Meu Melhor Engano ( Este livr...

By CamilaFerreira21

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Sinopse: Após uma decepção, Júlia decide dar um novo rumo a sua vida, aceita a proposta de uma amiga e muda-s... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capitulo 3
Capitulo 4
Capítulo 5
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9 / Parte Um
Capítulo 9 /Parte Dois
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capitulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
POSTANDO NOVAMENTE O CAPÍTULO 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capitulo 22 / Parte 1
Capitulo 22 / Parte 2
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
28 - Segunda parte
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Final
Perdeu os dois últimos capítulos? Seus problemas acabaram!
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Capítulo 6

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By CamilaFerreira21


Julia

Meu primeiro dia de trabalho, não poderia ser melhor. Pensei que teria dificuldades, mas na verdade, eu basicamente ajudei o Adam a montar o estúdio para algumas sessões. Ele teve muita paciência em me ensinar a montar alguns equipamentos complicados e foi super educado o tempo inteiro. Ainda não tirei nenhuma foto, mas ele me prometeu que quando houver tomadas maiores, eu irei ajudá-lo a fotografar.

- Pronto, terminamos! - Adam diz enquanto guarda o último equipamento.

- Então... te vejo na segunda? - pergunto cautelosamente e ele sorri.

- Vejo que está gostando! Com certeza iremos nos ver na segunda, mas...- ele fixa seus ollhos nos meus - Júlia, você gostaria de tomar uma bebida comigo? - ele pede com uma voz um pouco baixa, me pegando desprevenida.

- Adam, eu não sei. Você é meu chefe e... não gostaria de misturar o trabalho com...

- Como amigos, eu prometo!- ele interrompe - Além do mais, o que há de errado tomar uma bebida em uma sexta-feira depois do trabalho com seu colega?! - não posso negar, ele é persuasivo. Acho que ele tem razão. Adam em nenhum momento foi invasivo ou faltou com o respeito. Pelo contrário, ele demonstrou ser gentil o suficiente para que sejamos apenas amigos.

- Tudo bem, acho que não nos fará mal uma bebida, não é mesmo? Afinal, preciso relaxar um pouco. - afirmo e ele sorri amplamente.

Decidimos pegar um táxi, já que eu não tenho carro e Adam deixou o seu no estacionamento da agência. Vejo que ele é muito responsável e também esperto, já que estacionamento em Nova Iorque é absurdamente caro. Aliás, Manhattan é um lugar caro, porém há muitos transportes públicos, inclusive metrôs que praticamente tomam conta da parte subterrânea da cidade, além de nos poupar tempo. Se há um lugar onde não precisamos utilizar carros, esse lugar é sem dúvida, Nova Iorque.

***

Queríamos ir em um lugar calmo, para que pudéssemos conversar sem maiores problemas, então, Adam sugeriu irmos no Bryant Park café que fica dentro do Bryant Park. Um lugar arborizado entre a quinta e sexta avenida. Bryant Park é lindo e por isso, eu amo esse lugar; cheio de contrastes entre a natureza e os arranha céus.

A noite de outono está fria e o lugar é aberto com aquecedores espalhados por todos os lados. O que mais me chamou a atenção no ambiente, foram as lâmpadas penduradas em cordas finas em meio às árvores, que deixou o lugar simples e ao mesmo tempo aconchegante. Resolvemos nos sentar nas cadeiras altas do balcão que parece menos formal, já que não se trata de um encontro romântico.

- Decidiu o que vai querer? - Adam questiona ainda com os olhos presos no menu de bebidas. A música que toca ao fundo é Girls on Fire / Alicia Keys.

- Esse frio pede um vinho, que tal? - digo e Adam parece satisfeito.

- Eu vou te acompanhar.

As horas seguintes foram de muita conversa agradável. Adam me contou sobre sua vida em Menphis onde nasceu e como veio parar em Nova Iorque trabalhar como modelo. Ele e Freda Valentini - a insuportável sócia -, se conheceram e montaram uma agência de publicidade com a ajuda dos pais da Freda e desde então, ficou por aqui.

- Não sei como aguenta aquela mulher. - acabo dizendo e ele ergue às sobrancelhas com um sorriso. - Desculpe falar assim da sua sócia, mas ela é intragável! - digo sem nem um resquício de arrependimento e, surpreendentemente ele parece se divertir com o meu comentário.

