𝟔𝟐 | 𝐔𝐦 𝐭𝐢𝐩𝐨 𝐝𝐞 𝐚𝐦𝐨𝐫 𝐝𝐢𝐟𝐞𝐫𝐞𝐧𝐭𝐞
"Você viu Avery esta noite?", Seraphina perguntou a Tom enquanto ele a acompanhava até seu grupo de amigos, "Eu não o vi a noite toda e eu realmente quero falar com ele".
"Não, eu também não o vi. Ele deve estar ocupado com os convidados", respondeu Tom, "Pergunte a eles, talvez eles saibam alguma coisa", ele acenou com a cabeça em direção a Mulciber, Abraxas, Magda, Nott e Lestrange.
Suas cabeças viraram quando viram o par se aproximando e Lestrange foi o primeiro a falar, "Onde você estava? Você perdeu um belo brinde feito pela incrível Sra. Malfoy".
"Eu já disse para você parar de falar sobre minha mãe assim", Abraxas cuspiu para Lestrange, que apenas riu, "É desrespeitoso".
"Acalme-se, Malfoy", Mulciber falou, "Ele está apenas elogiando sua adorável mãe e ele está absolutamente certo sobre isso".
Abraxas revirou os olhos e se virou para olhar para ela, "Seraphina, esta é Magda. Você a conheceu antes", ele olhou incisivamente para a garota ao lado dele e Seraphina lembrou seus dois encontros infelizes.
"É um prazer", Magda deu um sorriso tenso enquanto Seraphina olhava para ela com desconfiança.
A bruxa da Sonserina não disse nada, mas quando ela olhou para o rosto impaciente de Abraxas, ela pensou que seria melhor ser legal com ela, "Eu sinto o mesmo". Os Cavaleiros tentaram não rir quando viram sua estranha troca de palavras, sabendo que ambas as meninas estavam sendo forçadas por Abraxas a serem gentis umas com as outras, "De qualquer forma, você viu Alcides? Eu realmente preciso falar com ele".
"Só o vi no início da noite", respondeu Nott, "depois ele desapareceu".
Seraphina fez uma cara preocupada, "Talvez ele esteja se sentindo mal. Você acha que ele está em seu quarto ou algo?"
"Se meus pais estivessem anunciando que estou prestes a me casar com minha prima, eu também me sentiria mal", Lestrange falou bebendo de sua taça de champanhe.
Magda arregalou os olhos e Abraxas lançou-lhe um olhar que significava que explicaria tudo mais tarde, "Vou tentar encontrá-lo", Seraphina os informou e então se virou para Tom, que ainda estava com o braço em volta da cintura dela, "Você vem comigo?"
"Não, eu tenho poucas coisas para cuidar", ele simplesmente disse, não sendo específico o suficiente para ela entender o que ele queria dizer. Mas a essa altura, ela já havia desistido.
Ela acenou com a cabeça, "Tudo bem, com licença, então", ela inclinou a cabeça ligeiramente e estava prestes a deixar o grupo quando Magda a interrompeu.
"Posso ter uma palavra com você primeiro?", ela parecia insegura de sua pergunta, fazendo Seraphina erguer as sobrancelhas, surpresa. "Vai levar apenas um minuto", Abraxas lançou-lhe um olhar questionador, mas ela nem sequer lhe deu um olhar.
"Certamente."
As duas garotas se afastaram do grupo enquanto olhavam confusas para o par. Seraphina com Magda em direção a uma mesa cheia de taças de champanhe, sabendo que era exatamente o que elas precisavam. "Aqui", ela entregou uma e pegou outra, bebendo instantaneamente.
"Obrigada", ela bebeu seu champanhe também, "Abraxas me contou muito sobre você", ela começou, "E ele também me disse que quando você... Quando você o beijou, foi porque ele pediu para você fizesse isso para eu ficasse com ciúmes", Seraphina tentou interrompê-la, mas ela continuou falando: "E ele também me disse que você tentou dizer não e que realmente teve alguns problemas com seu namorado depois que beijou Abraxas".
Seraphina quase engasgou com o champanhe quando ouviu suas palavras. O que ela acabou de dizer sobre Tom ser seu namorado? Era um termo tão estranho para associar com Tom, "Ele não é meu namorado".
Magda franziu a testa, "Oh? Vocês dois terminaram? Vocês pareciam muito próximos um momento atrás".
"Não, não, nós não terminamos. Nós simplesmente nunca começamos", Seraphina fechou os olhos por um segundo, se perguntando por que ela estava falando sobre sua situação com Tom quando nem ela entendia, "Olha, é complicado. Mas o que você queria dizer?"
"Ah, certo", ela coçou a nuca enquanto Seraphina admirava seu vestido azul-bebê, era de tirar o fôlego, "Então Abraxas me disse que você teve alguns problemas com Riddle por causa daquele beijo. E eu me senti muito mal com isso, você sabe? Tenho certeza que você não queria causar nenhum problema, você estava apenas tentando ajudar seu melhor amigo".
