Soul Mates | Grey's Anatomy

By MaileyBay

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Um novo ano se inicia no hospital escola Seattle Grace. A chegada de novos internos traz cinco novos rostos p... More

Notas Do Autor
1. Os Novos Internos
2. Residentes
3. Planos
4. Casa Nova
5. Boatos
7. Cuide Da Sua Vida
8. O Rato
9. Encontros E Desencontros
10. O Problema Do Sanduíche

6. Biscoito de Gengibre

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By MaileyBay

Notas do autor:
Voltei!
Esse capítulo demorou um pouco mais pra sair porque eu tive uns problemas pessoais que me impediram de escrever.

Quero desde já agradecer a quem tá comentando e votando, vocês são demais!!
Boa leitura!

Biscoito de Gengibre

Jackson e Karev almoçavam juntos, quando April surge jogando sua bandeja de comida na mesa.

— Ai como eu odeio a Cristina!

— Se toda vez que você descontar sua raiva de um residente numa bandeja, não vai sobrar nenhuma — falou Jackson observando a colega que fumegava de raiva.

— Do que você tá falando? — ela os encarou.

— Você sempre surge irritada quando a gente tá comendo — comentou Karev franzindo a testa.

— Desculpa — disse a ruiva se recompondo. — Eu gostaria de não trabalhar com uma residente que não me deixasse trabalhar como eu deveria. Ela me pediu para ficar olhando durante a cirurgia e ainda me barrou da visita ao segundo.paciente pois organizar as fichas dela era "bem mais prático" pra uma interna como eu. E ela ainda me pôs um apelido.

— Ela te chamou de quê?

— Biscoito de gengibre.

Karev cuspiu o suco que estava tomando e riu igual uma hiena na cara da colega, que o encarou séria.

— Isso não é engraçado — defendeu-se April. — Eu sou uma profissional muito séria e dedicada, gostaria que me tratassem com mais respeito!

— Você tem razão — disse Jackson. — Você não deveria ser tratada assim, aliás nenhum de nós.

— Vocês se ofendem à toa. Ela me chama de porco espinho, diz que eu pareço um — comentou Karev mastigando seu sanduíche.

— Agora que você falou...

April e Jackson ficaram observando o rosto de Karev. O médico parou de rir quando se sentiu observado demais, pegou a bandeja com o resto de seu almoço e saiu.

— É ruim quando a piada é ele. Ele não aguenta — comentou Jackson rindo.

— Ah Jackson, eu tô cansada de ser menosprezada aqui. A Callie me odeia sem motivos e a Cristina nem mesmo aprendeu meu nome.

— Olha pelo lado bom, você vai poder fazer bem mais do que elas esperam de você e vai ser uma grande chance de mostrar quem realmente você é!

— Acha mesmo que consigo deixar elas impressionadas?

— Acho. Confio no seu potencial — disse ele e sorriu.

April sorriu confiante, deu uma mordida em sua maçã e levantou bruscamente da cadeira.

— Vou mostrar o quão boa eu sou!

Ela saiu depressa sem se despedir. Jackson ficou sozinho terminando seu almoço.

***

— Deixa eu ver se entendi, você quer que o Jackson more com a gente? — perguntou George enquanto andava com Lexie no corredor.

— Era pra eu ter perguntado sobre isso ontem, mas acabei esquecendo depois que você apareceu com uma pizza e um quebra cabeça de 1000 peças pra gente montar.

— Aquilo foi legal.

— Foi mesmo, mas foco na nossa conversa George — ela estalou os dedos na frente do rosto dele. Ele parou de andar, logo em seguida os dois estavam parados no meio do corredor. — Jackson precisa de um lugar pra ficar e eu acho uma boa ajudarmos ele.

— Temos um quarto vago...

— Exatamente, pode facilmente ser dele.

— Ele já confirmou se aceitaria?

— É claro que ele aceitou. Eu que ofereci o quarto, mas disse que precisava de uma resposta sua também, afinal a casa é nossa.

George sentiu um leve rubor no rosto ao ouvir as duas últimas palavras de Lexie. O porquê? Ele não sabia, mas fingiu casualidade para não deixar transparecer nada.

— É... Se você quer que ele vá, então tudo bem. Eu não me importo de ter mais alguém no nosso apê.

— Obrigado George, o Jackson vai adorar saber que você tá de acordo — disse ela e o abraçou. — Você é demais.

— É eu sou — ele riu entre o abraço e só percebeu depois que ainda não a havia soltado. Desfez o abraço com um sorriso nervoso disfarçado.

Foram interrompidos pela voz de alguém conhecido.

— George! — disse Meredith surgindo no corredor. Lexie tomou distância dele e sorriu para a irmã. — Temos um trabalho com a doutora Yang agora, preciso que nos auxilie junto com a Kepner.

