Adhara: A Mui Antiga e Nobre...

By yourbluepeach

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A elite da sociedade bruxa nunca foi fácil, imagina para uma garota de uma família com duas recentes traições... More

[Personagens]
A fuga
Notícias correm como vento
Primeiro encontro
Conveniências
O show
Possibilidades
Narguiles
Contrato
Chocolate
A chave de portal
Baile de Natal
Feridos
Antro de traidores e outras imundices
A prova
Por favor...
Maldita ligação
Dor e família
Falsas lembranças
Volta a Hogwarts
Chocolates
Bartô Crouch Jr
Legimentes
Vocês não estavam brigados?
Senhora Black
Horcrux
Uma garotona está vindo aí
Família de verdade?
Chá da tarde
Janeiro de 1979
Traidor
É a gravidez...

O plano

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By yourbluepeach

    Eu tinha escrito em um papel pequeno uma simples localização e horário. "Entrada este da floresta negra, meia noite.", o meu plano tinha começado. Enquanto saia da troca das aulas, esbarrei em Severo propositalmente e entreguei o "recado", que "infelizmente" ele deixou cair. Pude perceber os grifinórios pegar o papel pelo canto dos olhos, eles iam cair como patinhos. Respirei fundo, ainda era difícil pensar que para me proteger e aos meus irmãos, isso era necessário.

Esperei o tempo necessário, me vesti adequadamente e fui para a floresta proibida junto dos meus amigos um pouco antes do horário. Ficamos escondidos em meio aos troncos, apenas aguardando-os. Logo sussurros e risadas tentando ser baixas adentraram por entre as árvores, chegaram. Incrível como podem ser tão barulhentos, até para tentarem algo que seria de bruxos das trevas. Talvez fossem apenas burros...

- Já estamos muito longe, James! - A voz era de Lupin. - Melhor voltarmos agora.

- Calma, nós vamos achar aqueles comensaizinhos idiotas.

- Não precisa chamar de idiota, meus irmãos estão juntos. - Sirius disse com um tom de pesar. - Estúpidos descreve melhor.

- Por que eu vim com vocês mesmo? - Uma voz feminina, talvez a Evans.

- Porque esses lerdos iam acabar sendo mortos. - Marlene, sarcástica como sempre.

- Nossa, Lene, quanta consideração...

- Podemos ir embora? - Sussurrou Pedro. - Esse lugar é estranho, credo, dá arrepios.

- Ih... o Rabicho está com medo.

Olhei para Mulciber e dei o sinal, íamos cercá-los para que não tivessem como fugir.

- Ora ora, não deviam estar na comunal? - A voz provocativa de Dylan.

- Eu falei que estavam aqui!

- Estamos mesmo, Potter. - Severo agora. - Vocês que não deveriam estar aqui.

- Por que vamos arruinar seu plano maléfico de alguma forma, Ranhoso?

Eu, Avery e Regulus saímos de trás dos troncos, fechando o círculo. Estava tudo caminhando certo, felizmente, não me complicaria mais ainda. O olhar de ódio no Severo chegava a dar arrepios nos ossos, não sei como os grifinórios continuavam com aquela postura. Eram seis pessoas contra cinco, estávamos em desvantagem, mas não faz mal.

- Não sejam mal educados, garotos. - Falei com o sorriso mais cínico que eu conseguia. - Façam as honras, nunca recebemos visitas ilustres como essas nos nossos treinos.

Desarmando-os rapidamente enquanto o Mulciber lançava um feitiço para deixá-los amarrados. A expressão de surpresa e decepção de Sirius me doía tanto, que eu não acreditava no que eu estava fazendo. Fique no papel, Adhara, a recompensa é maior, foque nisto.

- Boneca? - Sussurrou quando eu fiquei em sua frente.

- Por que a surpresa, Six?

- Essa não é você! Adhara está sob a maldição Imperio, Regulus? - Buscou o nosso irmão, mas ele apenas fechou os olhos e respirou fundo. - Acordem! Parem de ser tão burros a ponto...

Mulciber deu um tapa em seu rosto, tão forte que ficou marcada a sua mão. Ele me olhou como se estivesse começando a gostar da ideia.

- Posso? - Perguntou com um sorriso macabro.

- A vontade, mas é melhor deixá-los vivos.

- Nem a sangue ruim ali?

- Nem a sangue ruim, chamaria muita atenção e não é o que desejamos.

Eu permaneci ali, mesmo que não tivesse estômago o suficiente nem para ouvir meu irmão gritando de dor. Fechei os olhos rapidamente quando um grito ensurdecedor e alto de Sirius, não queria saber o que tinham feito com ele. Logo os barulhos foram cessando, tirando os berros do meu irmão, Remus estava muito machucado.

- Está bom, podem parar. - Ordenei e fizeram imediatamente. - Saiam, por favor, eu preciso fazer algo.

- Boneca... - Regulus tocou o meu ombro, me chamando preocupado.

