas, assim como ele faz com Camila, me inclinei e paguei o menino nos braços, ele falou alguma coisa, então olhei pra Camila em busca de tradução. 

— Ele disse que você é bonita.

— Diga que ele é mais.

Ela olhou para o menino, e diferente do que eu esperava, o sorriso dele se desfez, os pequenos olhinhos pretos encheram de lágrimas e Camila gargalhou. 

— O que você falou?

— Que você tinha dito que ele é feio.

Bufei.

— Camila! Corrija isso agora!

Olhei para o menino e balancei a cabeça em negação, em uma tentativa de dizer que era mentira, mas ele só parou de chorar quando Camila falou com ele, então ele olhou pra mim, sequei as lágrimas do seu rosto e ele falou novamente. 

— Ele disse pra você me beijar de novo, olha que espertinho.

— Você é uma péssima tradutora, Camila, não transmite confiança. 

— Foi uma tentativa. - Deu de ombros sem tirar o sorriso do rosto. — Na verdade ele pediu mais daquela coisa que você deu pra ele.

Sorri e olhei pra ele, deixei Camila sozinha e fui com Kauan buscar o chocolate, e claro ela ficou reclamando, mas não demorei a voltar, soltei Kauan e ele saiu correndo outra vez.

De todos os instrumentos musicais indígena eu acho a flauta o que mais produz um som agradável aos meus ouvidos, e foi com a melodia dela que se deu início a mais uma noite de contos. 

— Presta atenção. - Camila falou próximo ao meu ouvido. 

— Se você falar um pouco mais distante eu vou conseguir me concentrar em algo além de você. 

— Assim tá bom? - Veio pra mais perto de mim, sem tirar o sorriso do rosto.

— Você não tem jeito. - Neguei com a cabeça. — Agora traduza o que eles estão dizendo porque desse jeito eu não vou entender nem com toda concentração do mundo.

— Certo. - Assumiu uma postura mais séria, mas sem perder o sorriso. — Naiá era uma jovem muito bonita, sua beleza encantava a todos da tribo, mas ela não se encantava com ninguém, ela era fascinada apenas por uma coisa… Jaci. - Olhou em meus olhos. — A lua, nossa deusa guardiã da noite. - Explicou antes de continuar a história. — Certo dia Naiá ouviu que Jaci, escolhia as jovens mais bonitas de cada tribo para transformá-las em estrelas. - Apontou o céu, e automaticamente ergui a cabeça, é noite de lua cheia, e daqui fica perfeitamente visível as inúmeras estrelas que pintam o céu, um verdadeiro espetáculo. — E dessa forma elas passariam toda a eternidade dançando com Jaci durante as noites, com isso Naiá ficou desesperada, ela precisava que aquilo acontecesse com ela, todos os dias ela sonhava com o momento que iria se transformar em estrela, assim ela decidiu que todas as noites iria sair da tribo e ir até o rio, e ela ficaria lá, contemplando Jaci, esperando que a deusa puxasse ela para o céu. - Ela fez uma pausa e passou a ponta da língua em minha orelha, meu corpo deu uma leve estremecida, olhei em volta, não estão prestando atenção na gente, os dignos de atenção no momento estão sendo os contadores de histórias.

— Camila, não faz isso. - Passei a mão pra trás do corpo dela e deslizei as unhas em suas costas, de uma forma não muito brusca pra não chamar atenção dos outros. — Vou ficar com tesão. 

— Xii, não fala, presta atenção na história. - Mordeu a ponta da minha orelha, eu ia reclamar, mas ela voltou a história. — O problema é que Naiá foi ficando fascinada até demais, ela parou de comer, não fazia mais nada, só pensava em ser transformada em estrela, então uma noite, ela foi novamente ao rio, e ela teve um susto, ela nunca tinha visto Jaci tão grande, era noite de lua cheia, a imagem da lua refletiu no rio, e o reflexo tava lindo, gigante, Naiá não pensou duas vezes e pulou no reflexo de Jaci, achando que assim estaria nos braços da deusa que se banhava no rio, mas Naiá se afogou, ela estava fraca demais depois de tantos dias sem comer, então a deusa Jaci, soube de sua morte e se comoveu, Jaci então transformou Naiá em uma estrela, mas uma estrela diferente das outras, uma estrela das águas, e assim Naiá poderia dançar com a deusa todas as noites, assim nasceu a vitória-régia, e a flor dessa planta só desabrocha, só fica bonita mesmo, todas as noites, sob a luz da nossa deusa Jaci.

