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Carmem:
Mais tarde o churrasco ainda estava rolando, a maioria tinha ido embora e só estava os mais próximos mesmo. E porra eu tô subindo pelas paredes de tanto tesão..
Apesar de tudo, tem vezes que o Brown né despertar um lado bom.. E ele sabe bem que falar putaria para mim é um caminho sem volta, ainda mais com as mãos bobas.
Brown: Já a gente vai. - Concordei encostando o queixo no ombro dele, enquanto sentia a mão dele brincar por cima do meu shorts jeans - Vou te maltratar da melhor forma hoje, tá só me atiçando Carminha.
Carmem: Vai mesmo? - Perguntei observando as pessoas, levantei um pouco a cabeça e mordi a ponta da orelha dele - Me foder daquele jeitinho que só tu sabe.
Ele se virou e olhou para o povo, depois virou de volta me abraçando. Deixei minha cabeça encostada com o queixo no ombro dele observando. Soltei uma risada baixa quando ele abriu meu shorts com cuidado e foi descendo a mão por alí, o bofe começou a brincar daquela jeito.. Confesso que fiquei morrendo de medo de alguém ver.
Me remexi um pouco passando a unha pelo braço dele, segurando só máximo para não gemer.. Porra! Abaixei um pouco minha cabeça vacilando em seguida deixando um gemido baixo escapar. Ergui minha cabeça passando o olhar rápido por todos.
Mordi meu lábio reprimindo um puta gemido e fechei um pouco os olhos apertando o pano da camisa dele. Quando abri meus olhos de novo encontrei o olhar do Pedaço fixo em mim.
Puta que pariu, vacilei.. Ele ergueu uma sobrancelha e eu fiz a Kátia fingindo que não era comigo, nisso ele negou com um sorriso de canto no rosto. Fiquei morta de vergonha!
Carmem: Brown, vamos? - Pedi segurando o braço dele - Não vou conseguir me controlar, sério, vamos..
Ele riu tirando a mão de dentro do meu shorts e fechou enquanto eu tentava me acalmar, óbvio que eu não ia dizer que o Pedaço viu algo, isso ia causar uma treta grande. Conheço bem o Brown.
Nós fomos saindo de mãos dadas, o Brown na minha frente me puxando e guiando o caminho. Ele passou justamente na frente do Pedaço e os dois se comprimentam, engoli a saliva nervosa e respirei fundo quando passei por ele, me encarando sério. Virei meu rosto e pude ver de relance ele encarar nossas mãos entrelaçadas.
Logo a frente, o Brown parou quando ouviu meu pai me chamar. Paramos e meu pai cruzou os braços encostado no tanque da moto.
Tião: Pode deixar que eu deixo ela em casa, mais tarde. - Senti ele apertar minha mão. - Vou levar minha Estrela para comer uma parada, eu e ela. Depois te devolvo.
Meu pai disse calmo e o Brown deu um sorriso concordando, mas eu.. Eu estava segurando para não deixar transparecer a dor e a vontade de chorar, com ele apertando minha mão. Me virei de lado olhando para o Brown que também virou me olhando, com a aparência calma e um sorriso falso que engana tanta gente..
Brown: Tu não falou nada, que ia sair. - Falou baixo quando aproximou o rosto do meu e me deu um selinho. - Porque?
Me deu outro selinho disfarçando e depois outro, apertou um pouco mais minha mão e soltou me abraçando pela cintura. Onde ele também colocou toda a força possível para apertar.. Sabendo que eu tava sentindo a dor.
Quem quer que visse de longe, diria que é só um casal lindo conversando. Já perdi a conta de quantas vezes isso aconteceu.
Carmem: Esqueci, completamente. Desculpas. - Pedi e ele entendeu que minhas desculpas era mais um pedido para ele parar. - Tá me machucando..
Falei mais baixo erguendo minha cabeça para olhar para ele, ele olhou para os meus olhos cheios de água e parou de me apertar. Respirei fundo aliviada.
Brown: Esqueceu, sei bem. Tu fica esperta pô, tô de olho em você caralho. - Beijou minha testa e desceu para a lateral do meu rosto. - Tô tentando ficar na boa com tu, não estraga essa merda.
Me deu um último selinho e se afastou rindo, fingindo.. Fiquei observando enquanto ele subia na moto, ligava e dava partida. Me aliviei assim que ele sumiu na esquina e me virei sorrindo para meu pai.
