"Por um instante minha vida, se fez mais bonita, quando você chegou.
Lá onde as estrelas dormem, a gente tem sorte
De encontrar amor"
Sn é um personagem masculino nessa história.
Frenkie entrou na cozinha sendo seguido por Jagger, o cachorro de estimação do casal. Ele estava usando um moletom do Barcelona, calça de flanela e meias azul bebê com bolinhas brancas. O seu cabelo louro molhado, denunciando que tinha saído do banho a pouco tempo
- Buongiorno (bom dia). - disse Sn, com um sorriso iluminando seu rosto.
- Bom dia, amor, que cheiro gostoso. - suspirou, fazendo o outro rapaz sorrir, desligando o fogo e colocando bacon em um prato branco. Frenkie se aproximou, abraçando o namorado por trás, as mãos acariciando a barriga definida, deixando beijos em seu ombro nu e pescoço. Jagger latia para o casal, querendo atenção. - E eu não estou falando da comida.
Sn gargalhou, dando um tapa no braço do jogador do Barcelona, com sua face corada de vergonha.
- Idiota. - virou-se um pouco, dando um selinho nos lábios dele.
- Você me ama mesmo assim. - Frenkie se afastou dele sorrindo, indo pegar uma jarra de leite na geladeira e o iogurte que Sn tanto gostava.
- Sim, sem dúvidas. - o italiano passou a cortar vegetais, para fazer o omelete que o namorado costumava comer de manhã. - Pega uma cebola pra mim.
- Tudo bem. Você acordou cedo hoje, eu senti sua falta na cama.
- Desculpe, fui correr e levar o Jagger para passear também. Sua entrevista vai ser que horas?
- Em uma hora, dá tempo de tomar café da manhã com você. - respondeu, deixando a cebola em cima do balcão. - Quer que eu te ajude com alguma coisa, chefe Ss?
- Não, não, você é terrível na cozinha, com todo respeito. - brincou, recebendo um revirar de olhos do neerlandês, que sentou-se em um dos bancos alto da ilha da cozinha, brincando com Jagger. - Eu não sei como você sobrevive sem mim quando estou viajando.
- Delivery? Salomé? - indagou de forma retórica, pegando o celular e checando suas mensagens. - Por falar em viagem, você tem que ir quando?
- Dois dias, tenho o GP da Austrália, no próximo domingo.
- Não - arrastou a última letra, fazendo um biquinho muito foto. Frenkie era um grande bebê quando eles estavam a sós, era essa personalidade fofa e carente que ele guardava apenas para o namorado.- Queria poder ir também, ver você chegar em primeiro, a minha agenda está uma loucura, infelizmente.
- Eu entendo, baby, e você não sabe se vou ganhar mesmo.
- Lieve (querido), você é o melhor da fórmula um, todo mundo sabe disso.
Sn sorriu.
- Te amo, sabia?
Frenkie sorriu bobo.
- Te amo muito mais.
Quando o café da manhã ficou pronto, os dois sentaram-se para comer. Quando Sn estava fora, Salomé, a cozinheira ficava responsável pelas refeições do holandês, que realmente era péssimo nessa área. A mesma era dispensada por alguns dias quando o piloto, filho de um grande chefe de cozinha italiano com uma brasileira professora, voltava para casa. Sn amava cozinhar para Frenkie e tinha também a privacidade deles, o casal não era exatamente silencioso durantes suas demonstrações de amor e saudades.
Sn, o mais velho, observou em silêncio, enquanto o rapaz louro comia.
- O que foi? - indagou, Frenkie, limpando o canto da boca com o guardanapo.
- Você é lindo. Demais.
Ele ficou vermelho e Sn achou adorável.
- Para com isso.
- É verdade, não seja tão humilde.
- Você também é lindo. Muito. - disse, porque isso era verdade, Sn era o homem mais bonito e sexy que Frenkie já havia conhecido.
- Vai falar sobre o Catar?
- Provavelmente. - resmungou, tirando o sorriso do rosto do rosto.
- Frenkie, você ainda está mal com isso? Eu vou apoiar qualquer decisão sua, se você não quiser ir jogar lá, todo mundo vai entender.
- Não quero me enfiar em um armário de novo, entende? Isso é desconfortável pra caralho, não quero passar por tudo de novo. E o meu país, o meu povo, meu time, eles esperam algo de mim... E tem você, porra, não quero te decepcionar.
