Diary of an addict [PJM+JJK]

By one_minute_for_live

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[TERMINADA] (brevemente em revisão) As pessoas procuram pelas drogas por diferentes razões e motivos. Umas b... More

[𖦹] Warnings
[𖦹] Prologue
[𖦹] If you go, I will too
[𖦹] You're Hiding Something
[𖦹] The Black Rose
[𖦹] Progress with Me
[𖦹] I missed Your Kiss
[𖦹] I Have A Family
[𖦹] Let's Get Away
[𖦹] Did you follow Me?
[𖦹] Multiple Questions
[𖦹] A Final Full of Love

[𖦹] New Beginning, New Kiss

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J I M I N

— Merda, não! Não pode ser! — Jimin exclamava desesperado enquanto vasculhava os lençóis de sua cama. Já havia dado a volta ao quarto todo mas não encontrava sua mala vermelha em lugar nenhum.

Park se sentou no chão, juntando os joelhos e encostando sua testa lá, se permitindo chorar baixinho. Aquela mochila era onde tinha seu dinheiro, resto de droga e o seu maldito diário.

O silêncio sinuoso foi preenchido pelos seus soluços. Ele já não sabia lidar com os simples acontecimentos que se atravessavam no seu quotidiano, era como se fosse uma bomba relógio prestes a explodir a qualquer momento.

Em um ato de desespero, pegou seu celular e abriu a aplicação de mensagens para chamar a única pessoa que lhe veio à mente.

Jungkook. Ele havia deixado seu número na geladeira para que o loiro o contactasse sempre que quisesse. Mas ele sentia um aperto no coração de maneira esmagadora sempre que pensava ou falava com ele. Jimin não queria ser um fardo novamente para Jeongguk.

Depois de longos minutos, lhe mandou mensagem. "Oi Jeon, é o Jimin. Poderia me ajudar?"

Por um lado, o loiro pensava: eu pedi ajuda a Jungkook, exatamente para quê? Ele não pode fazer nada em relação a esta situação. Mas por outro lado, mesmo inconscientemente, pensava que aquela era a única pessoa que estaria disposto a ajudá-lo em qualquer momento. Ele confiava nele.

O quão longe ele iria por um bem material, inconscientemente? Muito longe, essa era a resposta.

Ficou meia hora sentado no chão, na mesma posição, sem se mexer um milímetro sequer. Jimin estava com medo dele próprio. Entretanto, o seu aparelho começou a tocar, mas ao ler o nome da tela, sua angústia aumentou.

— Jisung..?

— Park, porque as câmaras estão desativadas?

— Eu...Jisung, e-eu... — Uma mão tocou em seu ombro, fazendo-lhe dar um pulo e um pequeno grito. Era Jeongguk, ele sibilava com os lábios algo acerca da falta de luz. — A luz f-faltou, então o sistema das câmaras também foi abaixo. E eu não sei ligar.

Jisung desligou, mas antes, se pronunciou acerca de mandar algum segurança para ligar as câmaras de volta. Depois da chamada terminar, conseguiram suspirar de alívio.

Park não passava de um garotinho assustado.

— Como entrou? — Indagou ao mesmo tempo que secava suas lágrimas.

— Tenho chave secundária de todos os cômodos. — Jeon murmurou enquanto se agachava na sua frente, levando as mãos grandes até às suas bochechas rosadas. — O que aconteceu, Ji?

Merda - O loiro pensou - porque ele não para de me chamar assim? Me faz lembrar quando namorávamos.

— Minha mochila sumiu, e eu preciso dela.

— Entrou em pânico por causa de uma mochila? Eu podia comprar outra, não precisava ficar assim.

— Aquela é importante, okay? — Alterou seu tom de voz. — Desculpe, não queria gritar.

— Não faz mal, eu que devia pedir desculpa. — Jeon deixou um beijo rápido em sua testa. Jimin sentiu uma lágrima descer por sua bochecha vermelha. Chorou novamente, com saudades daquele carinho. — Tenha calma, tenha calma.

Jeongguk o abraçou de maneira desajeitada, não queria que o loiro o rejeitasse por medo. Ao contrário do que pensou, ele aceitou o carinho, o abraçando com força como se ele fosse sua salvação. E realmente o era.

— Já está mais calmo? — Perguntou lentamente enquanto fazia carinho em seus cabelos loiros, já meio desbotado. — Vou buscar um copo de água, espere um segundo.

