caring only kills love

By hesunfIower

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(ABO) Louis precisa de filhotes. Ele sonha em ser mãe e está ficando sem tempo. Seus 26 anos estão se aproxi... More

Informações.
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By hesunfIower

Capítulo 7: Train Wreck.

Louis estava bêbado. Louis estava completamente bêbado. Alguns dias haviam passado, o ômega já havia voltado a trabalhar. Ele estava muito insatisfeito com aquilo. Louis realmente não percebia o quanto detestava seu emprego até ficar um tempo longe e precisar voltar. Se tornava mais difícil e menos suportável a cada dia. Talvez a merda daqueles alfas tivessem razão sobre onde Louis trabalhava. O que ele estava fazendo naquele lugar?!

Mal tinham ômegas, eram apenas alfas e mais alfas. Alfas dando em cima de Louis. Alfas desrespeitando Louis, apenas por ele ser um ômega. Alfas sendo invasivos e irritantes. Alfas sendo bêbados de merda. Louis estava cheio dos malditos alfas. O ômega chegou à conclusão que só continuava naquele bar por causa de sua avó, suas contas, sua consideração por Jim e uma acomodação de merda. Ele se acomodou com aquilo que tinha, não esperando ou acreditando que poderia ter mais.

Louis definitivamente não conseguiria arrumar um outro emprego naquele exato momento, mas anos atrás ele seria capaz. O ômega encontrou o bar de Jim por acaso, ele gostou do alfa gentil, que teria como chefe, e o dinheiro parecia bom para o ômega naquela época, principalmente quando descobriu que poderia ganhar gorjetas, fora seu salário fixo. Para alguém de 20 anos, sem expectativa alguma e muita necessidade para conseguir um sustento, parecia uma boa oportunidade.

Louis não ficaria ali por tanto tempo. Não era o que ele planejava. Era até o ômega conseguir acumular alguma quantia. Conseguir se estabelecer por alguns meses, sem precisar trabalhar como um cachorro. Ele foi ficando, entretanto. Cada ano que passava, o ômega prometia ser o último. Nunca era. Ele se acostumou com o bar e com o trabalho que devia ser feito. Não importava mais, no entanto, o ômega não ficaria sofrendo por coisas que ele sabia que não poderia ter agora – seria tolice de sua parte.

No momento, ele estava na casa de Zayn e Liam, bebendo com os dois e dançando pela sala com uma música pop enjoativa e chiclete tocando. O ômega passou dias quieto em casa, fazendo o que precisava, pensando bastante e descansando. No sábado, Louis quis sentir algo a mais. Ele quis sentir qualquer coisa fora ansiedade e preocupação.

O ômega subiu até o apartamento de seus melhores amigos, segurando uma garrafa de tequila barata e disse que precisava se distrair. Liam o puxou para dentro com pressa, logo se animando também. Qualquer desculpa era válida, para Liam, se beber e dançar estivessem em questão.

O ômega colocou uma música na televisão, uma playlist aleatória do youtube, e pegou copos para eles virarem shots, junto com salgadinhos para não ficarem com o estômago vazio – o que foi estúpido, porque salgadinhos não enchiam barriga, então eles acabariam por passar mal de qualquer jeito.

Zayn saiu do banho alguns longos minutos depois, com uma expressão totalmente confusa no rosto. Ele havia estranhado, enquanto a água morna molhava seu corpo, a música alta e repentina que literalmente explodia pela sua casa, mas o alfa era atado a alguém como Liam, ele era acostumado com situações aleatórias e músicas no meio da noite.

Liam gostava de barulho e bagunça, Zayn preferia silêncio e organização. Por isso eles se complementavam. Liam bagunçava um pouco da disciplina de Zayn, e Zayn organizava a desordem que era Liam. Às vezes, dois extremos não davam certo. Eles davam, no entanto.

— O que vocês estão fazendo? — O alfa perguntou, vestindo apenas seu short de dormir. Uma toalha em suas mãos, ele secava o cabelo molhado.

— Dançando! — Liam cuspiu, como se fosse óbvio.

— Eu consigo ver isso, mas temos algum motivo para estarmos dançando às 23:40 em um sábado?

— Sim, como você disse, é sábado!

— Liam. — O alfa bufou, revirando os olhos.

Louis se aproximou de Zayn, pegando a toalha úmida de sua mão, jogando para longe e puxando seu braço para sala, pulando junto à música.

— Vamos encher a cara e virar a noite!

— Vamos? — Zayn parecia sôfrego. Qual é?! Ele já havia passado dessa fase, agora o alfa preferia dormir cedo, após tomar uma xícara de chá, ler algum livro ou assistir algum filme. Então dormir. Dormir era bom. Dormir era a melhor coisa. O alfa não gostava ficar acordado até tarde. Não mais.

— Puta que pariu, eu amo essa música! — Liam chiou, virando outro shot de tequila. Only Girl da Rihanna estava tocando, o ômega sempre teve uma queda pela mulher. Ela era simplesmente uma deusa, um ser de outro nível.

