In The Dark || L.S

By aquitemlarry

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{CONCLUÍDA} {EM REVISÃO} NÃO É DEATH FIC Louis Tomlinson é um garoto de classe média baixa de 21 anos que fo... More

Aviso
Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Epílogo

Capítulo 11

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By aquitemlarry


Louis estava sentado em sua cama, olhando para a parede, com os pés esticados balançando ao som de um pop animado que ecoava em sua mente, ele bufava repetidamente inquieto, visto que Harry fora buscar refrigerante em uma máquina do hospital para ele, obviamente o mesmo não podia tomar refrigerante enquanto estava internado e principalmente sob os cuidados especiais que ele estava tendo durante esses 5 dias no hospital, como Louis convenceu Harry a lhe comprar uma mísera lata de refrigerante? Louis consegue ser bem convincente quando quer, oh como conseguia.

Durante esses 5 dias, Harry esteve do seu lado, exceto por um dia, no qual recebeu uma ligação de seus pais e teve que ir encontrá-los com toda a sua força de vontade, o que no caso, não existia, queria apenas ficar na cama de hospital com o menor.

Louis estava prestes a levantar e ir buscar ele mesmo o seu próprio refrigerante, não era como se Harry não pudesse esconder em alguma bolsa ou em sua calça, ninguém desconfiaria sobre a lata nas calças, e foi quando Louis estava prestes a levantar que o som de batidas na porta ecoou em seus ouvidos.

"Para de palhaçada, você sabe que não precisa bater na porta pra entrar." Louis disse alto.

"Eu nunca pensei que ouviria você admitindo que eu sou tão especial ao ponto de não precisar bater." Thomas, seu querido amigo de hospital, respondeu abrindo a porta e a fechando em seguida.

"Oh, não se iluda a esse ponto, anticristo, esse milagre ainda não caiu sobre você."

"Todo mundo sabe que você me ama, Hazel." Disse, Thomas, se sentando ao lado de Louis.

"O que você está fazendo aqui? Procurando por uma bíblia?"

"Claro." Respondeu sarcástico e revirou os seus olhos. "Eu estava na recepção e a Sra. Potts não parava de falar sobre os seus tipos de cafeína favoritos e sobre os seus gatos, e você sabe como ela fica quando fala de suas bolas de pelos insuportáveis, eu estava prestes a arrancar os meus cabelos, até que Perrie chegou e a velha perguntou sobre você, e essa foi a minha deixa pra eu usar você como desculpa pra fugir de suas conversas, ou seja, você é o meu plano de fuga." Finalizou e Louis gargalhou.

"Toda essa desculpa pra me ver?" Perguntou sarcástico.

"Não, eu valorizo os meus olhos, então você pode perceber que foi um caso de desespero."

"Então os seus olhos são sensíveis a beleza e por isso você não vem me ver?"

"Não, eu me olho todo dia no espelho e meus olhos estão perfeitamente bem, então não, mas e você, ainda está vivo?"

"Sim, você ainda não me matou com todo esse seu amor." Provocou.

"Você até que é legal." Respondeu indiferente.

"Legal? Eu sou a pessoa mais divertida dessa hospital!"

"Só perde para mim, mas quem está aqui com você no hospital?"

"Um amigo, Harry."

"Amigo." Disse irônico. "Eu tenho 11 anos, Louis, você não precisa mentir pra mim descaradamente."

"Você sabe o significado dessa palavra?"

"Fale sobre Harry."

"Nós nos beijamos as vezes."

"Então ele é o seu namorado?" Perguntou curioso.

"Não, por Deus!" Respondeu frustrado e quando Thomas foi responder, ouviu a porta se abrir, com Harry segurando uma lata de Coca-Cola em sua mão, e Thomas abriu um sorriso sacana. Oh não.

"Aqui, Lou, eu não acredito que você me fez mesmo buscar essa porcaria e..." Parou de falar e olhou para a criança ao lado de Louis e então sorriu para o mesmo. "Olá!"

"Você é o namorado do Lou, o John, certo? Ele não para de falar sobre você!" Disse com um tom falso e Harry o olhou confuso, tomando uma postura séria em seguida.

"Não, eu sou o Harry." Disse sério.

"Ah sim, você é o otário que o Louis não menciona muito."

