Severus tem mais problemas.
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"Uh ... oi?"
Quando várias cabeças se viraram em sua direção, Jacob apertou seu aperto na toalha em volta de sua cintura. Ele teve que lutar contra o desejo bobo de envolvê-lo em seu peito como uma mulher.
"Posso ajudar?" ele perguntou ao grupo de sete Comensais da Morte em sua cova.
"Jacob."
Um dos Comensais da Morte deu um passo à frente. Houve uma pausa antes que uma mão enluvada negra aparecesse e removesse a máscara. Olhos pálidos olhavam para o Medibruxo de cima a baixo.
"Tatuagem interessante," Lúcio elogiou.
Jacob corou levemente antes de exigir uma explicação.
"Lucius, por que vocês estão todos na minha casa? Você não vai me matar, vai? Porque se for, poderia esperar até amanhã à noite, eu tenho um paciente que-"
"Onde está Potter?" Lucius interrompeu.
"Eu sinto Muito?" Jacob piscou.
"Potter. O bebê de quem Severus estava cuidando."
"Você quer dizer Harry?"
Os outros Comensais da Morte saíram da sala, provavelmente para terminar de vasculhar a casa, deixando os dois sozinhos.
Jacob olhou para Lucius, vendo seus olhos pesados de estresse e fadiga, rodeados de olheiras. Os ombros do Lorde Malfoy estavam caídos de exaustão, embora fosse difícil dizer, a menos que alguém fosse muito observador.
"Lucius, o que está acontecendo?"
Lucius estudou Jacob, tentando encontrar algum tipo de engano nele ou um sinal de que ele era parte de tudo isso. Tudo o que viu foi confusão genuína e alguma preocupação.
"Severus. Severus mentiu."
"Como assim?" Jacob perguntou, sua voz sem julgamento.
"Harry, ele não é ... Severus não tem um filho."
Jacob inclinou a cabeça, esperando pacientemente e ignorando a voz na parte de trás de sua cabeça que lhe dizia para colocar algumas roupas.
"Essa criança é Harry Potter."
Os olhos de Jacob se arregalaram em choque e ele lentamente afundou em sua cama. Todos sabiam de Harry Potter, o bebê cujos pais foram mortos pelo Lord das Trevas e desapareceram. Todos presumiram que o bebê estava morto ou sequestrado.
Saber que todo esse tempo ele foi o médico daquela criança foi um choque. Então Severus mentiu para ele ... e sequestrou a criança? Mas não, algo não estava certo.
"O Senhor está procurando por ele. Potter, quero dizer."
Por um momento, o pavor tomou conta de Jacob, pavor e preocupação por Harry. Ele tinha certeza de que o Lord das Trevas queria terminar o trabalho que ele começou. Então, ele começou a sentir raiva de Lucius por ser tão cruel com uma criança que ele conhecia, até que viu o conflito nos olhos do homem.
Finalmente, as palavras de Lucius foram absorvidas.
"Espere - Harry não estava ...?"
"Não, Potter não estava lá quando fomos enviados."
"E Severus?"
"Não nos diz nada."
"Ah ... onde ele está agora? Severus, quero dizer."
"... conosco."
Jacob não era um Comensal da Morte, mas até ele podia ler o duplo significado por trás dessa declaração.
Argh! Isso era tão - tão ... Jacob não conseguia nem descrever! Sua mente estava em um turbilhão, suas emoções estavam em todo lugar e ele ainda estava em sua toalha ensanguentada!
Lucius olhou para o homem confuso. Era óbvio que ele não sabia de nada e sentiu alívio por não ter que ver outro amigo sofrer.
"Minhas desculpas," Lucius afirmou com uma leve reverência. "Vamos deixá-lo agora."
Quando ele se virou, um pensamento maluco veio ao Medi-Wizard.
"Lucius, espere!"
~.~
Lucius estava ao lado de seu mestre, olhos cinzas tempestuosos observando enquanto um de seus companheiros Comensais da Morte entrava na sala do trono.
"Relatório," Voldemort ordenou, sua varinha girando entre seus dedos.
O Comensal da Morte mascarado fez uma pausa. Embora parecesse que estava de frente para eles, Lucius sabia que os olhos por trás da máscara estavam focados com cautela na varinha girando.
"Ainda não o encontramos, milord, mas ..."
"Eu torturo! "
Lucius se encolheu e observou a figura cair no chão e se contorcer dolorosamente ali.
"Eu quero que Potter seja encontrado!" Voldemort rosnou ao suspender o feitiço.
"S-Sim, Milord," disse o Comensal da Morte, antes de sair cambaleando da sala.
Quando a porta se fechou, Voldemort se virou para Lucius.
"Me pegue Severus."
Lucius enrijeceu antes de inclinar a cabeça. "Sim, Milord."
~.~
Severus ergueu os olhos quando ouviu passos familiares descendo até sua cela.
"Lucius."
"Severus."
"Presumo que o Senhor precisa de mim mais uma vez."
Lucius suspirou, os ombros caindo no que poderia ter sido uma derrota se Severus não o conhecesse melhor.
"Por que você está se colocando nisso, meu amigo?" ele perguntou.
