Adhara: A Mui Antiga e Nobre...

By yourbluepeach

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A elite da sociedade bruxa nunca foi fácil, imagina para uma garota de uma família com duas recentes traições... More

[Personagens]
A fuga
Notícias correm como vento
Primeiro encontro
Conveniências
O show
Possibilidades
Narguiles
Contrato
A chave de portal
Baile de Natal
Feridos
Antro de traidores e outras imundices
O plano
A prova
Por favor...
Maldita ligação
Dor e família
Falsas lembranças
Volta a Hogwarts
Chocolates
Bartô Crouch Jr
Legimentes
Vocês não estavam brigados?
Senhora Black
Horcrux
Uma garotona está vindo aí
Família de verdade?
Chá da tarde
Janeiro de 1979
Traidor
É a gravidez...

Chocolate

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By yourbluepeach

    Eu tinha tentado me aproximar cada vez mais de Rabastan e ser o mínimo rebelde o possível em relação a ele, o que gerou bons resultados. Há mais de uma semana não havia ameaçado ninguém, incluindo a mim, e até trocava poucas palavras com Pandora. Enquanto isso eu apenas planejava uma fuga para o meu irmão, o único jeito dele conseguir sair vivo dali. Talvez eu sofresse as consequências depois, mas Regulus estaria seguro, então estaria tudo bem.

O lado ruim de mudar subitamente era que eu tinha que ignorar Sirius e Pedro, me fazendo tão mal. Eles começaram a ir atrás de mim, às vezes, querendo falar comigo e eu os ignorava. A aula de transfiguração estava no final, Minerva continuava a me vigiar, preocupada. Apenas deixei minha atenção em Pandora que tentava falar baixinho sobre seu último encontro com Xenophilius, o que era difícil, porque ela se animava tanto que começava a berrar.

- Eu queria ser um animago... - Ela disse quando a professora se transformou em gato. - E você?

- Hum... - Mordi meu lábio inferior, não queria falar ali. - Qual animal você acha que seria?

- Queria muito saber. Imagina se eu fosse um dragão? - Subiu a sobrancelha de forma engraçada.

Eu peguei a minha pena e escrevi no canto do seu caderno "gato preto", piscando para ela. Panda arregalou os olhos, surpresa, e eu apenas sorri de lado. Foi Sirius quem me ajudou a me transformar em animago, então meio que era um segredo.

A aula acabou e saímos juntas, mas sem que Rabastan estivesse atrás de nós. Eu só queria saber se ele não fazia mais nada na vida além de me perseguir. Credo, como pode ser tão obcecado? Para o meu azar, dei de cara com o grupinho do terror, eu quis enfiar a minha cabeça na terra e sair lá no meu quarto. Sirius estava com uma barra de chocolate na mão com recheio de marshmallow, um dos meus doces preferidos.

- Boneca, comprei para você. - Ele me ofereceu e eu me desviei. - Boneca!

- Eu não quero nada de você. - Falei com o tom mais ríspido que podia.

A minha vontade era de chorar naquele exato momento, eu estava machucando Sirius o tratando daquele jeito, mas era preciso. Senti a mão de Lestrange na minha cintura e seu sorriso de lado, me encarando enquanto nós caminhávamos até o salão principal. Regulus e Severo estavam discutindo algo de poções na mesa, coisa mais comum no mundo.

- Precisamos da sua opinião, Boneca. - Regulus disse olhando para o livro. - Existe alguma coisa não mágica que seja eficiente contra alguma maldição lançada?

- O que vocês acham?

- Não. - Severo disse comendo algo tranquilamente.

- Eu realmente não sei, por isso estou perguntando para você.

- Malva Sylvestris, se você souber manipular da forma correta. - Respondi com tranquilidade.

- Onde você aprendeu isso? - Snape perguntou indignado.

- Vocês não estudam história? - Perguntei como se fosse óbvio e era. - Se querem saber o que fazer, procurem o que as pessoas erraram ou acertaram e faça melhor. Além disso, eu estou conversando bastante com a Madame Pomfrey esses dias, ela até me ofereceu um curso extra para aprender a ser uma curandeira.

- Mas você não ia se especializar em poções?

- Ser curandeira vai ser mais útil para mim. - Engoli em seco. - Além de usar bastante poções, o que eu gosto. Era só essa dúvida mortal que estavam?

- Sim... mas ainda quero aprender mais sobre isso. Pode me passar uma lista de coisas que podem ser usadas fora do comum em poções?

- Claro, Sev. Vocês estão com cara de quem vão aprontar... - Sussurrei apontando para os cinco.