Ss se levantou, parando de pé ao lado da cadeira do namorado, tocando o ombro dele com carinho. Frenkie o puxou para sentar em seu colo, as mãos no quadril do rapaz, e o rosto de Sn enterrado no pescoço dele.
- Amore mio (meu amor), vai ficar tudo bem. É um inferno pra mim também ter que correr em países como esses. Sofri muito no começo da carreira e agora eles tem que me engolir. Esse é seu trabalho, sua carreira, seu sonho. Pense bem. Siga seu coração e eu vou apoiar.
- Obrigado, Sn. - ele falou beijando os lábios macios do mais velho. - Você é a melhor coisa que já me aconteceu.
- Você é minha pessoa favorita, agora é melhor preparar tudo para a entrevista. Vou manter o Jagger longe do escritório.
Ele beijou o louro.
- Obrigado.
Frenkie de Jong entrou no cômodo que usava para dar entrevista, necessidade que surgiu com a pandemia. E ele logo estava em contato com um repórter de um veículo midiático importante em toda a Europa.
- [...] como você analisa o desempenho da equipe do Barcelona ultimamente? E o seu desempenho pessoal?
- Nós temos feito nosso melhor, o que está ao nosso alcance, claro, essa não é a melhor fase do Barcelona, mas também não somos um desastre completo. Temos muito o que melhorar. Somos um grupo com muito potencial, mas não podemos ignorar as falhas.
- Estamos em ano de copa do mundo, e a Holanda se classificou, eu gostaria de saber como você se sente com isso?
- Fiz o meu melhor, é claro, sempre dou cem por cento de mim em campo, e está classificado com bons resultados é fruto de um árduo trabalho em equipe. Estou muito feliz por poder contribuir com a classificação da seleção do meu país, isso significa muito para mim.
- Ano passado você se assumiu como bissexual, como isso afetou sua carreira?
- Foi uma época bem difícil, felizmente eu recebi o incentivo dos meus colegas de time tanto do Barcelona, quanto da seleção Holandesa, as pessoas do meu país. É... sempre tem alguém para dizer que você é uma aberração. A gente sabe que existem torcedores extremamente machistas... homofóbicos. Mas eles não precisa dar palpite na minha sexualidade, minha vida pessoal não está aberta a análises, tudo que importa é o meu trabalho em campo.
- Você está em um relacionamento sério com o piloto da Ferrari, Sn Ss, desde Maio de 2020. Como vocês a história de vocês começou?
- Eu sempre gostei muito de fórmula 1, então já era fã do Sn antes mesmo de nos conhecermos pessoalmente. Encontrei ele pela primeira vez no GP de Mônaco em 2019, conversamos depois, jantamos no hotel, com meus amigos e o pessoal da equipe dele, e nos tornamos próximos. Saímos juntos algumas vezes e era totalmente diferente da minha relação com outros amigos próximos, entende? A gente tem uma conexão surreal. Ficamos pela primeira vez em Janeiro de 2020, no ano novo, logo em seguida passamos a quarentena juntos aqui na Espanha, porque o Sn ficou preso comigo e não pôde voltar para a Itália. Isso nós aproximou muito mais, chega a ser estanho não ter ele aqui as vezes.
- Quem pediu quem em namoro? Você ou ele?
- Ele. - Frenkie sorriu apaixonado. - Sn Ss é o último dos românticos.
- Frenkie, como um homem bissexual, em um relacionamento com um homem gay. O que você pensa da Copa do Mundo sendo sediada em um pais como o Catar?
- Eu acho preocupante. Esse é o maior evento esportivo do Futebol, alguns só pensam no quanto vão lucrar com isso. Mas deveria ter algum tipo de critério maior, para escolher a sede de um evento que recebe turistas de vários lugares do mundo.
- Você tem receio de ir jogar no Catar?
- Sim, é claro, eu realmente temo pela minha vida e integridade física. Eu me preocupo não só com minha segurança, mas com do meu namorado e de todas as pessoas LGBT'S. Fora que é um momento único na vida de um jogador, é difícil não poder expressar da forma que quero a minha felicidade, com meu namorado. E nem estou falando de beijou ou algo do tipo... tocar a mão... abraçar. É péssimo.