Olhei pra Camila quando ela terminou de contar a história, seus olhos estavam marejados, ela ainda sorri, mas seus olhos estão molhados, o que me fez querer abraçá-la, mas me contive em secar as lágrimas antes que caíssem. 

— Essa len… - Parei de falar ao perceber que ia me referir a uma história que claramente mexe com Camila como "lenda" então me corrigi. — Essa história é linda, Camila, triste, mas ainda assim o amor que Naiá sentiu por Jaci chega a ser lindo.

Ela assentiu e encostou a cabeça em meu ombro. 

— Agora entende porque eu disse que não queria virar uma estrela do rio? Você é Jaci, mas eu não quero ser Naiá. - Olhou pra mim. — Mas é possível não se encantar por uma deusa?

Senti uma rebuliço bem na minha barriga. 

— É, o fim de Naiá não é bom. - Sorri. — Mas tudo bem, eu posso ser Jaci e você Aram, o sol.

Ela riu e tirou a cabeça do meu ombro. 

— Você sabe que a lua e o sol já foram amantes? - Perguntou com graça. — E o fim também não é agradável. 

— Certo, essa história eu sei. - Assenti. — 

Eles ainda se amam, mas só podem se encontrar em decorrência de um eclipse.

— Sim. - Suspirou. — Mas não vamos entrar em outra história porque fico emotiva. - Se levantou. — Vou pegar comida.

Observei Camila se afastar, ela não foi em direção a mesa de aperitivos, ela foi para a oca, mas ainda assim resolvi esperar por ela ali. A lenda de Naiá e Jaci nos ensina que é importante ter sonhos e ter motivação para persegui-los, mas que há limites a serem considerados.

Camila não demorou muito a retornar, ela veio com Kauan nos braços e se sentou ao meu lado, percebi o apego dele a Camila, então ela me contou que a mãe do pequeno morreu durante o parto, e ela acabou exercendo essa função junto com algumas outras mulheres, mas a preferida dele é ela, justo, é a minha também. No fim da noite, depois de muitas músicas tocadas e histórias contadas, eu fui deitar, Camila foi fazer o mesmo, mas junto com Kauan. A forte dor nas costas devido a rede me fez preferir deitar na esteira no chão, que é duro igual pedra, mas melhor que nada, abri a galeria da câmera e fiquei deslizando entre as fotos, venho fazendo bastante, acho que nunca fui inserida tão fortemente na cultura indígena como nessa semana, até as comidas estou me adaptando, exceto acordar cedo, pra isso não tem jeito, ouvi passos dentro da oca então olhei por cima dos ombros, pois estou deitada de bruços, apoiada nos cotovelos pra ver a câmera.

É Camila.

— Perdeu o caminho da sua rede? - Brinquei. 

— Sim, e achei o caminho até uma deusa muito bonita. - Se abaixou para se deitar sobre minhas costas, o que me fez sorrir. — Posso ver essas fotos com você?

— Com certeza. - Olhei pra tela da câmera e apertei o botão pra ir passando para o lado.

— Eu nunca achei que a visita de um cari em  nossa tribo seria agradável. - Comentou. — Olhe essas fotos, até os companheiros que não costumam sorrir, estão sorrindo pra você fotografar. 

— Eu fico feliz que tenham gostado de mim, na maioria das vezes o contato com tribo não civilizada é hostil.

— O povo tem medo. - Apoiou o queixo em meu ombro. — Muitos cari quer fazer maldade com a gente, a alternativa é se proteger, ter medo, ser hostil.

— Eu entendo perfeitamente, e é compreensível, às vezes alguns cari me faz ser hostil também. 

Ela riu e mordeu meu ombro em represália. Voltei a passar as fotos, e o silêncio se fez presente, meu cérebro me levou a se concentrar no contato do corpo de Camila sobre o meu, seus seios em contato com minhas costas e seu sexo em minha bunda, estou vestida apenas com uma calça de tecido fino, a blusa eu tirei ao deitar devido o calor, senti a ponta dos dedos de Camila afastando meu cabelo para o lado, e não demorou pra ela encostar os lábios na minha nuca, ela inalou o ar algumas vezez, e então passou a beijar meu pescoço lentamente, ela deslizou a boca até chegar na pele do meu ombro, seus lábios não param de se mover ali, meu sexo já da indícios de excitação. 

