That Tomboy • lmb + jnk

By _Rahim_

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Após o colégio Village High sofrer por ataques de vândalos, seus respectivos alunos são obrigados a se movere... More

NOTA
1. Patricinha x Tomboy
2. Quais são suas intenções?
3. Olhares
4. Queimada
5. Lanchonete
6. Fotografia
7. Leia
8. O que você está fazendo?
9. Sábado
10. Convites
11. Pera, uva, maçã ou salada mista
12. Baile de Primavera
13. Confissões
14. Sala de instrumentos
15. Você não pode negar
16. Swimming Pool (parte 1)
17. Swimming Pool (parte 2)
18. Porque você estava comigo
19. Esclarecer as coisas (flashback)
20. O baile (inesperado) de verão
21. A canadense
22. Em seus braços
23. Pensamentos
24. Raiva
25. Desculpas é um bom começo
26. O acampamento
27. Princesa
28. Na balada do meio do mato
29. Concepção
30. Então as coisas mudam
31. Honestidade
32. Romeu
33. Oficialmente irmãs
34. O baile de outono
35. Sob a chuva
36. Sogrão
38. A bola de basquete
39. Expectativa
40. A confusão

37. Mãos juntas

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By _Rahim_

A manhã serena de segunda-feira já havia se iniciado. A noite toda foi repleta com o barulho tranquilizante da chuva. Logo pela manhã, algumas nuvens brancas cobriram o céu e, no entanto, o Sol ainda não deixou clara a sua existência. Mas tudo indicava de que aquele dia seria certamente ensolarado.

Só que isso não importava para Jennie Kim, afinal, quem liga para o clima, se é quente ou chuvoso, quando se tem uma tomboy com cara de um ursinho carinhoso dormindo tranquilamente ao seu lado, com a boca entreaberta? No caso de Jennie, ela a observou por alguns minutos, feito uma stalker e até mesmo se debruçou para contemplar melhor a garota.

A Kim dormiu tão bem ao lado dela. E sonhou bem também. Não poderia estar mais feliz com tudo o que estava acontecendo. Pensava assim pois se lembra de sentir seu corpo sendo abraçado pela maior durante o tempo todo. Sensação melhor do que aquela não poderia existir.

Mas quando ao menos notou, seu despertador apitou pela quarta vez. Jennie desfez o contato visual e se inclinou para desativar o aparelho. Logo chegou a conclusão de que deveria começar a se aprontar, afinal já passavam das seis e quinze. Embora quisesse permanecer um pouco mais naquele abraço caloroso da tomboy, Jennie lutou contra a própria vontade e se levantou de vez, retirando com cautela um dos braços da dorminhoca e se esquivando da mesma que insistia em apertar sua cintura, logo alcançou suas pantufas no chão e prosseguiu.

A loira caminhou até o guarda-roupa, onde separou uma saia roxa rodada, junto de uma camisa com botões branca, seu par de botas com salto e uma tiara para finalizar seu look de segunda-feira.

Regina George? Não, não, esta é Jennie Kim, meu bem.

Jennie, enfim, firmou seus passos até o banheiro, no entanto, seus passos pararam novamente em sua cama, consequentemente, deixando-a fissurada na imagem de Lisa dormindo tranquilamente em sua posição fetal. Ela estava tão tranquila e provavelmente não havia sentido sua falta naquele colchão, pois continuava da mesma forma que a deixou. Foi então que Jennie se apaixonou por Lisa pela décima vez.

A primeira vez em que se apaixonou por ela foi na aula de fotografias que tiveram com a professora Jesse, a segunda vez no sábado em que passaram juntas, a terceira vez foi no aniversário da Kim, a quarta vez foi naquele café da manhã, a quinta vez foi quando cantaram juntas no ônibus, a sexta vez no abraço que Lisa lhe dera no baile do outono, a sétima vez foi quando a mesma se declarou em meio a chuva, a oitava vez foi quando ela vestiu seu moletom, a nona vez foi quando dormiram juntas e a décima estava acontecendo agora: Jennie ouvia o som do respirar sereno de Lisa, tão calma e tão linda.

Aos seus olhos, ela nem mesmo parecia ser a típica tomboy do pavio curto.

Quando menos percebeu, ela estava parada no meio do quarto, com cara de boba. Chacoalhou a cabeça para afastar tais pensamentos apaixonados e seguiu de vez para o seu banho relaxante.

O barulho do chuveiro, felizmente, fez Lisa acordar, por fim. A Manoban, ao abrir seus olhos acastanhados, sentiu uma certa decepção por não encontrar Jennie ali, ao seu lado. Passou seu braço pela parte vazia do colchão, não deixando de inalar o perfume impregnado, com um aroma floral que provinha da patricinha. A tomboy sorriu ao imaginar que a mesma se encontrava sob o chuveiro naquele momento.

