Internato Realitas

By hxavenwriter

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Um ano está para se iniciar no Internato Realitas, a ansiedade está a mil entre todo mundo, a equipe profissi... More

Avisos
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25

Capítulo 7

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By hxavenwriter

Fernando 

Depois de ouvir tudo o que Veríssimo tinha a dizer, Fernando seguiu pelo corredor, acompanhando Erin e Luciano. Carregava sua mochila e o estojo do violão, analisando um pouco como as pessoas pareciam animadas para mais um ano escolar, mas seus olhos pareciam sempre focar em uma só pessoa, mesmo que não recebesse os olhares de volta.

Chegaram logo na sala comum, Erin saiu em disparada para ver a lista de dormitórios, Fernando decidiu que era melhor esperar que todo aquele movimento se acalmasse um pouco. Se sentou em uma poltrona, vendo tudo ao seu redor. Acenou para Beatrice que estava mais afastada, ao lado de Dante, Tristan estava próximo da garota também, Erin tinha saído daquele grande grupo que procurava seus nomes, até ouvir uma voz ao seu lado. Quando ele tinha se aproximado?

—Ei, Fer. Parece que estamos no mesmo dormitório, só nós dois. É o número sete, se quiser ir para lá, estou indo agora.

—Lu! Oi! Acho que vou sim. Preciso arrumar minhas coisas, muito obrigado por isso, não era necessário.

Luciano estava sério na frente de Fernando, sua pele escura entrava em contraste com a camiseta branca, sua postura estava reta, mas não intimidava quem o realmente conhecia. Fernando deu um sorriso ao ver o garoto de frente para ele, mas seu coração estava muito acelerado só de imaginar dividir um dormitório unicamente com Luciano Carvalho.

—Então vamos, daí mais tarde a gente encontra todo mundo no pátio. O que acha?

—Pode ser.

Seguia Luciano pelo corredor, ouvia diversas conversas pelo caminho. Quando estavam na sala, passou por um sofá e viu Arthur, acenou rapidamente para o garoto e voltou seu caminho em direção ao dormitório de número sete.

—Fer, você se incomoda se eu ficar com a cama mais próxima da porta? Não curto muito ficar na janela.

—Claro. Quer dizer, nenhum problema. Pode ficar onde preferir.

—Obrigado, de verdade.

Os dois entraram no quarto, Fernando foi até a cama mais próxima da janela. Colocou a mochila em cima da cama, pegou as roupas e levou até o armário do outro lado, viu todos os livros que usaria para estudar durante aquele ano, arrumou tudo o que precisava no guarda roupa e voltou para a cama, pegando o estojo de seu violão.

Do outro lado, via Luciano pegar os materiais e levar para a própria escrivaninha, deixando tudo arrumado com muita praticidade. Mesmo que parecessem muitos livros, a mesa ainda parecia quase vazia e bem organizada, Fernando admirava a disciplina de seu colega.

—Você vai tocar? Meses sem ouvir sua voz fizeram falta, sabia?

Fernando parecia ter congelado, estava tão concentrado nos movimentos de Luciano Carvalho que havia esquecido do violão em sua mão, havia esquecido até o próprio nome por um segundo. Quando Luciano tinha parado de arrumar as coisas? Quando tinha se virado para Fernando? Quando havia se aproximado?

—É...Acho que sim. Ou podemos ver se tem alguém no pátio já, fica mais legal quando eu e o Arthur tocamos juntos.

—Eu às vezes prefiro só você.

Fernando sentia suas bochechas esquentarem, queria acreditar que Luciano estava apenas dizendo a verdade, que aquilo não significava nada. Droga, ele nem sabia se Luciano sentia o mesmo, ele podia ser hétero e Fernando se iludia à toa. Abaixou sua cabeça e deu um sorriso sem graça, torcia para que o silêncio constrangedor no quarto não fosse suficiente para que Luciano conseguisse ouvir as disparadas batidas do coração dele.

—Acho que consigo tocar uma música, mas depois vamos sair. Quero conversar com o pessoal.

—Claro.

Fernando pegou o violão, vinha compondo uma música nos últimos meses, mas alguns detalhes da letra tinham que ser alterados ainda. Talvez fosse melhor ficar só no violão por enquanto. Passou os dedos pelas cordas, checando se o instrumento estava afinado, após garantir que tudo estava certo, começou a tocar. De olhos fechados, se concentrava totalmente na melodia que ensaiava nos últimos tempos, quem sabe um dia ele mostrasse isso para outras pessoas?

