Adhara: A Mui Antiga e Nobre...

By yourbluepeach

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A elite da sociedade bruxa nunca foi fácil, imagina para uma garota de uma família com duas recentes traições... More

[Personagens]
A fuga
Notícias correm como vento
Primeiro encontro
Conveniências
O show
Possibilidades
Narguiles
Contrato
Chocolate
A chave de portal
Baile de Natal
Feridos
Antro de traidores e outras imundices
O plano
A prova
Por favor...
Maldita ligação
Dor e família
Falsas lembranças
Volta a Hogwarts
Chocolates
Bartô Crouch Jr
Legimentes
Vocês não estavam brigados?
Senhora Black
Horcrux
Família de verdade?
Chá da tarde
Janeiro de 1979
Traidor
É a gravidez...

Uma garotona está vindo aí

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By yourbluepeach

    As desculpas para eu continuar na minha casa era que a gravidez podia ser de risco, então melhor ficar com alguém que pudesse me ajudar vinte e quatro horas por dia. Felizmente, a maioria da alta sociedade acreditou e não seria mais uma vergonha para os Black. Porém, por outro lado, a próxima reunião com o Lorde das Trevas seria aqui e hoje, eu veria Rabastan.

Eu fui me levantar e Regulus já quis ajudar, estava com olheiras graças a sua vida dupla, comensal e planejando algo contra Voldemort. A minha barriga não parava de crescer e mesmo a minha saúde ter melhorado, a minha mãe achava que Leta nasceria no próximo mês de oito meses no máximo.

- Acho que alguém já chegou... - Sussurrou Reggie olhando pela porta. - Vou conferir para você poder descer.

- Não precisa, Reggie, eu vou junto.

- Mas...

- Xiu, deixa eu descer.

Ele morria de medo de alguém me machucar, achava muito fofo de sua parte. Ultimamente, até mesmo faltava suas aulas para ficar comigo e não me deixar sem ser protegida. O meu alívio era quando Pandora aparecia e tirava a tensão no ar, ela sempre conseguia aliviar qualquer clima.

- Adhara? - Dei de cara com o meu marido, ele me encarava sem piscar.

- Oi, Rabastan. - Murmurei e senti Regulus apertando a minha mão, estava nervoso por mim. - Veio cedo para a reunião, apenas começará daqui meia hora.

- Eu quero conversar com você, antes, por isso.

- Não, ela não vai. - Regulus disse com raiva entrando na minha frente. - Agora que a Boneca está finalmente se recuperando, você não vai colocar os seus dedos nojentos nela.

- Não deveria falar assim comigo, Black. - Disse em um tom de ameaça.

- Rabastan só quer conversar, Reggie. - Murmurei, passando-o. - É melhor nós irmos para a biblioteca, então.

- Adhara...

- Eu te chamo se acontecer alguma coisa, Reggie.

Eu caminhei na frente, apressando os meus passos para que ficássemos um pouco distante um do outro. Apesar de tudo, eu sentia saudade de Lestrange, era tão estranho sem ele, mesmo que bom. Eu sentei no divã, os meus pés não queriam muito colaborar nesse final de gravidez, e ele sentou ao meu lado.

- Volte para a casa, Adhara.

- O trato com a minha mãe foi até Leta nascer, Rabastan. - Falei firme sem olhar para ele.

- Eu não aguento mais ficar sem você! - Quase gritou batendo em sua coxa. - Você é a minha mulher, deveria ficar ao meu lado e não correr para debaixo da saia da sua mãe.

- Se eu estou aqui é por sua causa, unicamente. - Engoli em seco, sabia que podia vir uma explosão de raiva a qualquer momento.

- Você não entende, Adhara... tudo o que eu fiz até agora é para o nosso melhor! E ao invés de se sentir grata, foge de mim? Não sabe nem da metade das coisas que eu tenho que escutar de uns idiotas...

Ele apertava tanto sua mão em punho que dava para notar estar machucando. Segurei-o, tentando impedi-lo de fazer isso, estava com a unha manchada com seu próprio sangue. Rabastan estava mesmo abalado com tudo isso, só Merlin sabe o que ele sem o resto da mínima estabilidade poderia fazer.

- Mês que vem voltarei, Rabastan. - Afirmei e respirei fundo. - Está acabando este... logo estarei de volta ao seu lado.

Sorriu da sua forma mais verdadeira e menos aterrorizante possível, o que era raro. Segurou meu rosto, me deixando hesitante pelo que ele poderia fazer. Inesperadamente me beijou, acabei por corresponder sem perceber. Que merda o meu corpo estava pensando?

- Te amo mais do que tudo, Adhara. - Seus olhos brilhavam e pousaram em minha barriga. - Logo teremos nossa Leta e verá como tudo mudará. Depois teremos nosso Louis e...