— Ah, claro — George se apressou em acompanhar Meredith.

Antes de irem a mulher virou para trás e olhou para a irmã.

— Está linda hoje Lexie — elogiou ela com um sorriso.

Lexie sorriu sem jeito, pega de surpresa pelo elogio da irmã que ela costumava evitar.

— Obrigada.

George observou Lexie e depois olhou para Meredith. Era nítido que elas não estavam em sincronia. Meredith sempre demonstrava carinho e muito apreço por Lexie, já a a mais nova estava sempre querendo distância da irmã, e quando falava dela sempre citava algo negativo após os elogios. Era uma relação estranha para ele, mas como havia prometido não se meter no assunto "irmãs", achou relevante não pensar mais sobre isso.

— Vamos O'malley, o dever nos chama!

Meredith saiu apressada e o interno a seguiu.

***

Na sala de cirurgia 1, Cristina e April estavam preparando o paciente quando Meredith chega junto de George. Ambos os médicos se juntam às duas na mesa.

— George! — Exclamou April animada.

— Você tá com o gnomo?! — perguntou Cristina para Meredith, que apenas confirmou com a cabeça. — Ouçam bem Tico e Teco, este é um caso sério que deverá ser um sucesso no fim dessa cirurgia.

— O que a Cristina quer dizer — interrompeu Burke, o cardiologista do hospital. — É que hoje é dia de vocês fazerem uma cirurgia sozinhos.

— O quê?! — espantaram-se os dois ao mesmo tempo.

O susto foi tanto que nenhum dos dois se perguntou em que momento o médico havia entrado na sala. Se estava ali o tempo todo nem mesmo foi notado, até soltar aquela bomba.

— O chefe Weber pediu para testarmos vocês em cirurgias simples que facilmente poderiam ser feitas sem ajuda de um residente — explicou Meredith.

— Esse é o motivo para eu não ter deixado você fazer nada biscoitinho, quis que você aprendesse comigo antes de pôr a mão no meu paciente.

— O que foi imprudente, se quer saber minha opinião — comentou o Dr. Burke com sua voz julgadora. Cristina nem mesmo lhe deu atenção. Ele era seu superior, mas desde que havia entrado no Seattle Grace a médica bate de frente com o homem que insiste em criticar todas as suas atividades no hospital, embora sempre estejam juntos.

— Como eu vou fazer isso Dra. Yang? Seu outro paciente veio colocar um marcapasso, este é o paciente que veio fazer uma angioplastia — disse April nervosa.

— Eu menti. Por isso não deixei você conhecer ele, se não soubesse o que iríamos fazer seria mais divertido. Olha só, foi mesmo — comentou Cristina sorrindo por debaixo da máscara.

— Mais uma vez, digo que essa não é a forma certa de ensinar seus internos — disse Burke fazendo Cristina revirar os olhos.

Não era segredo para ninguém que ela o odiava tanto quanto ele a odiava. Mas trabalho é trabalho, nenhum dos dois saiu da linha alguma vez, apesar das inúmeras trocas de farpas.

— Eu não entendo o que estou fazendo aqui — disse George confuso.

— O paciente da Dra. Yang veio a princípio tratar do seu problema de bloqueio atrioventricular, mas depois de um exame mais elaborado identificamos pedras na vesícula que vão removidas ao mesmo tempo em que a April vai colocar o marcapasso.

— Passamos o dia removendo pedra na vesícula...

— É por isso que eu sei que você tá pronto — disse Meredith em apoio ao interno.

George olhou para April que ainda parecia sem reação. Ela estava trêmula.

— Ei! — Ele chamou a atenção dela, que o encarou com os olhos assustados. — Você consegue, vai tirar isso de letra!

— Ela vai conseguir sim — disse Cristina. — Biscoito de Gengibre tô contando com você.

Meredith e Cristina se afastam da mesa, deixando os dois internos sozinhos.

George olhou para April uma última vez e estendeu a mão para que ela a segurasse. A ruiva apertou a mão do colega.

— Somos bons médicos April, podemos fazer isso sem ajuda. Eu posso e sei que você pode também!

— E-eu... — April gaguejou. Ela engoliu em seco, fechou os olhos e respirou fundo. Quando tornou a abri-los estava visivelmente mais calma — Eu também posso!

— É isso mesmo — George sorriu.

Mesmo sem poder ver o sorriso, April se sentiu mais confiante após isso. Era como se de alguma maneira George tivesse passado uma energia desconhecida através daqueles olhos que sorriram em um brilho junto com ele.

Ele havia lhe dado coragem.

— Certo, vamos começar!

***

— Você tá dentro! — disse Lexie se jogando na cadeira ao lado da que Jackson estava sentado.

O homem preenchia algumas fichas a pedido de Bailey. Tinha acabado de fazer uma cirurgia sozinho.