Louis estava se divertindo com a situação, Thomas era tão merdinha quanto o de olhos azuis, ele iria apenas observar e ver até onde a brincadeira iria chegar.

"Olha só, criança, você não pode falar essas coisas!" Disse tentando manter o tom calmo em sua voz.

"Você está com ciúmes? Não tem problema, o John não se importa em dividir."

"Ta bom, chega, chega." Louis disse batendo as palmas. "Vai procurar um livro pra ler, Thomas, ou eu irei chamar a Sra. Potts para terminar a conversa com você."

"Eu já estou indo!" Respondeu rápido, saindo da cama e correndo em direção a porta. "Tchau Louis. Tchau Henry!" E bateu a porta, saindo do quarto.

"Cadê o meu refrigerante, uh?" Perguntou animado.

"Pede pro John." Disse seco.

"Awn, o meu Gandalf está com ciúmes!" Harry tossiu.

"Eu não estou!"

"Ta sim!"

"Pare de falar merda."

"Oh bebê, não precisa ficar enciumado, eu e minha bunda gostosa somos toda sua!" Louis disse, fazendo Harry pressionar os lábios, tentando conter um sorriso. "Eu nem sei quem é John."

"Pega o seu refrigerante, olha, se você morrer por conta disso, eu juro que vou fugir para não ser o culpado da morte. "Disse estendendo a mão com o refrigerante para Louis.

"Como um cavalheiro." Revirou os olhos, abrindo a lata em seguida. "Eu amo esse barulho!"

"Louis..." Chamou relutante.

"Esse é o meu nome."

"Você não sabe mesmo quem é John?"

"Foi o que eu disse, não?"

"Sim, claro, hm, você vai dividir o refrigerante comigo."

"Ah, claro." Respondeu sarcástico, sugando o líquido pelo canudo.

"Eu que fui comprar!"

"Parabéns por não ter feito mais do que a sua obrigação."

"Você é um merdinha."

"Sou, mas com o meu refrigerante!" Respondeu feliz e debochado.

"Que eu comprei." Respondeu, dando ênfase no 'Eu'

"Fabricou, certo? Porque você demorou demais pra só ter ido comprar."

E Harry teve a vontade de pegar a latinha de refrigerante e jogar sobre a cabeça de Louis, mas apenas revirou os olhos e sentou ao lado do menor em sua cama.

X X X

Perrie andava em direção ao escritório do Dr. Jack, que havia chamado a mesma para falar sobre a situação em que Louis se encontrava, a de cabelos loiros estava amedrontada com o que poderia vir, ela apenas temia pelo pior, após ouvir o som grave e sério da voz do doutor que estava responsável pelos exames de Louis, mais alguns minutos depois, ela chegou em sua porta, batendo na mesma e entrando ao ouvir a palavra "Entre" ecoando sobre a mesma.

"Sente-se, enfermeira Edwards." Disse, apontando sua caneta para a cadeira à sua frente.

"Boa tarde, Doutor." Cumprimentou séria.

"Bom, você já sabe sobre o que iremos falar, sim? E eu, infelizmente, não trago notícias boas." O coração de Perrie se acelerou no mesmo momento.

"Bom, vamos discutir sobre como se encontra o quadro do paciente Tomlinson, você já tem o resultado de todos os exames, sim?"

"Bom, tenho, e sinto muito que eles tenham demorado dias para ficarem prontos, mas como a situação é extremamente delicada, não poderíamos deixar passar nada."

"Sim, eu entendo, podemos começar."

"Bom, Louis William Tomlinson, diagnosticado com câncer de pulmão aos 20 anos de idade, provavelmente fumante e por isso levou o tumor a evoluir, bom, ele toma apenas remédios para evitar que o tumor aumente, se recusando a fazer os tratamentos necessários, e é aí que entra o problema, os remédios pararam de fazer efeito, o tumor cresceu e isso definitivamente não é bom, ele não poderá tomar apenas esses remédios, eles não estão tendo o efeito desejado, seu estágio passou de nível, ele agora, necessita fazer um tratamento e eu sugiro que ele comece com a quimioterapia, nosso paciente ainda tem chances de sobreviver, a quimioterapia pode ou não ser acompanhada de radioterapia, você sabe sobre o resto, e todos os detalhes, nós temos uma ótima equipe que irá o ajudar com isso, mas apenas se ele quiser, a cirurgia ainda não é uma opção, visto que não existem suspeitas de células cancerígenas remanescentes, mas isso nós teremos que avaliar com cuidado e durante o seu tratamento, poderemos fazer exames mais profundos para caso a cirurgia venha a ser preciso." Fez uma pausa e Perrie interrompeu.