- Hum... você verá. - Mulciber disse com um sorriso travesso. - Infelizmente você não pode participar, mas verá os resultados.

- Por quê não? Eu vou ficar curiosa.

- Porque você não tem sangue frio o suficiente, Adhara. - Rabastan disse me olhando diretamente. - Mas logo terá e poderá participar em alguma das nossas aventuras.

- Eu acho que não vou poder ir... - Regulus comentou e os outros o encaram. - Eu tenho prova de adivinhação!

- Você vai, Black. - Lestrange estava sério e de cara fechada. - Você já escapou várias vezes, parece estar com medo, isso sim.

- Eu só estou ocupado e não fico muito confortável...

- Ih... a Adhara roubou toda a coragem ou impressão minha? - Dylan brincou. - Vamos lá, Reggie.

- Então me coloca no lugar e pronto. - Balancei os ombros e eles reviraram os olhos. - O que vão fazer tão misterioso e perigoso que eu não posso?

- Não é pular de um penhasco para mergulhar, pode ficar tranquila.

- É o quê? - Rabastan nos olhou confuso e bravo. - Adhara, você fez isso?

- Na praia, foi divertido. - Olhei para baixo para não encará-lo.

- Que isso não se repita!

- Está bem... - Brinquei com a minha mão, um pouco nervosa.

- Pode não falar assim com a minha irmã? - Regulus disse nervoso. - Não é porque vocês vão se casar que pode mandar nela.

- Espera, é definitivo? - Avery perguntou me olhando

- Felizmente e para sua sorte, sim, Avery. - Rabastan sorriu de forma provocante para ele. - Logo será o nosso noivado e depois, ano que vem, vamos nos casar.

- Nossa... - Suspirei e dei um sorriso. - Tenho que ver o meu vestido ainda, a festa...

- Pode deixar para sua mãe ver tudo isso. Você só tem que se preocupar em aprender a ser uma Lestrange.

- Hum... e eu tenho que descansar. - Levantei e Rabastan acompanhou. - Eu vou dormir, Rabastan. Ainda não pode dormir no mesmo quarto que eu.

- Mas eu te acompanho até o dormitório.

- Caralho, Lestrange, deixa a Adhara. - Mulciber revirou os olhos. - Ela sabe o caminho para o salão comunal, não precisa ser levada.

- Ele só está sendo protetor, Dylan. - Retruquei.

Rabastan parecia ter gostado e saiu comigo, ficando ao meu lado sem encostar em mim. No meio do corredor, ele parecia querer segurar a minha mão, mas estava em dúvida. Estranho, principalmente depois de me machucar várias vezes e prensar na parede. Assim que chegamos na porta do meu quarto, voltou a me encarar da cabeça aos pés e se aproximou.

- Se eu soubesse que ficaria assim, tinha contado sobre o contrato antes. - Disse passando a mão em meu cabelo.

- Eu estava nervosa... é tudo tão novo. Boa noite.

- Boa noite, Adhara. - Me deu um beijo no topo da minha cabeça e eu entrei.

Sabia que ele não sairia até ter certeza que eu estava no meu quarto e não em outro lugar. Tranquei a porta e troquei para uma roupa mais leve, mas não uma camisola ainda. Esperei algum tempo e abri a entrada do labirinto debaixo das masmorras, levando um livro, uma carta e uma pena. Caminhei por todos os corredores até chegar onde eu queria, a base da torre astronomia. Corri pela escada, subindo sem ser percebida, chegando até o topo.

Aquele lugar era ótimo para quando queria ficar sozinha. Sentei na beirada, dava para ver o chão aqui do alto, bem longe. Eu realmente tinha descoberto que gostava de altura, ao contrário da maioria das pessoas. Abri a carta e passei os olhos rapidamente. Como eu esperado, sairia caro conseguir uma chave de portal, acomodações e tudo em segredo. Pandora estaria me ajudando e enganaria Regulus para que só soubesse que estava livre de se tornar um comensal lá. Eu sentiria tanta falta dele, mas depois poderia visitá-los, quem sabe. Agora só preciso vender uma das minhas jóias para que eu não precisasse pedir dinheiro aos meus pais.

Sorri com lágrimas nos olhos, queimando a carta para que ninguém achasse. Eu estava com tanto medo, só queria poder me livrar de tudo isso e ficar com os meus irmãos como antes. Assim que eu casasse com Rabastan, teria menos chances de ver Sirius, quase nula na verdade. Além de eu iria ter menos liberdade, ver pessoas que eu amo em um lado oposto e não só meu irmão mais velho... pensar em ver Pedro se machucando e não poder fazer nada, me fazia querer desistir de tudo. Podia ser simples, eu desaparecer e pronto, mas não queria deixar Regulus sozinho.

