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Vocês me perdoem pelo capítulo passado KKKKKKKK, era para ser um vestido mesmo. Escrevi de ressaca e fiz confusão.

×100 comentários.
Pedaço;

Olhei a Carmem dormindo, mais cedo nós tentamos fazer uma parada mas não deu certo não. Ela se machucou um pouco, ficou com dor e o bagulho não flui de jeito nenhum, pô. Foi do caralho.. Ela se mexeu um pouco e colocou parte do braço na frente do rosto, acho que acordando mas já tentando voltar a dormir.

Envolvi o braço dela com a mão esquerda e puxei, tirando dali. Ela abriu os olhos devagar, piscando algumas vezes e me olhando com a cara amassada, de quem realmente acabou de acordar. Larguei o braço dela em cima da cama e ela sentou apoiando os dois braços na cama, se arrastando um pouco para trás e me olhou de novo.

Carmem: Como tu é insuportável. - Esfregou as mãos no rosto e bocejou, virando o rosto. Ignorei só focando em como a voz dela é gostosa de ouvir, ela pode tá falando de coisa triste ou a pior merda que for, eu só reparo em como essa porra da voz dela é gostosa de ouvir, sensual  pra caralho.

Pedaço: Depois dos teus peitos, a coisa que eu mais gosto em tu é a voz.. Gostosa igual tu, me amarro. - Ela me olhou e gargalhou empurrando meu ombro.

Carmem: Eu não gosto de você, nem de nada seu. - Falou abusada e eu sorri debochado. - Só do seu pau, nas horas vagas..

Balancei minha cabeça concordando e lembrando da conversa que tenho que ter com ela mas adiantei, o bagulho é aproveitar o momento. Mas acho que não é uma boa hora pra falar disso com ela, Carmem acabou de escapar da morte por causa de outro cara.. que dizia amar ela, pô, acho que pode ser cedo demais pra ela se sentir a vontade pra isso. Aquele pau no cu, meteu um medo desgraçado dentro dela e eu tô ligado nisso.

E na moral, se a Carmem não quiser alguma parada comigo por causa desse filho da puta e do que ele fez pra ela, eu mermo saio atrás dele. Nem que eu tenha que colocar o Brasil de cabeça pra baixo, pô, mas eu encontro ele.

Pedaço: Deixa eu te perguntar um bagulho, tu pensa em se relacionar com outra pessoa? - Perguntei descansando a mão na coxa dela, ela me olhou sem resposta e mexeu os ombros de leve. - Não?

Carmem: Ah, não sei.. Eu tenho receio sabe? De confiar em qualquer homem, que não seja o meu pai. Tu é um deles.. Tem coisa pra caralho no meio disso tudo, minha relação com o Brown e tudo o que ele fez, meu maior medo é passar por isso de novo. - Colocou a mão em cima da minha, mexendo no relógio no meu pulso. - Por que tá me perguntando isso?

Observei a mão dela no meu relógio e subi o olhar para o rosto dela, olhar curioso e medroso.

Pedaço: Tu acha que eu ia ser maluco de te encostar um dedo na maldade? Na moral, aí tu tá me confundindo legal.. Brown pode ter te prometido a porra toda e não ter feito porra nenhuma, mas não é por isso que logo eu vou ser igual. - Não curti o jeito que ela falou, como se eu fosse fazer algo com ela. - Te respeito pra caralho, coisa que ele nunca fez. Tu pode ter passado a porra que for com ele, só não quero tu me comparando com esse cara. Ele não é nada, um lixo, pô..

Carmem: Eu não disse isso. - Respirou fundo e parou de mexer no relógio. - A questão Pedaço, é que o Brown tinha esse mesmo papinho de que nunca ia encostar em mim na maldade, e depois quase me matou. Por pouca coisa eu não morri.. E eu não te comparei com ele, disse uma realidade sobre vocês homens, que sempre mentem e fazem merda depois, prometem mil coisas e depois só Deus sabe.. Homem não é flor que se cheire.

Ouvi o que ela falou calado, o engraçado é que ela se contradiz em segundos. Falou que não tava me comparando com o filho da puta lá e depois meteu essa, de que todo homem é assim, o caralho.. Nunca fui e nunca serei.