"E sobre a Oxigenoterapia?"

"Eu ia chegar nessa parte agora, bom, a oxigenoterapia pode entrar também como tratamento complementar e objetiva, aumentando a defesa do organismo, evitando a propagação do problema e o aparecimento de metástases, e isso é uma coisa ótima para a saúde de Tomlinson, você sabe sobre os efeitos no organismo?" Indagou.

"Oh Sim, eu sei, esse tratamento ajuda a repor o oxigênio até que esteja em um nível acima de 90%."

"E é junto da quimioterapia que ele teria de fazer esse tratamento, apenas se ele quiser, já que é complementar, mas a quimioterapia é essencial, caso ele queira continuar vivo."

"Eu irei conversar com ele, Doutor e irei explicar tudo a situação em que ele se encontra, obrigada." Apertou suas mãos e se retirou do escritório.

X X X

Depois de longas 2 semanas se recuperando da quase morte, Louis enfim foi liberado, e como prometido, Harry ia levar ele ao local especial. Claro que Jay ficou meio relutante em deixar o filho ir sozinho seja lá pra onde o cacheado estava o levando, mas depois de Harry lhe garantir que cuidaria de Louis como se fosse um recém nascido, ela deixou. Ocasionalmente isso resultou em uma discussão entre mãe e filho, com Louis dizendo que só por que estava doente não queria dizer que ele era um inválido. E agora eles se encontravam no carro, uma música tocava no rádio e Harry cantarolava baixo batendo os dedos no volante enquanto Louis o observava e resmungava hora ou outra pela demora.

"Para onde você tá me levando, Harry?" Já era talvez a décima vez que Louis fazia essa pergunta ao cacheado desde que partiram da casa do menor, mas Harry se recusava a contar, então ele só olhava para Louis que sempre estava com os braços cruzados e com uma cara emburrada e voltava sua atenção logo em seguida para a estrada dando risinhos com o jeito do de olhos azuis.

"Você não vai me falar, não é?"

"Não!"

"Ótimo, mas fique sabendo que o que quer que seja eu vou ficar puto e vou estragar toda sua fantasia perfeita."

"Claro que vai." Diz irônico.

Louis bufa e resolve apenas se encostar na porta, e após dois minutos olhando a paisagem do lado de fora do mesmo, ele olha pra Harry impaciente.

"A gente já está chegando?"

"Não, Louis."

"E agora?"

"Agora falta menos do que faltava 5 segundos atrás." Revirou os olhos.

"Harry, eu irei morrer entediado!" Respondeu.

"Você não pode morrer agora." Disse, mantendo os seus olhos na estrada.

"E eu não posso morrer porque você quer me levar em um lugar especial?"

"E porque a gasolina custou caro pra você simplesmente morrer antes de chegarmos lá."

"Harry!" Disse ofendido.

"Louis!" Respondeu no mesmo tom.

"Bom, eu estou trancado nesse carro com você, por eu não sei quanto tempo, eu estou começando a achar que você está me sequestrando, Harry. Oh meu Deus! Como eu vou gritar por socorro sendo que eu mal posso respirar direito?" Disse em um tom dramático.

"Oh, Louis, você acaba de descobrir o meu plano, como eu fui tão burro em deixar você descobrir?"

Harry respondeu sarcástico e um pouco desconfortável com a menção de Louis sobre não conseguir respirar, mas apenas ignorou, para que o menor se sentisse bem.

"Eu posso sair por esta porta agora mesmo, Harold."

"Não vai ser preciso, eu ao menos consigo te enxergar, pigmeu."

"Você não pode chamar as pessoas de anão só porque você é uma girafa, seu poste humano." Disse Louis com um tom incrédulo.

"E quem disse isso, você?"

"Sim?" Respondeu como se fosse óbvio.

"Ou seja, ninguém." Disse e Louis abriu sua boca em descrença.

Louis estava prestes a responder, mas o acontecimento seguinte não permitiu, ele não se lembrava de nada, ele só ouvia aquele som em seus ouvidos, por Deus, ele iria surtar e tudo o que ele conseguiu fazer foi soltar um grito escandaloso, fazendo Harry o olhar assustado.

