Uma parede de uma cabine em um bar é a única coisa que separa Claire Griffin de Bruce Coleman.
Claire Griffin não entende como exatamente foi parar em uma situação como aquela mas aquele homem do outro lado é o único que pode ajudá-la a sair de uma...
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Algo havia mudado naquele momento, naquele exato momento onde Claire mudou sua expressão de repente, passando para um sentimento de ódio que qualquer pessoa sentiria de longe.
Ela apertava com força suas mãos e me olhava fixamente mas sabia que eu estava longe de estar em seus pensamentos agora, Claire olhava para mim mas eu era a última coisa que se passava na sua cabeça.
Eu engoli em seco e olhei para os lados, tentando ver ou ao menos entender o que acontecia ali mas nada veio em mente, tudo continuava do mesmo jeito, pessoas bebendo, dançando e se drogando, ainda naquela noite que demoraria para o fim chegar.
— Ei, tá tudo bem? — tomei coragem em perguntar para ela mas ver seus olhos encher de lágrimas, fez um sentimento de preocupação crescer em mim.
— Não tá nada bem — ela disse aquela frase com frieza e raiva no seu tom de voz, apertando suas mãos cada vez mais forte.
Claire apenas fechou os olhos e respirou fundo, saindo de repente e rapidamente de dentro da boate, sem me dizer nada.
Eu fiquei alguns segundos olhando para o nada, até que voltei para a realidade novamente e corri em direção a saída também, atrás dela.
No estado que ela havia saído, não poderia de jeito algum deixá-la sozinha, nem mesmo se ela quisesse.
Pode bater em mim depois disso, Claire tudo bem.
Já do lado de fora, olhei para todos os lados e não conseguia ver Claire em canto algum, ela numa rapidez surpreendente, havia sumido da minha visão e da onde nós estávamos.
Diversas coisas se passaram na minha cabeça e nada delas eram boas, eu sabia que algo de sério havia acontecido para ela ter aquela reação.
Eu fui mais para o meio da rua e mesmo assim, só conseguia ver grupos de jovens em alguns cantos mas nada dela. Em canto algum.
Passei minha mão pelo meu cabelo, pensando no que deveria fazer, eu não tinha o número dela, então nem poderia tentar ligar para ela.
— Vocês viram uma garota de cabelos castanhos, com rabo de cavalo alto? — me aproximei e perguntei para um grupo de jovens que se olharam.
— Hmm...não lembro de ter visto — um jovem murmurou olhando para os outros, para ver se confirmavam o mesmo.
— Não tenho tanta certeza — uma mulher começou a dizer — Mas se não me engano, vi uma menina nessas mesmas características subir a rua de cima.
— Também lembro de ter visto — outra mulher confirmou — Ela parecia furiosa.
Era ela mesmo.
— Obrigado por isso! — falei suspirando e quando ia correr até onde eles haviam me dito, fui segurado pelo braço pela garota de antes
