Uma noite - Jikook 🏳️‍⚧️ | M...

Oleh evy_amaze

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(Concluída) (Livro físico em outubro no selo Dream Amaze) Jeon Jungkook e Park Jimin não faziam ideia que est... Lebih Banyak

Sejam bem-vindos
|2| O bar
|3| último apartamento
|4| Dia seguinte
|5| Estúdios
|6| Desabafos
|7| Frio na barriga
|8| Peras e maçãs
|9| Ferrado
|10| Aceitação
|11| Primeiro ultrassom
|12| Cartas na mesa
|13| Reunião
|14| Singularidade
|15| Contrato
|16| Um encontro nada legal
|17| Primeiro de setembro
|18| Novo lar
|19| Ida a Busan
|20| Papéis
|21| Hospital
|22| O debut
|23| Treze de outubro
|24| Hotel
|25| Mal-entendido
|26| Angel Baby
|27| Caixinha preta
|28| Mudança
|29| Resultados
|30| Primeiro encontro
|31| Fotografías
|32| Montanha-russa de sentimentos
|33| Grande noite ¹
|34| Grande noite ²
|35| Primeiro passeio
|36| Momentos definitivos
|37| Ariel está aqui
|38| Primeiro dia com ela
|39| Confiança, apoio e reciprocidade
|40| um capítulo final
|41| Eu o quero também
|42| Documentos
|43| Live
|44| Um sucesso ou um fiasco?
|45| Planos explícitos
|46| Casa nova
|47| Novas experiências
|48| Auto-cobrança
|49| Gravações
|50| Pai em tempo integral
|51| Combustível para o desejo
|52| Ciúmes
|53| Casamento de verão
|54| Primeiro álbum
|55| O que acontecerá?
|56| Possibilidades
|57| Um tempo passou
|58| Ensaios e medos
|59| Premiação
|60| Rio Han
|61| Amor
|62| Decisões judiciais
|63| Oficialização
|64| Hawoo
|65| Tarde ensolarada
|66| Passos
|67| Anos de mentira
|68| Pais e Filhos
|69| O momento de um sonho
|70| A sensação de liberdade
|71| Jantar romântico
|72| Beijos quentes
|73| Homem mau
|74| Questões e primeiras paixões
|75| Últimos preparativos
|76| Nosso casamento
|77| Lua de Mel
|78| De volta ao lar
|79| É tudo sobre amor - FIM

|1| Decepções

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Oleh evy_amaze

Sejam bem-vindos!!

#pandagravidinho 🐼

🌑🌘🌗🌖🌕🌔🌓🌒🌑

"Jungkook"

Era para ser só mais uma noite simples.

Eu voltava do trabalho e me sentia exausto. Só pensava em entrar no apartamento e me jogar no sofá. Mas também pensava em abraçar minha linda Dahyun e enchê-la de beijos antes de perguntar como havia sido o seu dia.

Era cansativo às vezes, porque ela reclamava de tudo. Mas eu ainda adorava ouvi-la e fazia isso por muito tempo.

Quando naquela noite eu enfim cheguei em casa, a sala estava vazia e era possível ouvir o som de apenas uma voz vindo do nosso quarto.

ㅡ Como eu explico isso agora? Merda, você me ferrou! Você me prometeu que isso nunca aconteceria e olhe só agora? Estou perdida! Não, você não vai contar nada. Só... vamos esquecer isso e deixar rolar.

Abri a porta vagarosamente e encontrei Dahyun caminhando de um lado a outro no nosso quarto.

ㅡ Você está mesmo chorando agora? Eu quem deveria me sentir assim!

Minha esposa tinha o celular numa mão, enquanto em outra segurava um objeto pequeno. Quando seus olhos focaram-se em mim, sorri pelo leve susto que ela teve e foi inevitável não a achar adorável.

Sua mão abaixou depressa e quem quer que fosse que estava em ligação com ela, ouviu apenas o toque que indicava que a chamada havia sido encerrada.

ㅡ Aconteceu alguma coisa? ㅡ ousei perguntar.