— As crianças! Meu Deus, eu esqueci! — Se levantou, correndo até à porta mas Jeon o impediu, agarrando seu pulso levemente.

— Ainda é muito cedo. Vá se sentar na sua cama um pouco, por favor.

Jimin acatou as ordens. Foi até sua cama e sentou-se na beira, buscando por seus lençóis e ficando coberto por eles. Jeongguk foi até a um de seus armários e pegou um copo, para em seguida encher de água.

O seu cómodo de estadia era pequeno; tinha uma cama, um grande armário e um baú com roupas, assim como também tinha uma mesa para refeições e uma pequena divisão para fazer a comida; era como uma kitnet.

— Beba. — Mandou sereno enquanto levava o copo até às mãozinhas pequenas do mais baixo. — Jimin, você já pensou...em começar do zero?

— Como assim?

— Largar as drogas e tudo mais. — Tentou dizer de maneira meiga, sabia que aquele assunto era como uma espada enfiada no peito do mais velho. Era um assunto um tanto difícil de se falar. — Não me leve a mal, estou apenas tentando entender.

— Eu já pensei nisso, Jeongguk. Penso todos os dias. — Deixou o copo na mesinha ao lado da cama e Jeon se sentou a seu lado — Mas não dá, entende? Eu estou muito envolvido nisto, além que como eu arranjaria emprego? Ninguém quer um ex-drogado como empregado. É tudo muito difícil, não vale a pena o esforço.

— E você não quer tentar?

— O que..? — Indagou confuso.

— Sair desse loop infinito de desgraças. Eu estou aqui para te ajudar, se quiser.

— Não sei, talvez.

Silêncio preencheu a sala outra vez, mas desta vez não era desconfortável. Ficaram calados durante um bom tempo, esperando que alguém tivesse a iniciativa de falar algo.

Logo depois, o alarme do celular de Jeongguk tocou. Era a hora que as crianças teriam de acordar. Era sábado, então, o Jeon pensou em ir dar uma volta com os gémeos, e levar Jimin junto.

Na mente de Jeon, se tivesse mais convivência com Jimin, iria deixar o loiro mais confortável com o tempo e talvez, talvez o conseguisse ajudar. Não custava tentar.

Mas Jeongguk estava fazendo aquilo, por quem? Por seu antigo Jimin - seu ex - ou pelo novo Jimin?

— Nada de correr ou subir nos baloiços dos crescidos. Fiquem na área de crianças, entendido? — Jeon alertou assim que adentraram o parque. As crianças confirmaram com a cabeça e correram pelo jardim. O loiro se sentou em um banco de maneira onde dava para ver os gémeos, sendo seguido do Jungkook. — Amanhã vou levá-los ao meu apartamento. Se você quiser, pode ir junto.

— Eu agradeço mas...acho que vou deixar passar. — Park riu levemente forçado e encarou suas mãos, que estavam pousadas em seu próprio colo. — Não sei se me sinto confortável, me desculpe.

— Tudo bem, eu entendo perfeitamente. Não quero forçar você a nada. — Sorriu meigo enquanto o encarava. — Tudo no seu tempo.

Na verdade, Park tinha medo de encontrar a esposa de Jeongguk. Não sabia se que forma iria conseguir reagir, ele se sentia como uma bolha, que iria rebentar se lhe tocassem.

Jimin confiava cegamente em Jungkook, por mais anos que fossem passar. O que de certo ponto, não era nada bom.

Depois de um tempo, Chan e Yan correram até o seu tio, alegando que tinham fome. Jimin tirou de sua bolsa uma pequena caixa com sanduíches simples e lhes entregou, junto de dois pacotinhos de suco de laranja.

— Também trouxe para você, se tiver fome. — O loiro quebrou o silêncio após os gêmeos terem voltado para o escorrega.

Jungkook pegou a sandes, sorrindo minimamente pelo outro se ter lembrado de si naquele mínimo detalhe. Quando chegou a metade do alimento, encarou o loiro de maneira estranha; ele não havia visto ele comendo uma única refeição naquele dia.

— Ei, Jimin. — Chamou baixinho, cutucando o ombro do outro. — Coma.

— Não precisa, é seu.

— Vamos dividir, já comi minha parte. Tenho certeza que ainda não comeu nada hoje, estou certo?

Jimin afirmou a contragosto e pegou o alimento, comendo rapidamente. Após beber os últimos resquícios de suco, agradeceu ao moreno, sentindo o peso na consciência por ter comido parte da refeição do outro.

