Corte De Sonhos e Mudanças |...

By RaissaA_M

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Kara era uma garota amável e destemida, sendo corajosa e guerreira desde nova, protejendo a si mesma e sua fa... More

Notas • Galeria
Personagens
Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31.
Capítulo 32

Capítulo 2

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By RaissaA_M

As palavras grosseiras saíram de sua boca sem qualquer controle de si mesma, o cálice que outrora segurava com elegância e confiança, tremia levemente em sua mão que já estava abaixada, seus olhos estavam arregalados olhando para tudo em volta.

Até que ela virou a cabeça para o lado, sendo capaz de ver seu reflexo em um vidro que a refletia. Essa mulher, aquela que ali estava, era certamente Kara, mas com um toque diferente, os cabelos que antes tinham um ruivo avermelhado, agora se suavizaram para o ruivo dourado, as mechas brilhantes e bem cuidadas, entrelaçadas elegantemente na coroa dourada sobre sua cabeça, mas sua pele, estava tão pálida, o que de certa forma complementava os lábios de rubi e o ouro da coroa, as orelhas para o espanto de Kara, tinham sua aparência levemente pontuda.

O cálice caiu de sua mão trêmula, aquela poderia ser ela, sua aparência, seu reflexo, mas Kara não via nada de si ali, a expressão amarga e raivosa, aquela atmosfera artificial e fria.

A respiração irregular a assustou de certa maneira, a dor crescente e o calor intenso, abaixou a cabeça, observando seu peito subir e descer rapidamente, coberto por vestimentas que ela sabia que nunca teria usado, por cima de seus seios, encontrou algo pior, um colar feito de um osso, quando sua mão se movimentou para retirar o objeto assustador, viu sobre seu dedo um anel com um olho.

Ela realmente pensou: Essa merda ainda está se movendo!

— Droga. — Ela disse com repulsa. — Droga! Droga! Droga!

Ela se atrapalhou ao tentar o objeto de seu corpo, e quando finalmente tirou, o colar estava partido sobre o chão, e o olho, ela certamente não se importou como ele ficaria quando o jogou.

— Amarantha? — Perguntaram de novo.

A voz parecia ter sussurrado em seu ouvido, Kara se afastou alarmada, olhando para o lado encontrando algo ainda mais assustador.

A criatura era alta e impotente, por suas costas carregava longas asas de couro, as mãos eram grandes portando unhas longas e afiadas, seus dentes prateados se sobressaiam sobre a boca, mostrando o quão afiado eram.

Como antes, sendo impulsiva e totalmente ciente de suas ações, levantou o cotovelo, e empurrou o braço para trás, o tecido de seu elegante vestido se esticou e o som se rasgando se fez presente, ela não se importou, não quando tinha algo como aquilo em sua frente, a criatura horrenda que ela logo reconhecerá, o próximo som ouvido, foi o gemido estrangulado da criatura, que cairá para trás, cobrindo seu rosto monstruoso com suas mãos ainda piores, ele se deitou sobre o chão meio atordoado enquanto tentava se manter acordado.

Kara agora, se curvou para frente, movendo seu rosto em uma careta, mas percebeu então que... Não sentirá dor, ela não sentirá absolutamente nada, a não ser sua força extrema, humanos tinham a tendência de ter atos como se curvar ou gemer antes mesmo de sentir a dor irradiar, pois eram mortais, fracos e humanos, que ainda tinham a capacidade de sentir dor ao dar um soco.

Mas Kara não era uma humana, não era mortal, e ela certamente acabou de dar um soco em Attor.

— Pare de me chamar assim. — Disse pausadamente.

— Tudo bem, minha rainha. — Attor murmurou raivoso, mas baixo o suficiente para que ela não ouvisse seu ódio. 

— Por que está me chamando assim?! — Gritou. — Eu não sou uma rainha, não sou Amarantha! Não me chame assim.

Ela olhou para todos eles, vendo que usavam máscaras e roupas elegantes, a observando como se ela fosse um show muito interessante, ou uma palhaça em um circo. O único pensamento coerente que veio em sua mente foi:

— São são todos um bando de loucos fodidos. — Grunhiu. — Fãs de Acotar as vezes vão muito longe. Eu estou indo embora, e você! — Apontou para Attor. — Não se aproxime de mim.

— Mas... Mas e a maldição? — Perguntou atordoado.

— Que maldição? — Perguntou.

— O senhor da primavera minha senhora. — A criatura respondeu. — Você o queria como consorte.

Kara riu baixo, o medo e surpresa se misturando em um misto de emoções que ela nunca sentirá antes, semelhante ao desespero. Ela olhou em volta, parando no loiro mascarado, a risada ficará mais alta conforme o rosto dele se contorcia em ódio.

— Você? — Ela debochou. — Tamlin? Meu consorte? Quer dizer. Meu marido?

— É... Sim? — Attor perguntou. — É isso o que minha senhora queria.

— Deus... Eu deveria estar muito louca para desejar isso. — Olhou diretamente para o senhor da primavera. — Eu nunca, nunca em toda minha vida desejaria ter você ao meu lado. Gaiolas de ouro me deixam estressada sabe?

