Entre Tubos de Ensaio

By MK0815

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Após se formar em Imunologia pela Universidade de Columbia, em Nova Iorque, Regina Mills recebeu a proposta d... More

Starbucks
CCSP
Induzidas e Embrionárias
Chuva Torrencial
Vodka de Maçã
Sala 006
Serena
Estaca Zero
José Café
Mr. Pretzels
Toca dos leões
Nós não deveríamos...
Canção de Inverno
Fogo
Carpaccio
Minha condição!
Amendoim e Avelã
Sabor da Vingança!
Dra. Cora Mills!
Borger Burguer
Serotonina, Cortisol e Endorfina
Importante pra mim
Clube da Luluzinha
DNA Raro e Valioso
Meu Único Amor
Operação Genoma
Bússola Moral
Pequena Esperança
Você tem certeza disso?
Estávamos prontas para ir
Sim, ela sabe!
A queda do Império
Acertando as pontas
Única Direção
Epílogo
O Melhor Presente

Nossas Cobaias

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By MK0815

Emma

Após muita conversa e argumentos que realmente mereciam ser levados a sério, aceitei que dormir na casa da Regina seria a melhor opção. A morena falou algo sobre sermos monitorados nas dependências dos condomínios disponibilizados pelo Instituto e isso me deixou em alerta. Há alguns meses atrás, eu não acreditaria naquilo, mas hoje, depois de tudo o que Regina me contou, eu entendo o motivo de monitorarem tudo e todos. Era muita sujeira para esconder embaixo do tapete. As palavras ainda gritavam em minha mente. Tudo aquilo era absurdo demais para a minha cabeça e mesmo sabendo que era a mais pura verdade, e que eles poderiam sim ser capazes de todas aquelas atrocidades, ainda era difícil de acreditar. 

Antes de ir se deitar, Regina me informou que eu poderia ficar no quarto de hóspedes do segundo andar, mas eu simplesmente não consegui sair de onde estava. Os relatórios continuavam sobre a mesa junto com o copo e a garrafa de vodka que a morena abriu na noite anterior. Minha cabeça latejava, enquanto tentava processar as informações que eu passei a noite inteira lendo e relendo. Tinha o meu corpo levemente estirado no sofá, enquanto balançava minhas pernas que estavam penduradas. Não consegui dormir, o que resultava em mais uma noite em claro para a conta e mais motivos para a minha enxaqueca atacar. Não sei quanto tempo passei encarando aquele teto branco, mas era nítido pela claridade que adentrava a enorme janela, que o dia já estava amanhecendo. 

Depois de muito pensar, resolvi me levantar e organizar aquela papelada espalhada pela mesa de centro. Juntei as folhas na ordem exata que Regina havia me entregado na noite anterior e deixei o arquivo em um canto. Peguei a garrafa e a guardei onde me lembrava de ter visto a morena a pegar e os copos levei até a cozinha. Por mais que me sentisse estranha, como se estivesse invadindo a privacidade de Regina, não deixaria aqueles copos ali, então resolvi procurar pela bucha da pia e o detergente. Os encontrei dentro da primeira gaveta do gabinete da cozinha. No momento em que girei o registro da torneira, uma música começou a tocar, preenchendo todo o ambiente. De primeira eu achei curioso - até um pouco estranho - mas em seguida agradeci por ser uma música que eu conhecia e gostava. Passos um tanto quanto apressados chamaram minha atenção e logo Regina surgiu próxima a entrada da cozinha. 

— Bom dia, Swan! — me saudou, enquanto intercalava o olhar entre meu rosto e minhas mãos — Você não precisava fazer isso — apontou para os copos que eu havia acabado de lavar. 

— Não me custou nada… — a respondi, procurando por um pano para secar a minha mão — Bom dia!! 

— Me desculpe pela música! Uso o som ambiente da casa como despertador, mas esqueci de levar o controle comigo essa noite — explicou e por algum motivo, eu estava achando aquilo adorável. Por alguns instantes passei a prestar atenção em Regina e não no que ela falava. A morena usava um pijama de seda preto, com calça e blusinha de alça. Por cima do conjunto, um robe aberto na mesma cor — Não era minha intenção te acordar — sua última fala me arrancou dos meus devaneios e eu balancei a cabeça em negativa.