Quando abriu os olhos novamente, ficou decepcionado, Luciano não estava mais na sua frente. Mas isso logo acabou, quando olhou para o lado e viu o colega sentado em sua cama, com um grande sorriso e um olhar brilhante.

—Meu Deus Lu! Que susto você me deu.

—Desculpe, eu quis sentar aqui para aproveitar melhor. Não reconheci essa música, mas parece muito bonita.

—Bem, acho que você não conhece porque ela é minha, mas a letra ainda não está completamente pronta, sinto que falta alguma coisa.

Fernando estava claramente sem graça, sentia sua voz falhar, seus olhos iam em direção aos seus sapatos no chão, não conseguia encarar Luciano, que apenas sorria surpreso com o que lhe era dito.

—Isso é incrível. Você devia postar vídeos na internet cantando e tocando, com certeza as pessoas iriam amar.

—Talvez, mas me falta muita coragem para fazer isso. Vamos lá fora agora?

—Vamos, o Tristan me mandou uma mensagem falando onde podemos encontrar o pessoal. A não ser que queira ficar em outro canto.

—Não, acho que ir com o pessoal pode ser uma boa mesmo.

E assim, os dois seguiam caminho para o pátio. Fernando com o violão dentro do estojo que estava pendurado em suas costas, viu como a sala comum parecia mais tranquila, as pessoas queriam logo ir para os dormitórios, ver os materiais e decidirem onde iam dormir.

Saindo da sala comum, viraram à direita, em direção ao pátio e à quadra da escola, onde encontrariam boa parte de seu grupo. Fernando estava um pouco mais para trás, via Luciano olhar ao redor, provavelmente procurando alguma pessoa com quem pudessem passar o tempo.

—Ali! Achei o Tristan, o Dante, a Bea e a Erin.

Os dois garotos se aproximaram do banco onde estava o pequeno grupo, Tristan ao lado de Beatrice, que estava entre ele e Dante. Erin se sentava no chão, de frente para aquele trio e de costas para os dois que acabavam de chegar.

—Lu! Fer! O banco tá cheio, mas peguem uma cadeira de uma das mesas e sentem aqui com a gente.

—Oi Tristan. Bea, Dante, Erin. Eu vou pegar uma cadeira. Quer vir também, Fer?

Fernando balançou a cabeça, já se sentando no chão ao lado de Erin Parker e pegando o violão de suas costas, sabia que a amiga gostaria de cantar alguma coisa que ele tocasse no instrumento, assim como havia acontecido tantas vezes no ano anterior. Mas esperou Luciano voltar, para começar a tocar as primeiras notas, em pouco tempo Erin cantarolava algumas músicas.

—E então, alguém tem uma novidade para contar?

A música parou no mesmo momento. Fernando olhava diretamente para Tristan, que parecia querer conversar. Só naquela hora, Fernando havia notado que o braço do garoto de cabelos castanhos passava por trás do pescoço de Beatrice. Aquilo estava acontecendo a muito tempo?

—Bem, é uma novidade. Mas eu não sei se é uma boa notícia.

Dante tirou a mão de cima do livro que estava em seu colo e o fechou. Seu rosto estava levantado, os olhos completamente brancos direcionados para frente, um ponto perdido, não que fizesse muita diferença para Dante.

—Fala aí surfistinha. Rolou alguma coisa?

—Vocês ouviram o Veríssimo falar sobre as pessoas da nova escola, certo? Era onde eu e a Beatrice estudávamos antes de vir para cá ano passado. Descobrimos que quem conhecíamos, pessoas que faziam comentários totalmente desagradáveis, vieram para cá. Não é algo bom, eu avisei.

Ninguém parecia ter uma reação para aquilo. Tristan retirou o braço de trás de Beatrice, logo no momento em que ela se inclinou, apoiando a cabeça no ombro de seu irmão, os cabelos castanhos escuros da menina enchiam a camiseta branca de Dante, ela estava de olhos fechados, mas não era difícil de sentir o medo que dominava seu coração. Fernando teve uma ideia, começou a tocar uma música mais alegre, que todo o grupo conhecia, assim que Erin começou a cantar, ele se juntou a ela, eram uma boa dupla.

Não percebeu o movimento ao seu redor, só notou quando outro violão o acompanhava, Arthur estava ao seu lado, tocando o próprio violão com toda sua habilidade. O Cervero não costumava cantar, mas tocava como ninguém. Olhando em volta, Fernando viu que Joui estava sentado no chão ao lado de Erin, Cesar estava encostado na parede, de pé ao lado de Tristan. Voltou a se concentrar na música, tentando acalmar qualquer nervosismo que pudesse surgir no grupo. 

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