- Calma, Rabastan. Eu sei que você quer um herdeiro e eu devo te dar, mas... temos guerra para lutar, não?

- Está pensando em lutar ao meu lado? - Parecia confuso. - Já te falei que não te permitirei em todas, você pode me ajudar de outro jeito.

- Se é o que você prefere...

- Eu não posso deixar ninguém colocar a mão em você, sabe muito bem que os malditos traidores podem te usar. Você é muito inocente e influenciável, Adhara, pode querer se juntar a eles.

- Eu só te peço uma coisa, Rabastan... - Sussurrei sem olhá-lo. - Sei que é difícil entender o meu lado, mas tente não raptar e torturar Sirius novamente, por favor.

- Não posso prometer algo disso, é a minha função.

- Mas não o Sirius em específico... eu tenho esperança de que ele volte para o nosso lado, a minha mãe teve uma visão disso. - Menti tentando parecer o mais convincente.

- Não acredito, aquele traidor não abriu a boca quando o interroguei.

- A minha mãe sempre acerta nas suas visões, pode demorar um pouco para ele acordar, mas estará ao nosso lado. Ele já nos ajudou a me vingar, depois do que Órion fez comigo, foi Sirius quem a ajudou.

- Pode ser um bom começo, mas mesmo assim não quero que você chegue perto dele.

- Tudo bem, não precisa falar duas vezes.

- Você está diferente, Adhara... - Disse passando a mão em meu rosto e levantando-o para me fazer encará-lo. - Não sei se isso é um bom sinal, torço para que seja, assim não preciso te disciplinar mais.

Tentei fazer um sorriso, mas só saiu uma repuxada. Eu estava com medo por mim, pela minha família e, agora, por Leta. Ela nem nasceu e Rabastan provavelmente já teria planos sobre torná-la igual a ele. Eu me levantei, apoiando um pouco na parede, talvez o nervosismo não tenha me feito muito bem.

- Precisa de ajuda?

- Eu só estou um pouco... - Segurei forte em seu pescoço, vendo tudo girar.

- Adhara! - Gritou e tentou dar tapas leves, que acabaram não sendo.

- QUE MERDA VOCÊ ESTÁ FAZENDO, RABASTAN? - A voz da minha prima parecia tão distante. - Boneca? Está me escutando.

Tentei assentir com a cabeça, mas piorou mais ainda. Notei meu irmão vindo também, mas apaguei totalmente.









- Eu vou levá-la ao médico, pode ir embora, Lestrange. - A voz da minha mãe era brava e autoritária. - A reunião com milorde já acabou, nem deveria estar aqui.

- Eu irei levá-la! Adhara é minha mulher, você já não tem mais nenhum direito sob ela, senhora Black.

Eu me levantei aos poucos, vendo um pouco turvo, parecia que minha visão não estava completamente boa. Rabastan praticamente aparatou ao meu lado de tão rápido, colocando a mão no meu rosto, como se soubesse alguma coisa de curar as pessoas, sendo totalmente ao contrário.

- Eu estou bem... só foi um desmaio.

- Não é normal, Adhara. Nós iremos até o hospital fazer um check-up rapidamente. - A minha mãe disse com um sorriso triste. - O final da gravidez pode ser o pior, às vezes, pode ser arriscado para você, além da criança.

- Eu te levo, Adhara. - Rabastan disse com firmeza, olhando a minha mãe. - Ninguém vai te fazer mal se eu estiver por perto.

- É claro, é você quem faz mal a minha filha!

- Sem brigas, por favor. - Regulus interrompeu. - Quem você quer que te leve, Boneca?

- Podem ser os dois, se insistem tanto.

Eu sabia que iria levar uma briga infinita se eu escolhesse a minha mãe, que era o que eu gostaria. Rabastan insistiu em me pegar no colo para que evitasse qualquer coisa e fomos pelo pó de flú diretamente ao hospital. Incrivelmente, atenderam no mesmo momento, não sei se é pela fama impaciente do meu marido ou da minha mãe ou ainda da minha prima.

Deitou-me na maca com todo cuidado, queria que fosse tão cuidadoso diariamente. A médica começou a conferir tudo que era possível, até que parou e saiu da sala. Provavelmente já sabia o que estava acontecendo, estava procurando uma poção ou algo do tipo para ajudar.

- Senhora Lestrange, o seu estado é um pouco grave. Sua pressão está muito alta e o seu problema com a visão é causado pela gravidez, logo sairá, mas tem que se manter longe de qualquer estresse. Quando digo isso, está proibida de ficar nervosa, pois pode ser fatal.

- Para o bebê?

- E para você. Eu sugeria para permanecer no hospital em observação, seria o mais prudente, qualquer coisa nós podíamos iniciar o parto prematuro.