— Peraí, tô dentro de quê exatamente?

— Do apartamento! Você vai poder ficar com a gente lá, é claro, se seguir as regras de espaço pessoal e limpeza.

— Isso é sério?! — Perguntou ele cheio de emoção e ansiedade. Não via a hora de se mudar e ter uma noite de paz novamente.

— Muito sério — Lexie sorriu.

Sem conter a animação, Jackson a abraçou. Foi um abraço apertado e acolhedor. Jackson se sentiu no céu ao ter aquele contato com a colega. Por outro lado, Lexie estava confusa. Ela não esperava essa reação e muito menos esse abraço TÃO demorado.

— A Meredith vai adorar ver isso — comentou Karev que passava pela bancada naquele momento. Jackson rapidamente desfez o abraço.

— Quando eu posso me mudar?

— Quando você quiser.

— Ótimo, então hoje é dia de mudança bebê! — disse o homem levantando animado. — Nos vemos mais tarde, preciso entregar isso pra Bailey.

— Tudo bem.

Jackson saiu com bom humor. Ele estava contente com a notícia, mas no fundo não sabia exatamente o motivo. Se era por deixar o antigo apartamento ou porque agora ia morar com ELA. De qualquer forma, continuava animado com a mudança. Seja lá qual fosse sua motivação, nada tiraria sua alegria naquele momento.

***

George e April saiam juntos da sala de cirurgia. Meredith e Cristina vinham logo depois.

— Vocês foram ótimos — disse Meredith. — Né Cristina?

— Eu teria feito em menos tempo — comentou a médica asiática. — Mas vocês fizeram um bom trabalho. Estou orgulhosa biscoitinho, você me surpreendeu hoje.

April abriu um enorme sorriso. Ela olhou para George, que parecia contente em vê-la ser elogiada. Naquele momento ela sentiu uma imensa vontade de abraçá-lo.

— Bom, agora temos que ir — disse Cristina cruzando seu braço com o de Meredith. — Não podemos ficar aqui elogiando esses internos, eles vão acabar se acostumando.

Meredith riu e ambas saíram juntas, deixando os dois internos pra trás.

— Belo trabalho biscoito de gengibre — comentou George rindo.

— Agora eu até gosto desse apelido.

— Combina direitinho com você!

April corou.

— Sabe George, você me ajudou bastante lá dentro. Por um momento achei que não ia conseguir fazer nada sozinha mas você conseguiu me deixar melhor. Obrigada por isso.

— Ah, isso não foi nada. Eu só estava sendo sincero quando falei que você era capaz. No fim quem fez todo o trabalho foi você, eu estava certo desde o começo.

April sentiu seu corpo flutuar ao ouvir aquilo. Ela necessitava de um pouco de atenção, desde que chegou no Seattle Grace tinha sido tratada como uma interna desajeitada, ninguém acreditava nela e isso influenciava em sua auto estima como profissional. E ali estava George, sendo gentil e carinhoso com ela, tudo o que ela precisava para voltar a ter mais confiança em si mesma.

— George...

— Sim?

— Você tem planos pra hoje a noite? — perguntou ela um pouco envergonhada.

— Não. Não tenho nenhum plano — respondeu ele. — Por que?

April engoliu em seco antes de dizer o que já estava tentando dizer desde ontem quando havia procurado por ele mas não o encontrou.

— Tá afim de ir no bar do Joe? — perguntou tímida, tinha medo de que ele achasse que ela o estava chamando pra um encontro, então logo completou: — Eu gostaria de comemorar nosso sucesso na cirurgia de hoje.

— Ah, é claro que eu topo! — George sorriu entusiasmado com a ideia. — Nos vemos lá depois do trabalho?

— Sim, sim! Quer dizer... isso mesmo.

— Tá marcado então — disse ele e logo se afastou para se preparar para uma visita com Meredith à um dos seus pacientes.

April ficou no corredor vendo-o se afastar. Ela pensou no que havia acabado de acontecer. Não só realizou uma cirurgia sozinha como também teve coragem para chamar o cara que estava afim pra sair. E enquanto lembrava disso, sentiu o que parecia ser o cheiro de algo doce e então sorriu.

— Que cara é essa Kepner? — perguntou Bailey, que passava por ali e via a expressão sorridente da mulher parada no corredor.

— Eu acho que descobri o sabor do amor!

— Quê?! — Miranda a encarou confusa e intrigada.

— Biscoito de gengibre... Ele tem cheiro de biscoito de gengibre!

Notas finais:
IHHHHH tem gente perdidamente apaixonada em, tá até alucinando kkkk
Onde cês acham que isso vai dar?

Georpril... Será que vem aí? Haha

Comente e deixe seu voto, por favor! Isso faz de mim um autor feliz e motivado 😅

Até o próximo!

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