— Na verdade, eu não cheguei a dormir essa noite, então… — dei de ombros e a morena adentrou mais a cozinha — E sobre a música, não se preocupe. Não tem nada melhor do que começar o dia ouvindo Sara Bareilles — Mills sorriu suavemente, concordando comigo e ficamos em silêncio por alguns instantes. 

— Você está lidando muito bem com tudo, achei que surtaria — Regina apoiou os braços na ilha da cozinha e olhou pra mim. 

— Na verdade, eu estou surtando neste exato momento — me encostei na pia e cruzei os braços à frente dos seios — Mas são surtos internos e contidos — sorrimos uma para a outra — Isso que você quer fazer, Regina é loucura! Você sabe disso, não sabe? 

— Sim, eu sei! — a doutora arrumou sua postura e cruzou os braços como eu — Mas, não pode ser uma loucura maior do que a que eles praticam dentro daquelas paredes. 

— E realmente não é — respirei fundo. 

— Olha… Sei que joguei muita informação em cima de você de uma vez só, mas não tinha uma forma mais sútil de te contar tudo isso e o que tem naqueles relatórios é o tipo de coisa que não gosto de ficar verbalizando. Você não tem a obriga… 

— Não termina essa frase, por favor — me aproximei de onde Mills estava com uma das mãos no bolso e a outra apoiei na ilha de mármore — É lógico que tenho a obrigação e é óbvio que vou ajudar, só é muito para processar da noite para o dia — nos encaramos por segundos que pareceram horas e nenhuma das duas parecia querer quebrar aquele contato. A música que tocava foi substituída e a leve mudança de melodia nos fez despertar. 

— Eu só funciono direito após uma boa xícara de café — assenti suavemente — Podemos passar na Starbucks e depois eu te deixo no seu apartamento, aposto que vai querer trocar essas roupas — sorrimos — Pode ser? 

— Claro! Não seria nada fácil explicar para a Ruby o motivo de estar usando a mesma roupa que ontem. 

— Era só dizer que passou a noite com alguém — Regina falou naturalmente e meus olhos se arregalaram em resposta — É uma brincadeira, Swan! — respirei mais aliviada — Vou me arrumar e já saímos. No banheiro, ao fim do corredor, tem escovas novas na quarta gaveta. Fique à vontade! 

Regina voltou a subir as escadas e eu fiquei sozinha com os meus pensamentos outra vez. Resolvi ir à procura do banheiro que a morena citou e fazer uma higiene matinal mínima. Não foi difícil encontrar o lavabo e logo eu estava lavando o rosto e escovando os dentes, enquanto minha mente voltava a trabalhar. Só que dessa vez, não eram os relatórios que povoavam meus pensamentos. 

Há algumas semanas precisei sair mais cedo de casa e isso me impediu de tomar café com Ruby, como fazíamos quase todos os dias. Me lembrei de uma Starbucks que tinha no caminho para o laboratório e resolvi passar para comprar um chocolate quente. Foi a primeira vez que a vi, com suas sobrancelhas franzidas, apreciando a vista enquanto tomava uma xícara de café. A ideia de apenas passar e comprar algo se foi, eu precisava sentar e observar um pouco mais aquela morena intrigante. Permaneci ali sentada até o limite de um possível atraso e então fui embora, mas fiz da minha ida ali uma rotina. Mesmo horário, mesma mesa, todos os dias. 

Era estranho estar ali, porque de todas as vezes que me imaginei conhecendo a sua casa, nenhuma delas se aproximava do motivo que me levou até ali. Balancei a cabeça em negativa, tentando afastar aqueles pensamentos e terminei o que estava fazendo. Logo estava de volta à sala, esperando Regina voltar. 