Levantou-se enfim, pisando o chão frio do quarto, não deixando de rolar os olhos ao seu redor. Notava que a decoração daquele cômodo era tão a cara de Jennie: tudo em tons roxos ou rosas. Havia também alguns pôsteres de algumas bandas como Oasis e Beatles. Um contraste até que curioso para ela. Mais ao canto haviam os quadros com fotos, a maioria com o seu pai, outros ela estava sozinha enquanto pousava como uma modelo. Também haviam fotos dela com Rosé e suas outras colegas de quarto, Irene e Naeun.

Aqueles detalhes lhe prenderam por alguns minutos. Era tão bom saber mais sobre Jennie, adentrar em sua vida e descobrir melhor sobre sua intimidade. Lisa, de fato, não se arrependia da escolha que havia feito.

No entanto, muito maior do que sua paixão, era a sua preguiça. Lisa não queria sair daquela cama gostosa nem que lhe pagassem. Ela passou a mão por debaixo de sua camiseta, iniciando uma massagem em seu próprio abdômen chapado e bronzeado. Deixou com que seu corpo caísse no colchão atrás de si e se pôs a encarar o teto. Foi quando um bendito cheiro de essência invadiu suas narinas.

A porta, antes aberta, foi fechada por Jennie, quem adentrava no quarto após ter tomado o seu banho matinal. Foi quando os olhos se encontraram pela primeira vez naquele dia, ambas sorriram e sentiram o coração acelerar duas batidas a mais.

— Finalmente o urso parou de hibernar. — ela brincou, puxando a maior para que esta ficasse de pé.

— Uh... sério? — coçou os olhos, fingindo um tédio.

— Eu amo ursinhos, como pôde perceber. — Jennie disse e Lisa passou a observar com atenção as pequenas miniaturas de ursinhos na estante. — Vai tomar um banho pra ficar mais linda ainda, amor. — deixou um rápido selar no canto dos lábios alheios.

— Hm... por que me abandonou, hein?! — formou um bico em seus lábios.

— E eu tenho culpa se o seu sono pesa três milhões de toneladas?! — a provocou, sorrindo de modo distraído.

— Poderia ter me esperado... assim nós teríamos tomado um banho juntas. — pintou um sorriso nada inocente em seus lábios. Lisa é sempre uma pessoa incansável quando o assunto se torna "eu quero você".

— Ya! Urso pervertido! — deu-lhe um tapa em sua testa, ficando na ponta dos pés em seguida para alinhar a franja bagunçada. — Não se esqueça que meu pai ainda está em casa!

— Mas ele já não sabe que estamos juntas? — argumentou, fazendo caretas para uma Jennie que terminava de arrumar os fios rebeldes.

— Você entendeu o que eu quis dizer, Manoban. — beliscou seu nariz, voltando a posição normal. — Além do mais, teremos muito tempo e chances para transarmos... nós sempre temos... — ela sorriu ao final.

— Transar? Quem aqui falou em transar, princesa? Eu falei em tomar banho... será que eu realmente sou a pervertida aqui? — Lisa, com muito sucesso, conseguiu ganhar aquele jogo de provocações, deixando a loira com cara de tacho.

— Aish, sua tomboy infernal! — a empurrou com força, fazendo a mesma cair na cama macia e rir ao mesmo tempo. Porém, Jennie continuou a desferir tapas em seu braço.

— Ei, ei, ei... calma aí, Jennie! Como podemos namorar desse jeito com você me agredindo dessa forma?

— Você está sempre me tirando do sério! — cruzou os braços e virou o rosto em outra direção.

— Oh, coitadinha... — tentou se aproximar, mas a loira agora se desvencilhava de seus braços. — Aigoo, deixa de ser chata, vai!

— Não! Você é uma idiota! Insinuou que eu só penso em transar! — Jennie fazia birra.

— Oh, meu Deus, mas é uma princesa chorona mesmo... — provocou outra vez.

— Princesa chorona é o cacete! Não me testa, Lalisa! — disse um pouco mais séria.

Não seria errado Lisa pensar em como sua namorada é atraente quando está neurótica.

— Puxa, Jennie eu adoro tanto a forma que você age, é sério... — a puxou novamente para seus braços, dessa vez obtendo sucesso em sua ação. — Eu adoro quando você faz esses bicos, suas birras, seus sorrisos involuntários, sua maneira em tentar parecer séria... — tocou as bochechas coradas da Kim. — Eu adoro tanto o que você faz comigo...

— Por que está me mimando tanto em plena seis e meia da manhã, Manoban? — ela estranhou, com um sorriso desconcertado em seu rosto.

— Porque você altera o meu humor, Kim... e eu também adoro quando isso acontece... — beijou o nariz da garota e prolongou as carícias em suas bochechas. — Você é tão linda, a garota mais linda desse planeta... eu não poderia estar com alguém melhor agora.