Liam levou seu corpo leve até Zayn, o puxando mais uma vez para o meio da sala. O alfa parecia estar se afastando discretamente a cada segundo. O ômega estendeu um copo com bebida em sua direção e mandou ele virar. Zayn não queria, mas virou mesmo assim. Se eles iam ficar bêbados, Zayn definitivamente não ficaria sóbrio. Ele detestava ser o único com a capacidade de pensar em um lugar onde todos já estavam entorpecidos pelo álcool. Zayn ficaria irracional também, não era um problema grave para ele, de qualquer forma.

Eles literalmente acabaram com a garrafa cheia de tequila em 1 hora. Então Zayn buscou a vodka mantida em sua cozinha e eles beberam mais. Chegou a um ponto onde nenhum deles estava realmente entendendo alguma coisa. Pareciam três crianças em uma festa de pijama, tentando ficar acordadas até o amanhecer, sem a supervisão de um adulto. Zayn já não parecia mais o responsável.

— Foda-se todos esses alfas! — Louis gritou, levantando o copo para o alto.

— Isso aí! — Liam subiu no sofá e exclamou alto demais para o horário. Provavelmente receberiam reclamações da portaria. Não é como se eles fossem escutar o interfone tocando ou entender o que estava sendo dito. — Foda-se todos esses alfas!

— Ei... — Zayn resmungou, ofendido.

— Eu não vou mais me sub... sub... — O ômega travou naquela palavra, parecia difícil. — Submeter-me mais nisso! Mereço melhor, mereço bom!

— Nisso o quê? — Liam havia sentado no sofá depois de quase cair, tudo girava ao seu redor.

— O quê?! — Louis não lembrava mais.

— O quê o quê? — Liam choramingou.

— Pula essa música! — Zayn exclamou, alterado.

— O que você tem contra Chasing The Sun?!

— Não gosto muito dessa banda, li coisas sobre esse cantor que não gostei!

Eles ficaram em silêncio por um tempo, procurando por outra música no youtube. Quando Don't You Worry Child começou a tocar, todos eles acabaram por despertar. Liam levantou do sofá, já cantarolando a música em voz alta. Os três pulavam no meio da sala tão fortemente, que o andar de baixo com certeza acreditava que seu teto cairia.

— Eu não me importar mais! — Louis sentenciou. Quando ele bebia, normalmente pronunciava muitas coisas erradas. Sua língua sempre parecia pesada demais para o ômega conseguir mexe-la propriamente na hora de dizer o que queria.

— Não vamos nos importar mais, porra! — Liam cuspiu. — Os céus tem um plano para nós!

Zayn gargalhou com seu ômega citando a música.

— Eu... Eu não engravidar mais! — Louis se embaralhou. — Eu vou me engravidar!

— Ele vai se engravidar! — Liam repetiu, apoio moral vazava dos seus poros, ou talvez fosse álcool.

— Eu vou me engravidar, eu próprio vou me dar um filhote! — O ômega gritava aquilo com força.

Zayn estava observando eles, com os olhos assustadoramente arregalados. Ele parecia em choque, enquanto Liam e Louis continuavam repetindo que se engravidariam sozinhos.

— Tem como fazer isso? — Zayn perguntou, soando impressionado. — Por que você não se engravidou antes, Louis? Meu Deus, eu não fazia ideia que vocês podiam se engravidar sozinhos!

— Também não sei como eu não pensar nisso antes!

Liam tentava assimilar as coisas, aquilo não soava mais certo para ele. Como se algo não encaixasse. Mas a tequila e a vodka faziam parecer que sim.

— Vamos ter um bebê! — Liam berrou, então.

Louis soltou alguns chiados animados. Zayn estava petrificado novamente.

— Nós vamos? — Ele perguntou para Liam.

— Hã? — Liam estava confuso.

— Quando você descobriu, amor? — Os olhos do alfa estavam marejados. Sua voz emocionada. — Vamos ser pais? De quantos meses você está?

Louis arregalou os olhos.

— Você está grávido, Liam? — O ômega estava surpreso, seu tom coberto por animação.

Liam franziu o cenho, olhando para os dois em confusão. Ele balançou a cabeça, antes de dizer:

— Eu estou?

— Você está! — Uma lágrima escorreu pelo rosto do alfa. — Por que não me disse antes?

Louis abraçou Liam de lado, sorrindo grande.

— Eu... Eu não sabia? Como você sabe?

— Sei o quê? — Zayn perguntou.

— Como você sabe que eu estou grávido?

— Você acabou de dizer!

— Eu disse? — Porra, Liam estava perdido.

— Estamos grávidos, Liam! — Louis cantarolou.

— Você também está grávido? — O ômega encarou Louis por tempo demais. Tudo rodava. Ele se sentia enjoado, ele queria vomitar. Então Liam vomitou.

