NÓS DOIS SOBRE O DOMÍNIO

By AutoraMoonsoyoaa

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Uma parede de uma cabine em um bar é a única coisa que separa Claire Griffin de Bruce Coleman. Claire Griffi... More

NOTAS INICIAIS
P E R S O N A G E N S
D E D I C A T Ó R I A
B O O K T R A I L E R
PRÓLOGO
Capítulo 1: um alvo fácil
Capítulo 2: se conhecendo da melhor forma
Capítulo 3: o cara de Washington
Capítulo 4: tinha que ser você novamente
Capítulo 5: a garota da boate
Capítulo 6: eu não sou frágil
Capítulo 7: uma viatura para fechar a noite
Capítulo 9: um prédio imenso com loucuras
Capítulo 10: nós dois temos problemas
Capítulo 11: o que você esconde?

Capítulo 8: laudo médico

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By AutoraMoonsoyoaa

Não esqueçam de votar no capítulo ♡

Na minha cabeça não se passava nada mais além de todos os xingamentos possíveis e imagináveis, ainda não conseguia acreditar em tudo que eu estava passando aqui.

Não imaginei que estaria em uma delegacia em plena madrugada, bem, nem pra minha casa eu ia conseguir ir mesmo mas não queria vir pra uma delegacia também.

Minhas mãos e pernas tremiam sem parar, de repente eu sentia um frio fora do normal e tentava me aquecer passando minhas mãos em meus braços descobertos mas tinha sido sem sucesso, eu sabia mas mesmo assim não parei.

Agora com os olhos cheio de lágrimas, tentava achar uma solução que me ajudaria naquele momento mas exatamente nada vinha em mente.

— Olhe para mim enquanto falo com você — o barulho da mão do policial batendo na mesa, me tirou dos meus pensamentos e lentamente olhei para ele.

Se segure, Claire.

— O que eu falei é verdade — falei pausadamente e já havia perdido as contas de quantas vezes tinha dito o mesmo.

Era tão difícil acreditar em mim? A vítima?

— Não é o que Jon diz e as outras pessoas também — o policial diz com um tom sarcástico.

Jon era o nome do desgraçado.

E outras pessoas? Isso é sério?

— Outras pessoas? — perguntei sorrindo ainda incrédula no que tinha acabado de ouvir — Não tinha ninguém mais lá, além de nós três, policial.

— O homem foi brutalmente espancado, eu deveria acreditar nele ou em vocês?

— Você está mesmo aqui para fazer justiça? — perguntei impaciente com toda aquela merda.

O polícia suspirou fundo e se levantou da cadeira, nós dois estávamos em uma sala separada do Bruce para que o policial pudesse conversar comigo a só mas eu sabia que aquilo não tinha resolvido nada na minha vida.

Ele se levantou e fez um sinal com a cabeça para que eu saísse dali imediatamente, eu demorei alguns segundos e saí, indo até onde eu sabia que Bruce estava.

Eu me sentia suja agora, tinha manchas de sangue em meus ombros e meu corpo cheirava a suor, o meu cabelo de antes era qualquer coisa, menos um rabo de cavalo.

Me sentia exausta e já havia perdido as contas de quantas vezes me senti assim só nessa semana.

Cheguei até onde ele estava e Bruce se virou, olhando atentamente para mim, eu me sentei do seu lado no meio da sala da delegacia e o policial veio logo atrás.

— Filho de Marc Coleman? — o policial perguntou ironicamente para Bruce — Um grande empresário, eu poderia dizer.

— Relaxa — Bruce disse se apoiando na mesa — Ele sabe muito bem o filho que tem.

Bruce se aproximou mais e o policial olhou para a mão dele, que logo ele raspou o indicador e o dedão, fazendo sinal de dinheiro, o que fez o policial rir baixo e apenas balançar a cabeça, direcionando o olhar para mim agora, o que fez Bruce relaxar na cadeira.

Era isso mesmo que eu estava pensando? Tinha dinheiro envolvido nisso tudo?

Eu ri baixo e percebi que minhas mãos ainda tremiam, não tinha como me livrar disso, eu ao menos tinha dinheiro para negociar.

— Vou ser legal com você, Claire.

Ele não seria legal comigo.

Não importa o que ele ia falar pra mim ali agora, nada resolveria, eu já sabia disso e não precisava de ninguém para confirmar isso para mim.

— Vai acontecer o que com o cara que me assediu, duas vezes? — perguntei ignorando sua última fala — Ele vai se livrar? Colocando a merda de uma quantia de dinheiro na sua conta? — sussurei a última pergunta mas mesmo assim, consegui irritar o policial.

— Silêncio, por favor.

— Isso é tosco — falei com a voz embargada.

— Você é Claire Griffin, não é? — ele perguntou tentando se lembrar de alguma coisa.

Ele já deve ter ouvido falarem do meu nome.

Por favor, não se lembre.

Não.

— Esse sobrenome Griffin...

— Por favor, eu quero ir embora, o que eu faço? — perguntei sentindo o desespero crescer em mim.

Bruce olhava para nós dois totalmente confuso e a minha reação se repente havia deixado ele curioso também mas que se foda.

— Você é filha do Max Griffin?! — ele perguntou em um tom alto, chamando a atenção de outras pessoas que estavam ao redor.

Não, não sou.

Abri minha boca mas logo fechei, eu não conseguia dizer nada, o desespero que eu sentia agora não se comparava ao que senti antes nessa mesma noite, eu precisava me livrar disso logo, não queria ter uma crise agora.

As pessoas não deveriam lembrar de mim.

— Acho que seu pai não gostaria de saber que a sua querida filha está em uma delegacia.

— Que se foda — falei apertando a mesa com toda a força — Não sou uma adolescente, sou maior de idade faz tempo.