Jennie também se apaixonou de novo. Era sua décima primeira vez, só para ser mais exata.

— Você também me adora?

— Você é tão idiota, tomboy... você me faz ser tão diferente quando está comigo... — ela respondeu, fissurada no sorriso brilhante da maior.

— Diferente como? — franziu o cenho.

— Você me faz eu me apaixonar sempre que te vejo. Me faz ficar ansiosa só por te ver, me deixa triste quando está longe, até mesmo me deixa alegre com as suas idiotices... argh! E, droga, como eu adorei o fato de você ter aparecido ontem, Lisa... o meu dia só fez sentido quando você apareceu! — apertou suas mãos nos ombros à frente. — Eu sempre adorei o fato de você estar aqui, Lisa, foi você quem foi otária o suficiente para não cair na real.

— Não sei se fico feliz pela declaração ou fico chateada pelos xingamentos... — a Manoban brincou, arrancando um risinho gostoso da loira.

— Eu quero que você fique comigo, Manoban! Fique comigo por um tempo indeterminado! — enlaçou seus braços em volta do pescoço da tomboy e então aproximou seu rosto. — Você promete que não irá se afastar mais?

— Eu não seria nem louca, Kim... — o que Lisa disse somente atraiu os lábios de Jennie aos dela, iniciando um beijo sem línguas, mas, um beijo apaixonado, envolvente, instigante, quente cheio de promessas e desejos, contudo, principalmente, paz e reciprocidade.

Como se nada mais pudesse separar Jennie e Lisa e era exatamente isso o que elas esperavam.

Ao fim do beijo, Jennie deixou mais alguns selares nos lábios da maior e então acariciou seu rosto. — Obrigada por isso...

— Se você não tivesse parado o beijo para me agradecer, eu juro que teria te pegado no colo agora, princesa...

— Saiu de um momento fofo para ser a pervertida, tomboy? — a encarou com um meio sorriso no rosto.

— O fato de você ser, além de tudo, uma grande gostosa não é culpa minha, amor.

— Certo... mas agora você precisa e deve ir para o banho, Lisa. Veja só, a Wan passou o seu moletom. — entregou a roupa para a Manoban. — Agora vai! — empurrou a namorada para ir em direção ao banheiro.

— Puts, tá bom... — resmungou. — Só porque eu ainda não desisti de te namorar.

— E nem vai, amor. Você me quer mais do que qualquer coisa nesse mundo! — disse com um sorriso convencido em seu rosto e mandou um beijo no ar para a morena, fechando a porta de seu quarto.

— A desgraçada está certa mesmo... — ela riu para si mesma e então seguiu para o banheiro.

Um tempo depois, Lisa desceu diretamente para a cozinha, onde ela imaginou que Jennie provavelmente estaria. Ela tinha razão, pois Jennie estava bem ao lado de seu pai, degustando de seu café da manhã. De início, ela sentiu um pouco de receio por se aproximar tão de repente, mas logo viu que não havia motivos para se envergonhar, até porque o pai de sua namorada é um doce de pessoa.

— Bom dia, Lisa! — o senhor Kim disse gentilmente ao notar a presença da mais nova.

— Bom dia, sen... digo, tio. — ela sorriu sem jeito.

— Olha só, está pegando o jeito. — o homem ludibriou. — Dormiu bem?

— Oh, sim. Foi uma noite perfeita! — deixou seu olhar cair sobre a loira, quem corou no mesmo momento. — A gente não transou, se é o que está pensando. — ela se corrigiu, embora não houvesse tanta necessidade.

Jennie simplesmente não evitou de lhe jogar um olhar mortal por tais palavras. Poxa, ela só tinha que fechar a matraca após se sentar.

— Uh, sim... eu acredito em vocês. — Jungsok ficou sem jeito pela sinceridade excessiva da Manoban.

— Desculpa, tio... eu acho que falei demais, mas o que eu quis dizer foi...

— Amorzinho, o papai já entendeu. — Jennie calmamente pousa sua mão sobre a da tomboy, lhe lançando um sorriso forçado, telepaticamente pedindo para que a mesma calasse sua boca.

— Certo... — Lisa aceitou que deveria ficar quieta e passou a degustar do delicioso omelete também.

Um silêncio não tão constrangedor se formou naquela mesa. Jungsok observava as duas garotas de seu canto e se sentiu aliviado por ver sua filha se recompondo tão bem, ainda mais depois do que aconteceu. Ver Jennie feliz é o que ele que mais almeja todos os dias de sua vida.

Mas também não pode deixar de fazer o seu comentário como pai. — Jen, só espero que neste último bimestre você não desande, ok?!

— Por que está me dizendo isso, pai? — ela o encarou um pouco incomodada com aquele pedido tão sem sentido, já que ela sempre foi uma aluna brilhante.

— Porque da última vez em que me apresentou um namorado, você meio que se deixou levar um pouco, querida... — o homem argumentou.

— Primeiramentei, eu só tinha uns dezessete anos quando namorei pela primeira vez. E, segundamente, pelo amor de Deus, não me lembre que eu namorei um garoto, por favor!

— Mas por que? — o Kim genuinamente estranhou.

— Porque homem nenhum presta! — Jennie disse com tanta convicção, que assustou seu pai e até mesmo Lisa. Quando ela notou de havia um certo homem naquela mesa, resolveu suavizar sua afirmativa. — É claro que o senhor é uma exceção para tudo, né, pai...

— Bom, sendo assim — ele falava ainda perdido. Para a sorte do mais velho, seu celular o livrou daquela conversa estranha. — Com licença, mas eu tenho que atender. — se levantou da mesa e caminhou até a sala, deixando as duas garotas sozinhas.

Lisa encarou Jennie, a qual bebericava um pouco de seu café neutro. Achou engraçado aquilo que ela falou sobre odiar homens, mas também não pode deixar de perguntar o que queria.

— Já namorou um garoto? — indagou, cortando aquele silêncio.

— É... namorei. — fez o gesto de aspas com seus dedos. — Na real, era só aquela coisa de andar de mãos dadas, trocar alguns beijos, tirarmos fotos juntos, fazer status, nada demais...

— Perdeu sua virgindade com ele? — ela indagou em seguida.

— Pff... — Jennie soltou um riso sarcástico. — Se a minha virgindade dependesse dele, eu seria uma santa até hoje.

— E quem é esse garoto?

— Im Jaebum. Ele se formou o ano passado e fazia parte do time de futebol. Era meio babacão, vivia me exibindo para os amigos deles, como se eu fosse algum tipo de prêmio. Mas quando estávamos sozinhos, nunca deu uma iniciativa sequer, ainda fez questão de mentir que havíamos transado só pra não perder a pose... eu realmente me iludi com as palavras dele no início. — explicou com uma expressão de desdém e indiferença.

— Caralho... — Lisa se espantou com a história ouvida. — Foi você quem terminou?

— Óbvio. Eu desmenti na frente de todos os amigos dele, só pra aprender a parar de ser broxa. Me senti a própria Mariah Carrey em Obsession.

Lisa riu da declaração de sua namorada, aproximando seu rosto para deixar um beijo em seus lábios, como se aquilo fosse algo que não pudesse evitar. E de fato ela não podia mesmo.

Ao se separarem do rápido beijo, Jennie reparou em algo, algo que a deixou muito feliz, por sinal.

— Você está usando ele... — apontou para o chapéu na cabeça da Manoban.

— Sim, foi você quem me deu... — ela sorriu. — Este é o chapéu mais maneiro que ganhei.

— Fico feliz que tenha gostado. Eu não sabia que descobriria se era eu ou não.

— Na verdade, eu sempre tive mais do que certeza de que era você. Concluí que estava certa no momento em que vi o pôster do Oasis em seu quarto. — Lisa justificou.

— Oh, sim... eu amo essa banda.

— Por que você me comprou este presente, mesmo que na época nós não estivéssemos tão bem? — Lisa deixou sua curiosidade falar mais alto naquele momento.

— Eu o comprei alguns dias depois do baile do verão. Queria me desculpar contigo, mas não tive coragem. Então resolvi te dar de aniversário, pois sei que combina certinho com o seu estilo.

— Obrigada... — Lisa sorriu e então ajeitou o chapéu em sua cabeça. — Eu irei usá-lo todos os dias, até o tecido ceder e eu ter que costurá-lo.

Jennie não pôde resistir e a puxou para um outro beijo, transformando aquilo numa verdadeira sessão de carinhos e afetos, na qual ambas se encontravam extremamente apaixonadas. Era evidente a ligação e a química que possuíam. Agora que finalmente estão juntas, não irão perder para exalar tal fato.

— Bom, meninas, vocês já estão prontas? — assim que Jungsok se aproximou, elas imediatamente cessaram os beijos.

— Sim, pai. Podemos ir. — Jennie se levantou de sua cadeira e ofereceu a mão para que Lisa segurasse. — Vamos?

— Vamos, claro. — a Manoban então disse, e firmou o contato com sua namorada.

— Jen, poderia procurar minha chave do carro? Eu não me lembro onde deixei da última vez.

— Uh, pai... como sempre... — a Kim mais nova resmungou e foi em busca da chave de ignição do carro.

Assim deixou Lisa e seu pai sozinhos na cozinha, o que foi proposital para o homem mais velho, que puxou a tomboy até o lado de fora da mansão.

— Fiz algo de errado? — Lisa perguntou receosa por aquilo estar acontecendo tão repentinamente.

— Não, não, Lisa. Pelo contrário, você fez algo certo. — ele explicou gentilmente.

— O quê exatamente, tio?

— Você fez a minha filha sorrir e eu aprecio muito o sorriso dela, como já deve ter percebido. Sabe, eu nunca vi minha Jen tão feliz assim como ela está agora ao seu lado. Eu poderia ser o tipo de pai que não apoia esses tipos de relacionamentos, mas eu não me importo com quem que ela esteja, eu só me importo se essa pessoa a fará bem. Bom, você faz isso. E eu gostaria de agradecer, porque os últimos dias não têm sido fácil para Jennie...

— Eu entendo perfeitamente. Eu estava lá quando tudo aconteceu. — Lisa disse, já sentindo a tranquilidade pousar em seu peito. — Mas não precisa me agradecer por isso, até porque eu gosto muito da sua filha.

— Sim, eu sei. — Jungsok sorriu. — Se importa? — repentinamente, ele abriu seus braços, indicando para que Lisa se envolvesse nele e assim ela fez. — Eu desejo muito que vocês dêem certo, Lisa.

— Eu também desejo, tio.

Eles encerraram o abraço e passaram a se encararem com um sorriso ameno. Lisa, por sua vez, estava feliz por ter conquistado a confiança de seu sogro.

— Achei, pai. — Jennie entregou as chaves para seu pai. — Tem certeza de que não precisa de um óculos? Até porque ela estava na estante, bem ao lado da televisão.

— Não sei onde estava com minha cabeça, Jen... — o homem forçou um risada e então se dirigiu para seu carro. — Vamos logo não para não haver atrasos.

— Meu pai te disse alguma coisa? — a loira observou a tomboy antes que a mesma adentrasse no carro.

— Claro. Ele disse que era pra eu ter cuidado, porque você costuma dar muitos coices em alguns momentos. — Lisa brincou, recebendo um tapa em seu braço. — Tô brincando, princesa... ele só me disse que o você estando bem faz ele se sentir melhor. E, se quer saber, eu concordo com ele.

— Ah, tomboy... — ela até tentou repreendê-la, mas não pode evitar seu sorriso ao fim de sua frase.

Elas adentraram no carro e se sentaram lado à lado nos acentos de trás, compartilhando de uma conversa aleatória e confortável durante todo o trajeto para a escola.

[...]

Assim que o carro finalmente parou em frente ao Seoul West High, Jennie e Lisa se despediram do Kim mais velho. A filha com um beijo em seu rosto e a namorada com um aperto em sua mão, seguido de um agradecimento pela carona. Jungsok seguiu para o seu trabalho, deixando ambas paradas em meio aos vários alunos.

Quando a tomboy encarou a patricinha, o sorriso tímido foi exposto em seus lábios. Seria a primeira vez que ela faria aquilo, isto é, andar por aí com sua namorada. Já Jennie não possuía receio algum, até porque ela gostava muito da Manoban e, mais do que nunca, desejava segurar sua mão calorosa.

A loira deu um pequeno toque nos dedos da mais alta e, com apenas um olhar, indicou o que queria fazer. Lisa entendeu o recado e então respirou fundo. Segundos depois ela correspondeu ao toque da Kim e segurou sua pequena mão fortemente, deixando claro de que ela era sua garota.

— Está pronta? — Jennie perguntou com um sorriso em seu rosto bonito.

— Eu estou. E você? — Lisa rebateu, também confiante.

— Sempre, amor. — a Kim disse convencida. — Vamos entrar. — logo ela começou a caminhar, com as mãos firmadas à Lisa.

Elas fizeram o pequeno trajeto do pátio externo até o interno, atraindo muitos olhares de outros alunos. Vários deles cochicharam entre si e acharam aquela cena tão curiosa. Muitos tinham conhecimento do quanto elas não se bicavam e ao vê-las trocando sorrisos e andando de mãos grudadas, simplesmente ficaram admirados.

De longe, aquele seria o casal que mais chamava a atenção do SWH. Os contrastes, a beleza, toda a química que elas compartilham. Sem dúvidas, Jennie e Lisa combinam muito, ainda mais quando estão juntas.

Adentrando no pátio interior, Lisa dirigiu seu olhar para Jennie e sorriu mais uma vez. A Kim, por sua vez, não conseguia resistir àquele sorriso tão cativante da tomboy, aliás ela nunca conseguiu. Puxou a mais alta para um rápido beijo e mordeu seu lábio inferior, como provocação, uma outra coisa que atraiu a atenção dos estudantes em volta.

— AH, O MEU CASAL! PARA TUDO! — o momento foi interrompido certamente por Rosé, com seu jeito escandaloso de dizer o quanto ela apoia aquele romance.

— Rosé! — mas Jennie até que ficou feliz em ver sua irmã novamente. Correu para dar-lhe um abraço caloroso.

— Oh, Jen! Estou tão feliz por você! — a garota dos cabelos rosas fez um afagar nos fios loiros da menor e se afastou. — E você, hein, Lisa?! Finalmente tomou vergonha na cara, tomboy! — deu um pequeno tapa no ombro da Manoban.

— Por que só eu tenho que ouvir isso? — a morena resmungou.

— Deve ser porque você foi, em disparada, a mais tapada da história, mana! — de repente, as costas de Lisa ficam sobrecarregadas pelo peso de Jisoo sobre elas.

— Argh! Desce daí, sua imunda! — empurrou Soo, que quase caiu no chão.

— Eu também estou feliz, Rosé... — Jennie se pronunciou, segurando a mão da Manoban. — Agora que estamos juntas, tudo parece um sonho.

— Oh, tão lindas e melosas... parece a gente, Soo! — Rosé comentou com sua namorada, quem concordou com um sorriso meio boiola.

— Eca... — Jennie e Lisa disseram juntas, fazendo com que as outras duas revirassem os olhos.

Elas continuaram aquele papo por mais alguns minutos, até os olhos de Lisa encontrarem uma pessoa em especial, a quem ela devia muita coisa. Era ela, Larissa Cartes, do outro lado do pátio, juntamente com Nayeon e sua namorada, Jeongyeon.

Lisa não podia simplesmente ignorar aquele fato, pois, embora ela a Léia tão esclarecido as coisas na noite do baile, tudo ainda era meio confuso, especialmente por elas terem passado muito tempo juntas para se "conhecerem". Ela sentia que ainda devia uma explicação aceitável para a mais nova e não ficaria tranquila até fazer tal coisa.

— O que foi, amor? — as palavras de Jennie, subitamente, lhe tiraram daquele transe.

— Uh... não é nada... é que... — ela chacoalhou a cabeça apenas para disfarçar, mas acabou por deixar aquilo evidente até demais.

— Seus olhos estavam em Larissa. — tanto que Jennie percebeu.

— Bem... — sentiu uma pontada de receio. Não queria transparecer outra coisa, mas ela sabia o quanto Jennie é ciumenta por sua vez.

— Você quer falar com ela? — tal pergunta pegou a Manoban de surpresa. Não sabia o que poderia responder. — Vocês terminaram, certo?

— Sim, é claro... a gente não chegou a namorar formalmente, mas ainda tínhamos alguma coisa... — respondeu dispersa.

— Entendo.

Outra vez, foi pega de surpresa. Jennie realmente lhe disse que entendia?

— Sei que vocês ainda precisam conversar. Então, se está pensando que ficarei brava por isso, saiba que não irei lhe impedir de nada, Lisa. — ela disse seriamente.

— Sério?

— Eu não posso sentir ciúmes de você. Bom, agora eu sou sua namorada e isso é um fato. Mas também sei que você escolheu ficar comigo, então não me sinto insegura.

Lisa sorriu, literalmente, de alegria. Isso só prova o quanto Jennie havia amadurecido ainda mais e ela gostaria de provar o mesmo, fazendo o certo.

— Obrigada, princesa. — beijou a bochecha da loira e então seguiu até o lugar onde Léia estava.

Ouvindo um pouco da conversa, Lisa teve certeza de que elas estavam tão descontraídas. Até sentiu medo atrapalhar aquele momento espontâneo. Estava sem jeito, mas daí a brasileira também a encarou de volta.

— Lis? — a menor automaticamente sorriu, algo que a Manoban não esperava.

— Léia-ssi... como... — ela começou a falar, mas foi pega de surpresa com o abraço da mais nova. — Oh...

— Que bom que você não se esqueceu de mim, tomboy.

— Me esquecer de você? E por que eu faria isso? — sorriu sem jeito.

— Não sei, mas que bom que você não fez isso.

Lisa puxou a garota para um outro canto daquele pátio, apenas para que elas pudessem conversar mais tranquilamente.

— Olha, em primeiro lugar, eu realmente gostaria de te agradecer por ter me dito aquelas coisas, Lari. Você poderia ter me dado um tapa na cara por tantas estupidez que eu fiz ao longo deste ano, mas você é tão boa... nem mesmo sei como te dizer isso... — a tomboy abaixa a cabeça, travando sua fala em seguida.

A Cartes simplesmente cobre sua boca com seu indicador, a impedindo de continuar. — Eu gosto muito de você, Lisa... mesmo que seja de uma forma diferente da sua, não me importo.

— Ainda quer ser a minha amiga, Léia-ssi? — segurou as mãos da menor.

— Eu sempre fui, tomboy, e espero sempre ser também... — sorriu da maneira mais fofa possível. — E estou mais do que feliz por você e Jennie finalmente terem se acertado. Acho que agora vejo o quanto estava errada sobre você.

— Numa boa, você estava muito errada sobre ela, assim como eu também estava...

— Isso é bom. — Léia diz. — Vocês duas formam um lindo casal.

— É... nós formamos... — naquele momento, Lisa já não olhava mais para Léia, mas sim para Jennie, quem ria junto de Rosé e Jisoo.

— A gente se vê então? — Larissa a tira de seu transe.

— Claro, Léia-ssi... é bom ter você por perto. — Lisa sorri para a mais nova e faz um pequeno carinho em seu braço, logo se aproximando para deixar um beijo em sua testa.

— É bom ter você por perto também, tomboy...

Lisa agora poderia finalmente ficar em paz por ouvir aquelas palavras. Era como se um peso tivesse sido retirado de suas costas e ela estava feliz por tal coisa, mesmo que nem fosse algo tão importante assim.

Observou Léia voltar para o seu grupo de amigos, então também resolveu voltar para onde estava. No entanto, alguém parou o seu trajeto.

— Lisa, oi...

— Saeron? Tudo bem você? — ela perguntou, estranhando a ação da garota.

— Sim, sim, está... — ela falou sem jeito para começar. — Uh... posso ter uma palavrinha com você?

— Já está tendo. — a tomboy disse apenas para descontrair um pouco, porém aquilo só aumentou o nervosismo da mais nova. — Foi mal... sobre o que quer conversar?

— Bem... eu... — para falar a verdade, Saeron se encontrava ainda mais tímida do que antes. — É sobre a Larissa...

— Certo, o que tem a Larissa?

— É que... eu...

— Apenas diga, Saeron. — Lisa até riu pelo modo da mais nova e tentava encorajá-la um pouco.

— É que, não sei se você sabe, mas... eu gosto dela...

— Oh, você gosta dela? — perguntou surpresa. — E então?

— Eu só queria saber se... eu posso me aproximar?

Oh, então era aquilo que a acanhava tanto? Lisa só pode rir ainda mais.

— Está me pedindo permissão, Saeron? — cruzou os braços.

— Bom, é que você são tão próximas, não é mesmo?

— Veja bem, eu não sou o tipo de pessoa que manda na Léia. Mas sou amiga dela e me preocupo com ela também, por isso, se quer muito conquistá-la, peço para que seja cuidadosa.

— Sim, eu concordo... — a mais nova balançou a cabeça. — Mas como faço para conquistá-la?

Está aí outra coisa que pegou Lalisa Manoban de surpresa.

— Quer meus conselhos também?

— Bom, você é uma tomboy com muita experiência... — Saeron até tentou se justificar, mas novamente a vergonha lhe atingiu.

— Certo, certo... — Lisa riu. — Quer realmente ficar com Larissa? Então você deve saber que ela é muito romântica, adora se envolver em conversas e sempre puxa um assunto para que o papo não morra, por mais que este assunto nem faça tanto sentido assim. — enquanto a tomboy explicava, seus olhos visavam a Cartes. — Léia-ssi adora literaturas de épocas e ela facilmente se fascina com filmes clichês. Ela também gosta muito de ouvir músicas, curte muito a Ariana Grande e sua cor favorita é o azul marinho. — e então ela sorriu por se lembrar que a brasileira adorava mostrar seus adesivos personalizados de sua cantora favorita. — Ela também gosta muito de ouvir histórias de terror e odeia quando lhe interrompem em sua linha de raciocínio.

— Entendi... — Saeron apenas acompanhava todas as falas sábias da mais velha.

— Mas o que você tem que saber principalmente, Saeron, é de que Léia é uma pessoa muito especial, que merece respeito, que é digna de um bom tratamento, que com certeza seria uma ótima companheira para sua vida. Ela realmente merece ser feliz e eu só espero que ela encontre a pessoa certa para lhe proporcionar tudo isso.

— Nossa, isso é tão intenso...

— Com certeza é. Por isso, tenha ciência de que eu mesma errei muito com ela, mas acredito que você pode acertar, Saeron. — tocou os ombros da mais nova. — Me promete que irá tentar?

— S-sim... — ela sorriu, ainda tímida.

— Espero que consiga. — disse de forma honesta, dando sua deixa para sair de cena.

Lisa voltou para perto de sua namorada, quem a recebeu com um pequeno beijo em sua bochecha e juntas elas esperaram o sinal ecoar por todos os cantos.

[...]

Após todos os períodos terem se passado, Lisa não poderia estar mais tranquila. Aquele dia finalmente havia se encerrado e agora só faltava o treino de basquete para que pudesse descansar em seu quarto.

Para resumir melhor como foi sua manhã de segunda feira, Lisa pôde se concentrar melhor em suas aulas, ainda mais sabendo que agora tinha uma namorada que acompanharia em seu intervalo e almoço. Mas não que isso a impedisse de trocar alguns olhares apaixonados com ela durante as lições. Afinal, isso era algo impossível de não se fazer. Ambas estavam felizes, ambas atraíam muitas atenções por aí, ambas pouco se lixavam para o que veio antes, pois agora estavam juntas.