— Oh, Deus! — Zayn exclamou, sensível. — Os enjoos matinais da gravidez estão começando!

— Ainda é madrugada. — Louis pontuou.

O alfa ajudou Liam a se sentar no sofá, com muito mais cuidado que o normal. Ele também pediu para Louis pegar água na cozinha para o ômega.

— Fique calmo, bebê. — Zayn sussurrou, encostando sua cabeça na barriga de Liam. — Sua mamãe só está um pouco enjoado, mas vai ficar tudo bem!

Louis chegou com a água, dando-a para Liam.

— Meu Deus! — Zayn cuspiu, aflito.

— O que houve?!

— Nós acabamos de beber!

— Hm? — Louis não havia entendido.

— Liam não pode beber, ele está grávido!

Louis abriu sua boca. Em choque.

— Melhor levarmos ele ao médico! — Zayn começou a andar de um lado para o outro da sala.

— O bebê deve estar bem, foi só um pouco.

— Que bebê? — Liam resmungou, confuso.

— O nosso, ômega! — O alfa exclamou.

— Louis? — Liam perguntou. Louis era seu bebê.

— Não! — Zayn disse. — O outro, na sua barriga!

— Eu tenho um bebê na minha barriga?! — Liam também estava com os olhos arregalados agora.

Aquilo acabou virando um ciclo sem fim. Um deles falava sobre um bebê, ou uma gravidez, então eles começavam a discutir sobre quem estava grávido ou de que bebê estavam falando. Foi ao um extremo tão radical, que literalmente às 2:30 da manhã Zayn ligou para uma farmácia 24 horas e pediu dez testes de gravidez. Todos eles fizeram. Sim, incluindo Zayn, que nem grávido poderia ficar.

Negativo para todos eles. Demorou algum tempo para o alfa entender que nunca existiu bebê algum na barriga de Liam, porque de início – quando três testes vieram negativo – ele começou a chorar desesperadamente, repetindo que seu filhote havia morrido na barriga de seu ômega.

Foi um momento realmente confuso e assustador. Por sorte, os três acabaram adormecendo no sofá da sala, embolados no corpo um do outro. Nenhum deles lembrou do vômito de Liam no meio da sala, ou seja, nenhum deles limpou a sujeira no chão, então o cheiro azedo empesteou toda a casa.

Eles acordaram horas depois, com uma ressaca odiosa. E prometeram não beber nunca mais.

::

Louis estava desesperado. Era isso. Aquele seria seu fim. Harry havia sumido por semanas, sem nenhuma mensagem ou áudio ou ligações de madrugada – o ômega não sabe dizer o porquê de estar surpreso com aquilo, era Harry, afinal.

A questão não era bem o sumiço do alfa, mas o que isso significava para Louis – seu plano estava indo por água baixo. O ômega precisava ir atrás de Sam agora, de novo, e talvez procurar Ed e perguntar se ele já havia pensado o bastante sobre engravida-lo. Não era tão difícil, era? O ômega estava literalmente pedindo para um alfa transar com ele.

Foi dessa forma que Louis percebeu o quanto Harry estava acalmando seus nervos. Os dias passados com o alfa estavam o distraindo e o puxando daquele automático sufocante, onde a única coisa que conseguia ficar na cabeça do ômega era o fato de que ele precisava ter um filhote urgentemente.

Louis estava tentando fugir das reações que seu corpo tinha quando Harry surgia. Louis havia conseguido fazer isso. Não se livrar das reações, mas de Harry. Destruir o mau pela raiz, era quase isso. Mas o ômega não sabia dizer se sentia melhor. Ele encarava seu celular por mais tempo que o normal, esperando por uma notificação do alfa. Ele deixava o som do seu telefone mais alto que o de costume quando ia dormir, para não perder uma possível ligação de Harry. O ômega não queria aquelas coisas, mas também não queria deixar de tê-las.

Louis estava confuso – quando ele não estava, honestamente?! – o ômega estava magoado e enfurecido, mas ele também estava chateado e arrependido. Ele e Harry deveriam conversar seriamente. Ter a porra de um diálogo respeitoso e calmo. Mas então os dois estavam gritando e se machucando propositalmente, não escutando um ao outro, não realmente. Do que adiantaria aquelas discussões? Louis se perguntava. Sinceramente, não os levaria a lugar algum. Palavras apenas faziam sangrar um machucado já cicatrizado.

Palavras eram como flechas. Você não espera que elas te acertem tão profundamente. Você espera por uma dor específica – a idealizando em sua mente. Você espera para ser atingido, aguardando por um leve susto, enquanto observa a flecha caminhando até seu coração. Ela voa pelo ar, como um lindo pássaro faria. Quase parecendo elegante com sua rapidez e certaria. Até que você percebe que não há como desviar, então o pânico toma o lugar do seu equilíbrio. Você entende que não há maneira de imaginar uma dor nunca antes sentida.