Seraphina suspirou de alívio, feliz que ela não estava prestes a adicionar mais um inimigo à sua lista, "Exatamente! Eu realmente sinto muito sobre a coisa toda, mas ele insistiu muito e eu não pude dizer não".
"Não, não, eu entendo perfeitamente. Nós, garotas, não deveríamos ser inimigas por causa dos garotos", ela disse, "Lá atrás, eu só agi como se te desprezasse porque estou punindo Abraxas, não você. Ele só precisa entender que não pode sair beijando outras garotas só porque ele quer me fazer ciúmes. Ele se importa muito com você, sabe? E parte o coração dele sabe que eu não gosto de você, mas isso não é verdade, porque agora eu tenho nada contra você", ela continuou divagando e Seraphina riu um pouco, "Na verdade, eu gostaria que nós começássemos de novo, ele só não pode saber sobre isso. Por enquanto, é claro".
"Eu entendo completamente e posso ajudá-la em seu plano", as meninas sorriram uma para a outra, "Estou feliz por vocês dois, de verdade".
"Sim, eu gosto muito dele. Às vezes ele tem algumas perspectivas perversas, mas eu desisti disso. É apenas como ele é", ela falou.
Seraphina sabia exatamente a que estava se referindo, "Acredite, Abraxas não é o pior".
"Eu acredito em você. Riddle me assusta um pouco, mas eu não sei por quê. Ele é tão charmoso e educado, mas às vezes parece que há algo de errado com ele", ela explicou, olhando para o grupo de garotos da Sonserina e Seraphina se perguntou o quanto Magda realmente sabia sobre o grupo deles, "Sem ofensas, claro. Ele parece gostar muito de você, no entanto. Desde que vi vocês dois pela primeira vez, não conseguia imaginar Riddle sem você ou você sem Riddle. Na minha cabeça e na cabeça de todos, acredito, vocês dois são apenas uma pessoa".
Seraphina não tinha certeza se isso era um elogio ou uma ofensa, mas certamente era um fato, "Sim, nós somos inseparáveis por tantos anos, exceto por alguns problemas".
"Posso te perguntar uma coisa?", Magda perguntou e Seraphina ficou surpresa com o quanto a garota gostava de falar. Ela sempre a imaginou como alguém mais reservado.
"Claro."
"Você sabe por que sua família tem olhos assim?", ela perguntou com uma voz um pouco tímida, provavelmente com vergonha de fazer aquela pergunta, mas, ao mesmo tempo, morrendo de curiosidade.
Seraphina deu de ombros, "Meu pai costumava me dizer que nossos olhos são assim porque somos de alguma forma diferentes, mas acredito fortemente que é por causa de todo o incesto que costumávamos ter em nossa família", ela queria mudar de assunto imediatamente, já que a deixou extremamente desconfortável ao falar sobre sua família, "Então, onde você comprou esse vestido? É lindo", Seraphina tomou um gole de champanhe novamente.
"Oh, obrigada, eu comprei em Paris com a Sra. Malfoy", ela deu um pequeno sorriso, "Foi uma viagem adorável. Abraxas me disse que você foi acampar com Riddle?"
"Algo assim", ela respondeu, não querendo para contar a ela os detalhes de sua viagem, "Foi ótimo conversar com você. Você acha que podemos nos encontrar novamente neste verão?"
"Espero que sim! Onde você mora?"
"Acabei de me mudar e agora estou morando com Tom em Londres."
Magda engasgou, "De jeito nenhum! Eu sou de Londres também! Nós definitivamente deveríamos nos encontrar o máximo que pudermos! Eu posso te mostrar a cidade, já que eu morei em Londres a minha vida inteira e você é nova lá".
Seraphina não pôde deixar de sorrir, por algum motivo confiando na garota na frente dela, "Eu adoraria isso".
"Ótimo, então está resolvido!"
•
Seraphina conheceu Avery quando ela tinha sete anos. Seu único amigo antes dele tinha sido apenas Abraxas, mas quando ele a apresentou a Alcides Avery ela sabia que seria uma amizade para a vida. Avery não era como Abraxas ou Seraphina, ele sempre foi o prudente. Ele pensou duas vezes e os ajudou quando eles tiveram problemas. E por muito tempo foram apenas os três. Seraphina iria estragar tudo, Abraxas iria rir e Avery iria consertar tudo.
Com o passar do tempo, o grupo se ampliou e muitas coisas mudaram. Mas Avery sempre foi fiel a si mesmo, tinha valores e se importava mais com o bem-estar de seus amigos do que todos os outros. Ele sempre foi gentil, suave e carinhoso. Seraphina realmente o amava e sentia que lhe devia o mundo, o que explica por que ela estava tão preocupada com ele quando ele desapareceu naquela noite.