- Rabastan? - Murmurei olhando-o, esperando a sua decisão.

- Ela vai ficar aqui, mas eu vou ficar também.

- Eu não permito!

- Senhora Black, é o que a Adhara quer.

Não, não era o que eu queria. Apenas descansei a minha cabeça para trás, tentando acalmar os meus pensamentos nervosos e com medo. Saíram para conversar e resolver a briga lá fora graças a médica, era até um alívio ficar em silêncio por um tempo. Parecia que eu tinha chegado a paz eterna, poderia ficar assim por alguns bons anos. A porta se abriu e me levantei, mas não era Rabastan, inesperadamente.

- Adhara?! - Emma quase gritou mas olhou ao redor. - Você está parecendo uma bolinha, coisinha mais fofa.

- O que você está fazendo aqui, Vanity? - Perguntei escapando o sorriso. - O seu rosto...

- São apenas alguns cortes, vão se curar logo. - Suspirou e se aproximou, desmanchando o meu cabelo. - Estou para uma missão, mas tive essa feliz coincidência, não? Como vai a minha garota? Estão te tratando bem?

- Fica tranquila, deve se preocupar com você. Não tem se arriscado muito, não é?

- Um pouco... mas é a minha função, não tem muito o que fazer além disso. Vou encontrar seu irmão mais velho hoje, quer que eu passe uma mensagem a ele?

- Não. - Engoli em seco, sabia que alguém poderia estar nos escutando. - Sabe o que eu queria? Que você conhecesse Leta assim que ela nascesse.

- Leta? Uma garotona está vindo aí, a Pandora vai ser a madrinha? - Assenti. - Ótima escolha, só cuidado para a sua filha ser influenciada para não ir a sonserina.

- Boba... - Revirei os olhos e sorria aliviada por uma conversa normal em tempos. - Se cuida, por favor.

- Estou tentando... pegaram a minha mãe, sabia? Mas estou rastreando, irei caçar se alguém fizer mal a ela.

- Se eu pudesse ajudar... mas só posso desejar boa sorte.

- É precioso vindo de um anjo como você. - Piscou para mim. - Tenho que ir, tem uma pessoa ali na porta nos observando e com vontade me socar, não quero te deixar viúva tão cedo.

- Até logo, Vanity.

- Bem logo, Black.

Rabastan a encarou até sair da sala e veio na minha direção, sentando ao meu lado. Conferia se a minha amiga tinha feito algo, idiota. Passou a mão na minha barriga com cuidado e me deu um beijo na bochecha com tanta força que pensei que ia furar.

- Não deveria manter amizades com aberrações, meu amor.

- Emma é minha amiga, já não tenho muito... ela realmente se importa comigo.

- Mas notei o jeito que ela te olhava e te chamou de minha "minha garota". Não sabe que você é minha e de mais ninguém?

- É só a forma carinhosa, mas se nos encontrarmos novamente, peço para que pare.

- Ótimo. Eu vou passar a noite no hospital para que evite qualquer um de entrar... precisa de alguma coisa?

- Apenas descansar. - Respondi escondendo uma careta.

Eu adormecia e acordava toda hora, era horrível, estava inquieta. Todas as vezes, Rabastan parecia pronto para fazer qualquer coisa, dividia seu olhar entre eu e a porta. Sabia que se alguém tentasse fazer algo contra mim, não teria chance, pelo menos isso era algo bom. Cansei de ficar dormindo por minutos e sentei na cama com cuidado, enquanto ele me encarava preocupado.

- Dorme, Rabastan, eu estou bem.

- Não e se estivesse bem não estaria em um hospital. Eu posso ficar até uma semana sem dormir, uma noite não é nada. - Disse ajeitando a sua postura. - Eu nem tenho conseguido dormir direito nos últimos tempo... sem você perto de mim.

- Pode te fazer mal.

- Preocupada, Adhara? - Riu baixinho. - Foi uma vantagem, eu pude adiantar muito dos meus trabalhos.

- Foi você..? - Sussurrei encarando-o quem sorriu.

- Foi, a auror Vanity é chata demais e quase nos descobriu, tive que dar um jeitinho.

- Você a matou? - Perguntei preocupada pela minha amiga.

- Ainda não, estou a torturando para conseguir tirar alguma coisa da mente dele. É muito difícil, por ser uma aberração, se cura rápido, pelo lado bom eu posso me divertir por mais tempo. Acho que ela foi a auror quem mais suportou até agora, é engraçado.

Respirei calmamente, não conseguia acreditar com sua tranquilidade e alegria em falar sobre tortura em uma pessoa inocente. Ela tinha falado umas coisas horríveis sobre mim, quando me aproximei de Emma, mas não algo para merecer o que estava passando.






DESCULPA A DEMORA, NÃO SEI COMO NGM ME MATOU KDJDJDKS

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