— Continua passando as fotos, eu estou olhando. - Pediu.

Obriguei minha mente voltar a funcionar e continuei a apertar o pequeno botão que alterna entre as imagens, quase deixei a câmera cair quando ela mordeu minhas costas, suas mãos deslizando pela lateral do meu corpo.

— Como vou me concentrar em passar as fotos com você me beijando?

— Não sei, só faça. 

Balancei a cabeça e fiz o mandado, senti ela erguer um pouco o quadril e puxar minha calça pra baixo, ela foi deslizando a peça com a ajuda do corpo até me deixar sem nada.

— Alguém pode nos ver. - Falei em um fio de voz, sentindo ela beijar a parte posterior das minhas coxas.

Acho importante salientar que não temos portas aqui, no máximo uma esteira encostada, mas nada que permita que alguém não entre.

— Não vão. - Subiu mais um pouco, colocou a língua no fim da minha coluna e subiu lambendo até chegar em minha nuca. — Você disse mais cedo que gosta de sentir isso. - Percebi que com a ajuda de uma das mãos ela abriu seu sexo e o encaixou em minha bunda, delizando lentamente, me permitindo sentir que está molhada e quente.

A câmera caiu de minhas mãos, ainda bem que não foi de uma grande altura. 

— Deixa eu virar pra você fazer isso de uma forma melhor.

Ela não contestou, apoiou as mãos na esteira e ergueu o corpo, me permitindo virar, a mochila ficou em minha cabeça como travesseiro.

— Tem certeza que não vai aparecer ninguém?

— Tenho. 

— Ótimo, então faz assim. - Segurei em sua cintura pra ajudar a guiá-la pra posição correta. — Você vai esfregar a sua boceta na minha, quer fazer isso?

— Camila quer.

Abri mais minhas pernas e ajudei ela a se encaixar, um pequeno gemido me escapou quando o encaixe deu certo.

— Isso, garota, agora você rebola bem gostoso e só vai parar quando eu estiver toda molhada com seu gozo pra poder chupar você.

Os olhos dela brilharam, firmei uma mão em sua cintura e mostrei como ela deveria se movimentar, ela fez isso com extrema facilidade, deslizei a mão livre por seu abdômen até alcançar seu peito esquerdo, o qual apertei com força, ela soltou um gemido baixo e passou a se movimentar mais rápido.

— Isso é bom. - Apoiou as mãos em meu abdômen para conseguir mover o quadril mais rápido. — Muito bom.

Minha respiração está tão ofegante quanto a dela, a vontade de gemer alto é grande, mas o medo de ser ouvida é maior.

— Vem aqui, deixa eu chupar sua língua enquanto você faz isso.

Ela se inclinou, sem separar nossos sexos e me beijou, minhas mão foram pra bunda, em uma tentativa de ajudar nos movimentos, a textura da língua de Camila contra a minha me trazendo o desejo de chupar ainda mais, trazer ela pra dentro de mim.

— Lauren. - Camila chamou entre um pequeno gemido com a voz sussurrada. — Morde minha boca de novo.

Prendi o seu lábio inferior e puxei, segurei com força entre os dentes e enquanto eu puxava ela passou a gemer mais, com a mão ainda em sua bunda eu deixei um tapa ali, ela deu pulinho sobre meu corpo e sorriu, se movimentando mais rápido, bati outra vez, e ela conectou os olhos aos meus, a personificação da luxúria mora ali dentro. Outro tapa e então ela chegou ao orgasmo, me permitindo também liberar o meu. O corpo de Camila caiu sobre o meu.

— Sexo com mulher é bom. - Falou com o rosto vermelho e suado.

— Melhor do que com homens? - Ela mordeu o lábio inferior e desviou o olhar do meu, franzi o cenho sem entender. — Ih, pelo jeito não é.

Ela riu e colocou o rosto em meu pescoço. 

— Não é isso, esquece.

— Eu quero sab…

— Você disse que ia me chupar. - Me interrompeu e olhou para o meu rosto. — Desistiu?

Minha contestação fugiu da minha mente. 

— Não desisti não. - Tirei a mochila da cabeça. — Vem aqui, coloca na minha boca.

A cara de desejo e surpresa dela me fez sorrir. Ela saiu de cima do meu corpo e fez o que eu pedi, os joelhos ficaram apoiados no chão na lateral da minha cabeça, senti minha boca salivar ao ver seu sexo ali, tão próximo ao meu rosto, Camila apoiu as duas mãos na parede e olhou pra mim.