Pedaço: Aham, beleza Carmem, beleza. Eu nem vou perder meu tempo pra discutir essa parada contigo, que tu ainda vai me botar como errado com essa papo feminista. - Tirei minha mão da coxa dela e ajeitei meu relógio no pulso, estressado com esse papo.

Carmem: Ah, vai começar o papinho machista. Dá um tempo, Pedaço, por favor né? Tu quer sempre ser o certo, vai se foder. - Olhei para ela respirando fundo, observando a expressão de bolada.

Pedaço: Ala, agora eu sou até machista. Tava demorando.. - Balancei a cabeça rindo de raiva. - Cala a boca aí, Carmem. Tu tá falando merda com merda e nós vai brigar desse jeito, não quero me estressar contigo não. Não mais mais do que já estressei. Maluca.

Ela me deu um soco no braço, olhei pra ela que ergueu a mão apontando o dedo na minha cara, aí tô falando, uma porra dessa é maluca pra caralho.

Carmem: Não me chama de maluca. - Avisou e eu segurei o pulso dela, puxando para baixo. - Idiota.

Pedaço: É maluca sim, ou só tá agindo igual uma. Apontando esse dedo na minha cara, vai parando com esse caô, nem começa. - Avisei e balancei a cabeça. - E respondendo tua pergunta, antes que tu dê outro chilique. Perguntei aquilo lá porque por mim, tu já tava com o posto de minha mulher faz tempo.

Ela me olhou em choque, abriu a boca e não disse nada, ficou me olhando um tempão. E eu fui me estressando, falei o bagulho e ela ficou com essa cara de monga do caralho aí.

Carmem: E eu que sou maluca.. - Riu nervosa. - Tu pirou? Como assim, Pedaço?

Pedaço: Tu quer mermo que eu te explique? - Ela negou e eu bufei. - Carmem, tu tem uma visão completamente diferente mas igual a minha. Tô com quase trinta anos nas costas, comigo é tudo ou nada, tu sabe muito bem disso.. Quero te assumir como minha mulher, porque é isso que tu é.. - Apontei pra ela. - Minha mulher.

Disse pausadamente e ela passou a mão no cabelo, desviando o olhar e abaixando um pouco a cabeça. Meu papo tá dado, o que ela vai fazer já não é mais da minha conta.

Pedaço: Quero tu comigo, Estrelinha. Só nós dois.. Tu fecha comigo e eu vou fechar contigo, eu por tu e tu por mim. - Falei segurando no queixo dela, fazendo ela olhar pra mim. - Eu sou a pólvora e tu o fogo.. Combinação perfeita. Não tem pra ninguém.

Carmem: Pedaço, tu tá indo rápido demais cara. Tem noção do quanto isso vai dar merda? - Dei de ombros e ela negou. - Geral vai ficar falando, nós somos primos, mesmo sangue.. Tu entende isso? Caralho, tá muito recente e bagunçado, não dá pra assumir algo agora.

É, nessa parte ela tá certa mas nem tanto.. Geral vai falar um monte mermo, ela que não devia ligar pra essa merda. Falador fala pra caralho e isso nunca vai mudar, tudo questão de saber lidar com isso.

Pedaço: E depois? Dou seu tempo, tranquilo. Só não quero ser feito de palhaço, se tu não quer me fala que isso acaba. A melhor forma pra tu, vai ser pra mim também..

Carmem: Sim, ou talvez. Não é um não. - Avisou e eu balancei a cabeça, sentindo ela segurar minha mão. - Só quero ir com calma, não tenho condição alguma de assumir algo contigo e lidar com tudo o que o povo fala.. E olha que eles tão falando pra caralho já, é muita pressão.

Pedaço: Tranquilo, no seu tempo então.. - Beijei o canto da boca dela, quebrando o clima esquisito. - Deixa eu saber que tu tá com outro, raspo esse teu cabelo inteiro, Estrelinha.

Carmem: Eles falaram a mesma coisa. - Riu se esticando um pouco e beijando meu maxilar, mania dela.

Pedaço: Eles quem? Maluca. - Perguntei sem entender, ela se afastou segurando a risada. - Lá vem, pode parar com tuas gracinhas, não quero saber.

Carmem: Os outros né. - Falou óbvia e eu só encarei ela, sério. Desviei o olhar respirando fundo e virando minha cabeça. - Síndrome de exclusividade, é?

Fiéis Amantes - [M]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora