O Intercâmbio

By beatriz_on11

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Eliza Claire talvez tenha se precipitado quando implorou aos pais por um intercâmbio para a California, e tal... More

01_ Que morra cagada!
02_ Acaba com ele!
03_ Xereca flash.
04_ Engasgue com um pau.
05_ Bolsa de estudos.
06_ Castigo com o Theo.
07_ Ladybug.
08_ Que boca suja...
09_ Pau do Theo.
10_ Atropelada por 8 professores.
11_ Cicatrizes.
12_ Leite do meu ex.
13_ Escravo sexual?
14_ Brenda.
15_ Você é insubstituível, amor.
16_ Existência miserável.
17_ Morta e muito bem enterrada.
18_ De joelhos.
19_ Eu te odeio.
20_ Prima do Bolsonaro.
21_ Estupidamente cruel.
22_ ACORDA!
23_ Ele me traiu.
24_ Você é um ser humano horrível.
25_ Santa misericórdia.
26_ VAI DAR NAMORO!
27_ Urubu do Theo.
28_ Mãe.
29_ Você sonha comigo?
30_ Só tem uma cama.
31_ Barbie sereia.
33_ Theo safadão.
34_ Brigando ou flertando.
35_ Orgulhoso, banal, inútil e insensível.
36_ Maldito elevador.
37_ Tesoura.
38_ Quem fez isso com você?
39_ Eu te amo.
40_ Pau sabor especial banana?
41_ Seu cachorro!
42_ Capeta.
43_ Rasteira.
44_ Vingança.
45_ Bate de novo.
46_ Absolutamente perfeita.
47_ Espelho.
48_ Felizes para sempre.
49_ Você estava lá?
50_ Sonhos destruídos.
51_ Você é suficiente.
52_ Senhorita Claire!
53_ Pai?
54_ Minha querida.
55_ Fim.

32_ Bosta da ratazana do esgoto voadora.

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By beatriz_on11

Eliza Claire

- Os opostos se atraem. - A Soso falou e eu revirei os olhos.

Não diga isso para o Bolsonaro e o Trump! Eles são um casal de bostas tão lindo...

- Os opostos se estressam. - Corrigi.

- Punhetico. - Ela assentiu me encarando.

Soltei uma pequena risada e encarei a minha amiga com a cabeça inclinada enquanto nós andávamos pelo lado de fora do hotel.

Tínhamos acabado de voltar de uma das atividades da excursão. Nunca achei que seria tão humilhada por não saber nadar até que fui perseguida por um ganso.

- E como foi dormir com ele? - A Soso questionou me entregando uma garrada de água.

- Eu não sei... - Admiti erguendo o olhar para ela. - Eu dormi primeiro que ele e quando levantei, ele não estava no quarto. - Dei de ombros.

Observei as pequenas sardas que se estendiam pelo rosto da minha amiga e engoli seco vendo um sorriso enorme se estender pela boca dela.

- Eu sou muito mais feliz quando ele está a 50 privadas longe de mim. - Falei bebendo finalmente da água e a Soso ergueu uma sobrancelha imitando a Mirella.

- Vocês estão agora separados por alguns centímetros na mesma cama. - Ela brincou e eu fiz uma careta indignada.

De repente, senti algo cair na minha cabeça. Era estranhamente líquido e sólido ao mesmo tempo e caiu tão rápido que eu achei que tava chovendo pirocas de plástico.

Os olhos da Soso se arregalaram e eu movi minhas mãos até a minha cabeça com cautela.

- Não! - A Soso segurou as minhas mãos antes que eu tocasse o que caiu no meu cabelo. - Um pombo acabou de cagar na sua cabeça.

O meu queixo caiu igual a minha dignidade.

- Pombo filho da puta da desgraça! - Xinguei em português em choque com os olhos arregalados.

Comecei a andar para o hotel em pânico enquanto xingava o pombo em todas as línguas que eu conhecia, ou seja, português e o meu inglês atropelado pela raiva. Cheguei no meu andar e corri para a porta do quarto.

Eu provavelmente parecia um hétero top que acabou de receber um fora.

- Se eu pego aquele pombo na rua eu jogo uma pedra nele. Aquele satanás daquele pombo pra me cagar aqui. Tá achando que é quem pra cagar na minha cabeça? Vou xingar mesmo, Deus que me perdoe. Filho da puta miserável. - Caminhei pelo quarto irritada e assim que cheguei na porta do banheiro travei.

Se eu encontro aquele pombo maldito eu quebro ele com pedras...

O Theo estava de costas para a porta terminando de colocar a camiseta preta.

Tive uma pequena visão dos músculos das suas costas flexionando enquanto os seus braços faziam o trabalho de passar a peça cuidadosamente pelo seu corpo. O cabelo dele estava molhado, fazendo algumas gotas de água escorrerem pelo seu pescoço e molharem a sua camiseta recém colocada.

Ele passou a mão grande e com veias pelo cabelo, puxando boa parte da água pra fora do mesmo.

Pisquei atentamente, não entendendo o porquê de eu ter paralisado com aquela visão.