- Você anunciou recentemente em uma coletiva de impressa que vai sim jogar pelo seu país. O que te fez decidir isso? Como tem sido a reação das pessoas?
- Fui criticado duramente no Twitter por decidir ir jogar. Isso me deixou ainda mais triste, na verdade, porque eu não quero decepcionar as pessoas que me apoiaram tanto no ano passado. Recebi tantos comentários de ódio quando assumi que era bissexual e que tinha um namorado. O tabu sobre isso no futebol é algo muito grande. Levei um tempo para sair do armário e eu não vou voltar para ele de novo, acredite. Mas eles vão ter sim que receber um homem bi, e vão me ver em campo, jogando nos seus Estádios. Eu acho que isso diz muito também. O mesmo aconteceu com o Sn primeiro GP dele no Catar, eles não só tiveram que receber um homem assumidamente gay, como tiveram que lhe ver em primeiro lugar em um pódio, levantando uma taça.
- Falando em Fórmula 1, Sn segue na liderança pelo Mundial de Pilotos mais uma vez, nós teremos um casal de campeões mundiais esse ano?
Frenkie riu.
- Sn é incrível, eu tenho muito orgulho dele, acho que sou suspeito para falar, mas acredito que ele vai ser bicampeão esse ano, acredito muito nisso, para ser sincero. Já sobre a Copa do Mundo, estou esperançoso, o time é dedicado, esforçado, tem paixão pelo que faz, a gente tem um objetivo e vai atrás dele, é importante ter fé, então tudo é possível.
- [...] Frenkie, eu gostaria de agradecer pela entrevista e desejar muita sorte para você na copa do mundo, e para o Sn no GP da Austrália nesse domingo.
- Obrigado, foi um prazer. - ele sorriu, acenando. - Tchau, tchau.
Sn estava sentado no sofá, jogando video game, Jagger deitado do seu lado direito com um osso de brinquedo na boca (um presente da senhora Ss, mãe do italiano).
- Vai se foder, Leclerc, sou melhor nisso e você sabe. - Sn gargalhou, largando o controle por um momento, ajustando o headphone, enquanto seu melhor amigo e também companheiro de equipe falava palavrões do outro lado.
- Eu cheguei primeiro que você, garoto.
- Sabe, estou olhando para minha taça de campeão do Mundial de Pilotos. - o mais jovem suspirou afetado, rindo em seguida.
- Como eu sou seu amigo ainda?
Ele riu.
Frenkie saiu do escritório, encontrando o namorado em um embate no Mario Kart com Leclerc. Eles eram duas crianças. O jogador se aproximou, deitando do lado vazio, com a cabeça no colo de Sn.
- Como foi a entrevista, baby?
- Deus, não, não, não comecem, odeio casal feliz, me lembra que minha vida amorosa anda uma merda. - Charles murmurou.
- Foi ótima, eu acho. - o louro sorriu, recebendo um carinho no cabelo.
- Leclerc, vou ter que deixá-lo com suas cinco derrotas e a vida amorosa péssima.
Frenkie riu.
- Por que você, de todas as pessoas, é o meu MELHOR amigo, Ss?
- Eu sou lindo, incrível, genial, e te amo, tá bom ou quer mais?
- Tchau, idiota. Te vejo em dois dias. Um abraço pro Frenkie.
- Você não disse que me ama, Charles, e isso me magoa tanto.
- Estou desligando na sua cara.
Sn riu quando ele realmente fez isso, e retirou o headphone, deixando de lado.
- Olá, garoto bonito. - olhou para seu namorado holandês.
- Ei.
- Charles mandou um abraço.
- Você perturba muito o coitado, lieve (querido).
- Ele sabe que é meu melhor amigo, é o nosso jeito carinhoso de ser. - Sn deu de ombros. - Quer falar sobre como foi sua entrevista?
- Nah, só quero ficar um pouquinho com você. - ele se levantou um pouco, dando um beijo no piloto. - Quer ver um filme comigo?
- Você quer realmente ver um filme, Frenkie?
- Só o começo. - eles riram, antes de subirem para o quarto.
{eu sou suspeita para falar, mas AMEI demais escrever esse imagine, virou meu favorito, espero que gostem, por favor, votem e comentem também, isso é muito importante para o crescimento do livro}
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XOXO, MAY.