*******

Quase uma hora depois, estávamos entrando na Starbucks que nos encontrávamos todos os dias, mesmo que por obra do destino. Como em todos os dias, o estabelecimento estava vazio, o que para nós duas era perfeito. Durante o caminho, Regina me informou que pagaria o café e eu só aceitei com a promessa de que pagaria o próximo. Nos aproximamos do balcão para fazer nossos pedidos e nos deparamos com os mesmos atendentes simpáticos de sempre. 

— Bom dia, meninas! — a garota nos saudou, enquanto o garoto que limpava as bancadas em que trabalhavam, apenas acenou com a cabeça. A respondemos no mesmo tom — Será cobrado junto? 

— Vai sim, Jessika! Hoje vai ser por minha conta — Mills respondeu e eu me surpreendi com o fato dela saber o nome da garota. 

— Certo! — o sorriso da atendente aumentou consideravelmente antes de continuar — Um machiatto sem açúcar, acompanhado de um monsieur para a Regina. Um chocolate quente com creme e canela, para a Emma… — anotava o nosso pedido, mesmo sem termos falado nada. Aparentemente sempre pedimos a mesma coisa — Mais alguma coisa? 

— Acrescente um monsieur para a Emma, por gentileza — Regina falou antes mesmo que eu o fizesse, o que foi estranho, pois estava pensando exatamente na mesma coisa. Regina não deixou que a moça dissesse quanto ficou, provavelmente para que eu não ouvisse e passou logo seu cartão. 

— Não costumamos fazer isso, mas serei legal com vocês hoje… — franzimos as sobrancelhas e ela notou, então logo tratou de explicar — Levaremos na mesa para vocês. 

— Oh… Muito obrigada! — agradeci, deixando um sorriso sincero brotar em meus lábios. Regina também sorriu, mas não verbalizou nada, apenas piscou um de seus olhos para a atendente e nos afastamos. Imaginei que a morena iria gostar de sentar onde se sentava todos os dias, então segui para sua mesa de costume e me sentei de costas para a rua, deixando a cadeira que permitia ter uma visão ampla da Paulista para ela. 

— Então você é observadora a esse ponto? — questionou e eu franzi o cenho sem entender — A mesa. 

— Nos esbarramos todos os dias aqui, Regina e sempre somos as únicas que se sentam. Fica meio difícil não prestar atenção. 

— Aposto que passou a vir aqui todas as manhãs, apenas para me ver, Swan… — provocou. 

— E eu aposto que você adorou passar a me ver em todas as suas manhãs… — devolvi. Não sabia de onde havia saído toda aquela provocação entre nós duas, mas não posso negar que tinha gostado. Ficamos nos encarando com sorrisos de lado presos em nossos lábios, até que a atendente chamou nossa atenção. 

— Com licença! — apenas assentimos — Aqui estão! Regina… — colocou uma pequena bandeja com o pedido da morena a sua frente — E Emma — fez o mesmo comigo. Imaginei que ela fosse se afastar assim que deixasse nossos pedidos, mas não foi isso o que aconteceu. Parecia querer dizer algo e isso chamou a atenção de Regina, que lhe olhou com uma das sobrancelhas erguidas, enquanto eu tentava não sorrir. 

— Tem algo a dizer? — Mills perguntou e desviou o olhar de Jessika, como se esperasse que aquela pergunta a fizesse recuar. 

— É que eu e o meu amigo, Thiago, sempre ficamos observando vocês, torcendo para que um dia vocês se falassem e então isso aconteceu… — a atendente, que tinha o cabelo em um tom meio ruivo olhou para seu colega de trabalho e ele sorria tanto quanto ela — Estávamos quase apostando quanto tempo demoraria para aparecerem juntas aqui, mas vocês foram mais rápidas que nós dois. 

— E só para constar, vocês formam um lindo casal — o tal Thiago soltou ainda do balcão, fazendo sua amiga o repreender. 

— Bom, é isso! Bom café para vocês — e saiu. Não consegui me conter e deixei uma risada escapar, enquanto Regina erguia a cabeça com um semblante confuso no rosto. A morena balançou a cabeça em negativa e respirou fundo. 

— Eu agradeceria se você não falasse nada sobre ontem pra ninguém, pelo menos por enquanto — me pediu e eu pude ver em seus olhos, que era um pedido sincero. 

