"Eu não sei por que
Mas toda vez que eu olho nos seus olhos
Eu vejo milhares de estrelas cadentes, e sim, eu te amo.
Mal posso acreditar que toda noite você está ao meu lado."
Sn deslizava com graciosidade sobre o rinque de gelo, parecia uma miragem. Ela era incrível. Frenkie prendeu o ar quando Axel elevou a brasileira a cima da sua cabeça, com apenas um braço e girou sobre os próprios patins. Sn usava um vestido vermelho, feito com tecido leve, enquanto o canadense estava de roupas escuras.
Sally, a treinadora, aplaudiu empolgada ao ver a dupla realizando a manobra seguinte, a mais difícil da apresentação que eles fariam nos jogos olímpicos de inverno.
- Esplêndido! Ai, meu Deus!
Frenkie sorriu fascinado, aplaudindo quando eles fizeram uma sequência de giros suaves, parando na posição final.
Sn e Axel realizaram suas reverências. Em seguida, aproximaram-se da saída do rinque de patinação. O neerlandês fez um toque com o parceiro de dança da namorada, e depois beijou a mesma com carinho.
- Vocês com certeza vão levar o ouro. - comentou, passando as mãos nos fios louros desgrenhados.
- Esperamos que sim. - disse o jovem de cabelo castanho e olhos verdes, com um metro e oitenta de altura. - Eu não larguei o hóquei para ficar em segundo lugar.
Sn riu do seu melhor amigo.
- Infelizmente, Frenkie é um pouco suspeito para falar. - ela disse ainda dentro do gelo, segurando a mão do jogador. - Ele namora comigo e é o seu melhor amigo também.
- E futuro padrinho do pequeno Dean. - gabou-se, fazendo o patinador sorrir e Sn revirar os olhos.
- Sim, verdade.
- Ele vai mimar demais o seu filho, Axel.
- Tudo bem, é por esse motivo que nós escolhemos padrinhos podres de ricos.
Eles riram.
Sally se aproximou dos três, com um tablet em mãos.
- Vocês foram maravilhosos, passaram a emoção necessária, fizeram os passos com técnica e precisão, eu estou muito confiante com a apresentação amanhã.
- Já que eu sou suspeito para falar, escutem a voz da razão. - brincou Frankie.
- Obrigada, Sally. - Sn agradeceu com um sorriso sincero. - Nada disso seria possível sem você e, principalmente, a sua gigantescas paciência com a gente.
- Ela tem razão.
- O mérito é todo de vocês, no entanto. - rebate a mais velha, envergonhada.
- Por hoje é só? Lillian está me esperando no hotel.
- Sim, querido, pode ir.
Axel beijou a bochecha de Sn, deu um soquinho contra o punho de Frenkie e se afastou para tirar os patins e seguir para o vestiário.
- Eu vou resolver umas coisinha com o restante da nossa equipe técnica.
- Podemos ficar mais um pouquinho no rinque? - pediu, Sn.
Sally sorriu, assentindo.
- Sim, é claro, Frenkie, cuidado com a minha estrela.- disse antes de deixa o casal a sós.
O neerlandês enconstou-se contra a divisória que os separava e Sn passou seus braços em volta do pescoço dele, beijando os lábios do rapaz.
- Sentiu saudades?
- Sempre, você sabe.
Eles haviam passado algumas semanas longe um do outro, devido aos jogos do mesmo pelo Barcelona na Champions League, e os intensos treinos dela para as Olimpíadas, no Canadá. Sn nasceu no Brasil, a mãe de/do (estado), mas o seu pai era canadense e ela se mudou para Toronto aos cinco anos de idade. Desde que ela entrou para a patinação artística, com o seu melhor amigo do Ensino Médio, ela representava esse país que tanto amava.
Ela conheceu Frenkie ao passar férias na Espanha, com um grupo de amigos em comum com o jogador. Eles tinham muitas semelhanças com relação a sua personalidade e hobbies. Eles ficaram por alguns meses até o jogador pedir a mesma em namoro. O relacionamento já duravam três anos, os mais felizes da vida de ambos, mesmo com os desafios da distância e de uma rotina corrida.
- Ei, amor, entra aqui comigo. - pediu, sorrindo e o mesmo negou.
- Eu sou horrível no gelo, meu amor, e você sabe muito nem disso.
- Não é tão difícil assim, Frenkie.
- É, para você que já nasceu dentro de um rinque. - revirou os olhos sorrindo.
- Mamãe costuma dizer que eu já patinava na barriga dela. - deu de ombros, se afastando e fazendo um giro. - Vem logo, honey, eu seguro sua mão se você se sentir melhor assim.
- Tudo bem, engraçadinha, tudo bem, mas se eu quebrar uma perna, a culpa é toda sua. - falou, sentando-se para pôr os patins nos pés. - O que eu não faço por uma garota bonita.
Sn riu, enquanto dava voltas no rinque.
- Você é tão dramático.
Frenkie entrou no gelo, segurando-se nas barreiras.
- Eu não consigo fazer isso, amor.
- Calminha, campeão, estou chegando para salvar o dia. - ela se aproximou do namorado e pegou nas mãos dele. - Eu deveria gravar esse momento histórico.
Eles moveram-se desajeitadamente para o centro do rinque.
- Você está tão linda... - disse Frenkie, observando a brasileira. - Não que nós outros dias você esteja menos do que perfeita... mas esse vestido...
- Eu sei, eu entendi. - sorriu, bicando seus lábios em um selinho. - Obrigada.
Sn girou em volta do neerlandês ainda segurando sua mão.
- Está nervosa? - ele questionou.
- Muito, sendo sincera.
- Você ensaiou tantas vezes, princesa, e nunca em minha vida, vi algo tão belo quanto a performance de vocês dois.
- Estou confiante, mas não quero criar expectativas e me decepcionar.
Frenkie abraçou a namorada, a mulher que ele tanto amava, e que um dia seria a sua esposa.
- Escute-me bem, querida, amanhã, você e Axel, subirão no lugar mais alto do pódio para receber uma medalha de ouro. - disse no ouvido dela, beijando o pescoço da mesma em seguida.
- Ninguém nunca acreditou tanto em mim.
Frenkie sorriu, se afastando um pouco e segurando o rosto dela entre as suas mãos.
- Esse é o meu papel, baby, sou seu fã número um e estarei torcendo por você, assim como você veste a camisa do meu time e vibra por mim a cada vitória.
- Eu te amo, muito mesmo. - ela o beijou com carinho, lentamente.
- Eu amo você ainda mais, acredite.
Frenkie sabia, ele sentia que Sn seria campeã olímpica no Canadá, em casa, com o povo torcendo incansavelmente por ela e Axel.
E no final, Frenkie estava certo.
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{oi, meus amores, vocês estão bem? espero que gostem desse imagine, votem, comentem e não desistam de mim, por favor, estou passando por um bloqueio criativo e está difícil escrever nos últimos meses, enfim, é isso.}
XOXO, MAY.