Hellooo!!! Mais um capitulo pra vocês <3
Espero que gostem bbs!
Pergunta: Já leram "Desde sempre para sempre??"
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Sabina Hidalgo
A essa altura eu já estava enlouquecendo, e acredito que Any também. Tive que passar alguns dias longe dela e de Isabela por conta de compromissos que não podia faltar. Agradeci eternamente a Sav por passar o tempo de suas férias cuidando de Any quando eu não podia estar. Quando não era ela, era Shiv, que agora estava morando em Los Angeles também com a gente.
Eu me sentia mal em deixa-la sozinha. Queria simplesmente parar com tudo e dar mais atenção a sua gravidez. Eu sabia que minha ausência a incomodava, pois ela me ligava de dez em dez minutos para saber o que eu estava fazendo e dizer que estava com saudades. Aquilo acabava comigo,
mas eu simplesmente não podia desmarcar coisas que já estavam marcadas, isso me traria grandes problemas. Já havia pedido a Alex para não colocar mais nada em minha agenda, pois queria passar os próximos meses somente ao lado de Any. Ela também já tinha dado uma pausa em tudo, o que me
fez pular de alegria. Ela estava animada e assim como eu não queria colocar em risco ela e o bebê.
- Você já está chegando? - Sav perguntou impaciente do outro lado da linha.
- Eu entrei no carro quase agora. Espera. - Falei impaciente e ela bufou. - Como ela está?
- Chorando. - Suspirei. - Desde que você foi embora. E ela tá ansiosa pra vocêvoltar desde o mesmo dia. Eu ainda não matei Any por causa do bebê mesmo.
- Não fale assim, tadinha. Ela está grávida. - Falei sorrindo.
- Sabina, você não entende. Ela chora o tempo todo. Come o tempo todo. Depois chora porque comeu demais. Depois vomita e chora porque não consegue parar de vomitar. - Sav dizia e eu só conseguia rir imaginando a cena.
- Queria ver isso.
- Não, Sabina. Você ia enlouquecer também. E ela ainda fica me pedindo carinho. Sério, eu acho isso estranho.
- Ela tá grávida, Sav. Fica carente, emocional, irritada..
- Ela é uma grávida bem irritadinha. Morro de rir quando ela da a louca aqui. Any tem ciúmes do mundo agora. Ficou com ciúmes da entrevistadora que estava te entrevistando ontem. - Sav falou e eu ri.
- Você não viu o texto que ela me mandou reclamando disso. Falou que a mulher olhava pra minha boca enquanto eu falava. Eu não sabia se ria ou se chorava. - Sav e eu rimos. - Mas eu não gosto dessa irritação toda dela, isso pode fazer mal pro bebê. Por isso vou ficar por perto e tentar deixa-la zen.
- Acho meio difícil. Mas também acho que ela tá meio louca assim porque você tem se ausentado. Te aconselho a ficar bem pertinho dela, se não daqui a pouco ela começa a jogar isso na sua cara junto com alguns sapatos e jarros de vidro.
- Ah, pode crer. Eu não vou sair de perto dela mais. Não posso deixa-la passar por tudo sozinha. - Falei e olhei pela janela vendo que já estava bem próxima da casa de Any - Sav, já estou chegando. Me espere aí na frente.
- Ok. - Sav disse e desliguei.
O carro entrou no condomínio e depois estacionou bem em frente a casa dela. Assim que sai do carro as duas vieram em minha direção, porém Any veio correndo e pulou no meu colo. Estava simplesmente linda. Vestia apenas um moletom gigante cinza e usava os cabelos soltos. Ela me agarrou com força e tentei segura-la no meu colo.
- Que saudade amor - Ela disse e me beijou. Um beijo suave e cheio de saudade.
- Você está linda. - Falei e ela sorriu. A soltei e dei um beijo em sua barriga que já estava um pouco maior do que da última vez que nos vimos.
- Hmm, eu tô aqui. - Sav disse e sorri pra ela.
- Cuidou bem da minha mulher? - Perguntei abraçando Sav.
- Ah, com certeza. Não foi fácil não. - Sav falou e eu ri. Any revirou os olhos, mas riu também.