A atenção do Theo era toda para o espelho que refletia a sua imagem e eu consegui ver um sorriso de lado iluminar o seu rosto. A sua covinha apareceu, rasgando a sua bochecha com charme, e a maçã do seu rosto ficou rapidamente visível, apagando totalmente a expressão dura que ele tinha no rosto alguns segundos atrás.

- Se você vai ficar me espionando pela brecha da porta, pelo menos seja discreta, querida. - Ele sussurrou com um tom de divertimento na sua voz.

Os meus olhos se arregalaram e eu pulei de susto.

Nem a Ladybug pode me salvar agora...

- Não estou espionando. - Me defendi com indignação pra tentar esconder a vergonha de uma vagabunda descarada. - Devo te lembrar que esse quarto também é meu?

- Se você queria uma visão mais privilegiada de mim, era só ter pedido. - Ele se virou para a porta fazendo os nossos olhares se encontrarem. - Eu não teria negado.

Um choque de energia passou rapidamente pelo meu corpo e eu pisquei os olhos, afastando os pensamentos malignos que a macumbeira da Soso deve ter me enviado.

Eu coloquei minhas costas contra a batente da porta e cruzei os braços desacreditada, quase esquecendo que a minha cabeça estava cagada.

- Eu me pergunto o que vai te matar primeiro, sua humildade ou lealdade? - Joguei minha cabeça para o lado, apenas pra encontrar os perfeitos olhos castanhos fixados em mim.

Eu odiava admitir que toda vez que os nossos olhares se encontravam, eu tentava descobrir que tom de castanho era aquele, na expectativa de um dia, conseguir pintar algo tão perfeito.

- Você. - Ele respondeu sem hesitar, fazendo qualquer resquício de sorriso sumir do meu rosto. - Você com certeza vai ser o motivo da minha morte e eu não tenho certeza se faria alguma coisa pra impedir, ou se apenas admiraria o seu rostinho bonito enquanto você acaba comigo.

Eu fui pega de surpresa.

O meu rosto demonstrou exatamente o que eu senti, deixando as minhas bochechas vermelhas e os meus olhos arregalados.

Os meus lábios se separaram lentamente, em uma tentativa de achar algum comentário sarcástico pra me tirar dessa situação, mas eu não conseguia pensar em nada que o Theo não distorcesse.

Esse garoto conseguiria até torcer o pau do Hulk se tentasse.

Provavelmente na sentada...

Ele percebendo os efeitos da sua confissão, soltou uma risada nasal e caminhou até mim.

- Pare. - Mandei tentando me defender, pelo menos até que conseguisse me recompor.

A bosta da ratazana do esgoto voadora já tá afetando o meu pobre cérebro.

O Theo, como se estivesse sob o meu comando, parou de andar e engoliu seco penetrando o seu olhar no meu mais uma vez.

Quase considerei que manter contato visual comigo fosse a sua atividade favorita, pelo tanto de vezes que ele insiste em fazer isso.

- Eu preciso sair do banheiro. - Ele justificou.

- Ainda não. - Soltei sem pensar e logo em seguida fiz uma careta confusa para a minha própria fala.

O Theo acompanhou o meu rosto e soltou uma pequena risada desacredita e confusa.

- Você quer que eu te ajude a lavar isso na sua cabeça por acaso? - Ele brincou e eu arregalei os olhos.

- Pombo filho da puta! - Lembrei sentindo o meu ódio voltar.

- Por que você acha que eu tenho o cabelo molhado? - O Theo piscou os dois olhos apontando para o seu cabelo e partilhando o mesmo ódio.

- Os pombos aqui são tão agressivos assim? - Questionei genuinamente preocupada.

Vou ter que começar a andar com um monte de desodorante pra tacar nesses ratos voadores.

Até o meu Hamster era mais educado e apenas cagava no meu dedo 6 vezes por semana.

- É o segundo que caga na minha cabeça hoje! - O Theo contou indignado. - Eu não pisei naquele jardim por 1 minuto inteiro e um daqueles filhos do capeta cagou no meu cabelo de novo.

- Se eu pego um desses na rua... - Sussurrei com raiva.

O Theo continuou me encarando e eu respirei fundo, conseguindo sentir o seu cheiro quase de um jeito automático.

Menta.

O seu cabelo sempre tinha cheiro de café e menta, mas agora, o cheiro do café era quase invisível.

Eu gostava do cheiro de café nele.

Era o toque especial que apenas o Theo tinha.

Mesmo ontem, eu percebi que o cheiro de café parecia desaparecer do seu cabelo, o que me fez pensar que talvez ele realmente fosse burro o bastante pra esquecer o próprio shampoo.

- Posso sair do banheiro agora? - O Theo perguntou me arrancando dos meus pensamentos e eu percebi que estava encarando o seu pau esse tempo todo.

continua...

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qnd tiver 8888 comentários eu posto o próximo cap ainda hj:)

acho q acabamos de começar uma maratona??? se preparem pra bater o dedo nesse teclado igual vcs batem siririca

os xingamentos da Eliza foram tirados de um vídeo do Tiktok que eu n lembro o @ ;)

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