- Boneca? - A voz de Sirius me assustou, quase me fazendo pular. - Que merda você está fazendo aí? Está querendo morrer?

- Eu gosto de altura. - Limpei as lágrimas e me levantei, dando de cara com todos os seus amigos. - É melhor eu ir...

- Não, espera um pouco. Por que você está me tratando assim? Eu te fiz alguma coisa?

- Sirius, vai ser melhor eu me distanciar de vocês desde agora do que ficar adiando. Até porque se Rabastan descobrir... - Engoli em seco e olhei Pettigrew. - Pê, me desculpa por não poder lutar por nós.

- Você não pode ficar vivendo com medo, Boneca. - Sirius colocou as mãos nos meus ombros, seus olhos estavam marejados. - Por favor, você pode arranjar um jeito de escapar de tudo isso, sempre foi tão criativa e...

- Eu posso fazer o quê, Six? Morrer? E deixar Regulus? Eu não tenho outro caminho, queria, mas não tenho. Não posso trair as pessoas que são mais importantes na minha vida e deixá-los morrer por minha culpa, não vou conseguir viver com isso.

- Pode aceitar pelo menos o meu chocolate? Eu guardei na esperança de te ver e poder te entregar.

- Obrigada... - Sussurrei, pegando um pouco hesitante.

- O Lestrange fez alguma coisa com você de novo?

- Não, não por enquanto. Estou tentando agir como a mamãe me ensinou, quem sabe assim ele nunca mais faça algo do tipo.

- Isso está tudo errado!

Eu subi os ombros e saí antes que ele começasse um discurso, sabia como ele ficava atacado. Voltei ao meu quarto normalmente pelo mesmo labirinto e me troquei, finalmente coloquei a roupa para dormir. Arrumei o meu cabelo para que não acordasse como de um espantalho, o que vivia acontecendo até aprender isso. Comi todo o chocolate e queimei a embalagem, assim ninguém ia saber. Eu não queria ser obrigada a viver assim... e se Rabastan me afastasse de Regulus? Sabia como nós temos um laço forte, além do meu irmão ser super protetor, complicando um pouco para construir uma relação. Por Merlin, que dê tudo certo.







Acordei com várias batidas incessantes na minha porta. Quem é o desgraçado que atrapalha meu sono da beleza? Depois eu acordo com olheiras e mal humorada, não sabem o porquê. Peguei um hobbie e entreabri a merda da porta, vendo Severo com uma expressão puta também, pelo menos era mútuo.

- Madame Pomfrey pediu para que você fosse até a enfermaria, Rabastan e o seu irmão.

- Regulus?

- O outro.

Revirei os olhos e agradeci pelo aviso. Troquei a minha roupa para o uniforme mesmo, mas sem a capa que eu pegaria depois. Prendi meu cabelo em um coque sendo segurado pela varinha e corri por todos os corredores até a ala hospitalar. Mesmo sem entrar, escutei uma discussão alta. Puta que pariu, Sirius tinha arranjado briga com Lestrange. Por que ele não podia aquietar a porra do bunda bem longe? Entrei e Minerva também estava lá, tentando acalmar os ânimos do grupinho do terror.

- Severo disse que a senhora me chamou.

- Sim, por favor, senhorita Black. O senhor Lestrange se recusa a receber tratamento, pode me ajudar com isso?

- Sim, senhora.

Fui até ele quem estava com vários cortes e roxos, um pouco pior do que o estado de Sirius. Ele me olhou e suspirou, virando a cabeça.

- Rabastan...

- Me deixa, Adhara! - Disse me empurrando, mas eu sentei na maca.

- Não deixo, você está machucado. - Ele me olhou com raiva e voltou a apertar meu braço. - Por favor, deixa a Madame Pomfrey cuidar dos seus machucados.

- Não vou deixar essa...

- Senhor Lestrange! - Minerva repreendeu-o.

- Eu cuido, então. - Interrompi-a antes que piorasse. - Lembra do que você falou?

- Está bem, mas só você! E não junto com esses daí.

- Eu faço bem rápido os curativos. - Rabastan virou o rosto novamente, não queria mostrar que concordava. - Madame Pomfrey, pode..?

Ela me entregou várias coisas para fazer os curativos e ajudar a passar a dor, pelo jeito ele tinha caído feio e seu braço tinha luxação. Rabastan não emitia nenhum som mesmo que doesse, apenas me encarava, me dando calafrios.

- Então, qual o motivo disso? - Perguntou Minerva longe, para Sirius.