"Eu amo essa música!" Disse aumentando o som do rádio.

"Você quer me matar, Louis?"

"Making my way downtown, walking fast, faces passed and I'm home bound" Louis cantarolou feliz, arrancando um sorriso de Harry. "Staring blankly ahead, just making my way, making my way, through the crowd" Olhou para Harry. "make some noise, Harold!"

"And I need you" Harry cantou sozinho.

"And I miss you" Louis cantou.

"And now I wonder" Os dois cantaram juntos e gargalhando em seguida, depois de começarem a cantar o refrão em meio de risadas.

Após a música, Louis respirava fundo, e cutucou Harry com seus dedinhos.

"Harry, eu senti, nossa química é enorme."

"Oh Deus, vai começar..." Fingiu frustração.

"Nós temos que mostrar isso para as pessoas! Elas vão ficar impressionadas, isso que fizemos no carro, Harry, é talento."

"Claro, e o que você sugere?"

"Nós podemos montar uma dupla." Deu dois tapas leves na coxa de Harry e usou sua outra mão para passar em frente ao seu rosto sonhador. "Azulzinho e Verdinho, esse vai ser o nome de nossa dupla." Disse fazendo Harry cair na gargalhada.

"Você não tem um nome pior para nossa dupla? Um nome que não pareça de entorpecentes ?" Louis ignorou.

"Nós podemos até lançar um livro, 'As aventuras de um par de pulmão e meio', nós podemos ganhar dinheiro com isso, Hazz."

"Louis?"

"Sim, verdinho?"

"Vai dormir, você obviamente não está passando bem da cabeça."

"Nós estamos chegando?"

"Deus me ajuda." Implorou. "Eu vou te jogar pela janela do carro caso você pergunte mais uma vez se já estamos chegando."

"Tudo bem, ainda falta muito?"

"Louis!"

"Eu não perguntei se estamos chegando, então você não pode usar nada contra a sua defesa, há!"

"Você não está com sono?"

"Pra falar a verdade, eu estou sim, e vou dormir agora, se divirta dirigindo para mim, escravo." Disse Louis, já encostando a cabeça na janela, fechando os olhos em seguida.

X X X

"Louis, acorda. Vamos. Nós já chegamos."

Louis sente seu braço ser balançado com delicadeza enquanto sua bochecha está sendo acariciada, ele demora para abrir os olhos e quando abre leva mais um tempo para raciocinar e lembrar de onde ele está. Quando olha para o lado ele encontra Harry lhe olhando com um meio sorriso no rosto, os olhos atentos a cada movimento do menor.

"Não é melhor tirar uma foto? Tá me olhando tanto por que?"

"Eu gosto de apreciar as coisas bonitas da vida, Louis. E você definitivamente é uma delas."

Louis abri a boca para falar mas nada sai. Ele apenas da um leve aceno de cabeça e enfim sai do carro. Quando ele percebe onde está, ele fica bons minutos parado apenas admirando a beleza do local. Eles estavam em uma praia. A areia branca, a água azul, o por do sol quase no fim, na costa haviam algumas rochas, as ondas quebrando ao fundo e algumas gaivotas voando perto do chão por já estar quase escurecendo. Louis poderia até dizer que ficou sem ar com tamanha beleza.

"E então?" Harry perguntou enquanto segurava a mão de Louis o guiando pela passarela de madeira que levava ao almirante.

"Eu disse que ia ficar puto com o que quer que seja a sua surpresa. Mas isso aqui...não tem como ficar puto com isso. Mas ainda estou com raiva de você."

Harry ri e balança a cabeça, Louis era impossível, mas ele gostava de desafios. Eles então chegam ao final da passarela, Louis fica encostado na cerca de madeira e Harry por trás dele o abraçando pela cintura. Até que Louis tem uma ideia brilhante.

"Estou voando! Jack!" Diz abrindo os braços fazendo Harry gargalhar com a atitude do menor.

"Veja, Josephine! Minha máquina de voar. Subindo ela vai, vai subindo." Harry entra na brincadeira falando as falas do filme que Louis se referia.

"Agora é a parte que eu me viro e a gente se beija?" Pergunta Louis virando apenas o pescoço e olhando para Harry.

