Meu destino favorito - Livro...

De storiesathena

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Livro 1 da série Os Favoritos Para ele, paixão à primeira vista. Para ela, raiva à primeira vista. Romântico... Mais

Introdução
PERSONAGENS
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
PERSONAGENS 2
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Epílogo
LIVRO 2 DISPONÍVEL
Agradecimento
BÔNUS

Capítulo 10

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De storiesathena

"Baby, we tried to fight it
We all been there some days
Thought I needed something else"

Streets - Doja Cat

Elise Bennet

Desde que me sento, Tom continua me olhando por um tempo sem dizer nada, seus lábios curvados em um leve sorriso. Eu tento ignorar mas...

- O que foi? Vai ficar parado aí em pé me encarando?- quebro o silêncio.

Ele pisca e ri fraco, se sentando ao meu lado a uma distância relativamente grande. Não o bastante. Se eu abrisse os braços encostaria direto em seu peitoral.

- Do que está rindo?

- Da situação. - ele comenta, seus olhos parecendo se divertir com a minha expressão, que se divide em confusão e irritação. - É que eu estou adorando ver você toda sem graça tentando fingir que nada aconteceu na boate.

Eu arregalo os olhos, surpresa por ele ter sido tão direto assim nesse assunto e estragado toda a minha tentativa de evitar o assunto.

- Eu não estou sem graça. - digo na defensiva. - E só pra você saber, eu geralmente não fico tão bêbada a ponto de torcer o pé e ter que ir embora carregada.

- Geralmente você se contenta em dançar loucamente em cima do balcão?- pergunta Tom se virando pra mim.

Reviro os olhos sem conseguir conter o sorriso.

- Para de ser chato. - falo dando um soquinho no ombro dele, o que só aumenta o seu sorriso. Que é lindo por sinal. Como eu não tinha reparado antes? - Não precisa me julgar, tá?

- Sem julgamento. - ele declara levantando as mãos em rendição.

Sorrio e falo depois de um tempo.

- A propósito, eu preciso te agradecer por esse dia.

- Sem problemas, estou sempre aí pra ajudar as garotas bêbadas que precisam. - olho para ele fazendo uma careta. - mas só se elas elogiaram meus olhos e cheirarem o meu pescoço. - ele completa dando uma picadinha.

- Não precisa ficar tão convencido. Eu estava bêbada, lembra?

- Eu sei, mas vai negar que acha os meus olhos lindos? - diz ele diminuindo os já não bastantes centímetros entre nós.

- Eu... - começo a me abanar. Quando o elevador começou a ficar tão quente? - Nossa, tá calor aqui, né?

Tom percebe que eu me esquivei da pergunta mas deixa essa passar.

- Sem energia, sem ar condicionado. - constata ele - Daqui a pouco isso aqui vai virar uma sauna.

Eu bufo. Odeio calor.
- Já que não temos previsão de quando vamos sair daqui. - Tom fala - que tal a gente jogar um jogo?

Eu franzo minhas sobrancelhas.

- Que tipo jogo?

- Calma, não é nada de mais. É só um jogo de perguntas e respostas. Eu chamo de Verdade ou verdade.

- E como funciona? Alguém faz uma pergunta e o outro responde?

- É.

- Esse jogo inovador saiu da sua mente brilhante?

- Sim, acabei de inventar.

Eu suspiro. - Tá, eu começo. - essa é a minha chance de tirar uma coisa a limpo. - Foi mesmo uma coincidência a gente se encontrar na boate?

Ele olho pra baixo com um sorriso amarelo.

- Talvez?

- O jogo se chama verdade ou não?

- Tá, não foi uma coincidência. Eu ouvi você falando que ia com a sua amiga, mas eu não fui só por isso. Meus amigos já queriam ir a um tempo, então eu uni o útil ao agradável.

- Hmm. - murmuro. Eu sabia. Não tinha como a gente ter escolhido o mesmo dia e hora para ir na mesma boate. Londres é enorme, e o que não falta aqui são boates.

- Agora é minha vez. - ele diz.

- Pode mandar.

- Você já se apaixonou?

Oh! Não esperava essa pergunta.

- Não, e nem pretendo.

- Por quê? Medo de se machucar? - questiona ele, olhos fixos em mim.

Não. - tiro um mecha de cabelo da minha minha testa molhada pelo calor. - Porque eu não acredito no amor.

- Então você não ama ninguém?

- Eu não quis dizer isso. É só que... - me ajeito, tentando encontrar a melhor forma de explicar. - o que existe de verdade entre os casais é paixão e atração. E isso não é duradouro. Em poucos anos de casamento acabam e o que ficam são só defeitos e ressentimentos de uma relação desgastada.

Ele não diz nada, mantendo uma expressão indecifrável, então continuo.

- Mas respondendo à sua pergunta. Sim, eu amo. A minha irmã, Jasmine.

- E seus seus pais?

- É complicado - digo desviando o olhar. Ele percebe meu desconforto e não insiste.

Para tentar amenizar o clima estranho rebato a pergunta.

- E você? Já se apaixonou?

Tom apoia a cabeça na parede do elevador e parece pensativo.

- Sim, uma vez. Tive uma namorada com 16 anos. Não sei se era amor, mas sentia algo muito forte por ela. - ele fala e se vira pra mim. - Agora estou esperando a garota certa aparecer.