- Amor, eu fiz os exames. - Any falou animada.
- E ai?
- Tá tudo certinho. Não tem nada de errado. Tá tudo bem! - Falou animada e fomos entrando pra dentro da casa.
- E o sexo do bebê? - Me apressei a perguntar.
- Ela não quis abrir até que você chegasse. Só viu os exames dela. Do bebê que é bom: Nada. - Sav disse revirando os olhos.
- Isso mesmo. - Any debochou. - Quase pedi pra Sav me amarrar pra não abrir aquilo.
- Então vamos abrir agora. - Sugeri.
- Não. Vamos na minha obstetra amanhã e ela abre com a gente. - Any falou e concordei a contra gosto, pois estava mesmo ansiosa pra saber o sexo do nosso bebê.
- Cadê Isabela? - Perguntei quando finalmente reparei a ausência da minha
filha ali.
- Joalin vai traze-la hoje. Ele ligou hoje mais cedo avisando. - Sav falou e eu assenti.
Ficamos na sala conversando por um longo tempo até que Any dormiu no meu colo, me deixando completamente triste. Eu queria que ela ficasse acordada comigo, mas Any parecia bem sonolenta. Fiquei o tempo todo ao lado dela na cama a observando dormir. Fiquei me sentindo um pouco solitária. Sav também estava dormindo, Isabela estava
com Joalin, e Any só sabia dormir. Ouvi a porta do quarto se abrir e Isabela entrou correndo no quarto com uma pequena mochila nas costas.
Logo atrás dela estava Joalin sorrindo olhando pra filha. Quem olhasse assim poderia até pensar que ela se importava com Isabela.
- Vim deixa-la aqui. - Joalin falou olhando para o celular e eu assenti colocando Isa em cima da cama. Ela continuou parada na porta olhando para o celular e depois encarou nós duas.
- Ok, Joalin. Já pode ir. - Eu falei e ela riu.
- Sabina, já te disse que você é patética? - Joalin perguntou se aproximando.
- Sim. Muitas vezes. - Respondi e ela parou de mexer no celular um pouco para falar com Isabela.
- Só vou dar mais um beijo nessa princesa aqui. - Abraçou Isabela beijando todo seu rosto.- A mamãe vai estar bem ocupada esses dias. Se essa bruxa e a namoradinha prenha te perturbar muito é só me ligar, ok?
- Tá bom, mamãe. - Isabela sorriu e Joalin deu mais um beijo nela.
- Any é minha esposa. - Falei enquanto ela ia até a porta.
- Não me importo. - Joalin respondeu saindo dali e eu apenas suspirei assentindo.
Fiquei observando Isabela jogando algum joguinho irritante em um tablet que sabia que Joalin com certeza havia lhe dado. O que me deixava bastante irritada, pois odiava como Isabela se prendia a essas coisas. Com certeza ele dava aquelas porcarias pra menina para distraí-la enquanto ela também ficava enfiada no dela.
- Isabela... - Chamei, mas ela nem me deu atenção. - Olha aqui que tô falando com você.. - Falei tomando o tablet de sua mão.
- Não. Me dá - Ela simplesmente pulou em cima de mim tentando pegar o tablet
- Ei.. Pode parando. Sai de cima de mim. Você não vai brincar com isso - Falei e ela se sentou na cama abrindo o berreiro, o que acordou Any.
- O que foi? Por que ela tá chorando? - Any perguntou puxando a menina para perto dela.
- Se deixar ela fica viciada nesse negócio de tablet. Pode parando de graça, sabe muito bem que eu não gosto. Não sei nem porque ela trás essas coisas. - Falei e Isabela cruzou os braços e me deu língua. Tive vontade de rir, mas me mantive séria.
- Deixa a garota, Sabina. - Any disse se sentando na cama.
- Olha aqui, Isa.. - Falei levantando o moletom de Any dando visão a sua barriga que já tinha um grande volume já que estava no seu quase quinto mês de gestação. - Tem um bebê aqui dentro..
- Eu já tentei explicar que tem um bebê aqui, mas ela acha que eu engoli um.