Jennie também se encontrava tranquila, ainda mais por saber que a legião de fãs de Lisa não a incomodaria mais. Adorava o fato de poder andar de mãos dadas com a tomboy e exibir sua namorada atraente por todos os cantos. Ela mal acreditava: estava namorando Lalisa Manoban, a tomboy mais desejada, a tomboy que ela tanto praguejou no começo do ano.

O mundo dá voltas e Jennie a adorou essas tais voltas. Definitivamente, a Terra não pode ser plana.

Mas voltando ao treino, estava aí uma pessoa que Lisa quase não falou durante seu dia: Sooyoung. Bom, elas não eram as melhores amigas do universo, mas agora tinham uma relação diferente de antes. No entanto, tal coisa não intrigou tanto a Manoban pelo fato da canadense ter passado grande parte de seu dia entretida com algo, como algum livro que pegou da biblioteca.

Mas agora que elas estavam no vestiário, Joy finalmente havia abordado Lisa para dizer algo.

— Olha só para ela, finalmente se tornou a namorada da princesinha do colégio. — se não conhecesse tão bem o perfil da menor, certamente não acharia aquilo como um deboche.

— Só para você ver, gata. — Lisa se gabou, entrando no jogo de deboche da canadense.

— Hm, que bom para você... — deu de ombros e voltou para o seu desodorante.

— Isso te deixa mal? — naquele momento, Lisa já não estava sendo debochada, ela estava se preocupando com a canadense.

— Claro que não, tomboy, eu já superei o fato de não estar com Jennie... — ela riu sarcasticamente. — Sempre soube que vocês formavam um lindo casal.

— Ah, sim, vou fingir que acredito. — revirou os olhos.

— Mas é verdade... a única coisa que me deixa chateada é o fato de eu não poder mais sentir essa sua boca gostosa na minha.

— Você fala como se a gente fizesse isso sempre, Joy.

— É por isso mesmo. Você acha que eu não sinto vontade de te beijar de novo, uh? — a canadense, como parte de seu jogo de provocações, foi se aproximando da tomboy, até que conseguisse soprar em sua orelha. — Podemos dar um beijo de despedida agora?

— Se a Jennie escutar você falando assim, pode apostar que ela te mataria com o salto quinze dela. — Lisa diz ironicamente.

— Ui, então ela é ciumenta? Isso é excitante...

— Não, isso é um perigo para a sua sobrevivência, tampinha. Por isso, fuja para as montanhas agora mesmo.

Elas até poderiam prosseguir com as brincadeiras idiotas, isso se não fosse pela entrada de outras jogadoras da equipe no vestiário.

— Alguém aqui viu o Haeshin no colégio? — perguntou Sowon.

— Eu não vi. — respondeu Doyeon.

— Eu também não. — Lisa e Joy disseram juntas.

— Isso é estranho. — Momo pensou.

Mas a pergunta das garotas logo foi respondida com a entrada da coordenadora Hook no vestiário.

— Olá, meninas. Desculpem o atraso, mas é que o professor Haeshin irá se ausentar nos próximos dias por causa de uma cirurgia que ele dará.

— Então os treinos serão cancelados? — Lisa perguntou.

— De forma alguma. Ele disse que as regionais estão se aproximando, então vocês devem prosseguir com os treinos. — a senhora Book explicou.

— Mas então quem irá nos treinar? — Sowon foi a segunda a perguntar.

— A filha do professor Haeshin. Ela logo estará por aqui, então se posicionem na quadra para recebê-la. — a mulher disse e logo saiu do local, deixando todas as alunas boquiabertas.

A questão era que nenhuma delas chegaram a imaginar a possiblidade do professor Haeshin ser casado e principalmente ter uma filha.

— Quem teria sido a louca? — Joy comentou, cortando aquele silêncio e fazendo todas rirem.

As meninas caminharam para quadra e aguardaram ansiosas para a chegada da tal treinadora. E ela de fato chegou, correspondendo as mais distantes expectativas de todas as garotas ali. O que acontece era que a mulher aparentava ser tão jovem, ela também era esbelta, possuía um corpo muito bem desenhado e em forma, suas curvas chamavam muito a atenção. Além de tudo, seu rosto era redondo, seus olhos eram um tanto grandes e seu sorriso era largo. Com um rabo de cavalo em seus cabelos claros, uma calça esportiva colocada, junto de uma regata solta, mas que evidenciava seus seios avantajados, ela se apresentou para a equipe.

— Olá, meninas. Eu sou Son Seungwan, a filha do treinador Haeshin. Mas gostaria que me chamassem de Wendy... — sua fala era tão doce, seu sorriso era tão gentil, sua beleza era tão evidente.

Ela atraiu os olhares densos de todas as garotas, mas, especialmente, da canadense Joy.

— Será que eu posso chamá-la de Afrodite? — Joy sussurrou, arrancando uma risada de Lisa

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