Tião: Dogão? - Neguei fazendo careta. - X-bacon, né. Não sei nem porque perguntei, mas bora ficar mais um pouco aí. Curtir comigo.
Carmem: Tá bom.. - Confirmei e me aproximei abraçando meu pai. - Eu preciso ir no banheiro, tô me mijando.
Reclamei, mentindo. Só quero ir para dar uma olhada na minha mão, ela tá vermelha e eu tô com medo de ficar muito aparente.
Meu pai me soltou dando um tapinha na minha cabeça e eu saí, andando rápido. Fingindo estar apertada e pedindo licença para todo mundo que entrava na minha frente. O banheiro ficava logo ali, eu entrei no primeiro corredor e é a segunda porta a esquerda. Abri a porta e entrei já trancando.
Sentei em cima do vaso com a tampa fechada e encarei minha mão, acendi a luz e bufei.. Porra, isso vai ficar roxo eu tenho certeza, já tá tão vermelho.
Olhei em volta procurando qualquer coisa que eu pudesse usar como desculpa e não encontrei nada.
Ouvi três batidas na porta e avisei que tinha gente. Aproveitei para abrir meu shorts e depois meu body, com medo de ter ficando marcada a minha cintura.. Bateram na porta de novo.
Levantei meu body e me arrependi no mesmo instante, observando a região totalmente vermelha e mais vermelha ainda, na parte em que marcava os dedos dele. Respirei fundo me olhando no espelho, abaixei minha cabeça e neguei ajeitando minha roupa. Enquanto batiam de novo na porta.
Lavei minha mão na água da pia para ver se ajudava e então abri a porta. Fui para sair mas ele entrou na minha frente.
Pedaço: Entra. - Mandou e eu olhei para ele sem entender. - Quero falar contigo, agora. Entra.
Olhei para o corredor vazio e dei alguns passos para trás, voltando para dentro do banheiro. Ele entrou e bateu a porta com força, trancando ela.
Carmem: Tinha que ser aqui? - Perguntei e me encostei na pia de mármore. Ele me olhou sério.
Pedaço: Tinha. - Falou em um tom bolado e deu três passos na minha direção.
O banheiro pareceu diminuir de tamanho, engoli em seco e fui um pouco mais para trás. Me encostando com força na pia.
Pedaço: Vou perguntar a porra de uma única vez. - Observei os braços deles me encurralar com as mãos segurando a borda da pia. - Cadê a Giane?
Mas que porra.. Ouvi o barulho e senti a pia se mexendo, desci meu olhar para a mão dele apertando a borda dela com força. As veias saltando pelo braço e pela mão, a pele vermelha..
Carmem: Eu não sei. - Falei calma e ele bufou. - Da licença, por favor.
Pedi e levantei minha cabeça para encarar ele de novo, não com medo só surpresa. Muito surpresa.
Ele ainda me olhando tombou um pouco a cabeça para o lado e abaixou, olhando nos meus olhos. Me encarou por alguns segundos e levantou a cabeça de novo, se aproximando, senti a respiração quente e calma na minha têmpora. Vi a cabeça dele se movimentar com calma e então, a respiração bateu contra minha orelha.
Pedaço: Se eu descobrir que tu tá mentindo.. - Senti a lufada de ar quente. - Nós vai conversar de novo e não cair bem pra tu.
Fechei meus olhos engolindo em seco, ouvindo ele falar baixo. Merda..
Pedaço: Eu não sou mais o moleque que tocava violão contigo, Carmem, não me confunde. - Avisou e eu abri os olhos antes que ele me olhasse.
Carmem: Eu sei. - Falei e ele levantou a cabeça com a mesma expressão. - Mas eu não sei onde ela tá.
O rosto dele veio com calma, se aproximando e me olhando. Levantei um pouco minha cabeça e ele deu um leve sorriso de lado.
Pedaço: Carminha. - Saiu como um aviso. - Qual foi?
Desviei o olhar para a boca dele e me xinguei mentalmente por isso, desviei o olhar novamente e ele fez menção de avançar mas virou o rosto e se afastou. Não disse mais nada e saiu do banheiro.
Olhei ele fechar a porta e relaxei, tentando entender o que foi que rolou. Chacoalhei minha cabeça de leve e respirei fundo, saindo do banheiro.