— Não posso te dar nenhuma punição por vários motivos, Sra. Claire.

Sra. Claire. Pare com isso.

— Mas farei questão que seu pai saiba disso tudo.

— Que porra está acontecendo aqui? — Bruce pergunta. Eu já tinha esquecido que ele estava aqui.

Ele também estava escutando tudo.

— Não se meta, já nos resolvemos, apenas espere a cartinha. Pode se retirar! — o policial disse para Bruce.

Bruce olhou para mim com preocupação e eu não expressei nada, apenas baixei minha cabeça, brincando com meus dedos, tentando disfarçar que estava prestes a ter uma crise ali na frente de toda a delegacia, que olhava para nós curiosos, ainda mais depois do policial ter dito de quem eu era filha.

Ele ficou alguns segundos parado e se retirou, indo em direção a recepção, enquanto isso o policial buscava alguma coisa nos papéis, até que ele soltou um suspiro de alívio quando encontrou uma folha.

— Aqui está! — ele disse colocando a folha em minha frente — Isto aqui é a única coisa que te protege, Claire Griffin.

Olhei para a folha e uma lágrima desceu pelo meu olho, minhas mãos já se encontravam vermelhas, de tanto que eu apertava elas e ver aquilo, fez diversas lembranças surgir novamente na minha cabeça.

— Quer que eu leia? Tudo bem... — ele pegou a folha e eu tentei segurar mas ele retirou com força da minha mão.

— "A paciente Claire Griffin, filha do grande empresário, Max Griffin, é diagnóstica com problemas mentais como transtornos de ansiedade, bipolaridade e esquizofrenia grau 2, por isso, depois de um longo tratamento, ela foi liberada da clínica mas continua em uma constante observação..."

— Pare, por favor! — eu gritei me levantando e agora eu não me importava com mais nada, lágrimas saiam sem parar e sentia o ar começar a fazer falta para mim.

Por que tinham que tocar nesse assunto?

Me fazer lembrar disso tudo?

Não era real.

Não era.

Já faz tanto tempo e nada disso é verdade, não me lembrem disso.

— Isso é apenas o seu laudo médico, Claire Griffin.

Andava agora no meio de todas aquelas pessoas de cabeça baixa, quando cheguei na recepção, a policial não disse disse nada, apenas me deixou sair.

Já do lado de fora, o vento gelado da madrugada bateu contra meu rosto, eu suspeitava que já era umas 5:00 horas da manhã, já que o dia estava amanhecendo e o sol começaria a nascer.

Eu passei horas ali dentro.

E eu não tinha pra onde ir, meu apartamento estava com o aluguel atrasado e saberia que encontraria a inquilina se chegasse lá e eu queria evitar isso por enquanto.

Será que Trissie me atende?

Não conseguia pensar muito bem, meu corpo estava inteiro dolorido e eu via que cairia no meio da rua a qualquer momento.

Um assobio alto me tirou dos meus pensamentos e eu olhei para onde ele vinha e me surpreendi em ver Bruce ali, agora apoiado em seu carro com uma latinha de energético em mãos.

Ele andou até mim lentamente e agora estávamos cara a cara, Bruce olhava atentamente cada detalhe do meu rosto e saber que ele fazia isso, me fez virar o rosto para lado com vergonha.

— Pode parar com isso? Eu sei que estou parecendo um cadáver.

— Se considere como a noiva cadáver — ele disse rindo.

— Eu poderia não ter ouvido isso — falei revirando os olhos — Que merda está fazendo aqui?

— Pode não parecer mas eu sou muito cavalheiro, Claire.

— Não me diga que ficou me esperando aqui até agora? — perguntei incrédula.

— Você que está dizendo isso, não sou eu — ele disse levantando os dois braços.

— É sério isso? Eu sei que tem outra explicação.

— Que tal a gente trocar de assunto? Eu estou morto de cansado, então vou deixar você na sua residência já que sou um cavalheiro e depois disso, vou dormir igual um condenado.

— Não posso ir pra casa — falei engolindo em seco.

— Por que não?

— Vai pagar meu aluguel? — falei e apertei minhas mãos que estavam doloridas.

— É sério isso, Claire?

Eu sentia vergonha de mim.

Você acabou de livrar a sua ficha com um dinheirinho que eu garanto que nem vai fazer diferença na sua conta — falei olhando para ele — Não enche! — disse e quando ia começar a andar, Bruce segurou meu braço.

— Vamos pra minha casa então — Sua fala me fez olhar para ele incrédula.

— Está me chamando para dormir com você indiretamente? Nesse momento? Só pode tá de brincadeira.

Ele se aproximou de mim e colocou suas mãos em meu ombro, olhando no fundo dos meus olhos, fazendo um nervosismo crescer dentro do meu corpo.

— Infelizmente não estou te chamando pra minha cama, apenas estou te oferecendo minha casa para descansar — ele disse lentamente — Vamos lá, eu quero dormir.

— Você é um babaca.

— Não deveria dizer isso pra quem está te ajudando.

Não acreditava que estava indo aceitar isso.

Depois de tudo que passei

Já descobri que seu pai é dono daquela boate, me prometa que ele não vai me mandar embora.

— Está pensando nisso? — ele perguntou rindo e segurou meu pulso, passando seu dedo lentamente onde estava vermelho e com cuidado, me puxou para irmos até o carro.

Merda, Claire. Tem outras coisas para pensar.

Mas eu não iria negar a oferta dele, eu estava morta também.


××××

Demorou mas saiu nosso oitavo capítulo!
E a partir de hoje, coisas e coisas viram mais e vamos descobrir o que realmente aconteceu com a nossa Claire 🥺

Semana que vem vamos ter dois capítulos, um na quinta-feira e outra na sexta-feira.




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