Então, com um piscar de olhos, a flecha penetra seu corpo. Como uma invasão não esperada – mesmo que você estivesse observando todos os seus míseros passos. O susto é ainda maior do que você esperava. E a dor, Deus, a dor é simplesmente insuportável. Porque flechas estão sempre envenenadas.

O ômega chegou à maldita conclusão que o passado deveria ficar no passado. Ele e Harry jamais conseguiriam acertar aquilo. Carregava dor demais. Era como tomar remédio para uma doença incurável. A dor passaria, mas apenas momentaneamente. O sentimento ruim se tornaria mais ameno, e as fisgadas cortantes no fundo de uma alma já cansada, mais suaves, no entanto, a doença continuaria no mesmo lugar; presa ao seu organismo. Incomodando, crescendo, piorando, até que, eventualmente, a dor se tornasse tão forte a ponto de levar sua vida com ela. Sendo a morte não mais um pesadelo, mas uma enorme gentileza.

Quando tudo aquilo aconteceu, Harry e Louis ainda eram muito novos, às vezes o ômega se esquecia daquilo. Deus, eles tinham 14 anos quando encontraram o amor; amor esse intenso e real demais para qualquer criança. Foi rápido e cruel, mas talvez o tempo fosse sempre assim. Tudo bem, a noção de uma vida era diferente para os meia-raças, suas necessidades e perspectivas de família, ligações e filhotes eram bastante distantes das ideias dos humanos, historicamente.

Meia-raças se ligavam cedo. Logo após o primeiro cio, a ideia de montar uma família já estava sendo alimentada. Para todas as espécies, mas principalmente para ômegas. Tudo para os meia-raças era planejado de uma maneira antecipada. As famílias aguardavam ansiosamente pelo cio, porque isso significava vida adulta, responsabilidades e sustento próprio. Ômegas, na maioria das vezes, teriam melhores oportunidades caso se casassem com alfas. Já Alfas não precisavam do casamento para abrir portas. Betas também não.

Betas eram sortudos, Louis achava. Eles não precisavam se atar. Eles não precisavam ter filhotes. Eles não precisavam de parceiros. Eles não tinham meses cobertos por desespero e perversidade; os cios. Eles não tinham necessidades tão animalescas, betas eram a espécie mais próxima aos humanos.

No entanto, apesar de toda a normalidade voltada à ideia de receber uma mordida com apenas 15 anos, Harry e Louis continuavam sendo duas crianças. Quando perceberam que poderiam ser eternos parceiros, sentiram certo peso entrelaçado aquele compromisso. Talvez pesado demais para alguém com tão pouca idade. Talvez o ômega tenha esperado demais de um adolescente descobrindo o mundo a sua volta e tudo que ele tinha a oferecer.

Louis andava pensando muito sobre aquilo. Se ele fosse um alfa, porra, ele também iria querer viajar o mundo. Aproveitar todas as oportunidades que tinha. Conhecer lugares novos. Criar memórias. Se arriscar. Ter mais experiências. Apenas viver, como uma vida deveria ser vivida; com liberdade e felicidade. Talvez o ômega também não fosse querer se prender a alguém se estivesse no lugar do alfa.

Louis estava olhando para o Harry de agora – com seus 26 anos – e colocando as escolhas de um Harry de 17 em cima dele. Mas o alfa não era o mesmo. O ômega também não. Eles haviam amadurecido e crescido. Eles não se conheciam mais, Louis tinha razão sobre isso. Eles apenas conheciam as memórias que carregavam um do outro. O ômega não fazia ideia de qual era a cor favorita de Harry, e se continuava sendo azul. O ômega não sabia qual era a comida favorita do alfa, ou seu lugar favorito, muito menos sua música – detalhe que era importante para Louis. E o ômega saberia responder tudo aquilo, se estivesse falando de Harry há 8 anos atrás. Agora não. Agora ele não fazia a mínima ideia de quais eram as coisas favoritas daquele alfa.

Talvez Louis estivesse sendo estúpido. Talvez ele estivesse perdendo uma oportunidade real e boa de conseguir o que precisava. Talvez ele estivesse deixando seu passado acabar com seu futuro. O ômega não tinha espaço na sua vida para esperar por algo melhor. O ômega não tinha tempo para ficar escolhendo ou aguardando por um milagre. Não existiam milagres. Não para ômegas.

Louis achava que precisava ser verdadeiro com Harry. Abrir as cartas e dizer o que estava em sua cabeça. Desenhar linhas para que o alfa não as atravesse. Harry sempre aparecia com uma borracha, no entanto, apagando todos os limites e invadindo a fronteira de Louis. E era isso que o ômega precisava falar; explicar para o alfa que ele precisava daquela distância, porque não estava pronto para dividir o mesmo lugar com Harry. Não totalmente. Não como antes. Louis precisava confiar no alfa de novo. Louis precisava conhece-lo de novo. Louis precisava ser fodidamente conquistado.