Me sentei na beirada da cama, observando como sua pele alva ficou ainda mais pálida.

ㅡ Hyun, algum problema? ㅡ franzi o cenho. Desviei meus olhos para sua mão e perguntei: ㅡ o que é isso?

Vi quando sua garganta deglutiu. Dahyun parecia nervosa.

Sua mão fechou em torno do objeto, mas aquilo só instigou minha curiosidade.

Me ergui, afrouxando minha gravata e sorri ao parar de frente com seu corpo.

Dahyun é pequena, cerca de vinte e cinco centímetros menor do que eu. Seus olhos se ergueram para mim e não resisti e toquei seu belo rosto com minha destra.

ㅡ O que aconteceu, pequena?

Incerta, Hyun ergueu sua mão.

Enfim pude ver o pequeno objeto e sorri, de modo em como meu coração começava a acelerar descompensado.

ㅡ Isso é...

ㅡ Um teste de gravidez. ㅡ minha esposa respondeu. Seus olhos castanhos pareciam tristes, mas ela sorriu ao dizer em seguida: ㅡ Nós estamos grávidos, Jungkook.

ㅡ Mas... ㅡ eu precisei sentar outra vez. Meu sorriso pertinente chegava a doer, mas observei Dahyun caminhar devagar e sentar ao meu lado. ㅡ Você não está fazendo algum daqueles vídeos bobos que engana o noivo, não é?

ㅡ Não, não estou.

ㅡ Isso quer dizer que deu certo? Hyun, nós estamos tentando a apenas um mês, como podemos ter conseguido assim tão depressa?

ㅡ Às vezes acontece... e faz mais de um mês que estamos tentando, Jungkook.

ㅡ Faz? ㅡ a olhei. ㅡ Eu sou péssimo com datas.

ㅡ Sim, faz... sete semanas, talvez.

ㅡ Sete? Impossível... ㅡ pensei, franzindo o cenho. Mas Dahyun se aproximou de mim e pude ver seu sorriso ainda maior.

ㅡ Eu tenho certeza de que essa é a conta, amor.

ㅡ E com quanto tempo acha que está? ㅡ deslizei minha mão até sua barriga e não me controlei outra vez. ㅡ Minha nossa, eu serei pai! Dá para acreditar? Posso explodir de felicidade agora mesmo, Hyun!

ㅡ Acho que com pouco mais que cinco, só saberemos quando fizermos um ultrassom. Vou marcar os exames para quanto antes.

Sorri e assenti. Abracei Dahyun girando-a no ar. Eu só queria beijá-la e beijá-la, mas acabamos nós dois deitados sobre a cama, enquanto eu encarava sua barriga que sequer demonstrava diferença ainda.

ㅡ Olá? Você já pode me ouvir?

O riso alto da minha esposa me fez rir também.

ㅡ Eu sou Jungkook, você já deve saber que eu sou seu pai, certo?

ㅡ Acho que ela ainda não ouve.

ㅡ Ela? Você acha que será uma garotinha?

ㅡ Tenho quase certeza. ㅡ ela diz tocando a barriga, mas seus olhos parecem estranhos, talvez cansados.

ㅡ Precisa de algo? Você parece um pouco exausta.

ㅡ Só quero dormir um pouco.

ㅡ Você jantou?

ㅡ Ainda não...

ㅡ Ok, então vamos jantar. Eu posso fazer aquele macarrão que você adora. Ficará pronto em dez minutos.

ㅡ Tudo bem. Você... pode ir fazendo que eu só vou tomar um analgésico. Minha cabeça dói um pouco.

Assenti e deixei um beijo no topo de seus cabelos lisos. Quando sai do quarto, podia jurar que não sabia se estava caminhando ou saltitando, nunca realmente havia me sentido tão radiante.

Ser pai? Quando que eu poderia acreditar que aconteceria assim, tão rápido?

Fui para a cozinha e coloquei água para ferver, separando os ingredientes que utilizaria para o preparo do meu macarrão.

Enquanto esperava a massa ficar mole o suficiente para prepará-la com os molhos que eu havia escolhido, senti meu celular e sorri ao ver que era meu melhor amigo ligando.

ㅡ Cara, você não sabe o que aconteceu! ㅡ atendi sorrindo, sentindo-me ainda mais animado para contar a novidade para ele.

ㅡ Iaê, irmão... como você tá?

ㅡ Eu tô muito bem.

ㅡ Bem? Mesmo? Cara, eu pensei que... ㅡ ele fez uma pausa, e ouvi seu fungado.

ㅡ Você tá chorando? ㅡ franzi o cenho. ㅡ Namjoon, aconteceu alguma coisa?

ㅡ Eu terminei com SoHee. Nós vamos nos divorciar.

ㅡ O quê? Cara, sério?

ㅡ Ela decidiu isso.

ㅡ Sinto muito...

ㅡ Tudo bem, todos já esperavam por isso. Como você e a Dahyun estão?

Meu sorriso voltou instantaneamente.

ㅡ Nam... você não vai acreditar no que eu tenho pra te contar, irmão. Eu e Dahyun estamos grávidos, nós vamos ter um bebê!

Um breve silêncio deu-se em seguida. Afastei o celular da orelha, vendo se a chamada havia sido encerrada, mas segundos depois eu pude ouvir o longo suspiro que ele deixou escapar.

ㅡ Namjoon? ㅡ Chamei, ouvindo-o outra vez fungar.

ㅡ Irmão... eu preciso te contar a verdade. ㅡ atentei-me ao que ele falaria e até sentei numa das cadeiras da mesa de jantar. ㅡ Jungkook, me desculpa...

ㅡ Do que você tá falando? Que verdade?

ㅡ Eu não queria que isso acontecesse. Eu... eu errei, eu sei que errei feio.

ㅡ Namjoon, você está me preocupando. Você tá mesmo bem?

Outro suspiro e mais silêncio.

ㅡ Eu tô bem. ㅡ ele diz. ㅡ só quero te contar.

ㅡ O que quer falar?

ㅡ Eu e Dahyun...

ㅡ Já está pronto? ㅡ Dahyun apareceu na cozinha, perguntando enquanto olhava para a panela com o macarrão. Namjoon ficou em silêncio. ㅡ Quem é no celular? ㅡ ela perguntou, sentando sobre minha coxa.

ㅡ É o Namjoon-hyung. ㅡ digo, vendo-a arregalar os olhos, enquanto volto a me atentar ao celular com o cenho franzido. O dito não completo de Namjoon me faz ficar curioso. ㅡ O que tem você e a Dahyun? ㅡ pergunto a ele.

Dahyun retira o celular da minha mão no mesmo instante. A olho sem entender e a vejo atender a ligação.

ㅡ Você bebeu outra vez, Namjoon? ㅡ ela pergunta enquanto me olha e nega. ㅡ por favor, esta tarde. Vá dormir. Jungkook também está cansado, ele acabou de chegar do trabalho e estava comemorando comigo. Nós vamos ser pais.

Sorrio para ela, mas me ergo. Toco seu rosto, mas busco o celular.

ㅡ Não seja tão rude com o hyung, amor. ㅡ digo deixando um beijo em seus lábios, voltando a atender Namjoon. ㅡ hyung, perdoe a Hyun, ela só está cansada.

ㅡ Tudo bem. ㅡ Namjoon diz, ainda com o tom de voz baixo. ㅡ eu não quero mais incomodar vocês, parabéns pelo bebê, Jungkook.

ㅡ Você nunca... ㅡ a chamada foi encerrada. ㅡ incomodaria. ㅡ afasto o celular e franzo o cenho.

ㅡ Desligou?

ㅡ Sim. Acho que ele não está bem. Vou até ele. ㅡ aviso.

ㅡ De maneira alguma. Você não vai até lá. Já é tarde.

