Seu coração estava a mil. Aquilo realmente havia acontecido, você havia matado uma pessoa.
Mas claro que tudo aquilo não poderia ter sido um assassinato, afinal, ele queria se aproveitar de você, era legítima defesa.
Quando você viu o corpo do homem, todo ensanguentado caído aos pés da árvore que você costumava ler, seu único instinto foi correr pela pequena cidade procurando ajuda.
Você correu correu muito, mas não conseguia achar ninguém. Era sábado, ninguém ficava nas ruas durante a tarde.
16 de setembro de 1965, aquela era a data que você nunca esqueceria.
Enquanto suas pernas gritavam por socorro, você avistou alguém conhecido. Era Avin Russell. Você havia conhecido o garoto em um domingo na igreja, mas naquele momento, ele estava parado dentro do carro com um boné e um cigarro na roupa.
Ele ouviu os seus passos e virou o rosto para ver quem era.
-Arvin!-você bateu na janela do carro dele, que abre a porta imediatamente, vendo você entrar desesperada no veículo,-Eu...Eu...
-Calma. O que foi? Por que você tá nesse estado?-ele te olhou, notando algumas manchas de sangue e as lágrimas.-S/N.
-Eu...Eu matei ele.
-Ele?
-O prefeito...Eu matei o prefeito.
-Puta que pariu.-ele arregalou os olhos. Não pelo o que você tinha feito, já que o prefeito era um pedófilo que todos acobertavam, mas sim pelo o que poderia acontecer com você.
Você contou toda a história a ele, que ouviu sem dizer uma só palavra.
Quando você terminou, o carro de Arvin seguiu para a pequena floresta onde tudo aconteceu.
Ele desceu do carro, esperando que você fosse junto.
-Vem... preciso que me mostre- ele abriu a porta do seu lado do carro e estendeu a mão para que você pegasse.-Não se preocupa, eu não vou julgar você. Não foi sua culpa-ele conseguiu se lembrar de sua irmã. Ela era atormentada sexualmente todos os dias por um grupo de garoto, até que ele, o próprio Arvin resolveu fazer justiças com as próprias mãos. Os garotos não morreram, mas ficaram muitos dias no hospital.
Vocês começaram a caminhar pela trilha.
-Eu.. vi sua mala no banco de trás. Está indo embora?-você disse para tentar quebrar o clima ruim
-Vou... não posso ficar aqui, não depois do que eu fiz.
-Me leva com você?
-O que?- ele para e fica de frente para você.-Não... sua família e...
-Por favor-você pediu-Eu não vou conseguir ficar aqui.
-Tá..Eu te levo, mas não sei para onde vou.
-Sem problemas... e obrigada.
-Não foi nada.
Vocês chegam ao local. Arvin vê o homem debaixo da árvore.
-Vamos fazer assim-ele começa-Vamos ligar de algum orelhão distante. Falo que estava
caminhando e encontrei o corpo.
-Você acha que vai dar certo?
-Tenho que achar. Vamos.
Ele segura a sua mão e vocês saem pela estrada, parando na sua casa, que estava vazia, já que sua mãe estava na casa de sua avó, para pegar algumas roupas e comida.
-Você tem certeza?-Arvin pergunta assim que você entra no carro.
-Tenho...
-Então vamos.
2 anos depois
-Bom dia-você diz se aproximando de Arvin, que estava na varanda da pequena casa de vocês.
-Bom dia-ele se vira, te dando um beijo.- Tenho uma coisa para você.- Fecha os olhos e abra as mãos.-você obedece e ele coloca algo nas palmas de suas mãos.-Pode abrir agora-você vê uma pequena caixa preta de veludo-Eu pensei em como fazer isso, em como achar as palavras certas, mas eu não consegui. Nada pode justificar ou representar o que eu sinto por você. Então...s/n...Você quer se casar comigo?
-Quero...... Claro que eu quero- você o abraçou fortemente, sendo retribuída-Eu te amo.
-Eu também te amo.
Está bem, esse não ficou como o esperado, mas tá aí, atualização dupla para vocês😼
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E um beijo doce💗💗