O maior não responde, apenas aproxima sua boca na de Louis. Um beijo calmo e sem pressa, um beijo cheio de coisas não ditas, um beijo que faz os dois corações baterem como um só.

Eles se afastam e Louis se vira de volta para frente, e Harry põe a cabeça em seu ombro. Eles ficam assim por um tempo, apenas aproveitando a presença um do outro. Admirando o por do sol. Sem câncer, sem Liam, sem eleição, sem falsas preocupações. Apenas eles. Harry e Louis.

"Você não tinha algo para me mostrar?" Louis pergunta quebrando o silêncio e tirando Harry de seus pensamentos.

"Hum!? Oh, sim, havia me esquecido. Venha."

Harry segura novamente a mão de Louis o levando até a areia, chegando cada vez mais perto do mar.

"Era isso que queria te mostrar."

"Ah...Harry, não é por que eu tenho câncer que eu não sei o que é o mar. Inclusive já tomei banho de mar, mas eu não pos..."

"Calma, Louis. Ninguém vai entrar na água. E eu sei que você já viu o mar. Quero que veja outra coisa." Harry diz chegando mais perto da água. Então ele para e pisa fazendo pressão na areia molhada.

Quando Louis está prestes a contestar Harry, ele acaba soltando um "puta merda" tão baixinho que só ele escuta. Quando Harry tira seu pé da areia ela estava brilhando. Melhor, ela estava brilhando e estava com a marca de seus pés nela destacados pela cor azul florescente. Ele não consegue acreditar no que seus olhos estão vendo, era a coisa mais linda que Louis já havia visto em todos os seus 21 anos de vida.

"Nossa! Eu sei que meus olhos são lindos, mas não sabia que eram tão bonitos ao ponto de você colocar luzes azuis fluorescentes na areia pra me homenagear!" Louis brinca.

"Não seja bobo, Louis." Harry ri revirando os olhos em seguida.

"Certo, e o que seria isso, hm?"

"Isso meu caro Louis, são plânctons bioluminescentes. Normalmente teríamos que ter um microscópio, mas é período de proliferação. Lindo, não é?"

"Sim, muito. Mas...por que você tá me mostrando isso?"

"Alguns de nós são pálidos, outros brilhantes e outros são coloridos. Mas de vez em quando encontramos alguém que é irradiante, e quando encontramos não a nada que se compare. E você Louis, é como esses plânctons, eles brilham, mas eles precisam de algo para fazer eles brilharem, e eu quero ser esse algo."

"Você tá muito filosófico, hum? O que você quer?" Louis fala tentando desconversar, ele não pode ser tomado pelas emoções, não quer que ninguém saia machucado, principalmente Harry.

"Você!" Harry responde olhando nos olhos azuis de Louis. Mas o menor apenas desvia e murmura algo que o maior não compreende.

"Então...como você sabe tanto sobre isso?" Pergunta tentando de novo e agora Harry apenas suspira cansado.

"Eu me interesso desde criança. Pode parecer cafona, mas meu sonho é estudar biologia marinha. Até me inscrevi na UCLA pelo programa deles."

"Harry, isso é incrível!" Louis diz se virando para o maior lhe dando um grande sorriso com direito a ruguinhas.

"Sim, é sim." Diz com um sorriso no rosto mas logo ele desaparece e Louis percebe isso.

"Ei. O que foi? Por você ficou assim? Você não quer isso?" Pergunta Louis com as sobrancelhas franzidas.

"Não, eu quero. O problema é meu pai. Ele nunca aceitaria o filho dele fazendo biologia marinha. Ele quer que eu faça direito, cuide das empresas da família e depois concorra a presidência algum dia."

"Mas esse é o seu sonho, Harry, e você tem que segui-lo e não seguir o que o seu pai quer, você tem 23 anos, não pode deixar que seu pai decida por você sempre."

"Eu sei, Louis. Droga eu só...eu não posso." Diz bufando e passando as mãos entre os cabelos. "Ele vai fazer da minha vida um inferno, mais do que ela já é."

"Harry. Harry olhe para mim." Louis fala segurando o rosto do cacheado fazendo ele olhar em seus olhos. "Não deixe que as pessoas te façam desistir daquilo que você mais quer na vida. Acredite. Lute. Conquiste." Suspirou acariciando o rosto do de olhos verdes." E acima de tudo, seja feliz! Não importa se são seus pais, seus irmãos, amigos. A felicidade é um problema individual. Cada um deve procurar, por si, tornar-se feliz."