- Any falou e eu ri. Peguei a mãozinha de Isabela e coloquei sobre a barriga de Any. Ela ficou olhando toda curiosa e achei aquilo lindo.
- Lembra quando te mostrei fotos suas de quando você era bem pequenininha? - Perguntei e Isabela me encarou, agora de joelhos na cama com as duas mãozinhas na barriga de Any.
- Lembro, né - Isa falou e Any riu.
- Então, tem um igualzinho ai dentro.
- Mas... Mas ela engoliu ele? - Isa perguntou e não pude deixar de rir. Eu tinha a filha mais fofa do mundo!
- Não, meu amor. Ele tá ai dentro e vai crescer. Aí ele vai sair e você vai conhecer seu irmãozinho. Vamos ficar com ele e você ajudar a gente a cuidar dele..
- Ah, não. - Falou fazendo bico e cruzando os braços.
- Como não, filha?
- Ah, não, mamãe. É só eu que moro aqui - Isa falou e Any riu. Não podia acreditar que Isabela estava com ciúmes e não queria dividir a casa com outro bebê.
- Isa, mas ele vai ser seu irmãozinho ou irmãzinha. Você vai gostar dele. - Any falou tentando pegar Isa, mas ela não deixou.
- Não vou. Eu não quero, mamãe. - Isabela disse com cara de puta e desceu da cama. Se sentou no chão de costas pra gente e ficou mexendo em sua mochila que estava jogada ali.
- Acho que vamos ter dois irmãozinhos bem briguentos. - Falei e vi que Any olhava séria para Isabela. Parecia estar triste porque Isabela não queria o bebê ou algo assim. - Ei, relaxa. Depois ela para de palhaçada. - Falei e a abracei beijando o topo de sua cabeça. Era automático abraça-la e colocar minha mão em sua barriga. Era meu novo lugar favorito em seu corpo.
- E se ela não parar? - Any perguntou aflita enquanto eu passava os dedos de leve em sua barriga.
- Ela é uma criança, Any. Isso passa - Falei tentando acalma-la, mas ela ainda parecia se preocupar com aquilo. Conhecendo a filha que eu tinha, eu sabia que ela iria fazer muita graça ainda por causa disso, mas não podia fazer nada. Isabela ainda era criançinha e fazê-la entender que não era necessário ter ciúmes porque não seria substituída era algo realmente difícil. Mas iria evitar de falar disso com Isabela para não deixar Any triste.
- Sabina, que porra é essa no seu pulso? - Any se levantou rapidamente e segurou minha mão. Havia um corte lá. Não era bem um corte, era uma queimadura bem feia que eu havia feito por acidente enquanto fazia comida. - Você ficou louca? - Falou um pouco mais alto e vi que já tinha entendido tudo errado.
- Não, amor. Eu não me...
- Como você tem coragem de fazer isso? - Any segurou a gola de minha camisa e me chacoalhou. Tive vontade de rir de seu descontrole, mas me segurei. - Você tá querendo se matar? Foi pra isso que me engravidou? Pra se matar e me deixar sozinha aqui cuidando da Isa e de outro bebê, foi? - Any estava gritando e imaginei que aquilo estivesse assustando Isabela.
- Para de gritar comigo. Me deixa explicar..
- Explicar é o caralho. - Gritou novamente dessa vez não segurei o riso, o que a deixou mais nervosa. - Se você quer se matar, deixa que eu te mato e você vai se explicar a sete palmos do chão, porra! - Ela gritou de novo e me empurrou contra a cama dando alguns tapas do meu braço.
- Any, para! Ai! Eu não me cortei, eu juro! - Tentei falar, mas ela parecia estar descontando toda sua raiva naqueles tapinhas em mim. Estava simplesmente surtando.
- Você agora está falando que eu sou louca? O que é isso no seu braço? - Perguntou ofegante, finalmente parando de me bater.