- Eu sei o que estou fazendo, Reggie.

Esperei todos saírem, aguentando um olhar raivoso do meu irmão mais velho. Eu me agachei um pouco para ficar na altura dos seus olhos. Sirius tentou cuspir em mim, mas apenas desviei, tentando não me arrepender de realizar aquilo. Invadi a sua mente com legilimência para poder tentar mostrar a verdadeira razão. Após todas aquelas imagens, eu apenas formei com os lábios "Me perdoa"".

Saí dali, desfazendo o feitiço quando estava seguro o suficiente, e encontrando os meus amigos. Voltamos à comunal todos juntos, Regulus estava quieto ao meu lado e não me largava por nada. Eu entendia o que estava sentindo, também não conseguia acreditar no que eu tinha feito.






Alguns dias tinham se passado e Rabastan não tinha voltado ainda, me preocupando muito. Ainda tinha que inventar para os professores que ele estava doente e Rodolphus preferiu cuidar na mansão ao invés dali. Eu ia ficar maluca ainda com tudo isso... O meu irmão não olhava mais para mim, infelizmente era o óbvio, me evitava a todo custo.

Madame Pomfrey havia me chamado, eu a ajudava às vezes para poder aprender na prática e estava me saindo muito bem. Pelo jeito tinha acontecido alguma coisa, pois estava lotado aquele lugar. Então notei que a maioria dos alunos estavam vestidos com uniforme de quadribol, tudo foi explicado. Bando de brutamontes que não perdem a chance de transformar um jogo em vingança.

- Senhorita Black, ainda bem, isso está uma bagunça. - Disse suspirando brava. - Esses moleques não aquietam um segundo, tem até gente desacordada por aqui.

- O que quer que eu faça?

- Poderia cuidar dos machucados do senhor Lupin e do seu irmão? O senhor Black se arrebentou todo no jogo hoje, mas não quer desgrudar do amigo.

O jeito que ela entoou a voz para falar amigo, deu para perceber que ela já sabia sobre o relacionamento dos dois. Concordei e me mostrou qual ala estava. Sirius parecia bravo por eu estar aqui, tentando ir até seu namorado para protegê-lo.

- Eu vim como curandeira, Sirius. - Falei tentando deixar naquele mesmo tom. - Lupin, só são essas escoriações ou..?

- Remus sente muita dor depois destas noites.

- Eu vou pegar as poções e curativos, com licença.

- Se você fizer alguma coisa...

- Sirius, não seja burro. - Pisquei para ele.

Fui até o armário e coloquei tudo em uma cestinha para levar até eles. Odiava tratar o meu irmão assim, mas se achassem que ainda éramos próximos... Comecei a fazer todos os curativos cuidadosamente, Remus parecia estar com muita dor, dava muita dó ser forçado a se transformar toda lua cheia. Sirius acompanhava todos os meus movimentos com atenção, medo de eu fazer alguma coisa para ele. Apesar de ser chato, achava muito fofo, sempre o tratava como se fosse uma pedra preciosa. Seriam um ótimo casal no futuro, se existir algum. Chego até invejá-los, queria tanto que Rabastan me tratasse um terço de como Sirius trata ao Lupin.

- Isso vai te dar uma leve sonolência, mas já deve saber, não?

- Sim...

Levantou-se para tomar, Sirius tentou pegar da minha mão, mas consegui dar toda a poção sem incômodo. Remus parecia aliviado um pouco e virou o rosto com sono. Depois de uma transformação, deveria ficar muito cansado pelo que fez sem estar consciente.

- E o que aconteceu com você? - Perguntei ao meu irmão.

- Não te interessa, você quer que eu morra mesmo.

- Sirius, eu estou querendo te ajudar. Madame Pomfrey pediu para que eu cuidasse de vocês dois, então cala a boca e aceite.

- Só levei um tombo da vassoura, nada demais. - Disse ranzinza. - Um corvino desgraçado que decidiu quebrar os ossos de todos.

- Osso quebrado, então? Posso examinar?

Ele demorou para aceitar, mas não tinha muita coisa para fazer a não ser isto. Rapidamente fiz alguns feitiços, não tinha quebrado nada, mas saído do lugar, por isso estava estranho.

- Só deslocou o osso. Respira fundo, eu vou contar até três, está bem?

- Não tem outro jeito, né?

- Não. Um, dois... - Ajeitei antes de chegar ao três, escutando um grito misto de dor e surpresa. - Pronto, novinho em folha.

- Não sabe contar, Adhara?

- Se chegar no três, normalmente as pessoas ficam com medo e pode dar errado, assim é melhor. Posso ajudar em mais alguma coisa?

- Pode, sumir e não maltratar mais a minha família.

- Sua família? - Perguntei com uma voz sarcástica, mas estava muito magoada por dentro.

- A que felizmente eu escolhi e me aceitam, não um bando de idiotas supremacistas.