"Você me faz feliz!"

E com isso, Louis abre o maior sorriso que deu em toda sua vida. Mesmo sabendo que esse sorriso pode fazer com que Harry crie esperanças, ele não consegue evitar. Ele decide ali que vai dar uma chance para o amor, mesmo que isso possa machucar a principal pessoa nisso tudo. Mas por hora ele ia deixar seus sentimentos guardados até o momento certo de serem ditos.

Harry.

O coração de Louis começa a bater mais rápido, a felicidade tomando conta de seu corpo por inteiro. E Harry não estava diferente, ao ver o sorriso do menor ele também abre um tão grande quanto, suas covinhas fundas a mostra, então ele abraça Louis e deixa um beijo no topo de sua cabeça, no começo Louis fica sem saber o que fazer mas no final ele acaba por abraçar Styles de volta, ali nos braços do maior, com o sol se pondo, o barulho das ondas e o vento da maresia batendo em seus corpos, ele sentia que estava em casa.

E ele não queria perder sua casa.

X X X

Depois de verem o por do sol juntos, com Louis sentado no meio das pernas de Harry encostado em seu peito enquanto o mesmo fazia carinho em seus cabelos, na areia brilhante e com um cobertor que Harry havia levado para cobrir seus corpos e evitar que Louis pegue uma gripe, eles vão em direção para a casa de praia que Harry tinha.

Eles tomaram banho, cada um em um banheiro, claro. E foram para a cozinha fazer algo para comer enquanto assistiam a grande luta da noite. Eles entraram em uma discussão entre o que eles iam ou não assistir, Louis queria ver um filme da Disney, mas Harry insistia que a luta era mais importante destacando até pontos importantes para convencer o menor.

# # #

"Louis, você não está entendendo, essa é a luta do ano."

"Foda-se se é a luta do ano, do milênio, do século. Eu quero ver Bambi." Diz cruzando os braços e fazendo um bico adorável que só fez com que Harry quisesse lhe beijar, mas ele se segurou, se ele beijasse Louis, o mesmo ia ficar infernizando a cabeça do cacheado até ele ceder aos seus caprichos.

"Sabia que você é um chato?"

"Agora eu sou chato por que eu tenho bom gosto?" Olha incrédulo para Harry colocando a mão no peito fingindo indignação.

Harry apenas revira os olhos e sai da sala. Louis bufa pensando que Harry havia fugido da "discussão" deles, mas logo afasta esse pensamento quando Harry volta com uma moeda nas mãos.

"Vamos tirar no cara ou coroa, quem ganhar escolhe o que assistir, pode ser?" Propõe para Louis e o mesmo concorda.

"Eu quero cara." Harry concorda e joga a moeda dando coroa.

"Tá vendo? Isso é o destino, Louis. Aceite os fatos." Diz com um sorriso debochado no rosto fazendo uma dança da vitória muito vergonhosa na opinião de Louis.

"Não vale, isso é roubo!" Diz tomando a moeda das mãos do maior. "Agora eu que vou jogar essa moeda."

Louis joga a moeda e de novo dá coroa. A sala é preenchida pela risada gostosa de Harry pela cara de indignação de Louis ao jogar a moeda mais uma cinco vezes até dar cara, mas sempre dando coroa.

# # #

"Ainda não acredito que vamos ver caras socando a cara um do outro por dinheiro, isso é um insulto à minha dignidade."

Harry ri do menor que estava sentado na bancada balançando os pezinhos no ar, com os braços cruzados e com a cara emburrada. Ele estava fazendo pipoca, enquanto o milho estourava ele foi em direção a Louis no balcão se ponto entre suas pernas colocando ambas as mãos ao lado das coxas do de olhos azuis. Louis então descruza os braços colocando em volta da nuca de Harry fazendo carinho ali.

"Eu prometo que amanhã nós podemos passar o dia vendo filmes da Disney, se você quiser podemos ver todos." Diz olhando nos olhos azuis deixando um selinho em seus lábios logo saindo do meio de suas pernas para desligar o fogo e colocar a pipoca em um pote. Louis nem fica mais surpreso quando o maior lhe dava esses selinhos, eles faziam isso direto, até o próprio Louis fazia Isso, já era algo natural entre eles.