Meu Deus! Que baboseira. Só falta ele dizer que acredita em almas gêmeas.
Limpo a garganta.

- Ok, já entendi que você é do tipo romântico. Minha vez de fazer a pergunta.

- Não, não, não. Você já fez a sua.

- Quê?

- Você perguntou se eu já me apaixonei.

- Não, essa não conta, eu só repeti a sua pergunta. - eu cruzo os braços.

- Claro que conta. É minha vez.

- Aff, então vai.

- Espera aí, estou pensando.

Suspiro, e espero mexendo na minha bolsa até que minha paciência, que não é muito grande, se esgota.

- Vai logo!

Ele se assusta com a minha fala repentina. - Tá. Pensei. - eu o olho com expectativa. - Se você pudesse escolher um outro nome para você qual seria?

Eu começo a rir. - Essa foi a sua grande pergunta, Sherlock?

- Sim. - responde sem se abalar pelo meu deboche. - Quero saber qual nome você escolheria.

Eu reflito. Ninguém nunca me fez essa pergunta. Mas não é difícil pensar na resposta.

- Estrela. - solto.

- Estrela? - ele repete, surpreso.

- É. Eu adoro as estrelas. - falo e coloco meus cotovelos nos joelhos, apoiando minha cabeça na mão e pensando em como chegamos a esse assunto que eu nunca compartilhei com ninguém. - São elas que iluminam o céu nos momentos de escuridão. E elas são autossuficientes, não precisam de ninguém para brilhar.

Eu e Jasmine costumávamos ir para a varanda olhar as estrelas quando nossos pais começavam a discutir. Eu fazia o possível para que ela se distraísse e não focasse nas brigas. Com o tempo passei a gostar de olhar o céu e admirar as estrelas. Me trazia calma e tranquilidade e era como um refúgio dos problemas.

- É um ótimo motivo. - comenta Tom, parecendo ainda absorver tudo o que eu disse.

- Esse é meu objetivo, afinal, não é? Me tornar uma estrela no meu trabalho. - digo, sorrindo.

- E você vai conseguir, tenho certeza.

Ele me olha tão intensamente que sinto meu interior ferver e eu não sei o que fazer a não ser desviar meus olhos.

- Isso aqui tá um inferno de quente - afirmo, me levantando.

- Se esse elevador não cair, a gente morre de calor. - fala e coloca os dedos nos botões da sua camisa, começando a abri-los.

- O que você tá fazendo? Você pode fechar sua blusa? - digo desviando, com dificuldade, o olhar do meu abdômen. Ele sorri, percebendo meu nervosismo.

- Não, estou com calor. - diz e eu bufo. - Se eu fosse você faria o mesmo.

Eu dou uma risada de escárnio. - Você acha mesmo que eu vou ficar pelada na sua frente? - cruzo meus braços.

- Faça o que quiser. Não sou eu que vou fritar aqui nesse forno. - ele dá de ombros.

- Acha que ainda vai demorar muito? - pergunto.

- Espero que não.

Eu me enconsto do outro lado do elevador. Olho para baixo e depois fixo meus olhos nos dele. Involuntariamente, meu olhar desce para seu abdômen, e sinto mais calor do que antes. Me forço a voltar os meus olhos para seu rosto.

O elevador faz um barulho e nos assustamos. Ele voltou a andar. Tom começa a fechar sua blusa e eu pego minha bolsa que estava no chão. A porta se abre e uma moça da recepção está na parte de fora.

- Oi, desculpe a transtorno. A equipe de manutenção demorou para chegar. - a moça vê ele ainda fechando a camisa e arregala os olhos.

Ótimo! Agora essa mulher vai pensar que aconteceu algo entre nós no elevador. É melhor eu sair daqui.

- Já vou indo. Tchau, Tom. - digo.

- Até mais, Estrelinha. - ele fala e eu saio em direção à recepção escondendo um sorriso.

>>>>

Assim que sai da recepção, avistei um táxi passando na rua e o chamei. Ele encostou o carro para que eu entrasse e dei o endereço.

Eu precisava sair dali. Tom com sua camisa aberta estava me enlouquecendo, além do calor que estava lá dentro. Não sei mais o que pensar dele.

Uma parte de mim queria agarrar ele ali mesmo. A outra sabia que não é uma boa ideia. Ele é romântico, e com certeza iria querer um relacionamento mais profundo. Coisa que não quero, nem tenho tempo.

Além disso ainda temos a viagem para a França, e não seria nada legal se as coisas estivessem estranhas entre nós. Melhor deixar as coisas como estão. Você pode controlar o seu fogo, Elise.

Quando chego em casa, Jasmine está assistindo televisão com Savannah, sua melhor amiga. Cumprimento-as, deixando elas sozinhas na sala e indo para meu quarto.

Ao pegar meu celular na bolsa vejo que tem três chamadas perdidas de Simon. Que saco.

Tenho que resolver essa situação logo. Talvez me encontrar com ele? Acho que será melhor.

Elise: Oi, estava em reunião. Podemos nos encontrar hoje?

Simon: Pode ser na minha casa?

Elise: Pensei em um restaurante, o que acha?

Simon: Ok! No Brasileiro?

Elise: Sim, te encontro lá às 20 horas.

xxx

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