Harry era um total estranho agora. Louis não tinha mais segurança nele. Nem um pouco. O alfa havia perdido o direito de ter um voto de confiança de Louis. O ômega sentia que precisava conhece-lo de novo. Ou talvez devesse dizer: conhece-lo pela primeira vez. Se sua decisão fosse mesmo enterrar o passado, o ômega não poderia deixa-lo junto ao seu presente, rondando sua vida e interferindo em suas escolhas. Apesar do passado ser um grande aprendizado, Louis não queria mais aprender com ele. Louis queria usa-lo para seu benefício.

Isso, obviamente, se sua ideia fosse dar uma chance para Harry Styles. E não implorar para ele enche-lo de filhotes em uma noite de sexo combinada.

Louis faria isso, então. Daria uma chance ao Harry de agora. Não a chance que o alfa gostaria, entretanto. Louis faria Harry pensar que eles estavam tentando de novo. Que eles estavam tentando se amar e ser parceiros como eram antes. Mas o objetivo de Louis continuava o mesmo, por mais repetitivo e frustrante aquilo pudesse ser, o ômega não podia deixar de lado suas necessidades. Ele não podia acreditar que Harry seria, eventualmente, seu alfa e ele não precisaria mais se preocupar em gerar uma criança. O ômega não podia confiar sua vida em uma mera possibilidade de sua relação com Harry dar certo dessa vez. Aquele alfa havia o deixado, nada impedia que Harry fizesse isso de novo.

Mas Louis não tinha o luxo de perder Harry. Não quando ele era uma oportunidade para sua salvação. Louis não podia deixa-lo ir. Não quando suas opções estavam se esgotando e ele estava ficando em um beco sem saída, onde acabaria morto e sozinho.

Louis conseguiria o que precisava. De qualquer maneira. Nem que precisasse mentir sobre isso.

::

— Oi, minha gatinha! — O ômega cumprimentou sua avó, beijando sua testa duas vezes.

Jane sorriu, amorosamente.

— Oi, meu lobinho!

Louis riu.

— Então, como a senhora está hoje?

— Continuo velha, então péssima.

— Vó, isso de novo, não!

— É a verdade, querido. Eu estou velha. Eu nunca gostei de velhos. Eles são chatos, rabugentos, preconceituosos e esquecidos!

— A senhora não é nenhuma dessas coisas.

— Estou realmente me esforçando para isso. Outro dia, na novela, dois alfas se apaixonaram, minha cabeça começou a encarar aquilo de uma forma horrível, como se fosse absurdo... Meus pensamentos continuavam repetindo o quão errado aquilo parecia, que alfas eram feitos para ômegas e qualquer outra coisa fora isso era maluquice... O quão desprezível isso foi? Eu me odiei por pensar assim, querido. Tive que convencer a mim mesma que era normal amar qualquer pessoa. Eu não queria precisar me convencer disso... Eu odeio ser velha! Se eu fosse jovem, conseguiria ver isso e automaticamente não estranhar, deveria ser normal, porque é fodidamente normal, meu Deus!

Louis sentou ao seu lado, no sofá da sala.

— A senhora reconhecer seu preconceito já é alguma coisa. Perceber sua ignorância ou pensamentos retrógados e querer melhorar, porque sabe que está errada, é um grande passo, vovó. A senhora é uma boa velha! — O ômega disse, sorrindo.

— Ah, querido, às vezes me sinto como um lixo.

Louis franziu o cenho. Jane nunca havia falado aquilo para o ômega. Eram sentimentos desconhecidos por ele. Louis gostaria que sua avó contasse tudo para ele, mas não era sempre assim. Jane gostava de poupa-lo de coisas que não achava necessárias. Para o ômega, tudo sobre sua avó era necessário e o machucava que Jane não pensasse assim, guardando para si sentimentos que importavam para todos.

— Vó? — O ômega sussurrou. — Está falando sério?

Jane deu de ombros.

— Envelhecer sozinha pode ser difícil, Louis.

— A senhora não está sozinha.

— Oh, eu sei! — A ômega balançou a cabeça, suspirando. — Não falo de você, meu neto amado, mas do meu parceiro. Me imaginava envelhecendo ao seu lado, nos apaixonando por nossos cabelos grisalhos e passos lentos pelo supermercado... Me imaginava com uma família completa. Com meu alfa e meu filhote. Me imaginava de uma maneira completamente diferente do que sou agora.

Os olhos de Louis estavam marejados.

— Eu sinto muito, vovó.

— Não sinta, meu amor. Está tudo bem. Eu aceitei o que aconteceu há muito tempo atrás. Aceitação é o melhor remédio existente no mundo. Sou muito feliz, mesmo com tudo que passei. Eu tenho você e não poderia pedir por algo melhor, sim?