- Freda sempre foi mimada, e na época, eu precisava dela para abrir a agência. Por isso a aguento! - ele confessa e em seguida bebe um pouco do seu vinho tinto.

- Éramos para estar muito maior no mercado, mas Freda colecionou inimigos até a próxima geração. Poucos gostam dela. - ele diz, mas isso não é novidade. Não consigo imaginar alguém que goste realmente dela.

- Percebi. - afirmo com as sobrancelhas arqueadas.

- Eu imagino que a Freda não tenha sido agradável com você, mas não se preocupe, Julia. Ela quase não aparece naquela agência.

Ufa, menos mal. Aguentar aquela mulher todos os dias em que eu estiver trabalhando, seria uma missão praticamente impossível.

- Tudo bem, Adam. - digo e encerrarmos finalmente esse assunto.

A noite ao lado do Adam, estava tão agradável que nem mesmo percebi que já passa das nove. Ele é engraçado e muito cavalheiro. Saímos do Bryant e minutos depois, já estou dando sinal a um táxi que passa na esquina com a quinta avenida.

- Tem certeza de que não quer que eu te acompanhe? - ele insiste pela sétima vez me fazendo sorrir com a sua gentileza.

- Realmente, não precisa. Moro a poucos quarteirões daqui. - afirmo.

Ele suspira resignado e fixa seus olhos castanhos nos meus - Obrigado pela noite e pela companhia agradável. - Adam diz e nos despedimos com um abraço sem jeito. De repente, Adam me surpreende com um beijo no rosto e eu encaro-o com surpresa!

- Eu também. Até segunda, Adam! - digo e rapidamente entro no táxi amarelo. Olho pela janela e, vejo que Adam me observa pensativo. O táxis acelera e em poucos minutos me deixa na porta do meu edifício.

Assim que entro no hall de entrada, percebo que a porta do elevador está aberta. Corro para alcança-la antes que feche, mas quando entro, dou um sobressalto ao ver... Andrew encostado no fundo, incrivelmente desalinhado. Seus olhos estão fixos sobre mim e o meu coração bate em um ritmo acelerado devido ao susto e a sua presença, claro!

- Andrew? - sussurro e ele não diz nada, apenas continua com o seu olhar fixo sobre os meu. Viro-me de costa e tento ignorar o belo homem que está tão próximo a mim. Pressiono o botão com o número do meu andar sem olhá-lo novamente.

- Não queria te assustar! - ele finalmente diz, mas eu não respondo. A porta se fecha e, por mais que eu não o queira, não consigo negar a tensão sexual que há entre nós neste exato momento. Sinto sua respiração a poucos centímetros de mim e meus pensamentos voam para à noite em que ficamos juntos naquele hotel e que, infelizmente resultou em algo que eu jamais imaginaria. Droga!

Os segundos presa aqui, com o Andrew, parecem uma eternidade. Mal consigo respirar apenas por sentir a sua presença bem atrás de mim.

Deus, como este homem me afeta!

O elevador finalmente para e quando à porta finalmente se abre, sinto mãos fortes segurando levemente o meu braço. Respiro com dificuldade apenas sentindo seu toque.

- O que está fazendo? - Pergunto ao me virar, mas noto que ele parece sem reação agora . Andrew abre a boca ligeiramente, mas logo em seguida fecha-a, dando-me a impressão de que ele iria dizer algo. Ele solta o meu braço e se afasta desviando o seu olhar dos meus. A porta começa a se fechar e, rapidamente, Andrew pressiona o botão para abri-la novamente.

- Espero que supere aquele... dia! - é a única coisa que sai de sua boca. Encaro-o sem entender sua reação e saio. Instintivamente me viro encontrando lindos olhos azuis triste me observando intensamente. Aos poucos, as portas de aço e por algum motivo, não desviamos nossos olhares até Andrew desaparecer da minha visão.

***

Andrew

O que eu estava prestes a fazer? - Me pergunto mentalmente. Não sei se há explicação para o que eu sinto quando estou próximo a essa mulher. Uma atração diferente, algo que foge do racional. Eu quase a chamei para ir ao meu apartamento. Tudo bem que, eu a havia visto descer do táxi e segurei o elevador de propósito, apenas para vê-la novamente. Agi por impulso, algo incomum em minha vida. Sou um homem decidido e completamente racional. No entanto, quase cometi o erro de chamá-la. É como se o meu cérebro não estivesse de acordo com o meu corpo.