— É claro! — respondi e começamos a tomar nosso café em silêncio. Ficamos assim por um tempo, até que eu resolvi quebrá-lo — Sabe, eu fiquei um pouco decepcionada com sua casa — usei meu tom mais descontraído para chamar sua atenção e vi o exato momento em que suas sobrancelhas se juntaram — Parece o tipo de casa que encontramos um piano de cauda bem no meio da sala, mas não foi esse o caso. 

— O fato de não estar na sala, não significa que não esteja lá, Swan — me respondeu e eu me surpreendi, não estava realmente falando sério. 

— Espera! — franzi o cenho — Você tem mesmo um piano em casa? — ela assentiu — E você sabe tocar? 

— Quem, em sã consciência tem um piano em casa, se não sabe tocar? 

— Existem loucos para tudo nesse mundo — dei de ombros — Tá! Mas se ele não está na sala, onde está? 

— Num quarto específico com outros instrumentos, não seria justo deixá-los separados — respondeu piscando um de seus olhos pra mim. 

— Você toca mais algum instrumento? — eu estava realmente interessada em saber, mas pelo jeito Regina não estava disposta a falar sobre isso naquele instante. 

— Perguntas demais, Swan. Perguntas demais… — voltamos a ficar em silêncio. Os olhos castanhos de Mills se perderam em algum ponto atrás de mim, enquanto os meus analisavam seus traços. Desde o dia em que a vi pela primeira vez sentada naquela cadeira, algo me chamou atenção. Ela me intrigava e agora que eu sabia um pouco sobre sua vida, eu queria mais — Até que aquele garoto tem razão… — ergui uma das sobrancelhas em questionamento e após alguns segundos com seu olhar ainda perdido, a morena me olhou e respondeu — Formaríamos um lindo casal — sorriu e eu a acompanhei. 

— Então você está assumindo que esteve de olho em mim todo esse tempo, Dra. Mills? 

— Não aja como se não tivesse feito o mesmo, Dra. Swan — sorrimos de lado e seguimos com nosso café. 

*******

Regina

Regina, como assim ela dormiu na sua casa? — eu sabia que não deveria ter falado sobre Emma para Zelena, mas eu não conseguia esconder as coisas dela e isso também me fez contar que a mulher que eu encontrava todas as manhãs e Swan, eram a mesma pessoa. 

— Zelena, não é nada de mais. Na verdade ela não dormiu, pelo jeito passou a noite toda pensando em tudo que eu joguei em cima dela — minha irmã pareceu pensar um pouco.

Mas e como foi de manhã, quando se viram e saíram de casa? — não sabia se tinha entendido bem aquela pergunta, então demorei para responder, o que deu abertura para Zelena alimentar sua mente fértil — Ou vocês ainda não saíram?

— Zelena, pelo amor de Deus! — levei uma das minhas mãos à testa e bufei. Estava sentada em minha mesa, na nova sala que havia ganhado no CCSP — Não aconteceu nada de mais. Acordei com o despertador ambiente e corri atrás do controle que havia esquecido na sala. Ela já estava de pé, nos falamos e depois eu fui me arrumar para tomarmos café juntas na cafeteria que nos conhecemos. 

Eu ainda não estou conseguindo acreditar que a Emma é a mulher da cafeteria que você não parava de falar e que agora vocês trabalham juntas — é, nem eu conseguia acreditar naquilo — Tá, mas o que você vai fazer em relação a isso agora?

— Nada? 

Como assim nada?

— Zelena… — suspirei e fiquei em silêncio.

Eu sei que você está tentando achar uma desculpa, mas não vai encontrar pelo simples fato dela não existir — revirei os olhos, às vezes eu odiava o fato dela me conhecer tanto assim — Não há nada que te impeça de dar uns beijos nessa mulher, Regina.

— Trabalhamos juntas…

Isso não é motivo. Você não é chefe dela, não terá problemas com possíveis processos — rebateu e eu ri.

— Tecnicamente, eu sou e você sabe bem disso.

Você deixou de ser, mesmo que tecnicamente, quando abriu mão do cargo de CEO — ela estava certa — E não venha me dizer que está ocupada demais tentando derrubar esses idiotas do Instituto.