Louis se aconchegou em seus braços quentes. Eles ficaram abraçados por bastante tempo. O ômega amava abraços e sua avó também. Fly Me To The Moon tocava na vitrola, cobrindo a casa de paz. Hoje era um daqueles dias onde a dor estava mais presente, batendo em suas portas e entrando escondido pelas janelas. Jane queria poder impedir que ela entrasse, mas era tarde demais. Hoje seu peito estava cheio de dor. Hoje ela precisava ser mais forte do que ontem. E a única coisa que Jane poderia desejar, era que o amanhã fosse mais gentil com seu coração já tão cansado.

— Sabe quem veio me visitar? — A ômega mudou completamente de assunto. Não achava que valia a pena falar sobre suas perdas de novo. E de novo.

— Quem? — Louis perguntou, seus cabelos sendo acariciados pelas mãos macias de sua avó.

— Harry.

O ômega saltou de seu colo imediatamente.

— Como é?!

— Por que você não me contou o que estava acontecendo entre vocês? — Jane quis saber.

Era verdade, a ômega apenas sabia o mínimo. Jane sabia que Harry havia chegado de viagem, e que eles se encontrariam. Jane sabia que eles andavam se falando e sabia sobre o jantar desastroso na casa dos Styles. Mas Louis não havia dito todos os detalhes. Talvez aquilo fosse desnecessário em sua concepção. O ômega havia falado que as saídas com Harry eram apenas uma coincidência, nada Louis mencionou sobre o fato de ter literalmente ligado para o alfa e o convidado para sair em algum momento.

Nada ele havia comentando sobre a discussão que tiveram, ou o motivo dela. Nada o ômega falou sobre sua verdadeira intenção por trás de tudo aquilo.

— Do que a senhora está falando?

— Harry veio até aqui, me trouxe dounts de doce de leite, o meu favorito desde quando vocês eram crianças. Eu o convidei para jantar comigo. Ele pareceu hesitante, mas aceitou. Então jantamos e ele começou a me contar o que estava acontecendo com vocês... Quero entender o porquê de você não ter falado comigo e o porquê de você estar tão relutante em deixa-lo entrar na sua vida de novo.

— Porque ele escolheu sair dela! — O ômega exclamou, já sentindo raiva borbulhar dentro de seu organismo. Harry não tinha aquele direito.

— Querido? — Jane parecia surpresa. — Deus, eu não fazia ideia que isso ainda te machucava tanto.

Louis bufou.

— Por que todos esperam que eu seja tão evoluído a ponto de esquecer e perdoar o fato dele ter destruído nosso relacionamento quando tínhamos tudo para formar uma linda família?!

A ômega o encarou, penosa.

— Bem, eu consegui perdoar seu avô por ter partido.

Louis fez uma careta, quase desacreditado.

— Meu avô morreu, ele não te deixou porque quis!

O ômega viu quando as palavras acertaram Jane de uma maneira negativa. Seu corpo estremeceu. Droga, Louis chiou. Sua avó estava sensível hoje, lamentosa. Havia dias mais difíceis que outros, hoje estava sendo um dia mais difícil – não era um dia de uma dor insuportável, mas também não era um dia tão fácil como eles preferiam que fosse.

— Exatamente. — Jane sentenciou, firme e estranhamento rígida. — Seu avô morreu, eu não tenho a oportunidade de escolher entre poder ter mais uma chance com ele. Porque ele se foi. Ele se foi de verdade e ele nunca mais vai voltar.

— Vó... — Louis sussurrou, culpado.

— Você amou Harry, querido. E eu sei que ele também te amou. Ele foi embora e foi um babaca por isso, mas ele voltou. Harry voltou porque você pediu que ele voltasse. Ele não sabia que essa possibilidade existia. Harry achava que você nem mesmo pensava nele, sequer lembrava dele.

— Isso deveria tornar tudo justificável?

— Querido, você tem a chance de tentar de novo, com uma pessoa que você sabe que pode vir a amar, porque um dia já amou. Sinceramente, Louis? Chances assim não aparecem duas vezes. Chances assim, muitas pessoas dariam tudo para ter. Pelo menos um último beijo, um último abraço... Pelo menos vê-lo uma última vez. Você está vivendo isso, aqui e agora. Mas você está deixando o amor fugir das suas mãos e ele pode nunca mais voltar.

Louis ficou calado por minutos, antes de dizer:

— O amor que senti nunca chegou aos pés do seu.

Jane não concordava com aquilo.

— Não tente tirar o valor do que você sentiu por Harry. Eu assisti vocês se apaixonarem com os meus próprios olhos. Eu vi o quão pertencentes vocês eram. E eu também vi o quão partido você ficou quando aquele alfa resolveu ir embora. Não minta para mim, mas, principalmente, não minta para você. Não ignore o tamanho do amor que sentiu por ele para que a sua dor seja menor, porque você está apenas se enganando ao fazer isso.

Louis piscou algumas vezes.

— Eu... Eu não-

— Se você for escolher não usar essa oportunidade que a vida está dando, nunca se esqueça que isso está nas suas mãos. Você está entrando no avião agora. Você está escolhendo não amar. Você está escolhendo não cultivar esse sentimento por medo.