- O babaca do Lestrange que começou e eu só revidei com toda raiva que estou dele.

A cortina se abriu e a professoera nos olhou.

- O que o senhor Black disse, é verdade?

- É, com muito orgulho. - Disse se sentando. - Deveria ter feito pior!

- Rabastan... - Tentei pedir para que não falasse assim, mas só seu olhar me fez parar.

- Esse traidor está perseguindo a Adhara junto com os amiguinhos dele. Ela é muito ingênua para entender o que eles estão planejando.

- O que eles estão planejando?

- Fazer com que a minha namorada se desvirtue e se junte a tipos inferiores como esse.

Namorada? Pensei que eu era só futura noiva, que merda, só piora isso.

- Tipos inferiores como eu? - Perguntou McGonagall brava e ele revirou os olhos. - Sabe que pode ser expulso, senhor Lestrange?

- Como se eu ligasse para essa merda de escola, quando Milorde...

Eu encarei-o, pedindo com urgência para que calasse a boca. Sinceramente, ele não ligava para ir preso? Pelo que eu sabia, era ainda ilegal ser apoiador do lorde das trevas.

- Não precisa ficar assim, Adhara. É bom deixar bem claro o lugar deles. - Disse com nojo. - Não precisamos mais nos esconder, até porque o ministério está praticamente do nosso lado.

- Eu irei reportar, senhor Lestrange.

- Pode reportar a vontade, enquanto ainda pode.

- Acho melhor eu terminar os curativos no salão comunal. - Limpei a garganta e ofereci ajuda para ele se levantar, quem recusou.

- Ótimo, não precisando ficar perto desse tipo de gente... - Sussurrou.

Eu estava tentando ajudar a caminhar até o dormitório, mas ele me empurrou. Como alguém podia ser tão teimoso? Porém consegui fazer com que deixasse eu o acompanhar até o seu quarto e se deitou.

- Pode subir a manga, por favor?

Rabastan assentiu e sua marca negra apareceu, assim como a luxação óbvia. Agora, como Sirius conseguiu fazer isso com ele?

- Rabastan, eu vou te dar uma poção para adormecer e...

- Eu não preciso disso, posso ficar acordado.

- Mas vai doer muito. - Engoli em seco.

- É bom, para eu aprender e na próxima vez matar aquele traidor.

- Está bem...

Eu passei uma pasta no local e comecei a intervenção com varinha. Não era nenhuma cirurgia completa, mas ele não precisava de tanto. Rabastan não soltou nenhum ruído e voltou a me encarar, atento em tudo. Decidi imobilizar no final ou iria piorar, conhecendo o seu jeito.

- Eu só vou levar essas coisas de volta a Madame Pomfrey e já volto. Não sai daqui, por favor.

- Por enquanto, vou ficar. - Balbuciou bravo.

Corri de volta a enfermeira, lá estavam todos ainda. Guardei todos os itens no armário dela e quando fui sair, a curandeira me chamou.

- Como ele está?

- Fiz tudo que podia, mas Rabastan não aceitou sedação e... tenho que voltar antes que faça alguma idiotice.

- Senhor Lestrange é muito teimoso para um doente, sorte que tem a senhorita. O livro que eu te falei, está perto da poção para crescer ossos, pode ficar quanto tempo quiser.

- Obrigada, Madame Pomfrey.

- Boneca! - Sirius gritou, se levantando.

- O que foi, Sirius? - Perguntei segurando o livro.

- Eu sei que não vai adiantar muita coisa, mas, por favor, fica distante de Você sabe quem. Essa não é a minha irmã mais nova que cresceu ao meu lado.

- Como você falou, não adianta em nada. Não mais.

Eu voltei até o quarto de Lestrange, quem continuava de olhos abertos e segurando sua varinha. Assim que me viu, relaxou e jogou a cabeça para trás. Eu me sentei no divã ao lado da cama para poder observá-lo.

- Vou deixar a porta aberta, tudo bem?

- Seria péssimo se não deixasse mesmo, sabe como os rumores podem te prejudicar. - Suspirou e fechou os olhos. - Eu estou cansado...

- Tanto o analgésico quanto a dor vão te fazer querer dormir. Passou a dor à toa, eu te avisei, Rabastan.

- Instinto por ser um comensal. - Virou seu rosto, me olhando. - Você foi tão paciente e cuidadosa comigo, cada vez fico mais convencido que é perfeita para mim mesmo.

- Obrigada... - Sorri brevemente. - Mas agora dorme, por favor. Eu estarei te vigiando e lendo esse livro, não precisa se preocupar.

- Okay...










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