- Eu me queimei, amor. Foi só isso. Fica calma, por favor! Você não pode ficar
se irritando assim. - Falei e ela ficou me olhando como se tivesse acreditado e estava arrependida de ter me batido. Ela colocou as mãos no rosto e pedi a Deus que ela não chorasse, mas era tarde demais. Tudo fragilizava Any e eu realmente sofreria com isso, pois odiava vê-la chorando. - Não. Vem ca, tudo bem. Não precisa chorar. - Falei a abraçando enquanto ela chorava horrores no meu ombro.
- Me desculpe.. - Disse me agarrando com força.
- Não precisa se desculpar. Para de chorar - Pedi alisando sua barriga e ela assentiu limpando o rosto. Eu não conseguia tirar a mão de lá.
- Senti sua falta. - Falou e senti meu coração apertar. - Você não vai embora de novo, não é? Eu sei que você gosta do seu trabalho e seria egoísmo meu pedir pra você parar, mas é que eu preciso de você perto de mim. Eu me sinto muito sozinha quando você não tá aqui.
- Antigamente essas coisas eram legais de se fazer, mas agora? Agora só hágraça quando estou com você. - Selei nossos lábios e ela sorriu - Não se preocupe. Eu prometo que vou estar do seu lado.
Ficamos ali na cama e Any estava deitada no meio das minhas pernas com a cabeça no meu peito enquanto lia um livro. Já eu tentava ler algumas emails e tentava desmarcar o máximo de coisas possíveis através de lá e de algumas ligações para Alex que estava completamente puto comigo por simplesmente estar recusando ótimas propostas de gravações. Mas eu não
estava me importando, nada era mais importante do que ver Any bem e saudavel com nosso bebê. E eu ainda estava lá com a mão colada na barriga dela. Eu tinha esperança que a qualquer momento ele ia se mexer e eu seria a primeira a sentir. Eu queria que isso acontecesse, por isso não tirava a mão dali um segundo.
- Chora não, amor. É só um livro. - Falei acariciando os cabelos de Any que chorava de novo, agora por causa de um livro.
- Cala a boca! Ela morreu. Alasca morreu.
- Nossa, valeu pelo spoiler. Eu ia ler - Falei e ela me encarou.
- Desculpa, eu não sabia que você não tinha lido. Leia é bom. Mesmo você já sabendo que ela morre.
- Ok. Eu leio. Mas para de chorar pelo amor de Deus.
...
No dia seguinte nós duas fomos até o obstetra. Any vestiu um top preto e uma jardineira jeans. Deixou seus cabelos soltos e eu fiquei babando o tempo todo nela, estava simplesmente linda. Eu ficava assim ultimamente, pois a gravidez estava deixando Any ainda mais linda. Chegamos ao local e Any foi toda apressada. Eu sabia que ela estava ansiosa. Eu também estava, até demais. E depois de saber ficaria ainda mais ansiosa pra ter aquele bebêzinho em meus braços.
Entramos na sala e demos de cara com a doutora Samantha. Any havia me falado que ela era muito bonita, mas eu realmente não imaginava o quanto. Ela parecia ser bem simpática. A doutora ficou fazendo algumas perguntas para Any e fiquei apenas observando as duas.
- E os enjoos? - A doutora perguntou.
- Não são mais tão frequentes. Mas ainda os tenho. Vomito só quando sinto cheiro de perfume forte e quando vejo uma pizza. Qualquer coisa com queijo, na verdade. Infelizmente. - Any falou fazendo bico e eu sorri.
- Deve ser mesmo difícil ter enjoo com pizza. - A doutora brincou e Any riu. - Me deixe dar uma olhada nos seus exames
-Ah, claro.- Any deu a ela os papeis e ela os analisou.
- Parece que está tudo certo com você Any. - A doutora sorriu. - Não abriu o do bebê?
- Any quis que esperássemos até hoje. - Falei e a doutora abriu o papel.
- Vamos ver, então..- Samantha disse e ficou analisando o papel por um tempo. Ela estava séria, o que me assustou um pouco. Ela olhou para Any e eu por cima do papel e depois voltou a encara-lo. Eu e Any nos
entreolhamos e percebi que ela já estava nervosa.
- Doutora.. - Chamei e ela me encarou ainda séria. - Está tudo bem com o bebê?