ㅡ Tarde, amor? O Namjoon mora no prédio da frente, mês passado você foi vê-lo quando SoHee desconfiou que ele estava traindo ela e o deixou sozinho, aos prantos em casa, lembra? Eu estava naquela convenção da empresa. Não é perigoso, você ficou com ele até de madrugada.

ㅡ Não me lembre desse dia... Namjoon não parava de chorar.

ㅡ Ele só estava magoado, mas ele é como nosso irmão, nos conhecemos desde o colégio, é importante cuidarmos um do outro.

Dahyun pareceu indiferente, mas eu sabia que ela não era daquele jeito.

Voltei minha atenção ao preparo do macarrão e quis muito agradar a minha gravidinha. A assisti devorar uma porção inteira e pedir por mais. Nossa conversa naquele momento foi sobre como iríamos fazer para o planejamento do quarto do bebê, e quando Hyun enfim dormiu, comigo outra vez fazendo carinhos em sua barriga, ouvi meu celular tocar outra vez e me apressei em atender, já buscando meu casaco.

ㅡ Jungkook... ㅡ era Namjoon, chorando outra vez.

ㅡ Não se preocupe, estou indo até você.

Busquei uma folhinha do bloco de anotações que geralmente usávamos para deixar bilhetes na geladeira com lembretes de comprar coisas como ovos e leite, e deixei ao lado do móvel de cabeceira da Hyun. Ela dormia de modo sereno, em paz, então não quis acordá-la para avisar que estava indo a um lugar que ficava exatamente a cinquenta metros de distância.

A noite estava fria e silenciosa. Cumprimentei o porteiro quando enfim desci e olhei as estrelas na minha breve caminhada até o prédio do hyung.

Lá, cumprimentei o porteiro daquele prédio e subi até o quinto andar.

Namjoon sempre deixava a porta aberta quando nos esperava, então apenas adentrei seu apartamento escuro e vi alguns pedaços de vidro espalhados pelo chão.

Foi fácil deduzir que aquilo era dos portas retratos que ele adorava colecionar com fotos, mas pensei que seria algo proposital do tal divórcio, mas ver que apenas suas fotos comigo e Hyun estavam no chão, me preocupou bastante.

ㅡ Hyung? ㅡ chamei, caminhando com cuidado para não me cortar. O apartamento estava escuro, mas eu conseguia ouvi-lo chorando. ㅡ hyung?

Adentrei o quarto. Namjoon estava sentado no canto, perto da parede com a janela. Suas pernas estavam reclusas, seus braços a abraçavam e sua cabeça estava baixa, repousada sobre os joelhos.

Seu corpo tremelicava, mas quando enfim me olhou, vi como meu melhor amigo estava acabado, com o rosto lavado em lágrimas, o nariz vermelho e até um pouco de ranho descendo por ali.

Ele se atrapalhou quando se ergueu e correu até onde eu estava. Me assustei quando ele me abraçou firmemente e chorou ainda mais.

ㅡ Hyung, relaxa, você e a SoHee vão se resolver.

Namjoon negou depressa, perdido em si mesmo. O afastei um pouco, buscando uma toalha molhada que estava sobre a cama para limpar seu rosto e principalmente o livrar daquela meleca esquisita que escorria sem dó.

O sentei na cama, fazendo o mesmo ao seu lado.

Sua mão buscou a minha e vi como tremia.

ㅡ M-Me desculpe, saeng, me desculpe...

ㅡ Relaxa, hyung, eu tô aqui com você. Lembra quando eu e Dahyun brigamos pela primeira vez e você me ouviu chorar por duas horas? Pode chorar por quatro se quiser, eu tô aqui.

Namjoon outra vez negou e escorregou pela cama. Seus joelhos tocaram o chão, mas me assustei ainda mais quando o vi segurar os meus e implorar:

ㅡ Eu não queria que isso acontecesse, eu não queria.

ㅡ Hey!

Tentei o erguer, mas freei quando ouvi sua seguinte frase:

ㅡ Eu não queria fazer isso com você e ela. Eu juro, eu não queria...