— Mas eu estou, Zelena. Isso é importante, não posso simplesmente deixar tudo de lado.

E quem disse que precisa? Por sorte a sua garota também é cientista e pode te ajudar a acabar com tudo isso. 

— Ela não é minha garota, Zelena! — protestei.

Ainda, né… E nem adianta revirar seus olhos, você sabe que estou certa e que você precisa voltar a viver. Sair um pouco desse laboratório e parar de respirar o ar podre desse lugar.

— Eu detesto quando você tem razão — e era verdade, eu realmente detestava isso. Zelena riu e eu a acompanhei — Eu tenho medo, Zel. E se eu desfocar um pouco de tudo isso e aí tudo der errado? 

Já te falei que no momento que esse plano parar de ser a sua vida e só fazer parte dela, tudo vai funcionar, mas você não me escuta. Talvez esse seja o momento exato para tentar colocar essa teoria em prática, Sis — por alguns instantes, me permiti pensar no que minha irmã havia me dito e não parecia tão doido assim — E você tem que concordar que ninguém aguenta mais, nem mesmo você, viver com toda essa tensão no ar — sussurrei um “isso é” em resposta — Ótimo! Qual a próxima desculpa? Estou pronta para refutar todas elas.   

— Não tenho mais desculpas — Zelena comemorou com um "yes" e eu ri com sua reação — Sis, eu não estou dizendo que vou me jogar nela, okay? 

Você é muito chata, Regina! 

— Mas, se eu sentir que pode acontecer algo, não irei me privar e nem tentar arranjar um motivo para me afastar — fui sincera. 

Graças a Deus! — ouvi alguns barulhos de passos e soube que minha irmã estava correndo pela casa, como ela sempre fazia para comemorar alguma coisa — Você já deve estar caidinha por ela, só não quer admitir — revirei os olhos — Ela é bonita? 

— Não! — o grito que Zelena deu, soltando um sonoro "o que?", me fez reclamar e fazer uma careta — Zelena, para de gritar! É lógico que ela é bonita. 

Me manda uma foto dela no whats, Regina e rápido — "uhum" foi tudo o que disse — Sis, eu preciso desligar. Até mais tarde! Te amo! — me despedi de Zelena e desliguei o telefone. Um sorriso sincero tomava conta dos meus lábios. Zelena era realmente uma das melhores coisas que tinha em minha vida, senão a melhor. Me perdi por uns instantes em meus pensamentos, até que duas batidas na porta me despertaram. 

— Atrapalho? — a voz de Emma invadiu minha sala, mas ao contrário do que eu esperava, meu sorriso não se desfez. 

— Não, Swan! Pode entrar! — Emma adentrou minha sala e sem perceber, deixei meus olhos percorrem seu corpo. Não era a primeira vez que eu reparava na loira, mas sem dúvida alguma, era a primeira vez que eu sentia um certo incômodo dentro de mim. Espantei os pensamentos que surgiram em minha mente e resolvi falar — Posso ajudar em algo? 

— Eu quem tenho que te perguntar isso, afinal você me chamou aqui — "como pude me esquecer disso?" 

— Oh, claro! — me levantei e caminhei até onde a loira estava — Venha, quero te mostrar uma coisa! — passei por seu corpo e sai da sala. Olhei para trás assim que alcancei o corredor, apenas para ter certeza de que Swan estava me acompanhando. 

— Está me levando aonde, Mills? — questionou, mas eu ignorei e segui pelo corredor. Ao fim dele, virei a esquerda e depois a direita. Uma porta grande, grossa e escura apareceu em nossa frente, e eu respirei fundo antes de levar meu crachá até o decodificador para autorizar nossa entrada. Antes que eu pudesse completar o movimento, Emma segurou meu pulso — O que você quer me mostrar, Regina? 

— Nossas cobaias! — aquelas palavras amargaram minha língua e eu pude ver o semblante surpreso de Swan. A loira soltou meu pulso e assentiu com a cabeça, deixando claro que poderíamos seguir. 

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