Severus inclinou a cabeça de onde estava sentado no canto da cela.
"Apenas diga a ele onde Ha - Potter está, e acabe com isso!"
"Como posso terminar algo que nunca começou?" Severus respondeu.
"Droga, Severus!" Lucius rosnou, perdendo um pouco de sua paciência. "Já se passaram duas semanas! Quanto tempo você acha que pode continuar com isso! Quanto tempo você acha que tem antes que o Senhor perca a pouca paciência que tem e mate você ?!"
"Não muito, eu acho."
Lucius estava agora andando na frente da cela, tentando pensar em uma maneira de entrar em contato com seu amigo; tudo o que Severus precisava fazer era dizer ao Senhor onde Potter estava e implorar por perdão.
" Por que eu tenho que ter amigos tão teimosos?" Lucius pensou com um suspiro. Quando a porta da cela se abriu, ele sabia que estava sem tempo.
Severus se levantou e Lucius nem se incomodou com sua varinha enquanto escoltava o Mestre de Poções até seu Senhor.
Quando eles entraram na sala do trono, os olhos negros de Severus fixaram-se nos olhos vermelhos e frios.
"Deixe-nos, Lucius."
Severus pôde sentir a hesitação de seu amigo antes que o loiro finalmente fosse embora.
Voldemort se levantou de seu trono. Severus permaneceu imóvel enquanto o Lorde das Trevas se aproximava. Ele piscou quando longos dedos alcançaram e brincaram com uma mecha de seu cabelo.
Voldemort se aproximou, os dedos deixando o cabelo de Severus e indo para sua bochecha, acariciando-o. Os olhos de vinho tinto parecendo suavizar, emoções indefinidas brilhando através deles. Foi um ato íntimo que mexeu com algo dentro de Severus, algo que ele sentia que sempre esteve lá.
"Milord?"
De repente, como se uma luz tivesse sido acesa, os olhos vermelhos ficaram frios. Severus grunhiu ao levar um tapa na cara.
"Onde está Harry Potter?"
E o interrogatório recomeçou.
~.~
Uma semana e meia depois, Voldemort convocou Severus mais uma vez. Depois de três semanas e meia sem nada, ele estava ficando desesperado. Ele queria aquele filho!
Olhos de vinho tinto olharam para o frasco de Veritaserum apertado em uma das mãos.
"Milord?"
Voldemort olhou para Lucius, mas sua atenção foi atraída quando a porta se abriu. Seus olhos se arregalaram com a visão que o cumprimentou e ele ouviu a respiração de Lucius engatar.
"O que aconteceu!?" Voldemort exigiu, levantando-se de seu trono.
Severus estava sendo apoiado por dois Comensais da Morte. Ele estava quase inconsciente, suas vestes rasgadas e qualquer pele visível estava machucada e ensanguentada.
"Eu disse, o que aconteceu?" Voldemort repetiu, sua voz mortalmente fria.
Ambos os Comensais da Morte estremeceram quando seu Senhor se moveu em direção a eles.
"WW-nós não sabemos Milord, ele era assim quando—"
"Você não minta para mim!"
Lucius rapidamente foi até seu amigo. Ele verificou o pulso e franziu a testa ao ver como estava fraco.
"Milord, Severus precisa de atendimento imediato", disse ele.
Voldemort olhou para Severus antes de assentir.
"Ligue para Jacob."
~.~
Enquanto a lua brilhava intensamente no céu noturno, o silêncio da floresta foi interrompido por um grito alto. Gemendo, Fenrir se levantou de sua cama de peles e foi até um berço feito em casa de peles macias.
"O que há de errado agora, filhote?" Fenrir perguntou cansado enquanto levantava o bebê chorando e o aninhava em seus grandes braços. Ele gentilmente embalou o bebê, seu peito roncando suavemente enquanto ele tentava fazer a criança voltar a dormir.
De seu poleiro no canto, Edwiges piou de preocupação.
"Alfa?"
Fenrir olhou para a entrada de sua toca, lá estava seu segundo em comando, Jim. Atrás dele estava Remus.
"Despertou de novo?" Perguntou Remus.
Fenrir acenou com a cabeça.
"Aqui, deixe-me levá-lo então," Remus ofereceu enquanto se aproximava do grande lobisomem.
"Peguei ele", disse Fenrir através de um grande bocejo.
"Alfa, você não dorme há dias", disse Remus. "Só por esta noite", acrescentou ele quando viu que Fenrir não estava se mexendo.
Nos braços do Alfa, Harry chorou mais alto. Com um suspiro que foi mais de exaustão do que qualquer outra coisa, Fenrir finalmente o entregou.
Remus colocou a cabeça de Harry em seu ombro e gentilmente deu um tapinha nas costas, murmurando palavras suaves de conforto na esperança de fazer a criança se acalmar. Um esforço que se tornava cada vez mais inútil com o passar dos dias.
Desde que Harry se separou de Severus, a criança ficava inquieta, comendo menos do que deveria e não dormindo profundamente a noite toda.
Para simplificar, Harry sentia falta de Severus.
Fenrir, Remus e o resto do bando se preocupavam com o que aconteceria se Severus não voltasse logo.