Ele ajuda Louis a descer da bancada e este leva a pipoca e espera Harry ir ao seu encontro levando as bebidas para a grande sala que já estava coberta por almofadas no chão e um cobertor para cobrir seus corpos. Então um raio aparece na janela seguido de um estrondoso barulho fazendo Louis saltar de seu lugar derrubando um pouco de pipoca. Então, todas as luzes se apagam.

"Droga! Estamos sem luz." Harry pragueja. "Vou ligar para o serviço de luz! Nem está chovendo! É um absurdo a luz cair desse jeito. Foi só um raiozinho."

"Cachinhos." Louis diz calmamente. "Aproveite o momento."

"O momento? Louis, nós estávamos prestes a assistir a maior luta da história!"

"E agora não vamos mais. Vai ficar reclamando no meu ouvido a noite inteira? Porque eu prefiro me arriscar lá fora e ser morto por indígenas canibais."

"Você é insuportavelmente persuasivo. A propósito tenho certeza que foi você que ficou pedindo aos céus para que a luz fosse embora, hm? Seu malandro, agora não tem Bambi e muito menos luta."

"Vem aqui." Pede para Harry se aproximar. "E em silêncio."

"Eu mal consigo te ver. "Reclama mas consegue encontrar e ficar de frente para o mais baixo.

"Quem é você no escuro?" Sussurra em seu ouvido.

"Que tipo de pergunta é essa?"

"No escuro, quando ninguém te vê, você pode ser quem quiser. Quem é você no escuro,
Harry?"

"Eu não sei. Quem é você no escuro?" Retribui a pergunta.

"Miley Cyrus." Debocha.

"Você de fato tem cara de quem lamberia um martelo de construção."

"Não apenas o martelo." Diz malicioso. "Quem é você no escuro?" Pergunta de novo agora com o tom sério.

"Uma pessoa boa."

Louis sobe as mãos pelos braços do maior, tocando em algumas tatuagens em seu braço e pousando no rosto dele.

"Me mostre suas partes sombrias."

Silêncio.

A reposta veio dois minutos depois.

"Eu não quero aceitar que sou o culpado pela morte do Liam. "Disse e esperou pela 'confissão' do outro.

As mãos de Louis passearam pelos cachos, olhos, até finalmente encostarem de leve nos lábios de Harry.

"Eu não quero morrer."

Harry cegamente não aguenta mais todos aqueles sentimentos reprimidos e puxa Louis para um beijo.

Um beijo suave, carinhoso, como tanto Louis quanto Harry não recebiam há muito tempo.

Era terno, sincronizado, sutil. Como se todo clichê do mundo fosse real e suas bocas se encaixassem.

Styles termina o beijo com pequenos selinhos. Suas testas permanecem encostadas.

"Eu não quero que você morra." Diz procurando os olhos azuis no meio da escuridão, e quando encontrou, o azul e verde se encontraram. O azul agitado do mar com a imensidão verde de uma floresta.

"Você é uma pessoa boa." Louis sussurra de volta.

Eles estavam claramente dizendo um para o outro o que eles pensavam sobre suas confissões, a verdade, e eles podiam confiar nas palavras um do outro. Pois elas valiam a pena serem aceitas.

"Uma noite longa, pra uma vida curta." Louis fala depois de um tempo, mais para si do que para Styles, mas o maior continua sua frase segurando em suas mãos.

"Mas pra mim não importa, só basta eu poder te ajudar."

"São tantas marcas que já fazem parte do que sou agora, mas eu sei me virar."

"Estarei te esperando."

"E eu te amo." Pensou Louis.

Louis não achava seus pensamentos e sentimentos apressados. Ele defendia a tese de viver cada dia intensamente como se fosse o último. Porque para ele, de fato poderia ser.
Mas era inútil e egoísta desejar que Harry o retribuísse da forma que realmente queria. Um beijo já era assustador o suficiente. Não podia esperar mais que isso. Ele não quer que Harry sofra quando ele for, muito pelo contrário, ele só quer sua felicidade. Então ele mais uma vez resolve deixar seus sentimentos para si, apenas esperando a hora certa.

E ali, com carinhos e beijos roubados no escuro, piadas idiotas e risadas abafadas e uma pequena guerra de pipoca, eles dormiram, nos braços um do outro. Seguros. Por que um era a lanterna do outro.

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