— Eu não estou com medo!

— Você está apavorado, Louis, porque nada te assegura que Harry não te deixará de novo.

Os olhos do ômega estavam cobertos por lágrimas.

— Você está sendo um covarde. — Jane afirmou.

— A senhora realmente vai ficar no lado dele?

Sua avó parecia cansada, na verdade, afetada. A ômega estava sendo mais fria e séria que o normal. Louis sabia que isso era por causa do que havia dito sobre Garret. O ômega havia ferrado as coisas.

— Eu estou do lado do amor. Eu estou do lado da vida. Você está vivo, Louis. — A ômega segurou seu rosto com as mãos, tentando enfatizar o que falava. — Você ainda está vivo, Louis. Não menospreze isso.

— O que a senhora quer dizer?!

— Que talvez você esteja focando nas coisas erradas. Acho que você está deixando algo melhor passar na sua frente e não está fazendo nada para segura-lo.

— Do que adianta eu me segurar em algo que sempre arruma um jeito de se soltar de mim?

— Porque, assim, você vai saber que tentou fazer isso dar certo. Você vai levar com você a tranquilidade de alguém que fez de tudo pela própria felicidade. Você não ficará se perguntando sobre o que teria acontecido se você tivesse dado uma chance para aquilo, se você tivesse feito diferente... Você vai saber que se arriscou como deveria, sem medo de se machucar.

Louis estava chorando.

— Eu tenho muito medo de me machucar.

De novo.

Jane não parecia comovida. Ela continuava parada no mesmo lugar, escutando seu neto chorar. Se fosse qualquer outro dia, a ômega teria acolhido Louis em seus braços amorosos e tentado conforta-lo. Hoje não era um bom dia, no entanto.

— Todos temos, Louis. E adivinha? Pessoas se machucam todos os dias. Pessoas vão continuar se machucando. É a droga da vida. Mas, ao menos, vão saber que lutaram pelo o que queriam e não deixaram o medo ganhar de suas vontades. — A ômega suspirou. — Você está diminuindo sua felicidade para que ela caiba dentro do que você está disposto a fazer para conquista-la.

— Eu não... Eu não sei o que fazer!

— Apenas não tenha medo de tentar ser feliz como você merece. É, pode dar errado, você pode ter seu coração partido, mas também pode dar certo. Vale a pena esse risco? Vale a pena deixar de tentar, mesmo que haja uma possibilidade de dar certo?

O ômega fungou, limpando as lágrimas.

— Também há uma possibilidade de dar errado.

— Com certeza! Em literalmente tudo que a gente decide fazer, mas desistir por que pode dar errado é uma grande idiotice, porque você descarta a chance de dar certo sem nem mesmo tentar.

Louis a encarou perdidamente.

— Harry quer mesmo tentar, vó?

O ômega ainda não sabia dizer o porquê disso sempre soar como uma mentira para ele. Era como se Louis precisasse de muitas confirmações sobre isso. Aquele era literalmente o reflexo do passado influenciando no que acontecia no presente.

— Ele entrou em um avião de novo, não foi? Dessa vez voltando para você... Não diminua isso também.

Louis respirou fundo.

— Se não der certo entre nós, eu posso não ter mais tempo para salvar a minha vida.

— Será mesmo a sua vida se você estiver sozinho?

— Eu posso fazer tudo isso sozinho, eu não preciso de mais ninguém comigo para ser feliz.

— Não disse precisar... — A ômega salientou com obviedade. — Mas querer alguém do seu lado.

— A senhora estará do meu lado.

— Eu sou sua avó, não sua alma gêmea.

Louis chiou.

— A senhora acha que Harry é minha alma gêmea?

— Sempre achei.

— Se Harry fosse mesmo a minha alma gêmea, ele não teria partido meu coração em primeiro lugar.

— Almas gêmeas podem partir corações, mas elas sempre voltam e tentam conserta-los... elas tentam merece-los de novo. — Sua avó o observou. — Harry voltou, por que você não deixa ele tentar?

O ômega ficou em silêncio, como estava durante grande parte daquela conversa.

— Talvez seja tarde demais.

Jane suspirou, exalando experiência.

— Só se você quiser que seja, Louis.

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O ômega queria ir para sua casa. Ele estava forçando sua mente a ignorar tudo o que havia sido dito por sua avó e chamar um táxi. Louis estava tentando não olhar para a casa de Harry, do outro lado da rua, porque estava com medo de suas pernas não o obedecerem e ele simplesmente não conseguir impedir sua mão de bater na porta e seu dedo de tocar a campainha.

O ômega realmente queria pensar mais um pouco antes de tomar qualquer decisão. Ele não apreciava a imprudência. Louis queria ter ido embora, mas então estava parado na frente da porta da casa da família Styles. Louis queria poder usar sua cabeça calma, não seu coração conturbado, no entanto, naquela noite, sua mente estava tão frenética quanto as batidas ritmadas de seu coração.