Eu apenas sorri, mas não conseguia esconder meu olhar triste por ouvir aquilo. Devolvi todos os itens para o armário, arrumando devidamente em seus lugares.

- A senhora quer que eu dê uma olhada em mais alguém?

- Ah sim, por favor, aquele dramático ali do começo. Dá alguma coisa para ele dormir, não aguento mais, hipocondríaco.

Eu ri silenciosamente e fiz o que ela pediu. O aluno era meio histérico mesmo, já falava que ia morrer por causa de um corte a ser suturado. Começou a listar como um louco as doenças que poderia vir a ter por causa disso, que ia desmaiar por sair tanto sangue. Entreguei uma poção do sono para ele e aquietou na hora, felicidade. Pude fazer os pontos sem o ser se mexer ou me encher o saco, tão bom paciente de boca fechada.

Virei-me para voltar a perguntar a Pomfrey se tinha mais algum e dei de cara com Rabastan. O maldito volta assim, do nada? Um dos seus olhos estavam manchados com sangue, com toda certeza não consegue sair sem aprontar.

- Rabastan, o que aconteceu..?

- Não precisa se preocupar, Adhara. Só vim até aqui, porque queria te ver primeiro.

- Deixa eu cuidar disso, por favor.

Ele respirou fundo e subiu a sobrancelha, mas ao final concordou. Peguei novamente algumas coisas para tratá-lo e coloquei naquela cestinha. O lugar estava lotado, então tive que ir até o fundo, o único lugar vago era o ao lado de Remus e Sirius. Tudo para me ferrar, não é possível, por Merlin. Pedi para sentar ali e coloquei ao seu lado, que encarou o meu irmão com raiva.

- Olhe para mim, por favor.

A contragosto fez isso, coloquei a mão em seu rosto para me apoiar e pinguei algumas gotas de uma poção. Após, usei um feitiço e seu olho estava voltado a ficar sem o sangue todo, bem melhor.

- Você se machucou em mais algum lugar?

- Apenas arranhões, tudo dentro do normal. Você vai demorar muito aqui? Eu quero conversar com você.

- Eu preciso perguntar para a Madame Pomfrey se precisa mais da minha ajuda.

- Por que você precisa fazer isso, Adhara? Não é sua obrigação ficar gastando tempo com esses tipos.

- Para eu aprender, a ideia não foi sua? - Engoli em seco, percebendo que eu tinha mudado de tom. - Vou estar bem treinada para que se precisar de mim, eu saiba resolver.

- Tomara que seja logo, eu não quero ter que dividir o seu tempo com ninguém. Então depois nós conversamos, mas tenta não demorar muito, eu estou cansado.

Assenti e o acompanhei até a saída, certificando que não ia entrar e ter uma crise de ciúmes como sempre. A curandeira me direcionou para mais alguns alunos e fiz tudo o mais rápido possível, para ser liberada logo. A cada minuto que passava, eu ficava mais nervosa. O que Rabastan queria conversar comigo? O que eu fiz agora?

Tirei o avental e me despedi de Madame Pomfrey, trocando os passos o mais rápido que eu conseguia para poder chegar ao salão comunal. Conferi se meu cabelo estava ajeitado e a minha roupa apresentável. O salão estava vazio, muito estranho, ele não conversava comigo em outro lugar na maioria das vezes. Fui para a parte atrás das escadas, onde alguns alunos passavam o tempo sozinho, acabando por encontrá-lo encostado na parede, próximo a um pequeno sofá.

- Rabastan? - Falei com cuidado e seu sorriso de lado apareceu. - Desculpa por ter demorado tanto, não era a minha intenção.

- Eu soube o que fez durante a minha ausência. - Disse com um olhar terrível. - Para ser sincero, me impressionou. Eu sempre pensei em você como delicada, nunca como alguém capaz de torturar o irmão.

- Eu só fiz o plano... sabe como todos estão cansados deles e...

- Eu estou elogiando, Adhara. Até pensei em te levar para algumas missões comigo após casarmos depois disso. É claro, em poucas, pois não quero arriscar te perder de jeito nenhum. Bom saber que realmente mudou, espero não me decepcionar.

- Não irá, eu prometo.

- É tão bom te ver se comportando...

Passou a mão em meu rosto, deixando o seu polegar sobre a minha boca e deu um sorriso verdadeiro. Ele me puxou e me beijou de forma apressada e sem algum cuidado, só se afastando quando ambos estávamos sem ar. Apesar do jeito um pouco ogro dele me beijar, dava para entender que talvez seja a melhora na nossa relação. Eu senti um gosto de sangue na minha boca, mas antes de limpar, ele o fez.

- Você fica tão fofa assustada, já te falei isso?

- Falou uma vez... - Sussurrei.

Rabastan riu silenciosamente e balançou a cabeça. Eu fiquei parada, sem saber o que fazer, até porque o meu noivo não era muito fácil de se entender.

- Eu mal posso esperar para o feriado de páscoa... finalmente toda minha.

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