— Eu quero que me ajude Jungkook.

Se arrependeu segundos depois de o ter dito.

— Ótimo, fico feliz em ouvir isso.

Afinal, talvez não tenha se arrependido tanto assim.

— Tio Jungkook? — Yan chamou ao mesmo tempo que tocava em seu joelho. Jimin estranhamente ficou impressionado, era raro o dia que aquela criança falava. — Tem uma feira no outro lado do parque, podemos ir?

— Claro. Vamos, Ji-ah!...vamos Chin? — Indagou, nervoso pelo seu deslize. O outro afirmou. Chan correu até Park e lhe deu a mãozinha, já Yan, agarrou a mão de Jeon.

Jimin estremeceu e sentiu um arrepio correr por toda sua espinha. Ele olhou pelo canto do olho para as crianças e depois Jungkook.

Aquilo se assemelhava a uma família. Primeiro, ficou feliz mas depois, a realidade bateu-lhe na consciência: aquelas crianças não eram suas e em sua mente, os gémeos sequer gostavam dele, e Jungkook...Ah, Jungkook tinha sua própria família.

Apenas Jimin não tinha e nunca tivera uma. Ao olhar as pessoas, os casais com crianças ou com animais, ele sentiu inveja. Nunca tinha sentido como era ter alguém fixo em sua vida.

— Tem animais, tio kook! — Chan gritou alegre, apontando o dedo para a barraca dos bichinhos. — Senhor Chin, olhe, olhe! São tão fofos, não são?

— São realmente muito fofos. — Park afirmou, se colocando de cócoras para prestar atenção na explicação que a garotinha fazia acerca dos peixinhos dourados que tinha lá. Se sentiu especial. — Oh, um coelho, tão bonitinho.

— Porque não leva um, Senhor Chin? Assim seu coelhinho podia fazer companhia ao nosso! Ele se chama bolacha, sabia?

— A pequena Chan tem razão, porque não leva um? — Jungkook insistiu. Jimin levantou, encarando o bichinho com dó.

— Não é boa ideia. — Sussurrou, tendo certeza que as crianças não ouviam sua explicação. Eles estavam mais interessados no papagaio que tagarelava baboseira. — Eu não iria conseguir cuidar dele.

— Mas é uma boa iniciativa para começar a lidar com as coisas, os animais ajudam muito nossa saúde mental. — Disse enquanto colocava a mão em sua cintura. Jimin extreme e suspira, tentando ignorar e passar seu nervosismo como despercebido. — Você que decide, Ji. Mas eu acho que seria uma boa maneira de começar a sua nova "jornada".

— Mas eu nem tenho dinheiro.

— Isso não será um problema.

Jungkook lhe comprou o coelho, por mais que Jimin tenha negado. Ele odiava que gastassem dinheiro consigo, ele se sentia como incompetente por não ter seu próprio sustento. De certa forma, se sentia fraco.

— Para o carro, crianças. Já está bem tarde, vamos para casa.

Yan e Chan dormiram o caminho todo, Jimin não foi diferente. Muitas das vezes, Jungkook desviava seu olhar da estrada apenas para encarar seu rostinho sereno enquanto dormia.

Que merda, eu não o esqueci? - Questionou para si mesmo.

Assim que estacionou o carro, saiu e levou as crianças para dentro, as colocando logo em suas camas. Depois foi a vez de Jimin, foi o mais cuidadoso possível para o outro não acordar a meio; deixou o loirinho em sua cama e o cobriu com os lençóis finos. Assim que ia sair pela porta, ouviu a vozinha rouca do mesmo o chamando.

– Oi, Ji. Ainda estou aqui. — Sempre vou estar.

– Obrigado por hoje, Jungkook-ah. Não me divertia assim há alguns anos.

[𖦹]

Jimin estava habituado a acordar cedo, todos os dias, geralmente pelo despertador. Mas não estava à espera que seria acordado às cinco horas da manhã pelo seu coelho, que brincava dentro de sua casinha.

— Porra. — Grunhiu. Colocou as mãos nas orelhas e se cobriu novamente com os lençóis, tentando ignorar o barulho; o que não deu resultado. — Okay, não o posso ignorar.

Se levantou e sentou-se na carpete, puxou a gaiola grande e abriu a portinha, tirando o bichinho de lá. O coelho saltava de um lado para o outro, corria pelos cantos todos do cômodo como se tivesse acumulado toda a sua energia durante a noite e agora era como se estivesse a gastá-la de uma vez só.