O silêncio pareceu ser mais atraente no momento, então Kara o aproveitou para fugir, andando silenciosamente para qualquer lugar, que fosse longe o suficiente daquela legião louca de fãs de Acotar.

— Espere. — Uma voz trovejou, fria como a noite. — Algo mudou em você.

Kara olhou por cima dos ombros, tendo então a atenção dos olhos violetas, vozes baixas pareciam concordar e se entusiasmar com o que ele disserá.

— Se você não é a Amarantha, quem é você?

Ela respirou fundo ao o responder:

— Meu nome é Kara Howard.

— Como é possível? — O loiro balbuciou.

— Eu vejo isso. — Outra voz disserá.

Kara o olhou, pele morena e físico forte, alto e atraente o suficiente para que nem mesmo a máscara tirasse os sentimentos e pensamentos indecorosos que teve. Se seus pensamentos estivessem em ordem, aquela homem então seria... Helion, Grão-Senhor da Corte Diurna.

— A aura que rodeava Amarantha, não está mais aí. Não a rodea igual a antes, é como se... É como se ela e tudo que um dia ela foi, tivesse sumido. 

— Então... — Uma voz envolvente disse. — Estamos livres?

Kara se sentia realmente em um parque de diversões, ela deveria se sentir extremamente culpada por esse sentimento, mas para qualquer lado que olhasse, conseguia ver os homens que sempre a interessavam mais do que os que realmente existiam. Oh Deus, sim... Ela certamente sonhava em ter um personagem fictício como seu marido. E aquela voz, fria e gélida, a pele pálida e olhos azuis congelados. Kallias o Grão-Senhor da Corte Invernal. Mesmo com o semblante sem emoção, ele era tão adorável quanto um dia ela pode imaginar.

— Se não é mesmo Amarantha. — Disserá outra voz sonele. — Devolva nossos poderes e nos deixe partir.

Ela realmente confirmou que ele brilha mais forte de todos os Grão-Senhores. Ele é esbelto e tem pele e cabelos castanhos, beijados com ouro como se o nascer do sol os tivesse permanentemente dourado e olhos arregalados, o rico marrom dos campos recém-arados, fossem sua característica mais adorável. 

Kara balançou a cabeça, não sabendo o que responder para sua exigência.

— Eu não sei como... — Murmurou ela. — Não sei controlar.

— Deveriamos mata-la. — Uma voz odiosa disse. — Pode não ser Amarantha, mas tem seu corpo.

Kara não precisou de muito para perceber que aquele era Beron.

— Não vai me matar! — Levantou sua voz.

— Não vamos a matar. — Helion concordou. — Não sem saber o que isso causaria a nossos poderes.

Kara o olhou em choque, mas não tinha humor no rosto do Grão-Senhor, ele certamente não se importava.

— Posso ensina-lá. — Essa voz, essa voz certamente a causou mais do que todas as outras.

Ela olhou para o lado, e se controlou para não desabar. Ela certamente o vira antes, mas não prestará atenção, agora era impossível não se fazer isso, Rhysand é alto, terrivelmente bonito, com seu cabelo preto azulado curto, semelhante as penas de um corvo, os olhos violeta eram profundos e envolventes com manchas de prata como a luz das estrelas. Ele ainda tinha a pele marrom-dourada, a ideia de já ter lido detalhadamente os detalhes de seu corpo, fez Kara prender a respiração, e abaixar a cabeça tentando sair de pensamentos sexuais que a levariam a loucura.

— Me ensinar? — Ela perguntou.

— A controlar isso que você tomou de nós, e então os devolver.

— Não podemos confiar nela. — Beron retrucou. — E nem em você Rhysand, a horas atrás, ainda era a puta de Amarantha. Quem sabe agora, não se transforma na puta de Kara Howard.

Kara segurou a barra do vestido, a raiva que queimou dentro de si a fez esquecer a ideia de fugir e caminhar até Beron, como um soldado prestes a lutar uma batalha.

— Vou te mostrar quem vai ser a puta de quem aqui... Seu corn...

— Eu não confio nela. — Rhysand a cortou. — E sobre a confiança de vocês em mim, não me importo, tal como nunca me importarei. Um acordo será feito e então, podemos ter a certeza de que ela cumprirá a promessa.

Rhysand a olhou nos olhos, quase como se pudesse se infiltrar dentro deles e saber todos os seus segredos, ele estendeu sua mão, ainda tendo nojo e repulsa de a tocar, o que pelo menos, Kara não perceberá.

— A ensinarei Kara Howard, quando estiver pronta. Irá devolver nossos poderes.

— O que acontecerá comigo depois disso? — Perguntou temendo aceitar o acordo.

— Vai partir, para um lugar distante o suficiente para que nunca. Nunca tenhamos que ouvir sussurros ou lembrar de quem um dia você foi. Temos um acordo?

Kara queria gritar e dizer que não poderiam exigir coisas de si, mas ela sabia o que eles deveriam sentir, a impotência de ter algo roubado e foi ela ou o que um dia ela foi que os roubou, Kara era uma salvadora, e uma parte dela nunca deixaria alguns deles desamparados.

— Temos um acordo. — Ela concordou.

O laço os rodeou, a linha fora feita, a queimação começou e então, uma tatuagem entrelaçou o braço de Kara.

Estava feito. Ela estava ligada a Rhysand.

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