Ninguém parecia realmente se importar com onde ele estava. Abraxas estava muito distraído com Magda, Tom passou a noite conversando com estranhos e fazendo novas amizades e o resto do grupo estava bêbado demais para se importar. Seus pais, no entanto, o procuravam em todos os lugares, não porque estivessem preocupados com ele, mas, porque esperavam que ele anunciasse o noivado.
Com muitas possibilidades terríveis em sua cabeça, Seraphina abandonou o barulhento salão de baile e correu escada acima, em direção ao corredor onde ficava o quarto dele. As chances de ele estar lá eram bem baixas, mas ela procurou por ele em todos os lugares, e talvez ele estivesse apenas escondido em seu quarto.
O longo corredor estava vazio e, enquanto Seraphina marchava em direção à porta dele, ela ainda podia ouvir a música clássica alta e as únicas vozes aparentemente felizes no andar de baixo. Quando ela chegou à sua porta, ela bateu repetidamente, mas nenhuma resposta veio de dentro do quarto dele, "Avery! Sou eu! Se você está me ignorando, eu mesmo abro a porta!"
Não houve resposta do outro lado da porta, o que significava que seu quarto provavelmente estava vazio. Mesmo assim, ela abriu a porta destrancada e espiou dentro do quarto. Não estava completamente escuro, pois a lareira estava acesa.
"Seraphina", ela ouviu a voz triste de Avery e o encontrou sentado em frente à lareira, os joelhos contra o peito e os braços em volta das pernas, "Seraphina", ele repetiu o nome dela enquanto ela corria para ele e se sentava ao lado dele.
"Alcides, o que há de errado?" Ela olhou para ele e notou que suas bochechas estavam molhadas e seus olhos estavam vermelhos, "Não importa, foi uma pergunta estúpida. Eu sinto muito que isso esteja acontecendo com você. Você não merece isso".
Ele colocou a testa contra os joelhos dobrados e suspirou alto, "Eu sei que não mereço isso. Eu nunca machuquei ninguém na minha vida, mas ainda assim parece que alguém está me punindo por alguma coisa".
Ela abraçou seus ombros com um braço e sua cabeça caiu sobre seus ombros nus, "Eu quero te ajudar".
Ele cheirou contra sua pele e ela sentiu suas lágrimas em seu ombro, "Eu não posso ser ajudado. Não há nada que você possa fazer. Eu só quero ser feliz, eu quero ser feliz com Harry. Por que o mundo está contra mim? O que eu fiz? Eu sou realmente tão ruim que devo viver minha vida inteira com alguém que não amo?"
"Você não fez nada, Alcides. Você é perfeito em todos os aspectos", ela engoliu em seco, não sendo capaz de vê-lo tão triste e com o coração partido. De repente, seus problemas pareciam insignificantes para ela quando o ouviu falar, "Não consigo ver você passando por tudo isso. Deve haver algo que eu possa fazer".
Ele balançou a cabeça lentamente, uma de suas mãos procurando a dela, "Eu só quero desaparecer", ela apertou a mão dele e levou-a aos lábios, "Como eu vou descer e propor a minha prima na frente de todos? Eu não serei capaz de fingir que está tudo perfeitamente bem quando estou miserável!"
Ela beijou seus dedos e acariciou sua mão com o polegar, "Eu tenho uma ideia, mas não tenho certeza se você vai concordar comigo".
Ele levantou a cabeça do ombro dela e franziu a testa, "O que é? Estou aberto a qualquer coisa agora".
"É apenas uma solução para esta noite, mas é o melhor que podemos fazer antes de pensar em outra coisa", ela começou, "Prometo que encontraremos uma solução mais tarde. Mas se você ficar em seu quarto o resto da noite, seus pais certamente vão encontrá-lo. Eu estava pensando que você poderia vir ao meu apartamento e ficar lá o tempo que quiser. Ninguém nos veria saindo e será como se não estivéssemos aqui em primeiro lugar. Você quer fazer isso?"
Avery acenou com a cabeça imediatamente, "Meus pais vão me matar, mas com certeza. Vamos fazer isso".
Avery nunca foi de quebrar as regras, mas ele parecia extremamente satisfeito com a ideia de desaparecer durante a noite.
"Brilhante. Você tem pó de flu?" Ela o ajudou a se levantar do chão e ele acenou com a cabeça.
"Sim, eu tenho aqui no meu quarto", ele suspirou, "Seraphina, muito obrigado". Avery a trouxe para mais perto dele e a abraçou em um abraço apertado, "Obrigado por estar aqui".
Ela beijou a bochecha dele. "Você faria o mesmo por mim. Vou apenas dizer a Tom que estamos saindo enquanto você prepara o pó de flur. Volto em um segundo".