Louis tocou a campainha.

— Quem é? — Era a voz de Harry.

O ômega sentiu seu corpo tremer.

— Louis. — Ele sussurrou baixo, quase desejando que não fosse escutado pelo alfa.

A porta foi aberta naquele mesmo minuto. Harry parecia cansado, seus cabelos completamente bagunçados e olheiras fundas presas embaixo de seus olhos. O ômega precisou deter sua mão de querer tocar o rosto de Harry. Louis queria acariciar sua pele suavemente. Louis queria ter certeza de que Harry era real. Se o alfa estava mesmo ali; de volta.

— Tudo bem. — O ômega disse, simplesmente.

Harry franziu o cenho.

— Tudo bem quê?

— Vamos tentar de novo.

Os olhos do alfa se arregalaram.

— Você... O quê? — Harry balançou a cabeça, confuso. — Como? É... V-Você está falando sério?

— Sim. Vamos tentar de novo. — Louis respirou fundo. — Nós dois. Você ainda quer isso?

Harry piscou milhares de vezes. Sua expressão passando de cansada para alegre em segundos.

— Claro! — O alfa exclamou. — Claro que eu quero.

Louis prendeu um sorriso.

— Ok... — O ômega o encarou. — Mas para isso realmente funcionar, eu tenho uma condição.

Harry o convidou para entrar em casa. Louis disse que não era necessário, aquilo seria rápido.

— Qual é a condição, então?

— Nunca nos conhecemos antes. — Louis falou.

— Como assim?

— Vamos fazer isso de novo, mas vamos agir como se fosse a primeira vez que estamos nos conhecendo.

O alfa ergueu as sobrancelhas.

— Por quê?

— Não serei capaz de fazer isso... — O ômega gesticulou com as mãos, indicando o espaço entre os dois. — Se eu não abrir mão do nosso passado.

— E como isso funcionaria? — Harry não soava convencido ou aberto àquela ideia.

— Vamos nos conhecer... Ficamos 8 anos longe um do outro, afinal. Temos muito o que aprender sobre quem somos agora. Mas não vamos levar em consideração o fato de termos um passado.

— Deixa eu ver se entendi, você quer fingir que não fomos namorados por 4 anos? Você quer fingir que isso não interfere nas coisas atuais?

— Exatamente.

O alfa parecia desacreditado e machucado.

— Nosso passado foi tão ruim assim, Louis?

O ômega revirou os olhos.

— Ele era incrível, até você partir meu coração.

O alfa abaixou a cabeça, instintivamente. Como se vergonha e constrangimento houvessem pesado em seu pescoço e feito-o perder sua força de sustentação. Arrependimento algum no mundo apagaria a dor causada por Harry em Louis.

— Você ainda quer tentar?

Harry levantou a cabeça, observando o ômega.

— Sim, eu quero. — O alfa repetiu.

Louis deixou o sorriso aparecer dessa vez.

— Prazer, eu sou Louis Tomlinson. — O ômega disse, esticando sua mão gentilmente para o alfa.

O alfa olhou para sua mão, esperando para ser cumprimentada, e tentou processar o que estava acontecendo e o que apertar a mão de Louis significaria. Seria um olá para um possível futuro, mas um adeus para seu passado. Harry queria se desprender de certas lembranças ruins, isso era verdade, mas ele realmente não estava disposto a deixar todas as boas irem embora. Muitas coisas já haviam ido embora, Harry queria que todas que restaram ficassem agora. Louis não.

— Prazer, eu me chamo Harry Styles.

No fim do dia, um recomeço poderia ser melhor que continuar tentando consertar algo já quebrado.

::

Um dia depois.

Louis: Oi, Sam! Como você está? Espero que bem. Tem algum tempo que não nos falamos, mas queria saber se você está livre no próximo final de semana. Eu adoraria sair com você de novo!

Notas:

Não deixem de votar no capítulo, minhas pedrinhas preciosas. Por favor, isso me deixa :))))) !

Quero muito, muito mesmo, agradecer aos 2k de views na fanfic, isso me deixa tãoooo bobinha. Sério, às vezes fico olhando para ela e fico meu Deus, nunca pensei que tantas pessoas estariam lendo e gostando! Vocês são incríveis demais, obrigada por lerem. Eu tenho um carinho absurdo por vocês, vocês são especias demais. Obrigada, obrigada!!!!

Então, o que acharam desse capítulo, vidas?
Vocês acham que depois da conversa com a Jane, Louis vai dar mesmo uma segunda chance para o Harry, ou ainda está focado na gravidez?

Tenham paciência com o meu bebê, ok?
Louis só quer conseguir viver, poxa.

Questão do dia: Qual é a música do Louis favorita de vocês? Pode ser mais de uma (compreensível)!

Obrigada por lerem!
Até o próximo capítulo. <3
Todo meu amor para vocês, Ela.

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