Respiro profundamente e fecho os olhos. Definitivamente preciso me controlar. Preciso estar no controle do meu corpo e mente. Preciso ser aquele Andrew de duas semanas atrás.

Entro no meu apartamento e como um ritual, jogo minha pasta e terno sobre o meu sofá. Sirvo-me de uísque e ao invés de apreciar a vista de pé, me espalho sobre o o grande sofá. Confesso que, não seria nada ruim se ela viesse até o meu apartamento, mas algo me diz que isso me trará um grande problema e eu não quero pagar para ver. Seu olhar e seu corpo, respondem a mim de uma maneira diferente. Viro o meu uísque de uma só vez e o líquido, desce queimando a minha garganta trazendo-me novamente aquela sensação de bem estar que eu já estou acostumado. Porém, nada que se compare ao que eu realmente desejaria agora.

***

Seus olhos cristalinos estão desejando por sexo. Sua boca perfeita implora ser beijada. Julia está deliciosamente nua de pé, na porta do meu quarto. Encaro-a surpreso. Como ela veio parar aqui?

- Andrew, eu quero você... agora! - ela sussurra e eu me sento sobre a cama com os olhos vidrados sobre seu belo corpo. Seus seios são incrivelmente perfeitos e eu estou duro, esperando por ela, aqui... sobre a minha cama. Ela caminha lentamente em minha direção e, quando ela está prestes a me tocar, um barulho a faz parar. Ela ergue as sobrancelhas e me encara com uma expressão insatisfeita. O barulho não cessa e eu quero ignorá-lo de todo o jeito, mas não dá. Tento me mover, porem é impossível e quando meus olhos encontram a Júlia, ela já está caminhando de volta em direção à porta. Tento me levantar, mas não consigo. Meu corpo não se mexe e o barulho parece ainda mais alto agora.

Abro os olhos repentinamente e a única coisa que consigo ver é o teto na cor creme e a decoração masculina do meu quarto. O barulho que toca incessante é o meu aparelho celular que acabou com o meu sonho. Ele está vibrando e tocando ao mesmo tempo sobre o criado e eu quero me socar por não tê-lo desligado ontem à noite. Droga!

Estico o meu corpo para pegá-lo e assim que olho para o visor, vejo que é uma socialite egocêntrica que eu já saí uma ou duas vezes. Decido não atender, mas obviamente mando uma mensagem, dizendo que mais tarde eu retornarei a sua chamada. Talvez ela seja uma distração, já que o inusitado aconteceu... tive um sonho quase erótico com a Julia. Eu provavelmente devo estar necessitado ou perdi completamente o meu juízo. - respiro profundamente. Não tem problema, mais tarde irei acha-lo com outra mulher.

Levanto-me decidido em ir à academia. Preciso colocar essa energia para fora, antes que eu enlouqueça de vez.

***

A academia é uma das melhores de Manhattan e desde que cheguei, tenho vindo muito aqui. Entro e sigo direto para a esteira onde fico por pelo menos uma hora correndo feito louco. No momento em que desço do aparelho sou abordado por uma belíssima loira que, provavelmente, eu já sai. Ela não me é estranha.

- Andrew? Que bom te ver em Nova Iorque... lembra de mim? - franzo o cenho enquanto seco o meu rosto com uma toalha aromatizada de eucalipto. Junto as sobrancelhas e a encaro para tentar me lembrar ao menos o seu nome, mas é inútil.

- Claro, o seu nome é... -

- Samantha! - ela me interrompe dizendo o seu nome, como já havia previsto.

- Isso, Samantha! - respondo e ela sorri amplamente.

- Fiquei esperando você me ligar aquela vez, e nada! - ergo as sobrancelhas.

- Sério? - pergunto com dissimulada surpresa. Ela se aproxima de mim e eu sei exatamente o que ela quer.

- Seríssimo. - ela sussurra com seus lábios próximos ao meu ouvido. - Você me disse que queria repetir a dose.

Ela quer sexo e, eu preciso colocar a minha mente no lugar. Acho que seríamos uma combinação perfeita se... os meus olhos não tivessem acabado de encontrar o que não deveria ou quem não deveria.