— Oi, amiguinho. — Tirou a tigela com comida da gaiola e a colocou perto de si, na intenção que o animal viesse até si. Mas o bichinho o ignorava totalmente. — Ótimo! Até o coelho me odeia!

Ele ficou ali, tentando ganhar a atenção do animal até às oito em ponto da manhã, aquela era a hora que tinha de acordar as crianças. Hoje era o dia que iriam para a casa de Jungkook.

Depois de guardar o coelho dos infernos - como o mesmo lhe chamava - se vestiu de maneira simples e foi até à outra casa, assim que adentrou, viu Jeongguk deitado no sofá, dormindo.

Se aproximou, o observando de pé. Ele era lindo, sempre fora. Dormindo, parecia um anjo.

Depois de longos minutos, subiu as escadas principais e foi até ao quarto dos gémeos. Acordou ambos e em seguida, os deixou prontinhos para a sua visita a casa de Jeongguk. Desceram até à cozinha, e lhes entregou o pequeno almoço.

— Jungkook-ah? — Chamou baixinho. Jimin estava de cócoras ao lado do sofá, cutucando a bochecha gordinha do moreno que permanecia dormindo. — Acorde, já é bem tarde.

— Hum? — Resmungou confuso e se levantou em um pulo. Quando viu o loiro à sua frente, sorriu levemente por o ter tão perto de si. — Oh, bom dia. Vou já me arrumar, não demoro.

Jimin foi até ao cômodo onde os gémeos estavam, ele não gostava de os tirar de vista durante muito tempo, tinha medo que fizessem alguma travessura e acabassem se machucando.

Park estava agitado. Agitado por pensar que Jungkook iria embora.

Com esse tipo de pensamento, se xingou mentalmente. Ele não podia depender emocionalmente dele, não podia substituir a droga por uma pessoa. Isso seria injusto e prejudicial, tanto para ele, como para Jungkook.

Talvez uns diazinhos longe de Jeon, fossem bons. Seria como um teste de resistência.

— Jimin? Já coloquei as crianças no carro. — Jeon adentrou a cozinha. — Se você quiser ir, o convite está de pé.

— Talvez para a próxima, tudo bem? — Disse trêmulo ao ver Jeon se aproximar de si. Jimin estava encostado no balcão e o moreno colocou uma de suas mãos em sua cintura delgada enquanto a outra foi até seu pescoço, fazendo um carinho de leve. — Jeon...melhor se afastar.

Não se afaste.

— Porque eu tenho de me afastar? Você não quer isso, Ji.

— É arriscado. — Suspirou inaudível ao sentir um aperto mais forte em seu quadril. — Tem tantos contra nesta história, Jeon. É melhor nos distanciarmos novamente e fingir que nada aconteceu.

— Mas você estava disposto a sair deste círculo infinito com a minha ajuda, porque está fugindo agora?

— Eu não sou o melhor para você, Jeon. Porra, você não vê?! — Aumentou seu tom de voz, lutando contra as lágrimas presas e a dor em seu peito. — Você tem a vida perfeita, não quero que a estrague com algo como eu! Eu sou um erro!

— O que? — Indagou perplexo. — Você não é um erro, Jimin. Você não estragaria a minha vida, você iria melhorá-la! Eu estive a porra destes anos todos pensando em você e não pude te procurar para te ter de volta, me deixe agarrar essa oportunidade!

Jimin encarou o rubor em suas bochechas. Ele deveria estar quente, na verdade, Jimin desconfiava que todo ele era quente. Sem pensar muito, tocou na face do moreno, respondendo mentalmente a seu pensamento.

— Então agarre essa oportunidade antes que me arrependa.

Jungkook resolveu levar seu polegar aos lábios fartos do loiro. Seus olhos estavam fixados lá, esquecendo totalmente tudo ao seu redor. Era como se estivessem em uma bolha apenas deles.

Os lábios sedentos de ambos não esperaram nem mais um milésimo segundo para finalmente se juntarem em um singelo selinho. Jimin levou as suas mãozinhas ao rosto do outro, o agarrando com ternura, como se quisesse ter certeza do que estava a acontecer.

— Tio Jungkook! — A voz estridente de Chan fê-los separar-se rapidamente.

— Continuamos isto mais tarde, até logo. — Disse por último depois de lhe dar um beijo na testa como despedida.

Amor, euforia, saudades.

Era isso que Jimin estava sentindo.

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