— Assim?

— É, mas antes quero ver você se abrindo pra mim. - Segurei a mão dela e levei até o seu sexo, com dois dedos ela afastou os lábios para os lados, fechei minhas pernas pra conter a fisgada que senti ali. 

— Você gosta de ver? - Perguntou e se abaixou um pouquinho, deslizando o sexo em minha boca. — Gosta de ver uma mulher abrindo a boceta pra você chupar?

Pane no sistema.

— Gos-gosto.

— Você é safada Lauren, muito safada. - Deslizou mais uma vez o sexo em minha boca. — Você disse que não ia ficar com Camila, e agora está mandando Camila abrir a boceta bem na sua cara.

Levei minha mão até meu sexo e comecei a me masturbar.

— Vai jogar na minha cara que eu não resisti? Você é uma delícia Camila, a nativa mais gostosa que eu já vi, e se você quer dar pra mim, não sou eu que vou resistir. - Passei a língua desde sua entrada até seu clitóris. — E eu…

Ela me fez se calar rebolando em minha boca, ela desliza lentamente em meus lábios, subi a mão livre pra sua bunda e a fiz se mover mais rápido.

— Porra… - Murmurei. — Seu gosto é ótimo. 

Ela não para de olhar pra mim, e também não para de morder o lábio inferior, a maldita já é sexy, fazendo isso piora. Com a língua eu penetrei em sua entrada, Camila soltou um gemido mais alto, que a fez colocar uma mão na boca, na intenção de abafar os próximos, ela parou os movimentos para que agora só eu faça isso, intensificando os movimentos de vai e vem em sua entrada, senti ela se contrair em minha língua, e aquilo me fez gozar, mas não parei até que ela também se derramasse em minha boca. Ela se afastou e deitou sobre mim, nossos corpos suados um contra o outro, ficamos em silêncio até nossas respirações regularizar. 

— Eu gostei de sentir sua língua aqui dentro de mim.

Sorri.

— Vai gostar mais ainda quando eu usar os dedos e te foder bem gostoso.

Ela tirou a cabeça do meu peito e me olhou.

— Foder é colocar os dedos aqui? - Assenti, ela se sentou em minhas pernas, olhou para o meu sexo e depois para o meu rosto. — Assim? - Aproveitou minhas pernas levemente abertas e me penetrou com um dedo, agradeci mentalmente por está lubrificada.

— É, assim mesmo. - Segurei a mão dela e a fiz movimentar. — Me fode um pouquinho pra você ver como é. - Ela sorriu e movimentou novamente o dedo. — Pode colocar dois, não machuca.

— Não mesmo?

— Não. 

Ela parece imersa em um mundo novo, e esta, não é? Ela nunca transou com uma mulher, então… 

Arqueei um pouco as costas ao sentir ela ir cada vez mais fundo, seu olhar não sai dos seus movimentos, me abri um pouco mais, e isso facilitou pra ela, coloquei uma mão na boca para conter meus gemidos, observei Camila se movimentar mais pra trás e se inclinar, e quando menos esperei sua boca estava em meu sexo, sem parar a penetração, puxei minha camiseta que estava ali do lado e coloquei na boca pra morder o tecido, ou eu vou acordar essa aldeia com meus gemidos exagerados. Desci uma mão até o cabelo de Camila e segurei ela com a boca em meu sexo, a obrigando a ficar ali para que eu pudesse me esfregar em sua boca, só permiti que ela se afastasse quando o orgasmo me atingiu. Com um sorriso estampado no rosto ela veio me beijar, me fazendo provar meu gosto em sua boca.

— Eu… - Puxei o ar. — Só preciso de um tempo pra respirar, mas vou fazer o mesmo em você, na verdade pior, quero te ouvir gemendo em meu ouvido, você vai fazer isso pra mim?

— Vou. - Colocou a boca em meu queixo e mordeu. — Camila vai gemer pra você ouvir.

Não respondi porque o choro alto de uma criança me fez ficar calada, Camila resmungou e se sentou.

— É Kauan. 

— Nããão. - Choraminguei. 

— Sim. - Se levantou. — Ele tem pesadelos no meio da noite, me espera que vou colocar ele pra dormir de novo e volto.

Não tive tempo de falar nada e ela saiu apressada.

Inferno!

Menos um ponto pra você, pequeno Kauan. 

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