Minhas mãos soltaram as de Namjoon. Meus olhos se focaram apenas nele. Deixei que o hyung chorasse o que quisesse chorar, e quando enfim seus olhos se conectaram com os meus outra vez, ouvi o que, talvez, jamais pensei ter forças o suficiente para ouvir.

ㅡ O bebê... você não é o pai dele...

Senti meu corpo gelar, mas ri em pura descrença.

ㅡ Do que você tá falando? Hyung, é claro que eu sou.

Namjoon negou, limpando o rosto com o antebraço, sentando-se definitivamente no chão.

ㅡ Não, saeng... você não é.

Neguei, dessa vez com raiva.

ㅡ Você não pode tentar me magoar assim. Não é porque você está triste com a sua esposa que pode falar bobagens da minha.

ㅡ Eu! ㅡ Namjoon disse, me olhando. ㅡ eu sou, Jungkook. Eu sou o pai daquele bebê!

Senti meu mundo frear, entrar em caos e ruir.

ㅡ Que merda você está falando?

Conseguia sentir meu sangue ferver. Mas eu ainda queria acreditar que aquilo era só uma brincadeira de muito mau gosto.

Namjoon se curvou e tocou meus pés, implorando perdão.

Me afastei, negando enquanto pensava.

ㅡ Não, claro que não. Que tipo de amigo você é? ㅡ me virei, o encarando.

O vi se erguer outra vez, ele parecia atormentado. Quando tentou se aproximar de mim, desviei meu corpo e me aproximei da janela.

ㅡ Saeng, me deixa explicar. Por favor!

ㅡ O que quer explicar? Dahyun não seria capaz de fazer algo assim.

ㅡ Nenhum de nós dois, mas... aconteceu. No dia em que ela veio aqui, e...

ㅡ Quer dizer que a minha esposa me traiu e foi para cama com você no dia em que a sua foi embora?

Namjoon desviou os olhos, focando-os em um ponto qualquer.

ㅡ SoHee foi embora porque descobriu.

ㅡ Descobriu? Então... está dizendo que isso não é novo?

Mordi meu lábio inferior, controlando a raiva que subiu por meu corpo no segundo em que ele negou.

ㅡ Três anos... fazem três anos que eu e ela... ㅡ Namjoon ficou quieto. Seus olhos tristes, não me davam mais pena. Somente ainda mais raiva. ㅡ desde o colégio. ㅡ ele voltou a me olhar. ㅡ Dahyun e eu namorávamos antes de você e ela... se conhecerem. Eu sei que isso não é desculpa, não há desculpas para isso, mas de algum jeito a ligação que tínhamos, fez com que isso... começasse a acontecer.

ㅡ Desgraçado. ㅡ falei, entredentes. ㅡ você está mesmo me contando que está tendo um caso com a minha esposa a três anos?

ㅡ Me desculpa...

ㅡ Por quê? Porque fez isso logo comigo?! Onde está a porra da irmandade que você tanto disse que sentia comigo?

ㅡ Jungkook, eu... ㅡ ele voltou a querer se aproximar.

ㅡ Não, não se aproxime de mim. ㅡ avisei, desviando outra vez.

ㅡ Por favor, me ouve. ㅡ senti sua mão me segurar e não me controlei.

Quando voltei a olhá-lo, me virando para si, os nós dos meus dedos sentiram o impacto do soco que desferi contra o queixo do meu melhor amigo.

Namjoon cambaleou alguns passos para trás, mas aquilo não o derrubou.

E movido ainda mais pela merda da raiva dele ser grande e forte o suficiente para parecer uma muralha, eu avancei outra vez.

Nunca fui de brigar, mas todos os socos que dei sobre a face do meu melhor amigo foram certeiros o suficiente para fazê-lo sangrar.

Quando vi seus olhos revirarem, enquanto seu sangue escorria pela boca e o supercílio, enrosquei meus dedos em sua camisa e o puxei com ódio.

ㅡ Porquê?! ㅡ gritei.

Somente naquele instante percebi que já chorava.

Minhas lágrimas escorriam como fortes pingos de chuva em um dia frio. Meu corpo tremia, estava a ponto de colapsar.