Neste momento Samanta se torna uma vulto, já que meus olhos não saem de cima da única mulher que consegue despertar algo... diferente dentro de mim. Não bastou ela entrar sem ser chamada em meu sonho e agora, ela está aqui. O problema é que, Julia, não está sozinha. Quando meus olhos a encontraram, ela me observava conversar com a loira, mas logo em seguida desviou o seu olhar para dar atenção ao o que parece ser um personal extremamente fortão da academia. Minhas sobrancelhas se unem e meus olhos não querem sair de cima dela.

- Andrew? Você está me ouvindo? - Samantha ainda está aqui.

- O que disse? - pergunto, tentando me concentrar na mulher bem diante de mim. Entretanto, meus olhos desviam novamente para encontrar Júlia de quatro, em um aparelho para enrijecer os glúteos. Isso seria algo comum se o personal não estivesse se empenhando para que ela faça corretamente o exercício em um aparelho que até uma criança de cinco anos saberia. O desgraçado está com suas malditas mãos sobre sua bunda e neste momento, meu coração bate em um ritmo acelerado. Ele está aproveitando dela e a idiota nem percebe!

Ela se levanta e ele a ajuda. O filho de uma puta ainda está com as mãos sobre ela. Desgraçado!

- Aconteceu algo, Andrew? - sem desviar o olhar sobre a Júlia que agora está de pé, respondo:

- Eu não posso conversar agora! - é a única coisa que digo enquanto instintivamente caminho em sua direção. Algo aconteceu, já que ele se abaixa para segurar o seu tornozelo. Ele parece muito empenhado para ajudá-la e por alguma razão, eu quero matá-lo e arrancar os seus olhos. Maldito! Aproximo-me e ambos não notam a minha presença.

- Você está bem? - Pergunta o personal de merda.

- Acho que foi só uma dor. Estou bem! - suas mãos ainda estão apertando o seu tornozelo.

- Claro ! - ela está sorrindo para ele e meu estômago se revira.

- Ela não precisa mais da sua ajuda! - interrompo o casal e ele se levanta imediatamente quando me vê. Ele provavelmente sabe quem sou, já que desaparece o mais rápido possível.

- Você está bem? - pergunto sinceramente e sua expressão é de total surpresa.

- Vamos, eu te levo para casa! - digo e ela se afasta.

- Acho que você esqueceu uma loira bem ali! - ela aponta para a Samantha que nos observa de longe.

Ignoro o que ela diz e me aproximo ainda mais dela. - Vamos! - ordeno, mas ela se afasta.

- Volte para a loira. Ela parece combinar com você! - ela diz e sai rapidamente. Vejo que seu tornozelo não está ruim, mas ela manca levemente.

Chega dessa merda! Sigo-a e abruptamente enrolo meus braços em suas coxas, erguendo seu corpo até o meu ombro direito. Ela se debate, mas eu a ignoro enquanto caminho em direção a saída. Não me preocupo com todos os olhares direcionados a mim e saio caminhando em direção ao meu carro que está encostado do outro lado da rua.

- O que diabos você está fazendo? - ela grita ainda se debatendo sobre mim.

- Você vai ver. - Jogo-a na parte de trás no interior do meu carro e seus cabelos estão revoltos sobre o seu rosto.

- O que pensa que está fazendo seu... idiota! Isso é um sequestro, sabia? - ela grita enquanto se recompõe. Não respondo e meus olhos estão fixos sobre seu rosto e desce para o seu delicioso corpo. Entro vagarosamente e ela se afasta como uma presa prestes a ser devorada. Quando o meu rosto se aproxima do dela, nossas respirações se misturam e em seguida... selo meus lábios nos dela.

Inicialmente, ela hesita, mas logo em seguida, Julia segura os meus cabelos com força e nosso beijo se aprofunda ainda mais. Sua boca é macia como me lembro e seu gosto ainda melhor. Pressiono meu corpo sobre o dela como se minha vida dependesse disso. Seguro sua nuca com a mão direita e com a esquerda, puxo a sua cintura em direção a mim.

Não sei o que está acontecendo, mas eu preciso senti-la novamente. Preciso dela... agora!

_____________________

Espero que tenham gostado!

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Até o próximo capítulo! Beijos a todos e um ótimo dia! ❤️

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quero a liberdade de ser quem eu sou, amar como eu amei o meu primeiro amor