Avery a observou se afastando dele e saindo de seu quarto. Ela desceu as escadas correndo até chegar ao salão de baile novamente, recuperando seu compositor uma vez que estava no meio de todos aqueles bruxos importantes. A música ainda estava tocando e havia muita gente dançando valsa, tornando mais difícil para ela ver onde Tom estava.
Ela finalmente o viu conversando com ninguém menos que sua prima Genevieve perto de uma janela, fazendo seu sangue ferver, mas ela ignorou e prometeu que teria que lidar com isso mais tarde. Marchando em direção a ele e evitando olhar nos olhos de ninguém, ela foi rápida em falar e interrompeu a conversa.
"Tom, estou indo", ela anunciou, fazendo ele e Genevieve olharem para ela surpresos. Ela ignorou completamente a presença de seu primo, "Só para sua informação".
"Por quê?"
"Eu explicarei mais tarde", ela simplesmente disse.
"Seraphina, você está sendo irracional. Diga-me o que aconteceu", ele virou seu corpo para encará-la completamente e pegou sua mão, "Você está se sentindo mal?"
"Não, só estou cansado. Prometo que explicarei mais tarde."
Genevieve riu, "Prima, você não está arrebatadora?"
"Sim", ela não olhou para ela e simplesmente beijou os lábios de Tom, "Te vejo mais tarde".
A razão pela qual ela o beijou na frente de todos era uma grande questão para ela e para ele. Eles nunca se beijaram na frente de outra pessoa e demonstrar esse tipo de carinho era bastante arriscado. No entanto, ela nem queria pensar nisso enquanto caminhava para encontrar Avery novamente e finalmente deixar aquela mansão.
•
"Apenas chá está bom, Seraphina", Avery tinha um pequeno sorriso nos lábios enquanto observava a bruxa andar pela cozinha enquanto procurava algo para cozinhar com um grande vestido preto, "Realmente, não estou com fome".
"Você não comeu nada a noite toda, Alcides. Você deve estar morrendo de fome!" Ela tirou os saltos e os jogou para a sala, "Diga-me o que você quer e eu vou cozinhar".
"Dúvido. Sério, eu só quero um pouco de chá."
Ela balançou a cabeça, "Tudo bem, vou pegar alguns biscoitos então", ela preparou tudo e os dirigiu para a sala, assim como ela havia feito no outro dia com Abraxas. Ele se sentou no sofá e tirou a jaqueta para ficar mais confortável, "Você se importa se eu for me trocar bem rápido? Eu já volto".
"Claro que não, é o seu lugar, você tem que estar confortável."
"Obrigada", ela sorriu e correu para seu quarto sombreado para tirar o vestido muito desconfortável, mas bonito. Olhando no espelho, ela olhou para as marcas em seu peito criadas pelo espartilho apertado e as marcas feitas pelas mãos e lábios de Tom.
Ela pegou o short do pijama e encontrou um suéter preto velho de Tom, vestindo-o rapidamente e sentindo o quão confortável ele realmente era.
Avery estava apenas levando a caneca aos lábios quando ela correu para se juntar a ele no sofá, "Você foi rápida".
"Eu não queria deixá-lo sozinho", ela pegou uma caneca como bem e eles ficaram alguns segundos em silêncio, "Você vai passar o tempo que quiser aqui".
"Eu não quero incomodar você e Tom. Vou tentar encontrar uma solução o mais rápido que puder", ele suspirou, "Acho que vou para minha casa amanhã e confrontar meus pais, contar a verdade. Se eles não aceitarem, terei que encontrar outra solução".
Seraphina acenou com a cabeça, "Sim, isso é uma boa ideia. Mas você deve saber que tem um lugar aqui sempre que precisar. Você nunca poderia incomodar a mim nem ao Tom, acredite em mim".
"É só que vocês parecem estar em lua de mel ou qualquer outra coisa e eu não quero me intrometer."
"Bobagem! Você vai ficar e ponto final!" Ela pegou um biscoito e sorriu, "Além disso, eu poderia realmente usar sua companhia aqui. Tom está sempre com a cabeça em um livro ou fazendo Merlin sabe o quê".
Alcides abriu os braços para ela e ela permitiu que ele a abraçasse, "Você é a melhor, Seraphina. O que eu faria sem você?"
"O que eu faria sem você? Essa é a verdadeira questão", ela riu em seus braços e ele beijou sua testa, "Harry é um garoto de sorte".
"Riddle é o sortudo. Ele não tem ideia do quão grande você é", suas palavras caíram para um sussurro e Seraphina fingiu não ouvir o que ele disse em seguida, "A verdade é que ele não merece você".
¹ FOGOS DE ARTIFÍCIO
Ela tinha uma mente como uma caixa de fogos de artifício e mãos que brincavam imprudentemente com fósforos;