Namjoon ficou quieto, calado, mas seus olhos estavam outra vez conectados aos meus.

E aquilo me fez voltar a socá-lo.

Não posso dizer que foi correto, ele sequer se defendia.

Me senti cansado em certo momento, mas meu ódio era como um suprimento para minha exaustão, me fazendo continuar e continuar a bater, me cegando enquanto eu estava prestes deixá-lo inconsciente.

ㅡ Pare! Pare, com isso! ㅡ era a voz da minha esposa.

Me ergui, limpando minhas lágrimas com o dorso da mão. Dahyun chorava, sequer vestia algo além de sua camisola curta. Sentir ainda mais raiva. Ela olhou para Namjoon, cobrindo a boca e então eu o olhei.

Meu hyung resmungava de dor, seu rosto estava lavado de sangue e meu coração se partiu ao vê-lo daquele jeito.

Então eu chorei mais.

Me sentia apunhalado pelas costas, mas me doía mais entender que eu nunca tive porcaria de irmão algum. Sempre fui sozinho na merda do mundo e a única pessoa no qual eu realmente confiava, foi a que me jogou no fundo do poço.

ㅡ Jungkook... ㅡ ela me chamou. Se aproximou com medo, mas eu me afastei, não querendo machucá-la. Dahyun assentiu, entendendo que eu precisava de espaço, mas seus olhos voltaram para Namjoon. ㅡ precisamos chamar uma ambulância.

Ela buscou o celular, discando com pressa. Meus olhos sempre ficavam embaçados enquanto mais lágrimas vinham, mas quando a vi se abaixar perto dele após enfim pedir o resgate, erguendo-o e o ajudando com as feridas, aquilo foi o fim para mim.

Me afastei devagar, mas me afastei para sempre.

Ambos me encararam quando cheguei até a porta do quarto e se tinha algum resquício de um homem inteiro em mim, pode ter certeza que ele se partiu e sumiu naquele exato segundo.

Encarei minha mão, retirando a aliança que usava.

ㅡ Nunca mais... ㅡ ditei, com a voz embargada. ㅡ nunca mais falem comigo. Eu não quero ver nenhum de vocês na minha frente. Você ㅡ olhei diretamente para Dahyun ㅡ não volte mais para o apartamento. Se era isso aqui que queria, então será aqui que ficará. Mande alguma das suas irmãs ou seja lá quem for, buscar suas coisas, mas não volte mais na merda do nosso apartamento.

ㅡ Jungkook...

ㅡ Não. Eu não quero ouvir.

ㅡ Aquele apartamento também é meu. Não se esqueça que casamos sob o regime de comunhão parcial de bens. Você pagou por ele, mas eu tenho direito.

Eu precisei rir em completa descrença.

ㅡ Tudo bem. Se você quer o que tem direito, que seja. Mas essa merda de casamento acaba aqui.

ㅡ Ainda podemos conversar. Podemos consertar se você entender ㅡ ela tentou, mas outra vez eu neguei.

ㅡ Entender? ㅡ ri, sem humor. ㅡ você deve me achar um tolo, não é?

ㅡ Claro que não!

Namjoon tossiu, cuspindo um pouco de sangue.

Olhei-os juntos e respirei fundo, pensando no quão idiota eu fui por anos.

Meu melhor amigo e minha esposa? Isso quer dizer que eles fodiam e depois ela me beijava ao chegar em casa e ele me ligava contente e de bom humor?

Traidores miseráveis...

Ouvi o som da sirene da ambulância se aproximando e entendi que precisava enfim ir.

ㅡ A partir de hoje não me procurem mais. Vocês estão mortos para mim.

[Continua]

🌑🌘🌗🌖🌕🌔🌓🌒🌑

É gaia pra todo lado, é gaia aqui, é gaia ali...

Gostaram?

Devo continuar?

Me deem uma luz!

🌑🌘🌗🌖🌕🌔🌓🌒🌑

Capítulo betado por: Winteralasca

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